ESCOLHAS!

Para refletir:

Hoje eu escolhi não reclamar,
Da casa que está desarrumada, porque ao contrário de muitas pessoas, a casa delas nem existe mais.
Dos meus cães ou gatos enchendo a casa de pelos, porque muitos vão procurar os seus e nunca mais vão encontrar.
Da roupa que não posso lavar, muitos só tem uma hoje pra usar.
Da umidade que não seca nada por falta do sol, muitos nunca mais poderão vê lo brilhar.
Eu não vou reclamar de ter de ficar dentro de casa, seca, quentinha por causa da chuva, por causa do calor, por causa de simples desconforto… porque ao contrário de mim, existem pessoas em cima do telhado, molhados e com frio sem ter certeza se e quando irão sair dali.
Eu hoje decidi não reclamar, decidi AGRADECER.

(Autor desconhecido)


Obrigada Senhor! Pela vida… e por tanto que eu tenho 🙏🏻 e me perdoe por muitas vezes não dar o devido valor!

Sejamos gratos e que possamos sempre ter bênçãos de Deus sobre nossas vidas. 🙏🏻

MUDAR PARA PORTUGAL – INÍCIO DA IMIGRAÇÃO: LUA DE MEL OU INSEGURANÇA?

Acompanho o site da Eurodicas a muito tempo, desde que comecei a querer morar em Portugal, depois da nossa aposentadoria. Já iniciamos nosso processo de mudança… Neste artigo, da Eurodicas eles abordam sobre as angústias da pessoa neste processo de imigração, tanto do lado bom como do lado cheio de dúvidas. Me trouxe algumas reflexões que achei importante compartilhar aqui com vocês. Leiam:

A imigração é um processo que envolve uma grande transformação na vida de uma pessoa e por conta disso, pode desencadear reações significativas, especialmente durante os primeiros momentos no novo país. O período do início da imigração é marcado por diversas descobertas, algumas são gratificantes, enquanto outras podem ser extremamente estressantes.

É comum o imigrante passar por uma fase chamada “lua de mel”, na qual o estrangeiro se sente encantado com sua nova casa e radiante pela realização de um sonho. No entanto, também é possível vivenciar uma fase de sentimentos intensos de insegurança e medo do desconhecido, mesmo que tenha se preparado e desejado profundamente esta mudança.

Você pode estar se perguntando: como podem surgir sentimentos tão opostos em um mesmo momento? E é justamente sobre isso que irei falar nesta coluna.

A fase da lua de mel

A sensação de viver a “lua de mel” se assemelha ao sentimento de um turista, pois a sua identidade continua enraizada no Brasil. Nesse período, o imigrante sente um forte desejo de explorar e aproveitar tudo que a cidade tem a oferecer.

Frequentemente ele experimenta emoções profundas ao viver algo que antes apenas imaginava. É um momento marcado pela curiosidade e vontade de experimentar muitas coisas diferentes ao mesmo tempo.

É fundamental para o estrangeiro nutrir a curiosidade e criar afeto pelo seu novo país. Isso pode facilitar a interação com novas pessoas e proporcionar uma compreensão mais profunda da história daquele local, contribuindo assim para tornar a adaptação mais leve. No entanto, é importante ser cauteloso, pois toda lua de mel eventualmente chega ao fim.

E depois da lua de mel?

Com o decorrer das primeiras semanas, a empolgação inicial começa a diminuir, dando espaço a uma nova rotina. O imigrante, que antes se sentia como um turista, percebe que não saiu do Brasil para simplesmente tirar férias e que a vida no exterior também tem os seus desafios e imperfeições.

Para aqueles que estão vivenciando esse momento, é necessário estar consciente de que a fase da lua de mel inevitavelmente chegará ao fim. Alguns podem interpretar isso como uma adaptação mal sucedida ou um retrocesso, mas, na realidade, isso faz parte do processo.

A adaptação não segue um caminho, é um linear, e o término da lua de mel indica que você está começando a compreender a dimensão dessa mudança, deixando de se sentir um turista para assumir o papel de um estrangeiro de fato.

A fase da insegurança

Não é o caso de todos os imigrantes experimentarem a fase de lua de mel, muitos chegam no novo país com preocupações e inseguranças. A decisão de migrar ou a própria viagem podem ser fontes de estresse por si só. Somando isso a todas as burocracias que geralmente precisam ser resolvidas nesse período, o sentimento de medo do desconhecido e a exaustão podem surgir de forma muito intensa.

As questões burocráticas, as barreiras de comunicação, a sensação de solidão e a busca por moradia ou emprego são alguns dos fatores que podem desencadear medo e ansiedade entre os recém chegados. Todos esses desafios são amplificados pela falta de experiência em relação ao funcionamento dessa cultura.

Mesmo que o imigrante busque informação, a realidade do dia a dia e o contato direto com essa comunidade pode ser bastante assustador.

Consequências da insegurança

A insegurança é uma emoção natural, principalmente quando se está diante a uma situação nova.

Porém, esse sentimento em excesso pode causar sofrimento e questionamentos sobre a decisão de se mudar. Em alguns casos, o imigrante pode se sentir tão sobrecarregado ao ponto de ficar paralisado, ou seja, encontrar dificuldades significativas em cumprir obrigações importantes, o que pode agravar ainda mais sua sensação de medo.

O medo intenso ao longo prazo pode levar o estrangeiro a sentir-se incapaz de se integrar à nova cultura e até mesmo a lamentar ter deixado o seu país de origem. Quanto mais se entrega ao medo, menos conseguirá se conectar com o novo país, prejudicando assim o seu processo de adaptação.

São os desafios diários na vida do imigrante que o fazem sentir-se mais integrado, pois cada obstáculo superado o leva a aprender o que é necessário para se adaptar. É crucial assumir riscos e tomar decisões difíceis, mesmo sentindo medo, para estabelecer sua própria rotina e reconstruir sua identidade como estrangeiro.

É possível viver a lua de mel e a insegurança ao mesmo tempo?

Algumas pessoas também experimentam uma oscilação entre a fase de lua de mel e os sentimentos de insegurança, o que pode ser bastante confuso. Uma dúvida comum é:

Como é possível estar encantado com o país e, ao mesmo tempo, sentir medo de viver aqui?

O fato é que, durante esse estágio inicial de mudança, coisas boas e ruins podem acontecer, e por isso surgem sentimentos confusos e diferentes. É fundamental que você procure compreender suas emoções e de onde elas surgem, a fim de dar um significado a elas.

É completamente possível e natural viver sentimentos opostos em um curto período de tempo, especialmente quando se está passando por uma mudança significativa na vida. Quando você toma consciência dessas emoções, consegue diferenciar o que te traz alegria, como a sensação de explorar e conhecer novos lugares, e o que te causa angústia, como a saudade da família, por exemplo.

Dessa forma, você poderá compreender que esse processo pode ser simultaneamente doloroso e gratificante. Nós costumamos simplificar nossos sentimentos e escolhas, como se houvesse apenas respostas certas ou erradas, quando, na realidade, há o meio-termo. Esse equilíbrio é crucial para lidar com os desafios e apreciar as realizações ao longo da sua jornada como imigrante.

Como lidar com esses sentimentos?

Uma forma de cuidar da sua saúde emocional, nos últimos dias no Brasil e também nos primeiros dias no exterior, é alinhando as suas expectativas. Isso pode ser benéfico tanto para lidar com as surpresas agradáveis quanto para enfrentar os desafios inesperados.

Compreender quais sentimentos podem surgir durante esse momento pode ser útil para antecipar e se preparar de maneira mais eficaz, reduzindo assim a probabilidade deles te surpreenderem. Ao estar ciente das possibilidades, é possível tomar medidas preventivas para evitar o surgimento de emoções intensas e negativas.

Procurar informações na internet e ler relatos de imigrantes é uma ótima ferramenta para se preparar emocionalmente e adquirir um entendimento mais profundo sobre esse processo. A tecnologia é uma grande aliada para nós imigrantes, tornando mais simples a busca por apoio e a descoberta de comunidades onde é possível compartilhar experiências semelhantes às suas.

Outra dica essencial é estar consciente de seus próprios limites, identificar suas áreas de dificuldades e força, para reconhecer suas necessidades e, se for preciso, procurar auxílio de um profissional da saúde mental caso essa transição esteja se tornando muito dolorosa para você. Há terapeutas especializados nesse processo de adaptação de imigrantes que podem desenvolver um plano de tratamento personalizado, considerando suas necessidades individuais.

Não deixe de procurar ajuda, pois este é um momento que pode ser bastante delicado em nossas vidas, e muitos dos maiores desafios na adaptação a um novo país estão relacionados à saúde mental. Portanto, não deixe de incluir o autocuidado em seu planejamento de mudança para uma adaptação mais tranquila.

By Julia Cardozo, psicóloga.

Fonte:

9 PASSOS PARA MANTER O CELEBRO ATIVO.

Gostei muito deste artigo de Júlia Pazzini, leiam:

Maturidade cerebral: nove passos para uma mente lúcida e ativa – Júlia Pazzini

Manter o cérebro ativo e saudável na maturidade é fundamental para preservar a cognição, a memória e a qualidade de vida.

À medida que envelhecemos, é natural que ocorram algumas mudanças no funcionamento cerebral, mas existem estratégias que podem ser adotadas para promover a saúde cerebral e manter a mente ágil e alerta:

1 – Exercícios físicos regulares.
2 – Alimentação saudável.
3 – Estimulação do cérebro com atividades cognitivas diferentes.
4 – Socialização.
5 – Sono de qualidade.
6 – Gerenciamento do estresse.
7 – Check-ups regulares.
8 – Aprendizado de coisas novas e desafiadoras.
9 – Redução de hábitos prejudiciais.

Como você tem cuidado do seu 🧠?

Acha importante cuidar do ser integral: corpo, mente, espírito?

São dicas da professora Dra. Thais Bento Lima da Silva , que aconteceu através do projeto Trabalho 60 + , então achei importante compartilhar esses pontos.

Como a Thais disse: “pequenas mudanças no estilo de vida podem fazer uma grande diferença na saúde cerebral a longo prazo”. Comece o quanto antes.

Então…..conte aqui como você mantém seu cérebro ativo e saudável, divida com a gente suas dicas.

ITHACA… E A VIDA EM UM POEMA.

Outro dia ouvi e li este poema, senti que me tocou profundamente. Trouxe uma luz, sobre a vida. A minha vida… e todos que. Queria compartilhar com vocês com algumas reflexões minhas.

Neste poema podemos viver momentos tão diferentes quanto na vida. Refleti sobre tantas coisas…

Sobre a Vida…
Sobre a Fé…
Sobre os Caminhos…
Sobre os Desafios…
Sobre as (Re) Construções e/ ou;
Sobre o Amor…
Sobre a Resiliência…
Sobre os Sonhos…
Sobre a Coragem…
Sobre os Medos…
Sobre o se Reinventar…
Sobre o Seguir em Frente…
Sobre o Envelhecer!
Sobre Morrer!

Lembrou-me no poema…. a propósito dos dias que passamos, em que a indefinição do amanhã nos empurra para uma sensação de uma vida em suspenso. E como isto aconteceu muitas vezes! Em que nos pedem sacrifícios, atrás de sacrifícios para que consigamos, em sociedade, cruzar este mar revolto que descobrimos ser numa pandemia, ou nas guerras, ou nas injustiças ou nas escolhas difíceis. Onde cada dia, por ora, traz promessas de um final que se vai adiando, e adiando, fazendo aumentar os níveis de saturação e cansaço. Ninguém sabe! 

É sobre essas promessas que versa o Ítaca, poema que narra a viagem de cada um de nós rumo à ilha prometida… nossos sonhos, propósitos e o que nos procura ensinar, em como desfrutar das deslocação. 

Dia a dia, nas horas boas, ou outras nem tanto… 

Este poema grego, com mais de 100 anos, de Constantino Kavafis (1863-1933), Ítaca (1910) ou Ítacas, dependendo da tradução. 

Ítaca, assumindo a tradução de Jorge de Sena, é um poema que se passa no imaginário grego das epopeias… mas que com uma subliminaridade ímpar fala sobre a VIDA de cada um de nós — como essa queda constante que aqui é a viagem até Ítaca, traduzindo o nosso sentimento, num mar reviravolta durante, toda uma vida. Passo a passo!

“O poema ensina a cair 

sobre os vários solos,

desde perder o chão 

repentino sob os pés,

como se perde os sentidos 

numa queda de amor, 

ao encontro do cabo 

onde a terra abate 

e a fecunda 

ausência excede.”

Uma multiplicidade de quedas que nos lembra que a vida não é mais do que isso mesmo, uma queda constante, a um ritmo que se quer equilibrado e com uma postura que se quer elegante, até ao momento final.

Num poema onde podemos viver momentos tão diferentes quanto na da nossa vida. Deu pra “relembrar” tantas coisas, a medida que ouvia.

Aprender a “cair” não significa que não sintamos a dor de cada queda, mas que lhe consigamos dar valor, como uma experiência de aprendizagem irrepetível. Afinal de contas, esta relação custo-benefício é comum em toda a experiência humana. 

E quantas vezes uma certa dose de dor, ou de desconforto, não serve como marcador de uma situação de prazer? Aprender!!! Reaprender!!! 

E… que nos ensinar a navegar por entre essa confusão de sentimentos. Ítaca, ao pontuar uma viagem que é de cada um com figuras épicas do imaginário grego, lembra-nos da nossa situação na História e, mais do que isso, de como a forma como encaramos a realidade acaba por definir a realidade em que vivemos. Aprender a cair não significa que não sintamos a dor de cada queda, mas que lhe consigamos dar valor como uma experiência de aprendizagem irrepetível. 

Das dores de parto, às dores de estômago antes de um encontro romântico… das dores de esforço por algo que queremos de facto…  às mazelas que ficam de um dia bem passado. A “dor” lembra-nos, invariavelmente, a sua ausência.

Poema, onde  facilmente enxergamos a nossa vida como uma viagem no tempo entre dois pontos distintos.  Ítaca, poema que narra a viagem de cada um rumo à ilha prometida, e que nos procura ensinar como desfrutar da deslocação.

Fazê-la atravessando momentos difíceis, cheio de dúvidas e incertezas, é como percorrer um caminho sinuoso ao largo de uma paisagem de cortar a respiração — a iminência do perigo faz disparar a adrenalina, aumentar a ansiedade, pode gerar medo ou pânico, mas é nessa imensidão de sentimentos que, por exemplo, um vale se agiganta à nossa contemplação. Quem não?

Pensei em estava onde tudo se encaixava, na hora e local exato de onde deveria estar. Que cada escolha que fiz, (ou desafio que surgia) teve uma consequência… e que aprendia com cada uma delas. Fortalecia-me e seguia em frente!

Seria tão belo um penhasco ou uma estrada sinuosa se a sua contemplação não fosse simultaneamente bela e vertiginosa.

Este poema Ítaca, recitado pelo ator Sean Connery – nesta versão legendada em portugês, aproveitem:

ITHACA (1910)

ÍTACA  (1910) 

Quando partires em viagem para Ítaca 

faz votos para que seja longo o caminho, 

pleno de aventuras, pleno de conhecimentos. 

Os Lestrigões e os Ciclopes, 

o feroz Poseidon, não os temas,

tais seres em teu caminho jamais encontrarás,

se teu pensamento é elevado, se rara 

emoção aflora teu espírito e teu corpo.

Os Lestrigões e os Ciclopes, 

o irascível Poseidon, não os encontrarás,

se não os levas em tua alma, 

se tua alma não os ergue diante de ti. 

Faz votos de que seja longo o caminho. 

Que numerosas sejam as manhãs estivais,

nas quais, com que prazer, com que alegria, 

entrarás em portos vistos pela primeira vez; 

para em mercados fenícios 

e adquire as belas mercadorias,

nácares e corais, âmbares e ébanos

e perfumes voluptuosos de toda espécie, 

e a maior quantidade possível de voluptuosos perfumes; 

vai a numerosas cidades egípcias, 

aprende, aprende sem cessar dos instruídos. 

Guarda sempre Ítaca em teu pensamento. 

É teu destino aí chegar. 

Mas não apresses absolutamente tua viagem. 

É melhor que dure muitos anos 

e que, já velho, ancores na ilha,

rico com tudo que ganhaste no caminho,

sem esperar que Ítaca te dê riqueza.

Ítaca deu-te a bela viagem.

Sem ela não te porias a caminho. 

Nada mais tem a dar-te.

Embora a encontres pobre, Ítaca não te enganou.

 Sábio assim como te tornaste, com tanta experiência,

 já deves ter compreendido o que significam as Ítaca.

By: Konstantinos Kaváfis (1863-1933) 

(Tradução: Isis Borges B. da Fonseca: Poemas de Konstantinos Kaváfis, São Paulo, Odysseus, 2006, p. 100-3) 

Ilha de Ítaca, na Grécia, destino na Odisseia de Homero.

UM POUCO DE LONDRES: TOWER BRIDGE, TOWER OF LONDON E BOROUGHT MARKET

Hoje fui passear em Londres, logo de manhã, estava um dia lindo. Onde fui?

Tower Bridge

A Tower Bridge é um dos cartões postais da Inglaterra, sendo um dos locais mais indispensáveis para conhecer no Reino Unido.

A Tower Bridge é uma ponte levadiça e suspensa que foi construída entre 1886 e 1894. Embora seja uma ponte funcional, é também uma atração turística que atrai mais de 500.000 visitantes a cada ano graças a sua arquitetura neogótica, bem como sua localização sobre o rio Tâmisa.

Há muito para ver dentro da Tower Bridge. Desde 1982, quando as passarelas reabriram após quase 72 anos de fechamento, encontram-se aqui uma série de exposições (que celebra toda a sua história); as passarelas de vidro no nível mais alto que ligam as duas torres (com as vistas mais icônicas de Londres) e as famosas Salas das Máquinas (mostrando as pessoas que trabalharam nos bastidores), tudo isto como parte da Exposição da Ponte da Torre.

Eu adoro passear por ela, atravessando e contemplando sua beleza e a vista durante toda a travessia…

Antes de chegar à “Torre de Londres”, ou mesmo depois do passeio pela fortaleza, é possível visitá-la caminhando, já que os dois pontos turísticos ficam bem pertinho um do outro.

Tower of London – A Torre de Londres

A Torre de Londres é um ponto turístico bastante visitado na maior cidade do Reino Unido, e é sempre um das primeiras referências que as pessoas lembram quando pensam na terra do rei – além, claro, de outros lugares igualmente icônicos, como o Big Ben, o Buckingham Palacee a London Eye.

O que poucos comentam é sobre o passado “sombrio” da torre, e sobre qual era sua função antigamente.

A Torre de Londres é um dos pontos turísticos mais legais e interessantes para visitar na Inglaterra, eu super recomendo.

História da Torre de Londres

Prisão e torturas

Na época do feudalismo, em 1066, foi construída uma fortaleza e um castelo para abrigar os monarcas às margens norte do rio Tâmisa. Ao longo dos séculos seguintes, diversas torres foram sendo construídas, a comando de reis ingleses nos terrenos de dentro da fortaleza.

Entre elas, a White Tower, ou Torre de Londres, construída a comando de Guilherme I, em 1078. Por 900 anos o castelo foi símbolo de prepotência, violência e abuso por parte do reinado dos monarcas em questão.

O castelo era utilizado como prisão, lugar de tortura e local onde muitas mortes aconteceram. Se naquela época alguém fosse preso na Tower of London, por desacato à família real ou por algum outro tipo de crime, muito raramente essa pessoa voltaria a ver a luz do dia.

Durante o passar do tempo já foi Zoológico (foi o primeiro zoológico oficial da cidade, criado por volta do século XIII); Casa da Moeda (Em 1800, a torre começou a ser usada como Casa da Moeda e, pouco tempo depois, passou por uma reforma que deixou para trás alguns grandes traços da arquitetura pós medieval); Durante a Primeira e Segunda Guerra Mundial, o local voltou a ser uma prisão. Foi cenário de algumas crueldades como tortura e assassinato de espiões.

Patrimônio Cultural da UNESCO

Atualmente, apesar do passado com uma carga obscura, a Torre de Londres é considerada patrimônio cultural pela UNESCO.

Ao invés de ser utilizada como residência real é abrigo e exposição para uma coleção de valor (tanto financeiro quanto histórico) inestimável das jóias da coroa inglesa.

São muitas peças incrustadas de diamantes, ouro e as mais finas pedras preciosas.

Muitas armaduras de séculos passados podem ser vistos em exposição também.

Um passeio bem interessante que eu já fiz e indico para você fazer.

Como chegar na Torre de Londres

O endereço da Torre de Londres é EC3N 4AB, entre Finsburry e Whitechapel. Mais especificamente em City of London. A forma mais fácil de chegar até lá é de metrô. A estação Tower Hill inclusive fica bem perto do ponto turístico e você pode chegar até ela pela linha Circle e District Line.

Como é a Torre

Restaurada no século XIX, A Torre de Londres exibe diversas características medievais. É uma grande fortaleza que circunda uma vasta área com diversas torres, construídas por diferentes monarcas no decorrer de seus reinados.

Para visitar a Torre de Londres, o mais interessante é fazer um passeio guiado. Este pode ser em inglês, com os próprios guias, ou você pode optar pela escuta traduzida, com fones especiais.

Se você arranhar no inglês, já vale a pena tentar entender o guia no idioma original, pois eles fazem algumas encenações e interagem com os visitantes em certos pontos dos passeios.

São muitos lugares, detalhes históricos e particularidades na arquitetura que facilmente fazem você gastar cerca de seis horas lá dentro.

White tower

A torre principal e primeira a ser construída, são quatro andares de pura história.

Exposição Fit for a King

Com armaduras reais usadas pelos reis e guardiões do passado. Esta exposição já acontece há 300 anos, imagine a idade das peças lá expostas. Por lá, estão as armadura dos séculos XVI e XVII usadas por Henrique VIII, Charles I, Príncipe Henry Stuart e James II.

Coleção de Joias da coroa

Essa é imperdível! As peças são principalmente ligadas às cerimônias religiosas de coroação dos monarcas. E melhor, algumas das joias expostas foram usadas em grandes eventos, pela rainha da Inglaterra, Elizabeth II. 

Outros locais interessantes da Torre de Londres

• O local onde os Royal Beasts eram mantidos;

• O local das execuções que aconteceram no passado: Sim, é possível visitá-lo, inclusive agora existe um memorial dedicado às vítimas que foram decapitadas na torre, que incluem até mesmo a Ana Bolena, figura histórica da monarquia inglesa e segunda esposa de Henrique VIII, assassinada a mando do próprio marido por uma suposta traição com o irmão dela. Ou seja, ela foi acusada de traição e incesto;

• Os corvos de estimação da torre;

• A Capela de São Pedro, construída em 1520.

Algumas dicas: melhor ir com uma roupa e sapatos confortáveis, pois a andança é grande. Caso você queira ver só pontos específicos, como as joias da coroa e a White Tower, é possível também, mas o mais legal é que você veja tudo. Apesar de ser um pouco cansativo, o passeio que vale a pena e o ingresso não é dos mais baratos, então aproveite as oportunidades e veja todos os cantos e detalhes da torre.

Curiosidades sobre a Torre de Londres

1. Capela de São Pedro: A capela é linda, a arquitetura é super interessante e ela ainda funciona para missas, mas o que nem todos sabem é há restos mortais de pessoas decapitadas na Torre de Londres, no passado, ainda na capela.

2. Guardas: Os guardas da Torre são chamados oficialmente de Yaeomen Warders, ou “beefeaters” (comedores de carne, em livre tradução). Apesar do apelido estranho, uma das explicações é de que, em período de guerras e racionamento de comida, esses guardas recebiam uma maior quantidade de carne, já que eram importantes para a segurança do local.

3. Roubo: Em 2012, alguém conseguiu furtar a chave que dava acesso ao interior da torre, local que turistas não podem entrar. A pessoa nunca foi pega e o acesso foi trocado para que ninguém além da segurança pudesse entrar no local.

4. Moradores: existem, em média, 150 pessoas que moram na Torre de Londres. Mas não se preocupe, elas não estão aprisionadas. São pessoas que trabalham lá e fazem o serviço de manutenção, limpeza e segurança do lugar.

5. Sete corvos são mantidos dentro da Torre de Londres, têm nome e um criado cada um. O motivo? Conta a lenda que eles foram atraídos até ali pelo mau cheiro dos cadáveres. Carlos II, rei da Inglaterra no século XVII, queria que fossem mortos, mas ouviu que, se os corvos fossem mortos, a torre seria destruída e ele perderia o reinado. Então ordenou que os animais fossem mantidos no castelo, e até hoje sete são preservados por lá. Meio bizarra, não é mesmo?

Ingressos para a Torre de Londres

Esse passeio não é um dos pontos turísticos mais baratos em Londres. Ele custa aproximadamente 24 libras para os adultos, 10 libras para menores de 16 anos, 20 libras para idosos e para crianças com menos de 5 anos a entrada é gratuita. Mas uma coisa é certa, vale cada centavo.

Não deixe de ir! Você pode comprar os ingressos pelo site oficial da Tower of London.

Uma boa dica também é o London Pass, que funciona como um ticket online. Você paga determinado valor e tem acesso a vários pontos turísticos e passeios em Londres, incluindo a Torre de Londres.

Vale a pena caso você queira visitar muitos lugares e economizar uma grana. Você ainda tem a opção de escolher por quantos dias o London Pass vai funcionar, de acordo com o tamanho de sua viagem.

No verão o local fica aberto de terça a sábado, das 9h às 17h, e aos domingo e segundas das 10h às 17h30.

Já durante inverno (novembro a fevereiro) a torre funciona de terça a sábado das 9h às 16h30. 

Borough Market

O Borough Market é um dos lugares mais deliciosos de Londres, e outra opção super próxima da Torre de Londres.

Vale a pena seguir direto até ele, após o dia explorando a região, para dar um jeito na fome que com certeza já vai ter aparecido. Por lá você vai encontrar frutas deliciosas, lanches de qualquer canto do mundo, além de restaurantes diversos.

Fonte: Torre de Londres: O que você precisa saber para visitar

PORTUGAL. PLANO DE SAÚDE: ENTENDA COMO FUNCIONA E OS CUSTOS.

Conhecer melhor sobre como funciona a Saúde em Portugal, está sendo muito importante pra mim. Quer saber mais? Leia: Quando os brasileiros estão planejando a mudança para Portugal, uma dúvida que muitas vezes surge é se precisa contratar plano de saúde em Portugal. Afinal, no Brasil, contratar planos privados é bem comum, uma vez que o SUS, apesar de ser uma referência mundial em saúde pública, pode não funcionar tão bem em todas as situações.

Nesse artigo, explicaremos como os planos de saúde funcionam no país, se vale a pena contratar e quanto custa aderir ao serviço.

Precisa de plano de saúde em Portugal?

Não necessariamente.

O sistema público de saúde em Portugal é de bastante qualidade, mas utilizá-lo pode significar passar por longas filas.

O atendimento nos Centros de Saúde costuma ser mais acessível, mas, para casos de urgência em hospitais públicos, a situação pode ser diferente. As consultas com especialistas, por exemplo, também podem demorar para acontecer.

Mas é preciso esclarecer que isso depende muito da região. Em alguns locais o sistema funciona mais rápido, em outros (onde está mais sobrecarregado ou com falta de médicos) pode haver mais demora.

Avalie suas necessidades

A contratação de um plano de saúde em Portugal depende da avaliação e das necessidades de saúde e condições financeiras de cada um, mas certamente traz mais conforto e praticidade para quando precisar de um atendimento médico, principalmente, o especializado.

Como funciona o plano de saúde em Portugal?

Existe uma diferença entre plano de saúde em Portugal e seguro de saúde. Por isso, para quem planeja morar em Portugal, é essencial entender como funciona cada um deles. Vamos lá!

O plano de saúde em Portugal dá acesso a cuidados com a saúde do cliente, porém não é tão abrangente, já que apenas oferece descontos nas consultas e exames. Além disso, o cliente só poderá escolher médicos e clínicas associadas ao plano contratado e ainda pode haver limite de número de consultas anuais, a depender do plano.

Entenda o seguro saúde em Portugal

Já o seguro de saúde é um contrato assinado entre a pessoa física ou jurídica com uma seguradora específica. O cliente paga uma mensalidade e parte do valor da consulta, exame ou tratamento, quando o fizer. Pode ser que, dependendo do plano contratado, o cliente terá que arcar com todos os custos, e posteriormente, solicitar o reembolso do valor.

Além disso, o seguro oferece cobertura para os riscos de saúde e indeniza o cliente caso tenha algum problema sério relacionado com a saúde. O segurado também pode optar pelo médico, hospital e clínica de sua escolha.

Em resumo, o seguro de saúde em Portugal é bem similar ao plano de saúde coparticipativo que temos no Brasil.

Seguro ou plano de saúde em Portugal: qual o mais indicado?

Apesar de o plano de saúde em Portugal ser mais atrativo financeiramente, ele não é mais vantajoso. Porém, escolher entre um e outro é uma questão que depende da necessidade de cada um.

Para quem vai muito ao médico, ou vai morar a Europa com doença crônica, por exemplo, contratar o seguro de saúde é, sem dúvida, a melhor escolha. Isso porque, terá melhores opções de atendimento.

Já para aqueles que vão ao médico uma ou duas vezes ao ano, pode ser que o plano de saúde seja mais vantajoso.

Quanto custa um plano de saúde em Portugal?

Como expliquei, o plano de saúde em Portugal apenas oferece descontos na rede associada. Dessa maneira, os preços acabam sendo bem atrativos mensalmente.

Confira algumas empresas que oferecem plano de saúde em Portugal e veja ps preços praticados mensalmente.

*Preços consultados no dia 03 de janeiro de 2024, considerando os valores para uma consulta com médico especialista.

Quanto custa um seguro saúde em Portugal?

Os valores de contratação do seguro de saúde em Portugal variam conforme a idade e número de pessoas na família e histórico de saúde. Os valores relacionados na tabela foram simulados para duas pessoas com idade entre 35 a 45 anos e sem histórico de doenças graves.

*Preços consultados no dia 3 de janeiro de 2024 e considerando consultas com médico especialista.

Qual o melhor plano de saúde em Portugal?

Segundo a HelloSafe, uma plataforma comparativa sobre produtos de seguros, os 5 melhores seguros de saúde em Portugal são:

  1. Medicare;
  2. Médis;
  3. Allianz;
  4. Ageas;
  5. Tranquilidade.

Vale reforçar que o melhor plano de saúde em Portugal é aquele que melhor atende às suas necessidades. Aconselho levar alguns pontos em consideração na hora de escolher:

  • Tamanho da rede médica e clínicas associadas à rede;
  • Valor do desconto nas consultas médicas;
  • Se oferece desconto em medicina alternativa e ginásio (academia);
  • Se possui médico a domicílio;
  • Limitação da quantidade de consultas;
  • Se inclui descontos em exames e tratamentos;
  • Valores das demais coberturas;
  • Se abrange a medicina dentária (dentista);
  • Preço do plano de saúde em Portugal.

Entre os planos de saúde em Portugal simulados na tabela, eu optaria pela Medicare ou Saúde Prime. Ambas contemplam todos os pontos citados acima.

E o melhor seguro de saúde?

Segundo a informação no site Compara Já, os planos da Médis e da AdvanceCare estão entre os melhores seguros de saúde em Portugal, mas também aconselho a pesquisar todos os pontos citados acima para saber qual melhor irá te atender.

Entre no site de cada uma das seguradoras, faça uma simulação inserindo a quantidade de pessoas, a idade de cada uma delas e analise com atenção todas as coberturas oferecidas. Só assim, encontrará o melhor seguro de saúde para você e sua família.

Sistema público x Sistema privado de saúde em Portugal

Do atendimento aos preços, existem muitas diferenças entre o sistema público e o sistema privado de saúde em Portugal. Conheça algumas delas.

Sistema público de saúde em Portugal

Funciona mais ou menos como o SUS no Brasil. O sistema de saúde pública em Portugal oferece atendimento para toda a população. Porém, diferente do que acontece com o SUS, o qual é totalmente gratuito, em Portugal pagava-se uma taxa nas consultas, exames e internações.

A taxa moderadora, como é chamada, tem sido reduzida nos últimos anos, e hoje é válida apenas para serviços de urgência hospitalar, quando o paciente não foi referenciado previamente pelo Serviço Nacional de Saúde (SNS) ou admitido a internamento através da urgência.

Mesmo assim, o atendimento ainda é gratuito para alguns grupos, como grávidas, crianças até 12 anos e doadores de sangue, células, tecidos e órgãos.

Imigrantes têm direito à saúde pública

Os estrangeiros que vivem legalmente em Portugal podem se inscrever no centro de saúde e solicitar o Número de Utente para usufruir do sistema público de saúde. Basta ir até o centro mais próximo da sua casa, levar o comprovante de endereço e a Autorização de Residência.

Para quem está planejando morar em Portugal, não esqueça de solicitar o PB4 online ou CDAM, um acordo bilateral entre Brasil e Portugal, que permite o acesso aos serviços de saúde do sistema público no país luso.

Diferenças em relação ao SUS

Assim como acontece no SUS, primeiramente, precisamos passar pelo Clínico Geral, e caso seja necessário, ele nos encaminha para a especialidade. O mesmo acontece em Portugal, você passa pelo Médico de Família e se necessário vai para a especialidade.

Porém, existe uma diferença entre os dois sistemas:

  • No SUS, dificilmente acontece do Clínico Geral ser o seu médico para o “resto da vida” e muito menos dele te ligar para te chamar para uma consulta de rotina;
  • No Sistema Nacional de Saúde em Portugal (SNS), quem tem um Médico de Família atribuído permanece sempre com ele ou até mudar de endereço (e consequentemente, de centro de saúde), uma vez que precisa estar inscrito na unidade mais próxima da sua casa.

E acredite, eles ligam mesmo para te dizer que já é hora de fazer a consulta e os exames de rotina, acompanhando a saúde do paciente.

Então não preciso de um plano de saúde em Portugal?

Depende.

Não é uma obrigatoriedade ter um plano de saúde em Portugal. A saúde pública funciona bem, principalmente nos centros de saúde, responsáveis pelos atendimentos de rotina e não tão urgentes.

Porém, para quem gosta da comodidade e de agilidade para marcação de consultas ou escolher seus médicos, um plano ou seguro de saúde é essencial. Como explicado, as consultas com especialistas pelo sistema público em Portugal podem demorar.

Sistema privado de saúde em Portugal

O sistema de saúde privada em Portugal é bastante parecido ao do Brasil: você pode marcar uma consulta ou outro tipo de atendimento por telefone, às vezes para o mesmo dia ou o dia seguinte.

Os preços são bastante elevados e podem chegar a quase 100€ para uma consulta especializada sem plano de saúde ou seguro saúde em Portugal.

Caso você possua esse serviço, deve procurar pelos centros de saúde e hospitais conveniados, e pagará valores bem menores, entre 15€ a 30€ para uma consulta especializada, dependendo do seu contrato e da coparticipação da seguradora.

Custos médicos e cirúrgicos em Portugal

Os custos podem ser muito variados, dependendo do tipo de atendimento realizado. Confira alguns exemplos a seguir:

No público

Desde o fim das taxas moderadoras no Sistema Nacional de Saúde de Portugal, os atendimentos e as cirurgias passaram a ser gratuitos nos hospitais públicos — se referenciado pelo atendimento do SNS, apenas com as exceções já explicadas.

Nesses casos, os atendimentos de urgência não referenciados pelo SNS terão os seguintes custos:

No privado

Segundo a tabela do Hospital da CUF do Porto, os valores são:

*Valores incluem fármacos e consumos indiferenciados e diária de assistência médica. Importante destacar que cada hospital em Portugal tem a sua própria tabela de preços.

Vantagens de ter um seguro ou plano de saúde em Portugal

Ter um plano de saúde em Portugal ou um seguro saúde pode ser uma boa ideia. Ele oferece diversas vantagens em relação à utilização do sistema público de saúde, como:

  • Não ter que enfrentar longas filas para atendimentos de urgência;
  • Não ter que esperar meses por uma consulta médica;
  • Poder escolher o local de atendimento de preferência;
  • Poder escolher o médico de preferência.

Vale a pena ter plano de saúde ou seguro de saúde em Portugal?

Na nossa opinião, vale a pena ter um plano ou seguro de saúde em Portugal. Eu, Lívia, particularmente tenho boas e péssimas experiências com o sistema de saúde pública no país.

No Centro de Saúde da minha freguesia, sempre consegui ser atendida muito bem, apesar de ter esperado um pouco mais de dois anos até ter uma atribuição de um médico de família. Sempre que precisei de um atendimento, fui atendida em cerca de 30 minutos/1 hora ou em poucos dias, a depender da urgência.

Porém, tive duas experiências péssimas na urgência do Hospital São João, no Porto. A primeira, foi quando achei que tinha quebrado meu dedo mindinho e fiquei mais de 5 horas aguardando para ser atendida por um Ortopedista. No final, fizemos um raio-x e concluímos que não era uma fratura. No entanto, após alguns dias, meu dedo não desinchava, até que o próprio corpo expeliu um caco de vidro — algo simples que o médico poderia ter olhado melhor.

A segunda foi uma infecção séria que tive na garganta. Aguardei inicialmente mais de 3 horas por um atendimento, até que perguntei para o segurança qual era a média do tempo de espera. Ele me respondeu: “geralmente de 4 horas, mas hoje o hospital está bem agitado e o tempo está de 8 horas para mais”.

Depois dessa resposta, eu peguei a mochila e fui para casa. Marquei um médico particular para o dia seguinte e que me custou 85€ e mais alguns euros na farmácia.

Desde então, resolvi contratar um seguro de saúde em Portugal e garantir um atendimento mais rápido para algumas situações específicas. Porém, quando não tenho nenhuma urgência, continuo recorrendo ao sistema público de saúde.

Portugal possui hospitais de excelência

Só para deixar claro, apesar da minha experiência ruim, o Hospital São João é um dos melhores hospitais de Portugal, e o terceiro maior do país. A minha experiência não anula em nenhum momento o trabalho dos profissionais de saúde que ali atuam.

Pelo contrário, só de passar algumas horas aguardando pelo atendimento, dá para perceber o quanto é um hospital de qualidade e a quantidade de pessoas que passam diariamente por ali.

Se está planejando a mudança para o país luso, recomendo o Programa Morar em Portugal. Uma série com várias videoaulas com todo o passo a passo da mudança. Inclui ainda o ebook Como Morar em Portugal para tirar todas as dúvidas e que será o seu “livro digital de cabeceira” para planejar a mudança legalmente e com muito planejamento.

By Lívia Tostes , da Eurodicas.

PORTUGAL CORRE O RISCO DE SER SUSPENSO DO ESPAÇO SCHENGEN – ENTENDA O PORQUÊ.

Mais um assunto que ando pesquisando. Mudar de país, te faz aprender e se manter atualizado sobre tudo que anda acontecendo por lá. Gostei muito desta reportagem, leiam…

Diante das preocupações com a imigração irregular e o aumento das ameaças à segurança, os governos europeus buscam garantir a eficácia dos mecanismos de administração fronteiriça. No entanto, atrasos na implementação das novas medidas de segurança da União Europeia (UE) colocam Portugal em risco de ser suspenso do Espaço Schengen.

Entenda mais detalhes sobre a situação.

Questões de segurança podem suspender Portugal

Portugal enfrenta o risco de suspensão do Espaço Schengen devido ao atraso na implementação dos sistemas essenciais para os novos procedimentos de controle de fronteira da União Europeia.

Dispositivos biométricos precisam ser instalados nos aeroportos, viabilizando a operacionalização do Sistema de Entrada e Saída (SES) e do Sistema Europeu de Informação e Autorização de Viagens (ETIAS). Até abril, esses equipamentos ainda não haviam sido solicitados.

Implementação dos sistemas se aproxima

ETIAS, inicialmente programado para lançamento em 2020 e adiado em várias ocasiões, agora está previsto para 2025.

Ele se tornará obrigatório para cidadãos de países terceiros (pessoas que não são cidadãos de países da União Europeia ou de países associados ao Espaço Schengen) hoje isentos de visto para Europa, exigindo o preenchimento antecipado de um formulário online. As informações fornecidas serão verificadas em bancos de dados da UE e da Interpol para decidir sobre a aceitação de uma determinada pessoa ou não.

Ao pré-avaliar os viajantes, o ETIAS planeja ajudar a identificar potenciais riscos à segurança, incluindo aqueles relacionados à imigração ilegal. Ao verificar antecipadamente a elegibilidade de quem entra em determinado país, o sistema busca prevenir a entrada de pessoas indesejadas, como imigrantes ilegais ou indivíduos associados a atividades criminosas.

Quanto ao SES, trata-se de um sistema eletrônico desenvolvido para registrar e armazenar informações sobre a entrada, saída e recusa de entrada de indivíduos. Esse sistema automatizado substituirá os tradicionais carimbos manuais nos passaportes.

Testes dos novos sistemas iniciam em julho

Os dispositivos necessários para os recentes procedimentos de controle de fronteiras devem passar por testes e validações até julho, o que significa que o prazo está a menos de dois meses de distância.

Julho marca o período em que os Estados-membros da União Europeia devem emitir uma declaração de prontidão, um processo pelo qual comunicam formalmente à Comissão Europeia que estão preparados para implementar medidas ou regulamentações específicas.

Governo português está correndo contra o tempo

O governo de Portugal está agindo com urgência para solucionar o atraso na instalação dos sistemas. A intenção é adquirir os equipamentos por meio de um processo que não requer licitação. Esse procedimento envolve uma série de trâmites burocráticos, incluindo uma avaliação conduzida pelo Tribunal de Contas.

No presente caso, o Tribunal está examinando dois contratos de software celebrados com empresas encarregadas do desenvolvimento de aplicativos de computador para o sistema em questão. A revisão é uma prática comum em contratos públicos, visando garantir a conformidade legal, a transparência e o uso eficiente dos recursos públicos.

Essa medida está sendo tomada devido à urgência em resolver o atraso e garantir que os sistemas de controle de fronteiras estejam operacionais até o prazo estabelecido.

Para a administração atual, culpa é do governo que antecedeu

O governo atual atribui a responsabilidade pelo atraso na aquisição dos equipamentos necessários ao seu antecessor, o primeiro-ministro Antônio Costa. Embora a gestão anterior tenha aprovado a autorização de despesa de 25 milhões de euros em março, não prosseguiu com o processo de licitação para adquirir os equipamentos no prazo necessário.

E, até o momento, ainda existe a possibilidade do processo não ser finalizado no prazo estipulado.

No entanto, acredita-se que seja pouco provável que Portugal não cumpra a declaração de prontidão até julho. O sistema precisa estar operacional em outubro, três meses após a declaração de prontidão.

Para a etapa que precisa ser validada até julho, o custo estimado é de 3 milhões de euros.

Extinto SEF não cumpriu implementação

As políticas de migração em Portugal, em conjunto com os repetidos atrasos na implementação de medidas de controle de fronteiras, vêm gerando preocupações entre os países da União Europeia.

Um ponto central de preocupação é justamente a implantação do sistema ETIAS, que todos os países-membros devem ter em funcionamento até outubro, para iniciar suas operações em 2025.

A inquietação se justifica: Portugal será obrigado a devolver para a UE cerca de 10 milhões de euros de financiamento não utilizado pelo antigo SEF (hoje chamado AIMA) em projetos fundamentais envolvendo o sistema ETIAS.

Caso os recursos tivessem sido utilizados, é provável que hoje o país já estaria preparado para as novas regras de segurança nas fronteiras.

Suspensão pode afetar a economia portuguesa

O ministro da Presidência, Antônio Leitão Amaro, advertiu sobre o impacto profundo no setor turístico português em pleno verão europeu.

Primeiramente, a suspensão do Schengen implicaria na reintrodução de controles de fronteira entre Portugal e outros países, o que poderia dificultar e atrasar as viagens dos turistas, aumentando os custos e diminuindo a conveniência.

Além disso, a suspensão poderia gerar uma percepção negativa sobre a segurança e estabilidade do país, afetando a confiança dos turistas e reduzindo o número de visitantes.

Isso, por sua vez, pode resultar em uma queda nas receitas do turismo e no fechamento de empresas e postos de trabalho no setor, impactando negativamente a economia de Portugal.

Somente entre janeiro e junho de 2023, mais de oito milhões de visitantes estrangeiros desembarcaram em Portugal. O Instituto Nacional de Estatística (INE) observou ainda que o número de passageiros que transitaram pelos aeroportos portugueses no primeiro semestre de 2023 aumentou quase 30% em relação ao ano anterior.

Apesar da inflação global e dos desdobramentos contínuos das guerras, as perspectivas apontavam, até então, para um desempenho semelhante em 2024, com potencial para manter ou superar os recordes estabelecidos no setor.

No entanto, com a incerteza se Portugal conseguirá cumprir os prazos para controle das fronteiras, ainda não é possível saber se o turismo será afetado ou não pela possível suspensão do Espaço Schengen.

Espaço Schengen facilita circulação

O Espaço Schengen representa uma área de livre circulação entre os países signatários do Acordo de Schengen, permitindo que as pessoas transitem sem restrições nas fronteiras internas. Este acordo iniciou em 1985, com cinco países, expandindo-se posteriormente para outros, como Portugal em 1991.

Com o tempo, foi incorporado à legislação da União Europeia, abrangendo a maioria dos países da UE e alguns Estados associados, como a Islândia, Liechtenstein, Noruega e Suíça — atualmente são 29 países no total.

Uma das principais responsabilidades dos Estados-membros é o controle das fronteiras externas, seguindo um conjunto de regras comuns. Isso implica que cada país deve garantir o controle eficaz de suas fronteiras externas, que passam a ser consideradas não apenas suas, mas também do Espaço Schengen todo.

Além da facilitação das viagens, a adesão ao Espaço Schengen fortalece a cooperação na luta contra o crime transfronteiriço, com uma colaboração policial e judicial mais eficaz. O Sistema de Informação Schengen (SIS) desempenha um papel crucial nesse aspecto, permitindo o compartilhamento de informações sobre pessoas desaparecidas, procuradas ou objetos roubados, contribuindo assim para a segurança interna.

Portugal, juntamente com diversos outros países europeus, faz parte do Espaço Schengen, usufruindo dos benefícios dessa integração, como a eliminação dos controles nas fronteiras internas e a facilitação das viagens entre os Estados-membros.

By Mauricio Martins  do site da Eurodicas

4 LIÇÕES DE VIDA QUE A SOLIDÃO PODE ENSINAR.

Muitas pessoas pensam que a solidão é sombria, difícil e geralmente insuportável

Embora pensar assim, seja muito pior do que qualquer solidão!

A solidão pode ser maravilhosa. Pode ser apenas “solitude”, uma maneira de estar comigo mesma! Cara a cara. Dá liberdade e independência incomparáveis. Ele permite que você realmente relaxe e se recupere.

Além disso, a solidão pode ensinar muito. Aqui estão 4 lições valiosas:

1. Independência Real

Quase sempre me considerei uma pessoa independente, mas foi somente na ausência de um parceiro (a algum tempos atras) que aprendi a ser verdadeiramente autônomo(a). Cresci muito e me fortaleci, mais do que, como eu era antes. Me tornei uma mulher muito mais forte e resiliente.

No início, ir ao cinema, a um restaurante, à praia ou passear sozinho(a) parecia estranho. No entanto, com o tempo, comecei a valorizar a minha independência. Escolhia os lugares que eu queria ir, quando e a que horas ir, sem medo. E gostei!

A capacidade de fazer o que quiser, quando quiser, escolher…proporciona uma verdadeira sensação de liberdade e autonomia, algo que não é facilmente alcançado em um relacionamento.

Aprendia a desfrutar e valorizar o tempo que passo sozinho(a) comigo mesmo(a) e cresci muito como pessoa.

2. Autoconsciência

Aprendia a cada dia, já mais segura e mais tranquila. A solidão, ou solitude como gosto de chamar, me proporcionou uma oportunidade de entender a minha verdadeira personalidade, com que tipo de pessoas desejava me relacionar, qual estilo de vida queria levar e as áreas em que precisava melhorar. E ainda tenho muita coisa para aprender.

Por exemplo, quando cometia um erro, não havia ninguém para me convencer de que “não era grande coisa”. Precisava sozinha reconhecer meus equívocos, aprender com eles e descobrir como me aprimorar para evitar repeti-los. Isto é magnífico e libertador!

Em relação a amizades, tenho que avaliar de forma independente os novos conhecidos e decidir se desejo que eles façam parte da minha vida, sejam meus amigos ou não. São escolhas!!!

Enquanto estive num relacionamento, sempre tive a ajuda ou palpite do meu parceiro. E no período que fiquei sozinha (antes do novo parceiro) tinha que confiar em mim mesmo para tomar decisões. A solidão me proporcionou um nível de autoconsciência que eu jamais tinha experimentado antes. Afinal antes era protegida pelo pai e em seguida tinha sido protegida por um parceiro. Já mulher mais madura e responsável por mim mesma, fui aprender a crescer como pessoa e fazer minhas próprias escolhas de acordo com o que eu queria pra mim dali pra frente. Inicialmente foi difícil, mas logo superei e tive a realização de descobrir como era bom esta mudança. Foi muito importante e um divisor de águas na minha vida esse momento para mim.

3. Auto-suficiência

Uma lição valiosa que aprendi é a de que não dependia de ninguém para ser feliz. Era eu quem tinha o poder de me alegrar e sei exatamente do que precisava.

Não precisava de uma companhia para desfrutar de um jantar delicioso em um restaurante… ou para viajar, conhecer algum país novo etc. Não necessitava de outra pessoa para validar minhas ações. Isto me dava total liberdade, gostei!

Quando cometia um erro, aprendia com ele, seguia em frente e fazia diferente na próxima vez, em vez de esperar que alguém me “corrigisse ou palpitasse”. Descobri logo que eu posso cuidar de mim mesmo e viver uma vida plena e feliz.

4. Expectativas de Relacionamento

Já ouvi esse ditado: “Se você é feliz sozinho, atrairá alguém semelhante”.

Concordo plenamente. A solidão me proporcionou um autoconhecimento mais profundo e passei a desejar uma convivência melhor. Levou tempo para encontrar alguém que também fosse autossuficiente e não dependesse dos outros. Me tornei mais exigente, mas eletiva e seletiva… sabia muito bem o que queria ou não para mim. Demorou um pouco. E encontrei meu novo parceiro.

Eu já sabia que podia cuidar de mim mesma e depois de algum tempo, sem pressa, reconhecia que necessitava conhecer apenas alguém, que também fosse capaz de ter uma mulher autoconfiante e feliz… Onde a sua companhia fosse me acrescentar, em podermos compartilhar nossas alegrias e dores… com afeto e muito diálogo, boas risadas e poucas lágrimas… onde pudéssemos conviver com harmonia, respeito, amorosidade e muitos aprendizado juntos. Almejei tudo isso. Busquei, e consegui!

Sim, às vezes sentia-me como a pessoa mais solitária do universo. Mas não ficava triste, sei que essa sensação passava. Tudo passa! Mas, na maioria das vezes, sentia-me no topo do mundo, consciente de tudo o que conquistei por conta própria. E depois o que construiríamos juntos, trazia uma paz e uma alegria infinita. Gratidão tenho muito, todos os dias.

Em conclusão resumida, embora muitas pessoas considerem a solidão como algo sombrio e difícil, a verdade é que a “solitude” pode ser maravilhosa. Ela oferece liberdade e independência incomparáveis, permitindo que você relaxe, reflita bastante e se recupere verdadeiramente… Se reinventando todos os dias.

Além disso, a solidão traz consigo valiosas lições. A primeira é a “independência real”, aprendendo a ser verdadeiramente autônomo(a) e apreciando a liberdade de fazer o que quiser, quando quiser. Isso proporciona uma sensação única de liberdade e autonomia. A solidão também promove a “autoconsciência”, permitindo que você compreenda sua verdadeira personalidade, os tipos de relacionamentos que deseja ter e o tanto de parceiros; quais os familiares, assim como os amigos (não tóxicos) mais próximos de mim… Mais fácil perceber as áreas em que precisava melhorar. Percebi que sem a influência direta de alguém, você aprende a reconhecer seus erros, aprender com eles e crescer como pessoa.

Outra lição valiosa é a “auto-suficiência”. A solitude ensina que a felicidade não depende de outras pessoas e que você tem o poder de se alegrar e cuidar de si mesmo. Não é necessário buscar validação externa, pois você reconhece que pode viver uma vida plena e feliz por conta própria.

Por fim, a solidão ajusta suas expectativas em relação aos relacionamentos. Qualquer um deles: do parceiro, familiar os nas amizades. Você percebe que, ao estar feliz sozinho(a), atrairá pessoas semelhantes, que também são autossuficientes. Não se busca mais alguém para te completar, mas sim alguém que seja capaz de cuidar de si mesmo e compartilhar uma vida plena e feliz. E encontra.

Embora a solidão possa às vezes trazer sentimentos de solidão, na maioria das vezes, ela nos eleva, nos tornando conscientes das conquistas que alcançamos por conta própria. A solidão é uma grande oportunidade para crescer, fortalecer-se e descobrir a verdadeira essência de quem somos.

By Beatriz Carvalho com algumas inclusões minhas.

VIVER SEM TEMPOS MORTOS.

Eu tenho exatamente esta mesma impressão.

“A impressão que eu tenho é de não ter envelhecido, embora eu esteja instalada na velhice. O tempo é irrealizável. Provisoriamente, o tempo parou para mim. Provisoriamente. Mas eu não ignoro as ameaças que o futuro encerra, como também não ignoro que é o meu passado que define a minha abertura para o futuro. O meu passado é a referência que me projeta e que eu devo ultrapassar. Portanto, ao meu passado eu devo o meu saber e a minha ignorância, as minhas necessidades, as minhas relações, a minha cultura e o meu corpo. Que espaço o meu passado deixa para a minha liberdade hoje? Não sou escrava dele. O que eu sempre quis foi comunicar da maneira mais direta o sabor da minha vida. Unicamente, o sabor da minha vida. Acho que eu consegui fazê-lo. Vivi num mundo de homens guardando em mim o melhor da minha feminilidade. Não desejei nem desejo nada mais do que viver sem tempos mortos.”

Simone de Beauvoir

Assista ao vídeo:

MUDAR PARA PORTUGAL – CLIMA E FUSO HORÁRIO: COMO LIDAR COM AS DIFERENÇAS E SE ADAPTAR…

Acompanho o site da Eurodicas a muito tempo, desde que comecei a querer morar em Portugal, depois da nossa aposentadoria. Ás adaptação são muitas com a mudança de País. E este artigo traz algumas reflexões importantes. Quer saber mais? Leiam:

O processo de adaptação de um imigrante a um novo país tem inúmeras camadas, é um processo longo e intenso, que envolve não apenas mudanças internas e emocionais, mas também os aspectos externos e ambientais, como a adaptação ao clima e ao fuso horário.

Esses elementos têm um papel fundamental nos desafios enfrentados diariamente pelos imigrantes e na maneira como percebem o tempo e o espaço em sua rotina. Compreender a complexidade desse processo de adaptação é essencial para o planejamento eficaz da mudança, considerando que o nosso ambiente pode impactar diretamente a saúde mental.

Efeitos do clima na saúde mental

As variações climáticas podem ter um impacto significativo na vida dos imigrantes, especialmente no que diz respeito à saúde mental e física. Lidar com mudanças drásticas dessas condições, como temperaturas extremas, umidade variada, ou estações do ano distintas, pode gerar desconfortos diários que dificultam a adaptação do imigrante.

É frequente que o nosso corpo reaja às mudanças no ambiente e assim, podendo aumentar a ocorrência de sintomas como gripes ou dificuldades respiratórias. Inicialmente, esses sintomas podem parecer insignificantes, mas ao longo do tempo, podem deixar o imigrante mais cansado, irritado e com a imunidade mais baixa.

Antes de estabelecer uma rotina, o imigrante precisa enfrentar diversas burocracias, e, portanto, lidar com sintomas físicos e mentais pode dificultar ainda mais esse período que demanda bastante energia.

O inverno pode impactar na saúde mental

A saúde mental também pode sofrer impactos, especialmente em regiões com invernos longos e dias mais escuros. Essas condições climáticas podem provocar mudanças de humor e, indiretamente, influenciar nas atividades sociais.

O clima muitas vezes limita o estrangeiro em realizar atividades recreativas, levando-o ao isolamento social e impedindo a participação em atividades cotidianas ao ar livre.

Em casos mais graves, pode ocorrer a depressão sazonal, um tipo de transtorno relacionado às mudanças sazonais durante o ano. Esses sintomas são mais comuns durante os meses de outono e inverno, quando há uma redução na exposição à luz solar.

Acredita-se que a falta de exposição à luz do sol tenha um papel crucial no desenvolvimento da depressão sazonal. Isso porque a falta da luz natural pode causar um desequilíbrio na produção da serotonina e melatonina, substâncias fundamentais para regular o humor e o sono.

Os principais sintomas desse transtorno são:

• Sentimentos persistentes de tristeza;

• Perda de interesse ou prazer e atividades que costumavam ser agradáveis;

• Baixa energia ou fadiga;

• Alterações no sono;

• Alterações no apetite;

• Dificuldades em se concentrar em tarefas ou tomar decisões;

• Pensamentos negativos sobre si e sobre o futuro;

• Sentimentos de desesperança e desamparo.

Como se adaptar às condições climáticas?

A adaptação às mudanças climáticas pode ser um desafio adicional para os imigrantes, mas existem estratégias que podem facilitar esse processo. Conheça algumas:

Informação e conscientização climática

Antes de mudar para outro país é crucial obter informações detalhadas sobre o clima local. Isso permite uma preparação mais eficiente para a transição, sendo útil também ficar atento às variações de temperatura e estações ao longo do ano durante a rotina no novo ambiente.

Rede de apoio

Buscar ajuda de familiares e de outros estrangeiros na mesma comunidade oferece a oportunidade de compartilhar experiências, conselhos e estratégias de adaptação. Isso promove um senso de pertencimento para o imigrante e estimula sua vida social, ao se envolver em atividades novas e fora de casa.

Acesso a recursos

Para um imigrante recém-chegado, pode ser confuso preparar sua habitação para climas diferentes. Saber como adequar sua moradia ao clima local e as suas necessidades é essencial para viver em condições confortáveis.

Ajuda especializada

Fazer terapia on-line para quem mora fora (ou presencial) vai ajudar a lidar com as questões emocionais. Elas variam individualmente entre os imigrantes, em alguns casos, a busca de um profissional da área da saúde mental pode ser fundamental para compreender sobre suas emoções e identificar fatores que facilitam ou dificultam a adaptação.

Em casos de suspeita de depressão sazonal é aconselhável procurar ajuda terapêutica ou psiquiatra para uma avaliação detalhada e um diagnóstico correto.

O tratamento mais utilizado envolve exposição controlada à luz solar por meio de luzes artificiais. Além disso, o acompanhamento de profissionais da saúde tem o objetivo de verificar a evolução do cliente e a qualidade de vida emocional.

Efeitos do fuso horário a saúde mental

Outro desafio que pode dificultar a adaptação do imigrante é a mudança de fuso horário. A falta de sincronia entre o relógio biológico e o novo ambiente pode resultar na desregulação do sono. A longo prazo, isso pode aumentar o estresse e prejudicar a saúde mental.

Os distúrbios mais comuns incluem insônia, sonolência excessiva, terror noturno, bruxismo, sonambulismo, narcolepsia, apneia do sono, entre outros.

Isso ocorre porque os processos fisiológicos que regulam os padrões de sono podem ser perturbados pela mudança abrupta no fuso horário. Essa desregulação pode impactar o equilíbrio dos hormônios e dos neurotransmissores, contribuindo para o estresse e impactando o humor.

É natural que nos primeiros momentos em um novo país, o estrangeiro tenha mais dificuldade de se adaptar ao fuso horário, e espera-se que essa sensação se ajuste ao longo dos dias. No entanto, para algumas pessoas, isso pode ser extremamente desafiador e trazer consequências para sua rotina, como:

• Fadiga e sonolência durante o dia;

• Dificuldades de concentração devido ao cansaço;

• Maior probabilidade de desenvolver problemas da saúde mental, como ansiedade ou depressão;

• Prejudicar a performance ou desempenho no trabalho;

• Conflitos de relacionamentos devido às variações de humor;

• Irritabilidade e estresse.

Como se adaptar ao fuso horário?

Uma estratégia para enfrentar o estresse da adaptação em um novo país é manter uma conexão sólida com a família no Brasil.

No entanto, devido ao fuso horário, isso pode se tornar um desafio adicional. Portanto, é crucial estabelecer horários regulares para a comunicação ou explorar formas de interação que não exijam que as pessoas estejam online simultaneamente. Essa prática ajuda a manter laços fortes mesmo à distância, e proporcionando apoio emocional da família quando necessário.

Essa abordagem também pode ser utilizada para auxiliar aqueles imigrantes que trabalham no exterior. Nesses casos, encontrar um equilíbrio entre reconhecer os seus limites pessoais e suas obrigações profissionais é fundamental. A comunicação clara sobre as suas necessidades e flexibilidades ajuda a estabelecer uma vida pessoal e profissional saudável e em harmonia.

Tenha paciência com a adaptação

A adaptação a um novo fuso horário é uma questão de tempo, que exige paciência enquanto o corpo se ajusta gradualmente a novos hábitos.

Criar uma rotina consistente, com horários específicos para dormir, acordar, comer e trabalhar, facilita a regulação do relógio biológico. Evitar cochilos prolongados durante o dia e fazer atividades físicas regularmente contribuem para melhorar a qualidade do sono e reduzir o estresse diário.

No processo de adaptação, é fundamental reconhecer que leva tempo para resolver os desafios.

Permita-se tempo para as coisas se ajustarem. Além disso, não deixe de se expor à luz natural sempre que for possível.

Morar fora não é um conto de fadas,

mas estabelecer uma rede de apoio, incluindo amigos, familiares e profissionais da saúde mental, é essencial, especialmente em momentos mais difíceis. Buscar ajuda quando necessário pode fazer toda a diferença no processo de adaptação do imigrante.

By Julia Cardozo, psicóloga.

Fonte: