CUSTO DE VIDA EM PORTUGAL 🇵🇹 : QUANDO CUSTA MORAR VIVER NO PAÍS EM 2024.

Eu estou planejando a minha mudança para Portugal já faz uns 4 anos. Aos poucos fui providenciando toda a minha documentação, apostilando algumas, atualizando outras; fazendo uma reserva financeira; mapeando mentalmente e estrategicamente tudo que ia ser necessário para esta mudança, agora falta pouco… Tenho acompanhado bastante tudo sobre os assuntos relacionados a como será morar lá.

Com minha ousadia, tudo para estar mais perto dos meus filhos e suas famílias, que moram perto dali… como para ter uma melhor qualidade de vida, no meu envelhecer. Desafios sempre me estimularam. Acompanho muito o site da Eurodicas, sempre estão antenados e atualizados, com informações sérias. Vou compartilhar aqui um que eu uso muito para fazer meus cálculos sobre o custo de vida. Leiam:

Um dos aspectos que mais influencia na decisão de quem planeja morar em outro país, assim como eu, é o custo de vida. Sem dúvida, entender quais são os principais gastos e o que eles representam frente aos salários é essencial para tomar uma decisão. Neste artigo vamos apresentar em detalhes o custo de vida em Portugal (em 2024) e quais aspectos mais pesam no orçamento.

Qual o custo de vida em Portugal?

O custo de vida em Portugal gira em torno de 1.800€ a 2.200€ para duas pessoas.

Mas é importante ter em mente que são vários os fatores que influenciam no custo final, desde a cidade escolhida até o número de pessoas na família, passando ainda pelo padrão de vida estabelecido.

O custo de vida em Portugal é alto?

Se comparado aos demais países europeus, o custo de vida em Portugal não é alto, pelo contrário, é o mais baixo entre os países da Europa Ocidental.

Mas se compararmos o custo de vida em Portugal ao do Brasil, no país europeu o custo é mais alto. É preciso considerar vários fatores para entender melhor essa questão, desde o salário mínimo, até o médio, passando, claro, pelo preço dos itens do dia a dia.

Poder de compra em Portugal

O poder de compra em Portugal não é dos mais elevados da Europa. Com os salários consideravelmente mais baixos (se comparado com outros países), o poder de compra da população também é menor.

Segundo reportagem do jornal Expresso, publicada em fevereiro de 2024 com base nos dados da Eurostat e nos últimos indicadores do Instituto Nacional de Estatística (INE), mesmo com um aumento de 2,3% no salário médio, Portugal é o sexto rendimento mais baixo da União Europeia.

No entanto, se compararmos com o Brasil, o poder de compra da população em Portugal é mais elevado. Em Portugal, apesar dos salários baixos, o poder de compra é cerca de três vezes maior em relação ao Brasil.

Quanto custa morar em Portugal?

Depende da cidade.

Isso mesmo, o custo de vida em Portugal depende especialmente da cidade na qual se vive. Isso porque um dos aspectos que mais reflete nos gastos de quem vive no país é o valor da moradia. Nas maiores cidades esse valor está bem acima da média no país, encarecendo e muito a vida.

Para ter uma ideia, segundo o estudo “Custo de Vida 2023”, da consultoria Mercer, Lisboa foi considerada a 117ª cidade mais cara para expatriados no ranking mundial, enquanto São Paulo ocupa a 152ª posição. No mesmo estudo, considerando apenas as cidades europeias, Lisboa ocupa a 39ª posição.

O estudo considerou gastos de habitação, transporte, vestuário, alimentação, utensílios domésticos e entretenimento em mais de 400 cidades ao redor do mundo.

Já quem pensa em morar no interior de Portugal, o aluguel costuma ser bem mais em conta. Assim, viver nos arredores de grandes cidades também pode ser uma boa forma de economizar com moradia.

Custo de vida em Lisboa

A capital portuguesa é, também, a cidade mais cara e com maior custo de vida em Portugal e, como mostra o estudo citado acima, morar em Lisboa é também viver uma das mais caras do mundo, principalmente se considerar o balanço entre custo de vida e o salário médio.

Com os preços elevados de moradia, alugar um apartamento de um quarto no centro da cidade pode custar cerca de 1.295€. Se o objetivo é viver com a família toda, o custo de um imóvel de três quartos gira em torno de 2.481€.

Segundo o Relatório do Preço de Habitação disponibilizado pelo Idealista em fevereiro de 2024, o aluguel em Lisboa custa 19,7€/m². Ainda segundo o relatório, esse valor teve um aumento de 16,5% em relação a fevereiro de 2023.

Lisboa tem o custo de vida mais alto de Portugal, mas também concentra as melhores oportunidades de emprego e lazer.

Outro aspecto que pode ser bem mais caro no custo de vida em Lisboa que no restante do país é comer fora. Por ser uma cidade muito turística, não faltam opções de restaurantes, mas comer bem pode custar caro. Um jantar em um restaurante médio custa cerca de 50€ para um casal, já em um restaurante simples uma refeição fica por 13,25€.

Custo de vida no Porto

A segunda cidade mais importante do país, Porto, também tem um custo de vida alto, porém, mais baixo se comparado a Lisboa. O aluguel, por exemplo, chega a ser 29,1% mais barato na cidade nortenha. Assim, morar no Porto, em um apartamento de um quarto no centro da cidade custa, em média, 975€ e em um apartamento de três quartos custa cerca de 1.574€.

Segundo o Relatório do Preço de Habitação do Idealista, em fevereiro de 2024, o aluguel no Porto custa 15,1€/m² e apresentou um aumento de 19,4% em relação a fevereiro de 2023.

Os valores de alimentação, seja em restaurantes ou em compras de supermercado, pouco diferem nas duas cidades. No geral, o custo de vida no Porto é cerca de 11,1% mais barato que em Lisboa, sem considerar o aluguel.

Já considerando o aluguel, é cerca de 18% mais barato no Porto do que em Lisboa. Uma refeição para duas pessoas em um restaurante médio custa cerca de 40€ e uma refeição em um restaurante simples custa 9€.

Custo de vida em Braga

Uma das principais cidades da região norte de Portugal, o custo de vida em Braga é mais baixo que o Porto. No que se refere aos aluguéis, por exemplo, os valores são cerca de 19,7% menores, custando, em média, 793€ o aluguel de um apartamento de um quarto no centro da cidade e 1.233€ o imóvel com três quartos na mesma região.

O Relatório do Preço de Habitação do Idealista, aponta que em fevereiro de 2024, o aluguel em Braga custa 9,1€/m² e apresentou um aumento de 19,7% em relação ao mesmo período de 2023.

Por outro lado, comer fora em Braga pode ficar um pouco mais caro. Isso porque um jantar em um restaurante médio, por exemplo, custa cerca de 45€ para um casal. Já o almoço em um restaurante simples, o menu custa cerca de 8€, apenas 1€ a menos que no Porto.

De modo geral, morar em Braga é cerca de 4,9% mais barato, sem considerar o aluguel. Já o custo de vida, considerando o aluguel, é 9,8% mais barato que no Porto.

Custo de vida em Faro

O custo de vida em Faro não é baixo, mas ainda é mais barato do que Lisboa. Os aluguéis são cerca de 28,2% mais baixos do que na capital. Em média, um apartamento de um quarto no centro da cidade custa cerca de 942€, já um apartamento de três quartos pode custar 1.612€, na mesma região.

No Relatório do Preço de Habitação do Idealista, de fevereiro de 2024, o aluguel em Faro aparece por 13,3€/m² e apresentou um aumento de 15,1% em relação a fevereiro de 2023.

Comer fora também pode custar um pouco menos ao morar em Faro. Uma refeição para duas pessoas em um restaurante de padrão médio custa 40€, e em um restaurante simples uma refeição custa cerca de 9€.

Custo de vida em Portugal com filhos

Para quem pensa em morar em Portugal com filhos é preciso somar ao custo de vida alguns itens, especialmente relacionados à educação. As escolas a partir do ensino básico são gratuitas, mas cabe aos pais pagar pela alimentação (fornecida pela escola) e o material didático (detalhamos esses custos mais abaixo).

Já para as crianças na creche, é preciso contabilizar um valor que não sai barato. As creches privadas em Portugal custa em 350€ a 500€ por mês. Também é possível encontrar instituições mais baratas ou, ainda, outras que o governo subsidia.

Desde setembro de 2022, as creches que fazem parte do setor Social e Solidário, tornaram-se gratuitas para todas as crianças nascidas a partir de 1 de setembro de 2021.

Em janeiro de 2024, o programa chamado “Creche Feliz” foi ampliado e passou a incluir instituições privadas, que destinam uma parcela de suas vagas para crianças que não conseguem acesso ao setor público. Porém, ao que tudo indica, o programa ainda precisará ser atualizado e passará por alterações, conforme a reportagem do jornal Notícias ao Minuto.

Para os pais que pretendem colocar o filho em escolas privadas, é bom saber que o valor pode ser bem mais elevado, chegando as escolas internacionais a custar alguns milhares de euros anuais.

Aluguel em Portugal

Sem dúvida esse é o principal vilão do custo de vida em Portugal. O aluguel, especialmente nas grandes cidades, sofreu um aumento considerável nos últimos anos, pressionado pelas especulações imobiliárias e pelo crescimento do turismo.

A pandemia de 2020 andou freando o aumento no preço do aluguel em Portugal, especialmente em Lisboa e Porto. Entretanto, já em 2021, quando as fronteiras começaram a reabrir, os preços voltaram a subir com o impacto da inflação e o grande fluxo de turismo. Desde então, os valores estão ainda mais altos.

Segundo o relatório do Idealista, de fevereiro de 2023 a fevereiro de 2024, houve um aumento de 18,3% no valor do metro quadrado dos imóveis para aluguel, considerando a média nacional.

Veja os valores médios de aluguel praticados no país.

Consultamos o site Numbeo, que apresenta os valores médios do custo de vida em Portugal e apresentamos a seguir, os valores de aluguéis nas quatro principais cidades escolhidas pelos brasileiros.

A consulta foi realizada em março de 2024 para T1 (apartamento de 1 quarto) e T3 (apartamento de 3 quartos).

Entenda o aumento do custo de vida em Portugal e como ele impacta a mudança para o país.

Moradia com ou sem móveis

Em Portugal, assim como na maioria dos países europeus, é bem comum encontrar imóveis mobiliados, prontos para morar. Mas claro, isso tem um custo. Geralmente os imóveis montados, prontos para morar, custam um pouco mais que os sem mobília.

Apesar de ser um pouco mais caro, a principal vantagem de um imóvel com móveis incluídos é não ter de gastar dinheiro montando todo o apartamento. Esse aspecto é bem importante, especialmente para quem acaba de chegar no país ou ainda não está seguro sobre continuar vivendo no imóvel por um período prolongado.

Por outro lado, quem opta por alugar um imóvel sem mobília geralmente pode contar com armários no quarto, com a cozinha montada, uma vez que a maioria dos apartamentos tem os eletrodomésticos embutidos, como cooktop, forno, geladeira e, em alguns casos, até o lava-louça.

Se o objetivo é ter uma casa definitiva, comprar os móveis pode ser uma opção, especialmente considerando que Portugal tem lojas como a Ikea, com produtos a baixo custo, com design bonito e qualidade. Seja para os móveis ou utensílios, esse tipo de loja pode ajudar a baratear muito a montagem da casa.

Comprar casa em Portugal

Tendo em consideração os preços de aluguel, é natural que se deduza que o comprar casa em Portugal seja caro. Porém, não é bem assim.

Apesar dos preços elevados em algumas regiões, financiar casa em Portugal pode ser bem mais barato do que se imagina, com valores mensais abaixo dos praticados no aluguel. Segundo o relatório do Idealista, o custo médio do metro quadrado em Portugal é de 2.596€ (dados de fevereiro de 2024). Um aumento de 6,2% em relação ao período homólogo.

Claro que os preços para a compra de imóvel nas grandes cidades também são elevados. Confira a tabela abaixo com os valores de metro quadrado em fevereiro de 2024.

Supermercado em Portugal

Os custos de supermercado em Portugal sofreram um aumento devido à inflação desde o início da Guerra da Ucrânia. Segundo os resultados do monitoramento da DecoProteste, o cabaz alimentar (cesta básica) diminuiu em 4,67€ (1,96%), entre 8 de março de 2023 e 6 de março de 2024.

Contudo, desde que a Guerra da Ucrânia começou, em fevereiro de 2022, o cabaz alimentar teve um aumento devido à escassez de matérias-primas e crescente custos de produção.

O reflexo disso gera um aumento nos preços internacionais e, consequentemente, nos preços ao consumidor de produtos agrícolas como carne, laticínios, frutas, cereais matinais e óleo vegetal.

Dentre os 10 produtos que mais aumentaram entre abril de 2023 e abril de 2024: azeite extra virgem (+62%), pescada fresca (+32%), laranja (+27%), brócolis (+17%), carapau (+17%), peixe-espada-preto (+16%), batata-vermelha (+14%), flocos de cereais (+14%), enlatado de atum no azeite (+14%), cereais integrais (+13%).

No entanto, o aumento da inflação em 2022, que teve uma desaceleração em 2023, mas voltou a crescer 2,3% na primeira semana de 2024, fez o governo português isentar o IVA em mais de 40 alimentos mais consumidos para conter esses aumentos. Porém, as mudanças não foram tão significativas, já que do dia 4 de janeiro a 6 de março a economia foi de 30 centavos, segundo a DecoProteste.

De maneira geral, variam pouco de uma cidade para outra. Em média, um casal gasta entre 300€ e 400€ por mês em supermercado.

Para ter uma base dos custos, apresentamos uma lista com preços de alguns itens recorrentes na compra de supermercado, confira:

*Valores consultados em março de 2024 no Numbeo.

Comer fora em Portugal

Quando o assunto é comer fora, talvez seja um dos itens que mais apresenta variação de preço no país. Isso porque, se considerarmos os valores de restaurantes nas maiores e mais turísticas cidades, eles são mais elevados do que no restante do país.

Até mesmo numa mesma cidade é possível encontrar preços bem diferentes. No Porto, por exemplo, comer na Baixa (a região mais turística) é muito mais caro do que comer nas zonas mais residenciais da cidade. Outro aspecto que influencia no preço é o tipo de restaurante. Confira quanto custa comer fora em Portugal, segundo os dados do Numbeo:

Claro que esses são valores médios, assim, é possível comer a custo mais baixo ou mais alto, vai depender dos aspectos que apontamos anteriormente.

Contas da casa no custo de vida em Portugal

Existem, ainda, outros aspectos que influenciam o custo de vida: as contas da casa. No geral, elas não variam muito de uma cidade para a outra, com exceção da água que é de administração municipal.

Entenda como funcionam essas contas e quanto elas impactam no custo de vida em Portugal.

Luz e gás

Em Portugal, diferente do Brasil, o mercado de energia é livre, ou seja, você pode escolher uma empresa fornecedora de energia elétrica conforme os preços praticados. Assim, os custos podem variar muito de uma empresa para a outra, é importante estar atento.

A maioria das fornecedoras de energia elétrica também fornece gás, dessa forma, é possível contratar os dois serviços juntos, o que pode baratear a conta.

Existem algumas variáveis que devem ser consideradas para entender a conta de energia e gás. Por exemplo, em algumas casas todos os itens são elétricos, incluindo o aquecimento. Em outras, o gás é usado no aquecimento da casa, da água e para cozinhar, sendo o gás mais barato que a energia elétrica.

Assim, o valor médio das duas contas é de 80€, e esse valor varia conforme a época do ano, considerando que no inverno o consumo é mais elevado. Além disso, o tamanho da casa e o número de moradores também pode aumentar o valor da conta, impactando no custo de vida em Portugal.

Água

A conta de água em Portugal, como mencionamos, pode variar um pouco mais de uma cidade para outra, uma vez que é de responsabilidade do município ou concelho, como é chamado por aqui.

O valor médio da conta de água é de 35€ para um casal. Esse valor pode variar conforme a época do ano, a quantidade de roupa que se lava em casa, se tem lava-louça, entre outros fatores. Mas, geralmente, é uma conta que não ultrapassa os 50€.

TV, telefone e internet

Existem pelo menos três grandes empresas de comunicação em Portugal, são elas a Vodafone, Meo e Nos (no interior do país há também a Nowo). Os preços variam pouco de uma para outra, a escolha vai depender da disponibilidade da fibra ótica na região que você escolher viver — acredite, faz muita diferença na qualidade.

Um pacote básico custa a partir de 30€, mas com pouco mais você pode escolher pacotes mais completos. Inclusive, é possível incluir os celulares no plano. Pode ser uma boa opção, ajuda a ter mais controle e, em alguns casos, é possível economizar.

Transporte público

O transporte público em Portugal é bom e os custos são relativamente baixos. As cidades oferecem tanto passes mensais como ocasionais e até opções de bilhetes turísticos diários para quem está apenas de passagem.

Os valores variam conforme o perímetro de deslocamento, com descontos para famílias de baixa renda, estudantes, idosos e outros grupos. Confira na tabela os preços dos passes mensais, considerando as tarifas normais, em Lisboa, Porto, Braga e Faro:

Os passes ocasionais também são uma opção para quem vive nestas cidades, mas não depende exclusivamente do transporte público. Basta comprar um cartão pré-pago e carregar quantas passagens quiser. Veja abaixo os valores do bilhete individual para viagens ocasionais:

Em outras cidades, de médio porte, o valor dos transportes públicos é um pouco mais baixo, podendo variar entre 10€ a 40€ o passe mensal.

Basicamente, cada município tem suas próprias regras sobre como cobrar pelas distâncias, qual o perímetro de cada categoria de passe e o valor cobrado por cada um deles. Do mesmo modo, cada lugar tem uma regra sobre validação dos passes e multas, caso as regras não sejam cumpridas. Tenha muita atenção sobre elas.

No Porto, por exemplo, não há catracas nem portas automáticas para validar o bilhete. Basta apenas encostar o cartão nos totens espalhados pelas estações, lembrando sempre de revalidá-lo, caso precise alterar a linha.

É importante lembrar que, também é possível comprar passagens diretamente a bordo, direto com o motorista, porém os preços são bem mais altos se comparados ao pagamento no cartão pré-pago nas estações.

Lazer em Portugal

Talvez esse seja o gasto mais subjetivo desta lista do custo de vida em Portugal, afinal, os gastos de lazer variam muito de uma pessoa para outra, das prioridades estabelecidas e do estilo de vida. Com aproximadamente 300€ por mês é possível ter uma vida social ativa, sair para bares, jantar fora, ir em shows, entre outras atividades (considerando um casal).

Quem não costuma sair tanto pode ter um gasto bem inferior. Como dissemos, esse é o gasto mais subjetivo e depende muito do estilo de vida e do tipo de atividade de lazer que você gosta.

Gasto com saúde em Portugal

Os gastos com a saúde também variam conforme as prioridades, por exemplo, se optar por um seguro saúde, terá um custo fixo mensal, mas se optar pela saúde pública, esse custo é variável. A seguir apresentamos melhor os detalhes de ambos.

Saúde pública

Desde 1 de junho de 2022, a saúde pública em Portugal sofreu mudanças, e para melhor.

Antes dessa data, os portugueses e residentes estavam acostumados com o conceito de taxas moderadoras: ou seja, toda vez que faziam uma consulta com o médico de família (médico generalista, clínico geral), pagavam cerca de 4,5€ e quando se consultavam com um médico especialista, a consulta custava 7€.

Entretanto, a partir de junho de 2022, essas cobranças deixaram de existir e, agora, os portugueses e residentes só precisam pagar algum valor quando são atendidos nas urgências e emergências de Portugal e desde que não sejam encaminhados por um médico do Sistema Nacional de Saúde (SNS). E não pense que o valor será exorbitante. Paga-se entre 14€ a 18€ e em alguns casos, é possível conseguir isenção também dessas taxas.

Os exames e procedimentos pedidos pelo médico de família também não têm custo e o custo dos medicamentos receitados pelo médico do SNS fica bem abaixo do mercado. Isso porque o governo tem um sistema de comparticipação, no qual arca com parte do custo do medicamento e o restante fica por conta do usuário. É bem comum que o preço do medicamento custe menos de 5€ com a receita médica.

A saúde em Portugal é de qualidade e gratuita para a maioria das consultas e procedimentos.

Seguro de saúde / plano de saúde privado

Apesar do ótimo sistema público de saúde, há quem opte por um seguro de saúde em Portugal, equivalente ao plano de saúde no Brasil. Embora seja relativamente barato, se comparado aos planos no Brasil, o seguro saúde tem o custo mensal a partir de 25€.

É possível encontrar planos com valores mais baixos, mas normalmente estas opções incluem apenas um seguro de hospitalização, não abrangendo descontos em consultas médicas e exames. Portanto, o valor depende da seguradora, da idade do segurado e de quais serviços você deseja incluir no plano.

É importante lembrar que, as consultas e exames também são pagos, porém, com valores mais baixos do que no sistema privado. Isso porque todos os seguros são coparticipativos.

Valores variam

Geralmente uma consulta com o seguro saúde custa de 10€ a 30€. Se você fizer uma consulta com um médico privado sem ter um seguro saúde, pagará, pelo menos, 80€ pelo atendimento. Já os valores dos exames variam bastante, pois além de existirem exames mais simples e outros mais complexos, o plano escolhido também interfere no valor final do que irá pagar.

Uma das vantagens do plano é que é possível recorrer diretamente a um médico especialista, não sendo obrigatório passar pelo médico de família como acontece no sistema público.

Segundo o site HelloSafe dentre as melhores seguradoras de saúde estão a Medicare, a Médis e a Allianz. Estas empresas são bem populares no país e incluem uma rede médica nos hospitais privados mais conhecidos de Portugal.

Consulte os sites simuladores de seguros de saúde, como da Deco Proteste, e veja qual plano atende suas necessidades e mais abrange a região que você vive ou aspira viver.

Gastos com educação em Portugal

Para quem está vindo estudar em Portugal ou está vindo morar com filhos que estão na idade escolar ou fase universitária, também precisa inserir no planejamento do custo de vida em Portugal, os gastos com a educação.

De maneira geral, o ensino em Portugal é considerado ótimo, principalmente nas escolas públicas de ensino básico (do pré-escolar até o terceiro ano do ensino médio). Inclusive, esse é um ponto bem diferente do Brasil, onde as nossas escolas públicas, infelizmente, não têm a mesma qualidade das particulares.

Porém, outro ponto diferente é que enquanto no Brasil, as universidades públicas são totalmente gratuitas, em Portugal, elas são pagas. Isso mesmo, público não é sinônimo de gratuidade. Portanto, se esse for o seu caso, deve ainda considerar os gastos com a propina (anuidade).

Educação básica

As melhores escolas em Portugal são públicas e gratuitas para todos. Porém, é de responsabilidade dos pais, arcarem com os gastos de alimentação, material escolar de uso pessoal e visitas de estudos, quando necessárias.

Já os livros escolares, são oferecidos gratuitamente, por meio de um voucher que deve ser emitido no site MEGA — Manuais Escolares Gratuitos e devem ser utilizados em livrarias específicas associadas ao programa.

O valor cobrado para os gastos de alimentação e visitas escolares variam conforme o escalão da família na Segurança Social (rendimento familiar). Dessa forma, os preços seriam divididos da seguinte forma:

Vale destacar que este escalão é definido anualmente até 31 de outubro, data limite para a comprovação de rendimentos do ano vigente. Dessa forma, quaisquer mudanças nos rendimentos ou na estrutura familiar podem influenciar o valor a ser recebido.

Contudo, é possível solicitar uma ou mais reavaliações online ao longo do ano, caso tenha decorrido um período de 90 dias desde a última avaliação.

Já as escolas privadas, não há uma tabela fixa, mas o valor gira entre 1.800€ a 5.100€. Contudo, existem escolas internacionais em Portugal onde as aulas são ministradas em outros idiomas que podem ultrapassam os 20 mil euros por ano.

Educação superior

Se planeja fazer uma faculdade em Portugal, deve se atentar para as anuidades das universidades. Seja pública ou privada, os valores variam conforme o curso e o grau (graduação, mestrado ou doutorado), assim como para a nacionalidade dos estudantes.

Os alunos portugueses e de países da União Europeia, pagam um valor anual mais baixo, já os alunos estrangeiros, pagam uma anuidade bem maior. Além disso, algumas instituições, como a Universidade do Porto, ainda apresentam um valor diferenciado para alunos CPLP — Comunidade dos Países de Língua Portuguesa.

Confira um exemplo de quanto custa estudar na Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto no ano letivo 2024/2025.

Agora, confira um exemplo de quanto custa estudar em Portugal na universidade particular Fernando Pessoa no ano letivo 2024/2025.

Os valores são referentes ao Ciências Empresariais e o pagamento total anual no ato da matrícula. Também é possível parcelar em 10 prestações, porém com acréscimo.

Gastos com carro em Portugal

Quem cogita ter um carro também precisa considerar este gasto. Primeiro, vamos considerar a compra do carro em Portugal. Um modelo novo, que não seja de luxo, pode custar entre 14.000€ e 50.000€.

Carros usados, a partir de 2018, podem ser encontrados a partir de 6.500€, conforme a pesquisa que fizemos em março de 2024 no site Standvirtual. Também é preciso considerar os seguintes custos:

Fora estes gastos há outras variáveis que vão influenciar no custo, como: mensalidade (caso tenha comprado o carro financiado), pagamento de estacionamento, garagem mensal, manutenção e portagens (pedágios em Portugal).

Assim como todos os gastos, o custo total de um carro depende do modelo, valor da parcela, custo do seguro, tipo de combustível, quanto você anda por mês, entre outros. Mas, em resumo, ter um carro em Portugal pode custar entre 200€ e 1.200€, incluindo o valor da mensalidade do financiamento.

Resumo do custo de vida em Portugal em 2024

Resumindo o custo de vida em Portugal em março de 2024 para um casal, temos:

Ou seja, o custo de vida em Portugal é, em média, 1.865€ para um casal. Mas esse valor é apenas uma base, se você for viver no Porto ou em Lisboa, é preciso acrescentar de 400€ a 784€ para o aluguel, visto que estão bem acima da média nacional.

Também é preciso considerar que existem imprevistos, gastos extras com roupas e calçados, farmácia e estudos, assim como outros gastos que podem ser prioridade para algumas pessoas, como a academia. Por isso, sempre considere acrescentar entre 300€ a 500€ nesses custos para uma vida tranquila.

Por fim, é preciso considerar também os gastos do carro, caso pretenda ter um. Lembre-se de que isso pode encarecer o orçamento em mais 200€ ou 1.200€.

Comparativo do custo de vida em Lisboa, Porto, Braga e Faro

Como falamos no tópico sobre o custo de vida nas cidades, Lisboa é, sem dúvidas, a cidade mais cara para viver em Portugal. Especialmente devido ao custo de moradia, a cidade tem aluguéis muito caros, especialmente na zona central.

Por outro lado, os preços em Braga são consideravelmente mais baixos, sendo que o custo de vida geral na cidade é 25,9% mais barato do que em Lisboa. Já se comparado ao Porto, viver em Lisboa é 21,7% mais caro, sendo os dados do Numbeo, em março de 2024.

Morar no interior é mais barato?

Sim e como pode observar acima, Braga e Faro já tem um custo de vida mais baixo se comparado a Lisboa e Porto.

Entretanto, para ter ainda mais comparação, confira o custo de vida em mais quatro cidades do interior e que também apresentam boa infraestrutura e qualidade de vida.

Custo de vida em Portugal x outros países

Ao planejar mudar de país, muitas pessoas consideram diversos fatores como a segurança e o custo de vida. Segundo o relatório anual do Índice Global de Paz, de 2023, Portugal é o 7º mais pacífico do mundo para viver.

Ao compararmos com a Espanha e a Itália, que aparecem em 32º e 34º lugar, respectivamente, é preciso avaliar também os gastos mensais desses lugares, bastante procurados por brasileiros.

Na tabela abaixo, é possível comparar a média do custo de vida em Portugal, Espanha e Itália, segundo os dados do Numbeo de março de 2024:

O alto valor do aluguel ainda é o maior obstáculo em Portugal. Enquanto isso, o custo de vida na Itália fica mais pesado por conta das despesas fixas. Isso porque, assim como em Portugal, elas aumentam muito no inverno e são outro reflexo da guerra entre Rússia e Ucrânia.

Já na Espanha, os valores variam pouco. Porém, é importante notar que, embora o custo de vida na Espanha seja 4,4% mais alto que em Portugal, excluindo o aluguel, o poder de compra dos espanhóis é 66,4% maior do que o dos portugueses.

Quantos euros por mês para viver em Portugal?

O valor base do custo de vida em Portugal para duas pessoas, somando as contas básicas e a média do aluguel, é de 1.865€. É viável considerar pelo menos mais 200€ de imprevistos e extras que podem surgir ao longo do mês. Assim, esse valor se eleva para 2.065€.

No entanto, se considerarmos o Porto e Lisboa onde o valor dos aluguéis são mais altos, mais 200€ para imprevistos, é preciso entre 2.105€ e 2.849€ para um casal.

Salário em Portugal

O salário mínimo em Portugal é de 820€ em 2024. O valor está abaixo do necessário para viver no país. Assim, um casal em que ambos ganham o salário mínimo pode enfrentar dificuldades para cobrir todos os gastos. Por outro lado, nas cidades menores é possível viver com um salário mais baixo.

Logo, se cada um ganhar o equivalente ao salário médio em Portugal, que fechou o 4º trimestre de 2023 em 1.670€, segundo dados do INE, é possível ter uma vida bem tranquila no país.

Todas essas informações na palma da sua mão

Quer saber mais sobre o custo de vida em Portugal e outros detalhes sobre a vida no país? O Programa Morar em Portugal apresenta todas as informações necessárias para quem planeja começar uma nova vida no país luso. O programa reúne aulas em vídeo, ebook, fóruns online e lives periódicas.

Com ele você confere tudo sobre o processo de mudança e instalação em Portugal. Desde questões relacionadas à preparação da documentação até o processo de adaptação no país. E tudo feito legalmente.

Conclusão do custo de vida em Portugal

O mais importante sobre o custo de vida em Portugal é ter em mente os diferentes aspectos que tratamos aqui. Basicamente, tudo depende, por exemplo, da cidade escolhida e o padrão de vida que você aspira levar. Apresentamos um valor base do custo de vida no país. É a partir dele que você vai calcular os seus custos, porém pensando sobretudo na sua realidade e necessidades.

Por fim, outro aspecto relevante é sempre deixar uma margem entre o salário e os gastos. Isso porque nunca se sabe quando um imprevisto pode acontecer. Desde comprar um casaco extra para o frio até pagar a caução e o adiantamento do aluguel, se não houver um fiador em Portugal.

Lembrando sempre, o mais importante é ter um bom planejamento financeiro e adaptar os gastos conforme os ganhos para evitar apertos no fim do mês.

Ficou assustado com os preços?

Bom, aqui no Euro Dicas indicamos sempre valores para viver e não para sobreviver em Portugal.

É possível viver com menos, como é possível viver com mais dinheiro no país luso. A Brenda e o Thales, por exemplo, detalham os gastos mensais para um casal sem filhos que reside no interior do país. Os dois vivem em Nelas, no distrito de Viseu, e contam tudo nesse vídeo do canal deles:

Vale lembrar que a experiência de outras pessoas pode não ser a sua realidade. Porém, quanto mais informação tiver, mais sucesso terá no seu planejamento. Muitos dados apontam que viver no interior do país, mesmo com o aumento de preços geral, ainda é mais econômico. Dessa forma, pesquise, procure, faça as contas e, avalie o que faz mais sentido para você.

A nossa conclusão sobre o custo de vida em Portugal é a seguinte: não é um país para ficar rico (o “sonho americano” que algumas pessoas idealizam). No entanto, em Portugal você encontra segurança e qualidade de vida! Se é com isso que você sonha, então, espero te encontrar aqui quando vier morar em Portugal!

Artigo de Ane Pacola, no Eurodicas.

Ane é pós-graduada em cinema, produção, e é especialista em fotografia. Decidiu viver na Europa em 2022, começando pela Itália onde fez seu processo de cidadania na Toscana. Hoje, vive em Portugal para ficar mais próxima ao seu irmão.

Fonte:

MUDANÇA NA LEI PODE FACILITAR OBTENÇÃO DA NACIONALIDADE EM PORTUGAL: CONTAGEM DE PRAZO É ALTERADA.

Está nas mãos do presidente da República a decisão sobre uma alteração na lei que beneficia os imigrantes no processo de obtenção da nacionalidade portuguesa.

O Parlamento aprovou no dia 5 de janeiro uma série de alterações à Lei da Nacionalidade, com destaque para um ponto: pela proposta, os cinco anos necessários para comprovar a residência em Portugal — condição legal para solicitar a nacionalidade — passará a ser contado a partir do momento em que é solicitado o título de residência.

O presidente Marcelo Rebelo de Sousa possui o prazo legal de 20 dias para analisar a proposta e promulgar, ou não, a nova lei. Contando que, pela tramitação regular, a proposta chegue para o presidente nos próximos dias, a expectativa é que até meados de fevereiro haja uma posição final do governo português.

Se não for aprovada, regra atual alonga a espera pela cidadania

Hoje, a regra determina que o prazo de cinco anos só começa a ser contado quando o título de residência é emitido. Como há casos em que o título só chega depois de mais de dois ou três anos da solicitação, o interessado em entrar com o pedido de nacionalidade acaba, na prática, esperando por volta de sete a oito anos para conseguir pleitear o direito à cidadania portuguesa.

O novo texto proposto considera que o artigo 15. da lei n. 37/81 traga a seguinte redação:

“[…] para os efeitos de contagem de prazos de residência legal previstos na presente lei, considera-se igualmente o tempo decorrido desde o momento em que foi requerida a autorização de residência temporária, desde que a mesma venha a ser deferida.”

De acordo com advogados e juristas ouvidos pela imprensa portuguesa, a medida corrige uma injustiça, uma vez que o imigrante era penalizado por conta, exclusivamente, da demora da administração pública.

Isto porque, ao dar entrada no pedido de residência, o imigrante já forneceu toda a documentação necessária.

Ou seja, a partir do momento em que a manifestação de interesse (MI) é aceita pelas autoridades portuguesas, o imigrante — que já terá apresentado número de contribuinte, inscrição na segurança social, no contrato de trabalho ou outros documentos — fica aguardando apenas a tramitação do processo, mas já trabalhando e contribuindo para a economia, por exemplo.

E se ele não pode considerar esse período na contagem de tempo, conforme a regra atual, os anos de espera são praticamente um período “morto”.

Brasileiros lideram petição para governo mudar a lei

A mudança na legislação era um pedido que vinha sendo feito há algum tempo por entidades que representam os imigrantes, não apenas brasileiros em Portugal. E uma das vozes importantes neste processo foi a da brasileira, Juliet Cristino, que conseguiu um grande número de assinaturas em uma petição publica e acabou tendo o pleito levado para o parlamento português.

Existem pessoas que ficaram quatro anos a espera de vagas para fazer a entrevista no SEF para ter o título de residência, por culpa da própria instituição, que não tinha vagas”.

E complementa: “Quando esta pessoa for dar entrada no processo de nacionalidade, esses quatro anos ficaram perdidos. Pedimos que nos ajude a fazer essa correção, pois não é negligência do imigrante”, afirmou Juliet no documento apresentado aos parlamentares.

Mais de 70 mil pedidos de cidadania em 2022

De acordo com dados mais recentes do agora extinto Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF), hoje substituído pela AIMA, o ano de 2022 registrou 74.506 pedidos de aquisição de cidadania, um crescimento de mais de 37% em relação a 2021.

Cidadãos de Israel e Brasil lideram os pedidos de cidadania, seguidos pelos nacionais de Cabo Verde, Venezuela e Angola.

Espera continua longa para quem já pediu a cidadania

Vencida a etapa do prazo legal de cinco anos de residência no país para dar entrada no pedido de cidadania portuguesa por tempo de residência, o passo seguinte também tem se mostrado bastante demorado.

Após dar entrada na solicitação, o interessado pode acompanhar todas as etapas por meio do portal da Justiça. Com a senha de acesso ao portal, é possível acompanhar o andamento do processo, até o registro final.

Um pedido de nacionalidade segue os seguintes passos:

• Recepção do pedido, numa conservatória, consulado ou por correio;

• Registo do pedido;

• Consulta a entidades externas;

• Verificação da documentação entregue;

• Análise de que todas as condições legalmente previstas estão reunidas para conceder a nacionalidade;

• Decisão sobre a atribuição ou não da nacionalidade;

• Registro do novo cidadão português no Registo Civil de Portugal ou arquivamento do processo.

Processos têm demorado cerca de dois anos

Segundo as informações do próprio sistema, os prazos atuais para todas as etapas são de 24 a 29 meses, desde a entrega do pedido de nacionalidade até o registro final, caso os pedidos apresentem todos os documentos necessários e o requerimento tenha sido corretamente preenchido.

Estes prazos serão mais longos se o processo não estiver completo e correto desde o início e se for necessário pedir documentação complementar.

Pedidos de menores de idade, filhos de pai português ou mãe portuguesa e declarados diretamente pelos pais, são tratados com prioridade, com o tempo de análise e decisão de até 4 meses.

Texto escrito por Marcos Freire, que é jornalista e vive com a família em Ovar, uma pequena e simpática cidade que fica no meio do caminho entre Porto e Aveiro, há 5 anos.

Fonte: Eurodicas

POR QUE AS PESSOAS IMIGRAM? ESTUDO DA UNIÃO EUROPEIA REVELA OS MOTIVOS.

Adorei este estudo, escrito por Mauricio Martins, que está no site da Eurodicas… bom pra refletir para as pessoas que estão pensando em mudar de País. Leiam:

Você já se perguntou por que razões tantas pessoas imigram todos os anos e deixam seus países em busca de novas oportunidades? Uma análise recente da União Europeia (UE) lançou luz sobre esse fenômeno global 🌍 e indicou as principais razões.

Segurança, mudanças climáticas e outros fatores desempenham papéis importantes nessa decisão. Os dados são de 2021, mas revelam um quadro complexo por trás desses movimentos migratórios.

Imigrantes representam boa parte da força de trabalho na Europa

A Europa é um dos destinos mais populares para os imigrantes em todo o mundo, atraindo milhões de pessoas em busca de oportunidades econômicas, segurança e uma melhor qualidade de vida. A imigração tem sido um tema em destaque nessa região nos últimos anos.

O Serviço de Estatística da União Europeia (Eurostat) fornece dados valiosos sobre a migração na Europa. Em 2021, cerca de 23,8 milhões de indivíduos de países fora da União Europeia residiam em países do bloco, representando 5,3% da população total da UE.

Analisando a Europa na totalidade, a população nascida fora da União Europeia era de 38 milhões de pessoas em 2021, equivalente a 8,5% do total. No mesmo ano, 2,25 milhões de pessoas imigraram para a UE, enquanto 1,12 milhões deixaram o bloco, resultando em uma imigração líquida de 1,14 milhões.

Imigrantes contribuem para o desenvolvimento dos países

Os imigrantes desempenham um papel significativo na economia da região. Em 2022, quase 10 milhões de estrangeiros trabalhavam em setores-chave da economia. Eles são considerados peças essenciais em áreas como turismo e construção.

A força de trabalho da União Europeia incluía 9,93 milhões de cidadãos de países-terceiros (fora da UE) na faixa etária dos 20–64 anos, representando 5,1% do total de trabalhadores.

A contribuição dos imigrantes é mais expressiva em algumas áreas do que em outras. Por exemplo, em setores como hotelaria e restaurantes, representam mais de 11% da força de trabalho na Europa, enquanto em atividades administrativas essa representação chega a quase 8%.

Em contrapartida, em áreas como administração pública e defesa, a presença de imigrantes é mais discreta, alcançando apenas 1,1% do total de empregados.

Além de tudo, imigrantes geralmente são mais jovens do que a população nativa da Europa, ajudando a compensar o declínio da natalidade e o envelhecimento da população.

Os motivos que levam a imigração são variados

Em 2022, cerca de 62% dos imigrantes que entraram na UE o fizeram por motivos de trabalho, estudo ou reunião familiar.

Segundo notícia publicada no Parlamento Europeu, o movimento de sair do país de origem é impulsionado por uma diversidade de fatores, que vão desde questões sociais e políticas até mudanças climáticas e econômicas.

Necessidade de segurança fala mais alto

Conflitos armados, perseguições políticas e violações dos direitos humanos estão entre os principais motivadores que levam indivíduos a abandonarem seus países de origem.

O terror da guerra e a ameaça constante de perseguição forçam muitos a fugir em busca de uma vida melhor. A crise na Síria desencadeou uma onda significativa de refugiados, seguida pelo Afeganistão e Venezuela, testemunhando os horrores dos conflitos que impulsionam a migração.

Mais recentemente, a guerra na Ucrânia e o conflito em Gaza motivaram a movimentação de milhões de pessoas em busca de uma vida mais segura.

Melhores oportunidades e estabilidade

Mudanças demográficas e econômicas também moldam os movimentos migratórios. Populações em crescimento ou declínio, aliadas ao desemprego e condições econômicas precárias, desempenham um papel fundamental na decisão de migrar.

A busca por melhores oportunidades de emprego, salários mais altos e um padrão de vida superior muitas vezes leva as pessoas a atravessarem fronteiras em busca de uma vida mais próspera.

Mudanças climáticas também provocam a imigração

As mudanças climáticas e os desastres naturais também vêm crescendo como um poderoso impulsionador da migração. Inundações, furacões e terremotos são apenas algumas das calamidades que forçam comunidades inteiras a abandonarem seus lares em busca de segurança.

À medida que os efeitos das alterações climáticas se intensificam, espera-se que um número crescente de pessoas seja forçado a buscar refúgio em terras mais seguras. As previsões indicam um aumento significativo no deslocamento migratório até 2050.

Rostos da diversidade: descobrindo o número de imigrantes na Europa

A Europa abriga uma grande diversidade de imigrantes, originários de diversos países ao redor do mundo, enriquecendo sua cultura e sociedade com diferentes tradições, línguas e costumes. Em 2021, a União Europeia acolheu 2,25 milhões de imigrantes.

Cidadãos de países que vivem uma crise política são os que mais imigram

As principais nacionalidades de imigrantes na Europa são:

Síria: a guerra civil em curso desde 2011 resultou em inúmeros refugiados buscando segurança na Europa. A maioria dos sírios se concentra em países como Alemanha, Turquia, Suécia e Países Baixos;

Afeganistão: o conflito e a instabilidade política também impulsionam a migração para a Europa. Os afegãos são frequentemente encontrados na Alemanha e Turquia;

Eritreia: é um país com um regime autoritário e restrições severas à liberdade de expressão e movimento. Muitos eritreus fogem para a Europa em busca de melhores condições de vida e liberdade. A maioria está na Suíça, Alemanha, Itália e Noruega;

Somália: enfrenta uma longa guerra civil e crises humanitárias frequentes, como secas e fome. Os somalis buscam refúgio na Europa, geralmente na Itália, Reino Unido, Suécia e Países Baixos.

Venezuela: a crise política e econômica levou a um aumento significativo da migração nos últimos anos. Os venezuelanos são frequentemente encontrados na Espanha e em Portugal.

Outras nacionalidades importantes:

• Iraque;

• Paquistão;

• Nigéria;

• Bangladesh;

• Ucrânia.

Brasileiros também estão em destaque na imigração para a Europa

Aqui também vale destacar as 10 nacionalidades mais comuns entre os beneficiários das primeiras autorizações de residência (documento que permite viver legalmente por um determinado tempo) nos países-membros da União Europeia em 2022:

Países que recebem mais imigrantes

Os principais países que mais recebem imigrantes na Europa são:

Alemanha: é um dos principais destinos de imigrantes na Europa, devido à sua forte economia, mercado de trabalho aquecido e políticas de imigração relativamente abertas;

Itália: também é um importante destino de imigração, principalmente devido à sua localização geográfica no Mediterrâneo.

Espanha: é outra nação que recebe inúmeros imigrantes, principalmente devido a sua economia forte e clima agradável.

França: ocupa também uma posição de destaque, devido à sua economia forte e cultura vibrante.

Polônia: forte economia, crescente demanda por mão de obra e proximidade com países como Ucrânia e Belarus contribuem para seu destaque.

Outros países que merecem destaque são:

• Países Baixos;

Áustria;

Bélgica;

• Suécia;

• República Tcheca.

Em comparação com 2022, a Itália se consolidou como um dos principais destinos de imigração na UE, sendo considerada porta de entrada para muitos migrantes que chegam da África.

A imigração irregular também é um fator importante a ser considerado, mas os dados sobre essa questão são menos precisos. Em 2022, a Agência Europeia da Guarda de Fronteiras e Costeira (Frontex) estimou que cerca de 20% dos imigrantes que chegaram à UE irregularmente. No entanto, essa estimativa pode não ser totalmente precisa.

A Alemanha é um dos principais destinos de imigração na Europa, abrigando pessoas da Síria, Afeganistão e Iraque.

Apesar dos esforços, muitos imigrantes continuam arriscando suas vidas em viagens perigosas em busca de uma melhor qualidade de vida na Europa. Existem várias rotas de entrada, incluindo o Mediterrâneo Central, o Mediterrâneo Oriental e os Balcãs Ocidentais.

O tema levanta questões políticas complexas. Os países do bloco adotam abordagens diversas para lidar com o fenômeno, desde políticas de fronteiras mais rígidas até programas de regularização.

Trabalhadores qualificados chamam a atenção da Europa

A União Europeia vem buscando um equilíbrio entre o controle da imigração e a facilitação da entrada de pessoas que contribuem para o desenvolvimento da região. Para isso, investe em fortalecer o controle das fronteiras externas, como o uso de tecnologias de vigilância e o aumento do número de guardas fronteiriços.

Além disso, implementa medidas como a cooperação com países de origem e trânsito de migrantes e o retorno de migrantes em situação irregular.

Ao mesmo tempo, visa atrair trabalhadores qualificados de fora do bloco econômico europeu, com a criação de vistos específicos para profissionais de alto nível — como o cartão azul da União Europeia. Também incentiva os países-membros a investirem em medidas de integração dos imigrantes, como acesso à educação, mercado de trabalho e saúde.

Novo pacto em matéria de migração e asilo

Em paralelo, está em discussão um novo conjunto de regras de asilo para acelerar o processo de análise de pedidos e garantir a proteção dos refugiados. As discussões vêm buscando tornar os processos de imigração mais rápidos e eficientes até sua aprovação oficial no primeiro semestre de 2024, após acordo entre o Parlamento e o Conselho.

O novo pacto visa gerenciar e regular a migração a longo prazo, garantindo segurança, clareza e condições dignas para os que chegam à União Europeia, além de equilibrar a responsabilidade e a solidariedade entre os países membros.

Medidas que devem ser propostas

Propõe tornar os procedimentos de triagem nas fronteiras mais eficientes, com controles de identificação, saúde e segurança, como também melhorias na gestão das fronteiras do Espaço Schengen e nas fronteiras externas.

Inclui ainda medidas para aumentar a solidariedade, como a realocação de grupos vulneráveis e pessoas resgatadas no mar, e apoiar a integração de migrantes nas comunidades locais.

No entanto, há preocupações de organizações como a Anistia Internacional, que alertam para possíveis efeitos negativos no direito de asilo na Europa e um aumento no sofrimento humano, especialmente nos países que mais recebem migrantes, como Itália, Espanha e Grécia. Eve Geddie, Diretora do Gabinete das Instituições Europeias da Amnistia Internacional, afirma que:

“Em vez de dar prioridade à solidariedade através de recolocações e do reforço dos sistemas de proteção, os Estados poderão simplesmente pagar os regressos, reforçar as fronteiras externas ou financiar intervenientes”.

A questão dos refugiados

De acordo com dados do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (ACNUR), cerca de 36,4 milhões de refugiados estavam espalhados pelo mundo em 2023, com muitos buscando refúgio nas fronteiras da União Europeia.

Desde o início do conflito na Ucrânia, em fevereiro de 2022, a Europa enfrenta sua maior crise de refugiados desde a Segunda Guerra Mundial, com um grande número de pessoas fugindo da guerra em busca de segurança.

Refugiados e imigrantes

Essa onda migratória revela uma distinção clara entre aqueles que imigram por escolha (imigrantes) e aqueles que o fazem por necessidade (refugiados). Em 2022, quase 958.800 pedidos de asilo foram direcionados à UE, um aumento de 52% em relação ao ano anterior, refletindo a diversidade de origens e motivos que impulsionam as pessoas a buscar proteção internacional.

Apesar dos esforços dos países europeus em proteger os refugiados, a taxa de reconhecimento (medida que indica a proporção de pedidos de asilo aceitos e reconhecidos como válidos) varia consideravelmente entre os países-membros, destacando os desafios na garantia de uma abordagem unificada e justa para lidar com o fluxo de refugiados.

A disparidade ressalta a necessidade de uma cooperação mais estreita entre os países da União Europeia para resolver a crise de refugiados de forma eficaz.

By Mauricio Martins, reside em Portugal desde 2020.

Fonte: Eurodicas

SEGURANÇA EM PORTUGAL: VEJA SE É SEGURO MORAR EM PORTUGAL 🇵🇹

Como no Brasil, uma coisa que me afeta muito, me tira a paz e a tranquilidade é a “segurança” que temos aqui atualmente e eu em busca de um lugar para se ter uma melhor qualidade de vida… Tudo isto tem me feito refletir sobre querer envelhecer num local mais tranquilo e seguro… e mais perto do país que meus filhos moram agora.

Com o meu planejamento cauteloso para esta minha mudança de país, eu tenho lido muito sobre vários temas, um deles é sobre a segurança.

A segurança é portanto um dos fatores que mais pesam no momento da minha escolha de morar em outro país e ter uma melhor qualidade de vida. Pesquisando sobre como é a segurança de Portugal, encontrei este artigo muito interessante no site da Eurodicas, escrito por Carolina Sanches que está bem detalhado. Leiam:

Especialmente para quem foge da violência urbana do Brasil, a certeza de se mudar para um destino tranquilo é um aspecto decisório. A segurança em Portugal, com certeza, é um ponto positivo no processo de escolha pelo país. Leiam:

Mas será que Portugal é realmente um lugar seguro para viver? Apresentamos neste artigo os índices de criminalidade do país, crimes mais comuns e o que esperar no dia a dia da segurança no país. Quer saber mais?

Como é a segurança em Portugal?

A segurança em Portugal é boa e tem uma reputação bastante positiva, principalmente se comparado aos índices de criminalidade no Brasil ou de outros países latinos e até mesmo europeus.

Contudo, no último ano, houve um aumento significativo na maioria dos índices de criminalidade (aprofundamos mais abaixo), o que vem exigindo da população e do governo português, um pouco mais de atenção.

Como a segurança pública em Portugal é dividida?

Assim como no Brasil que temos a divisão policiais em Militar, Civil e Federal, em Portugal não é diferente. Por aqui, a segurança pública é divida em:

• Polícia de Segurança Pública (PSP): tem como objetivo garantir a segurança interna, assegurar o direito dos cidadãos e defender a legalidade democrática;

• Guarda Nacional Republicana (GNR): para além das funções básicas desempenhadas pela PSP, a GNR é uma força militar que também atua na defesa nacional e em cooperação com as Forças Armadas (ao nível interno e externo), tendo, assim, uma jurisdição mais ampla, que compreende todo o território nacional, incluindo o marítimo;

• Polícia Judiciária (PJ): tem como objetivo desenvolver e promover as ações de prevenção, detenção e investigação criminal em Portugal, incluindo homicídios, crime organizado, corrupção, entre outros.

A quem devo recorrer?

Depende do que você precisa se queixar e denunciar.

Para registrar queixas de furtos, violência doméstica, roubo, crime contra o patrimônio público, entre outros “crimes gerais”, você deve recorrer a uma unidade da PSP ou da GNR.

No caso de crimes graves e complexos, como homicídios, tráfico, crime organizado, crimes sexuais, corrupção, pode recorrer à PJ.

Segurança em Portugal: é seguro morar no país?

Sim, Portugal é seguro para morar. E, mais que isso, Portugal é um país pacífico.

A segurança é, inclusive, um dos principais atrativos que faz com que muitos estrangeiros, não só brasileiros, escolham morar em Portugal.

Sensação de segurança no país

Além de seguro, Portugal é um país pacífico. Em 2023, está na 7ª posição no Global Peace Index, que considera diversos fatores para definir o ranking. O país, que em 2014 ocupava a 18ª posição, agora mantém-se nas primeiras colocações há alguns anos.

Segundo estudo de 2023 da Vision of Humanity, o custo do impacto da violência é de 5% do PIB, um dos mais baixos entre os países analisados (o impacto no PIB do Brasil é de 11%). Portugal também recebe uma boa pontuação no que se refere aos apoios sociais à população, que abrange desde a moradia até os cuidados com a saúde.

Na prática, tudo isso é sentido na segurança, seja no transporte público, seja se deslocando na rua. A sensação em Portugal, salvo exceções, é de um lugar seguro, no qual se pode transitar pelas cidades sem manter um estado de alerta.

Mas claro, salvo exceções, porque existem zonas com certo perigo, alguns bairros sociais (as “favelas em Portugal”) nos quais existem riscos, e, também, algumas regiões nas cidades maiores, como Lisboa e o Porto. Contudo, são exceções, em um país no qual o que prevalece é tranquilidade que impacta diretamente na qualidade de vida em Portugal.

Relatório Anual de Segurança Interna

O Relatório Anual de Segurança Interna (RASI) é divulgado pelo Governo de Portugal e faz um balanço da situação no país a cada ano. Os dados referentes ao ano de 2022 (mais recente) apontam uma redução de alguns crimes em comparação com o ano anterior.

A criminalidade violenta e grave aumentou 14,4%, já a criminalidade geral registrou um aumento de 14,1% em relação a 2021. Foram registrados 343.845 crimes gerais. No que se refere aos crimes violentos, foram feitos 13.281 registros.

Crimes com aumento de ocorrências

Poucos crimes tiveram redução no número de registros e o maior crescimento foi de crime abuso de cartão de garantia ou de crédito, vc teve um aumento de 464,3%.

Esse aumento astronômico se deve a alteração do artigo 225º do Código Penal, que passou a ter a epígrafe “Abuso de cartão de garantia ou de crédito, dispositivo ou dados de pagamento”. Anteriormente, esse tipo de crime era classificado como “burla de informática e comunicações”.

Os outros crimes que também tiveram uma variação de crescimento significativa no índice de registros foram:

• Tráfico de estupefacientes: aumento de 48,1%;

• Condução de veículo alcoolizado: aumento de 43,4%;

• Furto oportunidade de objeto não guardado: aumento de 40,2%.

Crime organizado está crescendo em Portugal

O crime organizado vem crescendo e conquistando território, inclusive, já foram identificados membros do PCC em Portugal e em plena atividade e alguns deles, na detenção. O crime por associação criminosa teve um aumento de 50% entre um ano e outro.

O RASI de 2021, havia registrado uma queda de 6,9% na criminalidade violenta e grave e em 2022, registrou um aumento de 14,4%, saindo de 11.614 para 13.281 ocorrências no período curto de um ano.

Os crimes que tiveram uma variação de crescimento significativa no índice de registros foram:

• Extorsão: aumento de 49,9%;

• Violação: aumento de 30,7%;

• Roubo na via pública: 21,1%.

Crimes com diminuição de ocorrências

Dentre a lista dos crimes gerais do RASI de 2023, apenas três apresentaram uma queda nas ocorrências entre 2021 e 2022: o crime de furto de veículo motorizado (-2,7%), o de burla informática e nas comunicações (-2,2%) e o de condução de habilitação legal (-1,7%).

Já na criminalidade violenta e grave, aqueles que tiveram queda foram: roubo a farmácias (-65,6%), roubo de viatura (-23%), roubo em edifícios comerciais ou industriais (-6,8%), roubo a posto de abastecimento de combustível (-26,4%).

Crimes mais recorrentes

Entre os crimes que não são considerados violentos e graves, as principais ocorrências em 2022 foram:

• Violência doméstica: 26.073 registros;

• Condução de veículo com taxa de álcool acima de 1,2g/l: 22.071 registros;

• Ofensa à integridade física voluntária simples: 21.667 registros;

• Furto em veículo motorizado: 21.659 registros;

• Burla informática e nas comunicações: 20.901 registros;

• Outras burlas: 19.716 registros;

• Outro dano: 15.226 registros;

• Ameaça e coação: 15.226 registros;

• Condução sem habilitação legal: 14.265 registros;

• Furto oportunidade de objetos não guardados: 9.905 registros.

Entre os 16 crimes mais comuns listados pelo governo português, 13 tiveram aumento de 2021 para 2022, sendo o maior aumento percentual o de abuso de cartão de garantia ou de crédito (464,3%). A maior queda percentual está nos furto de veículos motorizados, representando uma redução de 2,7%.

Já no que se refere à criminalidade violenta e grave, os principais são:

• Roubo em via pública (com abordagem direta à vítima): 5.215 registros;

• Roubo por esticão (puxão dos objetos da vítima): 1.859 registros;

• Resistência e coação de funcionários: 1.650 registros;

• Extorsão: 1.183 registros;

• Ofensa à integridade física voluntária grave: 741 registros.

Variação dos crimes violentos e graves em Portugal entre 2021 e 2022. Fonte: RASI

Cidades mais afetadas

As maiores cidades são, sem dúvida, as mais afetadas no que se refere à segurança em Portugal. Relativamente aos crimes violentos ou graves, a maior quantidade de ocorrências foi registrada nos distritos de Lisboa (11,4%), Porto (11,3%), Faro (23,9%) e Região Autônoma da Madeira (52%).

Enquanto isso, Braga (-5,1%), Bragança (-17,9%) e Vila Real (-10%), conseguiram diminuir os seus índices.

Já na criminalidade geral, os três distritos também se destacam negativamente, sendo Lisboa com 82.l868 ocorrências, Porto com 51.398 e Setúbal com 31.270. A seguir, aparecem os distritos de Faro com 23.906 registros e Braga com 19.092.

Conheça as zonas mais perigosas de Portugal e os tipos de crimes mais comuns.

Violência doméstica em Portugal

A violência doméstica é um problema sério em Portugal, tendo registrado um aumento de 15,8% em relação ao ano anterior. A violência doméstica contra cônjuge ou análogos assume 86,% de todos os registros, representando 26.073 ocorrências. Seguida da violência doméstica contra menores (819 casos).

Dentre as vítimas desse tipo de crime, 72,4% são mulheres e 80,2% dos agressores denunciados são homens. Segundo os dados do RASI, dos 35.626 inquéritos abertos, 22.711 foram arquivados.

Ainda sobre a violência domestica, segundo os dados da Comissão para a Cidadania e a Igualdade de Gênero (CIG), no terceiro trimestre de 2023 houve uma pequena diminuição no número de ocorrências em relação ao mesmo período de 2022 — de 8.887 para 8.443 ocorrências.

Ataques terroristas

Portugal não tem registros de atentados terroristas, ou mesmo alerta internacional para situações de terrorismo. O fato, inclusive, colabora para a atração de turistas, uma vez que países como França, Alemanha e Reino Unido, destinos tradicionais, sofrerem com atentados ou tentativas recorrentes.

Mesmo que não exista uma ameaça clara, as autoridades e a Polícia Judiciária contribuem ativamente com a Europol para o monitoramento do terrorismo em toda a União Europeia.

Em 2022, segundo o Relatório Anual de Segurança Interna de Portugal, houve um aumento de 16,3% de investigações iniciadas pela Europol, totalizando 3.758 processos. A maioria dos pedidos de investigação (2.841) tiveram origem na Alemanha, França, Bélgica, Espanha e Áustria.

Crimes contra turistas

Os crimes mais comuns em Portugal contra turistas são os furtos, especialmente pelos carteiristas, como são chamados os “batedores de carteira”. São furtos, por isso, tem por característica ausência de violência, desta forma, quando o turista percebe a supressão dos pertences já é tarde.

Mantenha sua carteira e bolsa em segurança nas zonas turísticas.

Desde 2018, a Polícia de Segurança Pública em Portugal conta com a “Pickpocket Terminators”, uma Brigada de Investigação Criminal cujo foco é proteger a população e os turistas contra as ações dos carteiristas. Segundo reportagem no Público entre 2018 e 2021, 392 pessoas foram detidas em Lisboa, sendo 210 pegas em flagrante.

Em zonas mais turísticas, de cidades como Porto e Lisboa, é comum a existência de delegacias exclusivas para turistas, nas quais é possível registrar as queixas.

Portugal é seguro se comparado a outros países?

Para responder essa pergunta, vou segmentá-la em três partes, a primeira comparando o país ao Brasil, a segunda com outros países europeus com nível econômico semelhante e, a terceira, a minha percepção sobre a segurança no país.

Comparativo entre a segurança em Portugal e no Brasil

Um dos principais motivos pelos quais os brasileiros buscam Portugal para viver é a segurança. Claro que o Brasil tem muitas realidades e algumas regiões são mais seguras que outras. Mas, especialmente quando analisamos as grandes e médias cidades, o medo e a insegurança são crescentes.

No Índice Global da Paz, em que Portugal ocupa a 7ª posição de Portugal, o Brasil ocupa o 132º lugar, caindo duas posições comparado a 2022. A violência urbana e os riscos de transitar pelas cidades no dia a dia no Brasil são muitos. Os índices de furto e roubo de carro, assim como de roubo no transporte público e ao transitar pela cidade, também são elevados.

Em 2022, Portugal registrou 97 homicídios, com um aumento de 14,11% nesse tipo de crime. No mesmo ano, o Brasil também registrou a marca de 47.508 mortes violentas, segundo a reportagem da Exame. Claro que a população entre os países é gigante, mas índices à parte, o dia a dia nos dois países apresenta diferenças claras.

Confira o vídeo o brasileiro Daniel, do canal no YouTube “Mudei para Portugal”, falando sobre a sua sensação de segurança em Portugal.

Crimes de corrupção unem os dois países

Pensa que não existe corrupção em Portugal? Há quem diga que os brasileiros apenas herdaram esse “costume” de Portugal, afinal, a corrupção no Brasil está enraizada desde o período colonial. A maior diferença a proporção que um esquema de corrupção em níveis territoriais e políticos.

Segundo o portal Transparência Internacional de Portugal, 93% dos portugueses consideram que a corrupção é uma prática comum no país. Novembro de 2023, o ex-Primeiro Ministro de Portugal, António Costa, renunciou o cargo após ser apontado como suspeito em um escândalo de corrupção e tráfico de influências.

Outro caso recente, que une Brasil e Portugal, é o caso do Consulado português do Rio de Janeiro, onde foi identificado crimes de corrupção, falsificação de documentos, usurpação de funções, entre outras. A investigação da operação foi realizada entre a Polícia Federal e Polícia Judiciária.

Comparativo entre a segurança em Portugal e outro país europeu

Se comparado com outros países europeus, Portugal ainda assim se destaca em relação à segurança. Ao comparar a segurança na Espanha e na Itália, por exemplo, os países estão na 32º e 34º posição no Índice Global da Paz.

As diferenças também podem ser estendidas à sensação de segurança. Apesar de ambos serem países seguros, na Itália são comuns os golpes a turistas e, Roma, principalmente, tem algumas regiões que podem assustar em horários de menor movimento.

Na Espanha, Bilbao, Barcelona e Sevilha, apresentam os maiores indicadores de crime, segundo os dados do Numbeo.

Cidades mais e menos seguras de Portugal

Segundo a análise do Relatório Anual de Segurança em Portugal, as cidades mais seguras de Portugal são aquelas do interior e que muitas vezes nem sequer são conhecidas; e as menos seguras são as principais capitais dos distritos (equivalente aos nossos estados).

Confira a tabela com as cidades mais e menos seguras por distrito:

Em termos de maior incidência de criminalidade registrada, as 5 cidades mais perigosas em Portugal são:

• Lisboa;

• Porto;

• Almada (cidade do distrito de Setúbal);

• Braga;

• Loulé (cidade do distrito de Faro).

Minha percepção sobre a segurança em Portugal

Em Portugal, eu, Carolina, tenho uma sensação de segurança constante, que dos muitos países que conheci, na América do Sul e na Europa, em poucos tive a mesma sensação.

Acredito que parte dessa sensação está diretamente ligada à baixa criminalidade. Ao transitar pela cidade é raro sentir medo, vivo no Porto no dia a dia, saindo à noite ou caminhando após o trabalho, nunca senti uma ameaça direta, ou seja, nunca achei que alguém iria me assaltar. Ou seja, é também no dia a dia que sinto que Portugal é seguro para morar.

Principalmente em eventos de grande porte, a sensação de segurança em Portugal é muita boa.

Mas a sensação de segurança, na minha percepção, também está ligada ao ambiente. Apesar de ainda existirem muitas construções abandonadas ou inacabadas, não há uma sensação de ambiente abandonado e isso contribui muito para uma percepção desconfortável do ambiente.

Em muitas cidades que estive, passei por áreas de interesse turístico cercadas por ambientes estranhos, com sujeira, prédios com aspecto depredado, ocupação do espaço público desordenado, iluminação precária, etc. Na minha visão, tudo isso contribui para me sentir menos protegida.

Seja como turista ou como moradora, a percepção do espaço urbano influencia diretamente na sensação de segurança.

Dicas para manter a sua segurança em Portugal

É possível tomar alguns cuidados para manter a sua segurança em Portugal, assim como em qualquer outra cidade:

• Evite andar de fones, principalmente a noite ou em zonas consideradas mais perigosas;

• Em zonas turísticas, atente-se a sua bolsa ou ao seu bolso. Como falamos, os carteiristas são bem comuns.

• Troque o dinheiro físico por cartão. Apesar de muitos estabelecimentos em Portugal aceitarem apenas dinheiro, você sempre tem algum caixa eletrônico próximo para fazer saques em quantidades menores;

• Ao usar o transporte público, coloque a sua mochila ou bolsa para frente do seu peito, assim, você se protege de furtos;

• Ligue o estado de alerta do caminhar na noite ou de madrugada;

• Na academia, faculdade ou qualquer outro lugar que tenha um armário para guardar os seus pertences, sempre coloque um cadeado.

Convencido que a segurança em Portugal é um fator decisivo para a mudança? Então é hora de começar o planejamento.

Fonte: Eurodicas

Texto by Carolina Sanches é mineira e vive no Porto, em Portugal, desde 2018. Conheceu a cidade em 2013, quando realizou um intercâmbio acadêmico, se apaixonou e voltou para estudar e aproveitar o que o país tem de melhor; a qualidade de vida. Ama organizar roteiros de viagens detalhados e compartilha um pouco das experiências de viagem no @ourvieworld. Mestre em Ciências da Comunicação pela Universidade do Porto e graduada em Jornalismo pela Puc-Minas, se especializou em Marketing Digital, área na qual atua há 6 anos.🎯

IMIGRANTE… 9 COISAS QUE TODO BRASILEIRO SENTE FALTA AO MORAR NO EXTERIOR.

Gosto de ler, ver e ouvir sobre as experiências das pessoas, que imigraram para fora do país. Estou sempre de olho nestes artigos. Um dos que acompanho bastante é o blog da Eurodicas.

Já comentei aqui que tenho filhos que moram fora do Brasil: em Londres, Miami e Paris. Já faz mais de 5 anos! Bom e ruim rsrsrs… é difícil ficar tanto tempo sem vê-los, brincar com meus netos, ver eles crescerem a distância… e deixar de participar de celebrações importantes que acontecem tanto aqui como. Ao mesmo tempo, sempre aproveito muito, quando viajo para ficar com eles e conheço lugares novos lindos, quando vou visita-los e fico por lá, em suas casas, um tempo razoável pra matar as saudades… e renovar as nossas energias… a espera de uma próxima vez, de nos encontrarmos.

Eu, aposentada, vivo de malas prontas… pra lá e pra cá. Atenta de olho nas necessidades deles e no preço das passagens. O tempo vai passando, vamos envelhecendo, o custo das passagens cada vez são mais caro, a guerra e os conflitos, que nos dão tanto medo, rodeando bem pertinho… fora que cada vez fica tudo mais difícil e a saudade, só aumenta.

A pandemia, me fez repensar muito e criar coragem, para ousar “mudar de país”, para ficar mais perto deles! Tomei a decisão já a algum tempo de me mudar para Portugal, e venho planejando bastante esta mudança… tudo para mais perto deles. Família, juntos!

Não quero ser uma avó só de telinhas 😉. Quero brincar, paparicar e criar vínculos afetivos com muitas histórias de vida, com todos eles, para que se lembrem de quão bom era nosso tempo juntos. Quero viver ao vivo e as cores… tudo intensamente. A vida passa muito rápido. Voa! O tempo é uma das nossa maiores preciosidades!

Leiam este texto (Eurodicas) de Nathane Costa, uma jovem, que já mora fora do país há algum tempo, e nos conta sobre suas experiências e do que mais sente saudades do nosso país, o Brasil.

É domingo, meio-dia e você sente o cheiro da feijoada no fogão e do arroz refogado no alho para o almoço. A playlist de pagode e axé está tocando no Spotify. E basta isso para você imaginar algumas coisas que todo brasileiro sente falta ao morar no exterior.

Morar fora é uma escolha, muitas vezes difícil, mas isso não significa esquecer tudo que tivemos que deixar para trás. Afinal, uma vez brasileiro para sempre brasileiro. E sabe o que mais faz todo coração de imigrante bater mais forte? Continue lendo o artigo para descobrir.

1. Comida brasileira

Já que começamos esse artigo citando a feijoada, vamos falar do incrível momento em que um brasileiro morando fora consegue encontrar ingredientes no mercado para fazer as receitas de casa.

Não é em todo lugar que você encontra Guaraná, farofa, flocão de milho, goma de tapioca, mas se você for à seção internacional do supermercado da sua cidade ou nos mercados internacionais, como africanos, asiáticos e portugueses, poderá se surpreender com os achados.

Triste mesmo é a seção de frutas e legumes — sem dúvida, uma das coisas que todo brasileiro sente falta ao não morar no Brasil. Sabe há quanto tempo não como uma banana com gosto? Mais de 2 anos! Não há 10% da variedade de frutas que encontramos no Brasil. Sem contar que o maracujá não é azedo e o milho é doce.

Não sei você, mas para mim é quase regra: sempre que viajo procuro um restaurante brasileiro. Isso é algo que quem mora no Brasil não entende, mas após comer todos os tipos de gastronomia, a gente aprende a valorizar ainda mais o nosso tempero e receitas.

Cerveja gelada e tira-gosto é invenção de brasileiro

Sabe quando você vai num barzinho para beber uma cerveja gelada e petiscar? Um dos maiores choques culturais foi perceber que, aqui, muitos bares não oferecem sequer uma batata frita no cardápio. A cultura de petisco é praticamente inexistente e isso é uma das coisas que todo brasileiro sente falta ao morar no exterior. Por isso, uma das minhas saudades é aquele happy hour completo que só o Brasil tem.

Ahhhh o açaí!

Açaí é algo ame ou odeie, mas se você ama, vai passar por uma verdadeira jornada até encontrar um que seja próximo do que já experimentou do Brasil. E aqui nem entro na questão do açaí puro e o misturado com xarope de guaraná, é bem pior que isso. Eles fazem uma mistura com uma porcentagem mínima da fruta e mirtilo, por exemplo. Você não sente nem o “cheiro” do açaí.

Coxinha, pastel, caldo de cana, bolo de aniversário… São tantas coisas que a gente sente falta. Por isso a gente faz a festa quando vai de férias para o Brasil e volta com a mala abastecida de comida.

2. Família e amigos

Quando você vai morar fora do Brasil, tem que deixar para trás seus amigos e familiares para ir em busca da realização do seu sonho. Muitas vezes quem imigra se sente culpado por isso, principalmente em datas como aniversários, nascimentos e casamentos em que não é possível estar presente, e talvez, essa é uma das principais coisas que todo brasileiro sente falta ao morar no exterior.

Para lidar com a famosa culpa de quem mora no exterior, podemos dizer que a tecnologia existe e com a videochamada podemos ver o rostinho de quem está longe, conversar e sorrir. Tem imigrante que telefona diariamente para a família no Brasil, outros não sentem essa necessidade constante, mas a saudade é a mesma.

Nos meus primeiros meses (de Nathane) morando na França, eu sentia a frustração de não participar dos eventos. De ver os amigos combinando de se encontrar no grupo do WhatsApp e não poder ir. Mas com o tempo, a vida fora do Brasil vai se tornando a sua vida e você conhece novas amizades (inclusive amizades brasileiras no exterior), se apaixona, forma família.

O desapego é um dos processos mais difíceis da adaptação cultural do imigrante. Não são todos que podem viajar sempre para o Brasil ou receber os familiares nas férias. Por isso, todo reencontro é significativo e repleto de emoção.

Nossa família é o coração que bate fora do peito e a saudade se faz presente.

3. Clima tropical

O clima é uma das coisas que todo brasileiro sente falta ao morar no exterior, após vivenciar o primeiro inverno no exterior.

Quando eu me mudei para a França, cheguei no fim do outono e foi a primeira vez que senti frio de verdade na vida, ainda mais vindo da Paraíba.

Agora que moro na Alemanha, além do clima, sinto saudade dos dias claros. Nunca irei me acostumar com o por do sol às 16h. E para fugir do inverno na Europa, a melhor tática sempre será comprar passagem de férias para o Brasil.

Mas para ser sincera, até no verão, é possível sentir saudade do nosso clima tropical porque o calor que faz na Europa é diferente, te cozinha por inteiro, sem uma brisa para aliviar.

Na França, sobrevivi a três ondas de calor com temperaturas acima de 40ºC e para mim foi mil vezes pior do que sentir frio, porque os prédios não têm estrutura e muito menos ar condicionado para compensar.

Nessa época os lagos, rios e praias ficam lotados porque realmente não há outra opção para se refrescar se você não tiver piscina em casa. E mais uma vez bate a saudade das nossas praias, da areia fofa e até dos ambulantes vendendo água de coco.

4. Festas brasileiras

Se no Brasil a gente já amava nossas festividades, morando fora aprende a valorizá-las ainda mais. Afinal, o brasileiro sabe festejar como ninguém, né?

As festas de Natal e Ano Novo na Europa são bem simples, nada de se arrumar para ficar na sala de casa, por exemplo. Normalmente é feito um jantar ou almoço em família com um prato mais especial. Para quem gosta de ver os fogos de artifício, apenas grandes cidades, como Berlim, fazem algo do tipo.

O carnaval na Europa é celebrado em alguns países, muitas vezes em datas diferentes, mas não é nada como a gente conhece.

Na França fui duas vezes para a festa de carnaval em Bordeaux e o que posso afirmar é que é apenas um grande desfile temático, sem carro de som, shows e pouca animação.

Ela tem um vídeo no YouTube mostrando isto, caso você tenha curiosidade de saber como é:

No São João é o mesmo. Você pode encontrar alguns eventos e festas, que são bem familiares e de bairro, mas sem quadrilha e comidas típicas não tem a menor graça (ainda mais para quem veio do estado que sedia o Maior São João do Mundo).

Confira como é a Festa de São João no Porto, a maior e mais famosa de Portugal.

5. Música

Por falar em festas, para quem gosta de balada e dançar funk, tem que conviver na espera das festas temáticas em homenagem ao Brasil ou as que são organizadas por brasileiros. Pois, na maioria das vezes, a playlist dos lugares é dominada por reggaeton e música eletrônica.

Em Bordeaux, quase todo domingo organizam uma roda de samba. Então, para quem mora em cidades com uma grande comunidade de brasileiros torna-se mais fácil matar um pouco da saudade do Brasil.

Eu mesma fazia aula de dança uma vez por semana só para ouvir um pouco de funk ou axé, músicas que nem fazem parte do meu gênero musical favorito, mas que por algum motivo dão saudade. Por isso, a música sempre estará na lista de coisas que todo brasileiro sente falta ao morar no exterior.

6. Bom atendimento

No Brasil há o esteriótipo do servidor público, que não trabalha, né? Bom, espere enfrentar as primeiras burocracias na Europa para mudar de opinião a respeito da qualidade do nosso atendimento.

E isso se aplica em lojas, prestadores de serviço, médicos. Na Europa é difícil encontrar a qualidade, agilidade e sorriso no rosto que os atendentes brasileiros apresentam.

Uma vez o interruptor do meu apartamento parou de funcionar e eu entrei em contato com quatro eletricistas franceses para virem consertar. Todos estavam indisponíveis e me deram um prazo de 3 semanas. Minha sorte foi que encontrei um brasileiro que fez o conserto no mesmo dia e me salvou de ficar todo esse tempo sem luz.

Por isso que eu digo, por mais que o Facebook seja algo que nossos amigos não usam mais, ainda é uma ferramenta útil para se conectar com outros imigrantes brasileiros na Europa. Pesquise “brasileiros em + nome da sua cidade”, que você irá encontrar vários grupos.

7. Alto astral brasileiro

Não há como falar das coisas que todo brasileiro sente falta ao não morar no Brasil: o nosso alto astral é algo peculiar.

A saudade que dá de desabafar com um amigo sobre algo que está te preocupando e ele responder “Já deu certo, relaxa”. Os europeus são bem sinceros e não enrolam muito para falar algo. Então, se perguntar algo, esteja preparado para receber uma resposta realista.

Sinto que na França e Alemanha as pessoas reclamam de mais e sorriem de menos, sem generalizar. Mas o brasileiro é aquela pessoa que faz piada da própria desgraça. Essa leveza numa conversa faz falta, às vezes.

Na Alemanha, se você não separar o lixo corretamente, capaz de receber uma carta dizendo que você é a causa da destruição do planeta (brincadeira!).

8. Preço de produtos e serviços

O custo de vida na Europa é melhor que o do Brasil, isso é inegável se você recebe o seu salário em euro. Porém, se você tem saudade das coisas do Brasil e quer comprar um dos produtos brasileiros no mercado, a dica que eu dou é: não converta porque você vai se assustar.

Eu queria fazer caipirinha para receber meus amigos em casa e quase caí para trás com o preço da cachaça, que na Europa é vendida como premium, mas no Brasil é considerada uma das piores em termo de sabor.

Isso também se aplica para esmaltes, alicate de unha, a nossa tradicional sandália Havaianas — que na Europa pode custar 30€ a versão mais básica. Além dos serviços, principalmente na área estética, que é um trabalho muito valorizado.

9. Falar português

Existem 3 tipos de imigrantes:

• Os que não querem se relacionar com brasileiros;

• Os que só tem amigos brasileiros;

• E aqueles que conseguem um equilíbrio entre as amizades.

Quanto mais tempo você passa longe do Brasil, mais saudade dá de conversar em português com outros brasileiros e usar expressões que só a gente entende. Fora que nos sentimos nós mesmos em nosso idioma de origem, isso não dá para negar.

No Brasil, eu era a cliente que mal abria a boca quando ia ao salão de beleza, e aqui, com minha cabeleireira brasileira, eu falo mais que o homem da cobra. É uma oportunidade de conversar, fofocar e se sentir um pouquinho em casa.

São várias saudades que quem mora fora do Brasil tem que conviver, algumas a gente nem imaginava que sentira, mas só estando longe para saber.

E aí, está preparado para lidar com as coisas que todo brasileiro sente falta ao morar no exterior? Tem vontade de viver em um país europeu?

Confira o ebook “O sonho de viver na Europa”, que reúne história de diferentes brasileiros que atravessaram o Atlântico e compartilhas as suas dificuldades e oportunidades. Vale a pena se inspirar e refletir!

Fonte: Eurodicas

Texto By Nathane Costa, também conhecida como Thanny, é especialista em Comunicação e Marketing para Mídias Digitais. Nascida e criada em João Pessoa, Paraíba, morou na França e, agora, está passando uma temporada na Alemanha. Produz conteúdo para a internet desde 2009 e ama compartilhar dicas de viagem e gastronomia para ajudar outros brasileiros pelo mundo.

SAÚDE PUBLICA EM PORTUGAL: COMO FUNCIONA E COMO TER ACESSO. 🇵🇹

Uma das dúvidas mais frequentes dos brasileiros que se mudam para Portugal é sobre a saúde pública. Por se tratar de um dos principais problemas do Brasil, é comum que essa preocupação exista. O sistema de saúde pública em Portugal é de qualidade, porém, é preciso saber que ele não é gratuito em todos os casos.

Entenda como funciona a saúde no país, como os brasileiros podem ter acesso ao atendimento médico público, se há custos e como se inscrever.

Como é a saúde pública em Portugal?

O Serviço Nacional de Saúde de Portugal, o SNS, funciona em diversas frentes, desde atendimento de emergência até vacinação e coparticipação em alguns medicamentos.

Ele pode ser bastante efetivo em alguns quesitos, mas deixa a desejar em outros. Certo é que ele funciona de forma diferente do nosso conhecido SUS, e é preciso conhecer esse mecanismo para casos de emergência, principalmente se você vai morar em Portugal.

Saúde pública em Portugal é boa?

Depende do que você precisa.

A saúde pública em Portugal é conhecida por ter médicos bastante capacitados e oferecer serviços de qualidade. No entanto, assim como no Brasil e em sistemas de saúde de outros países, ela tem uma demanda bastante grande.

A espera para a realização de um exame pode durar meses, e o atendimento de emergência em um hospital público, dependendo da gravidade da situação, pode levar mais de 12 horas.

Como funciona a saúde pública em Portugal?

A saúde pública em Portugal é baseada no atendimento primário. O médico de família (clínico geral) é o responsável pelos primeiros contatos entre os usuários (chamados de utentes) e os especialistas.

Basicamente, é no centro de saúde que acontecem os primeiros atendimentos e as consultas de rotina — agendadas previamente. E o médico de família é o responsável por acolher os pacientes.

Nos centros de saúde também acontecem alguns atendimentos de urgências, por isso, os utentes podem buscar ajuda em casos mais simples nesses locais. Em algumas situações específicas podem ser encaminhados para especialistas conforme a necessidade do caso.

Quem tem acesso à saúde pública em Portugal?

Segundo o ePortugal, qualquer pessoa que se sinta doente em Portugal e necessite de cuidados médicos, seja ela turista ou, residente em situação regular ou irregular, tem direito a atendimento médico em hospitais públicos e centros de saúde portugueses.

Acesso à saúde pública em Portugal para brasileiros

Se atender aos requisitos definidos pelo SNS, o brasileiro pode usar o sistema de saúde pública em Portugal. Mas atenção, é preciso se enquadrar em um dos requisitos exigidos.

Através PT/BR – 13 antigo PB4)

O PT/BR-13, antigamente chamado PB-4 ou Certificado de Direito à Assistência Médica (CDAM),

O PB4 é um acordo bilateral entre Brasil e Portugal que permite que os seus portadores tenham acesso ao atendimento médico em terras lusitanas (e vice-versa). O acordo oferece as mesmas condições de atendimento médico quando em viagem de turismo ou residência em Portugal.

Mas fique atento a um detalhe, se você não for fixar residência, o PB4 é válido apenas para emergências, cumprindo uma função semelhante ao seguro viagem no que diz respeito a emergências médicas.

Através do Estatuto de Igualdade de Direitos

O Estatuto de Igualdade de Direitos dá aos brasileiros que vivem em Portugal os mesmos direitos e deveres de um cidadão português. Assim, é possível ter acesso ao serviço de saúde português da mesma forma que um nacional, desde consultas de rotina, até exames e atendimentos mais complexos.

Quem vive em Portugal com autorização de residência também tem acesso ao serviço de saúde da mesma forma que um nacional. Em ambos os casos, é possível se cadastrar nos centros de saúde e receber o número de utente — registro no sistema público de saúde português que dá acesso à ampla rede de saúde do país.

Acesso à saúde pública em Portugal para estrangeiros

O acesso à saúde é um direito de todas as pessoas presentes em Portugal. Por isso, em caso de urgência, o atendimento não pode ser negado, independentemente da sua nacionalidade ou da regularidade do seu visto. O que pode mudar são as taxas reguladoras, que variam de caso a caso.

Atenção: pessoas sem autorização de residência em Portugal devem ter um atestado de residência para poder acessar o SNS. Ele deve ter sido emitido pela Junta da Freguesia em que se encontra há mais de 90 dias e, assim que obtiver o documento, a pessoa deve fazer a inscrição no centro de saúde.

Crianças e adolescentes em situação irregular têm o mesmo acesso à saúde pública em Portugal que pessoas em situação regular no território.

Cartão Europeu de Seguro de Doença

Pessoas com residência em Portugal, inscrição no SNS e no Sistema de Segurança Social têm direito à emissão do Cartão Europeu de Saúde.

Ele possibilita que você receba atendimento médico em uma estadia temporária em qualquer país pertencente à União Europeia, além da Islândia, Noruega, Liechtenstein e Suíça.

Quanto custa a saúde em Portugal?

Até pouco tempo atrás, o acesso aos serviços de saúde pública em Portugal era feito com pagamento de taxas moderadoras, valores acessíveis cobrados para consultas, exames e procedimentos médicos.

Desde 2020, o governo de Portugal vem trabalhado para acabar com a cobrança das taxas de acesso ao SNS. Daí, em 1º de junho de 2022, quase todas as taxas foram extintas, havendo apenas uma exceção, conforme o Decreto-Lei nº 37/2022.

Exceção de pagamento

A nova regra do SNS determina que as taxas moderadoras só serão cobradas em uma situação: quando o paciente for até uma emergência hospitalar sem prévio encaminhamento (seja por um médico ou pelo atendimento telefônico na Linha SNS 24).

E, mesmo que o utente vá por conta própria a um serviço de urgência, as taxas também não serão cobradas em algumas situações:

• Caso haja necessidade de internamento;

• Grávidas e parturientes;

• Crianças até aos 12 anos, inclusive;

• Utentes com grau de incapacidade igual ou superior a 60%;

• Doadores de sangue;

• Doadores vivos de células, tecidos e órgãos;

• Doentes transplantados;

• Bombeiros;

• Militares;

• Ex-militares das Forças Armadas, com incapacidade permanente devido ao serviço militar;

• Pessoas com insuficiência econômica comprovada.

Quando cobradas, as taxas moderadoras apresentam os seguintes valores:

Serviço – Urgência polivalente

Custo – 18€

Serviço – Urgência médico-cirúrgica

Custo – 16€

Serviço – Urgência básica

Custo – 14€

É importante lembrar que valores relativos a diagnóstico e terapia podem ser acrescentados, nunca ultrapassando os 40 euros.

Saiba qual é a expectativa de vida em Portugal e a importância da saúde pública para o aumento.

Quem é isento de taxas moderadoras?

Mesmo com a mudança, a Entidade Reguladora da Saúde (ERS) mantém a lista dos utentes que permanecem isentos de qualquer pagamento. São eles:

• Grávidas e parturientes;

• Crianças e jovens até os 17 anos e 364 dias;

• Utentes que tenham grau de incapacidade igual ou superior a 60%;

• Doadores de sangue;

• Doadores de células, tecidos e órgãos;

• Bombeiros;

• Doentes transplantados;

• Militares e ex-militares das Forças Armadas que estão incapacitados permanente por prestação do serviço militar;

• Desempregados inscritos no centro de emprego com subsídio menor ou igual a 1,5 x IAS (664,80€), desde que não tenham como comprovar a condição de insuficiência econômica nos termos previstos. A isenção do pagamento é extensiva ao cônjuge e aos seus dependentes;

• Jovens em cumprimento de medidas tutelares, cautelares ou integrados em locais de acolhimento;

• Utentes no âmbito da interrupção voluntária de gravidez;

• Requerentes de asilo e refugiados, bem como respectivos cônjuges ou equiparados e descendentes diretos;

• Utentes em situação de insuficiência econômica e os seus dependentes (que tenham renda igual ou inferior a 664,80€);

• Vítimas de incêndios florestais ocorridos entre 17 e 24 de junho de 2017, 15 e 16 de outubro de 2017, e entre 3 e 10 de agosto de 2018, nos concelhos identificados na lei.

Entenda o custo de vida em Portugal e o peso da saúde nas contas mensais.

E quanto custa um atendimento particular?

Os atendimentos particulares da saúde privada de Portugal têm valor bem mais elevado. Uma consulta com especialista pode chegar a 90€, enquanto um atendimento de emergência chega a 110€.

Já um ecocardiograma pode custar entre 142€ e 350€. Para as gestantes, um parto normal pode custar entre 3.090€ a 4.295€, se for preciso realizar uma cesariana, os valores podem chegar a 5.328€.

Os valores podem variar de um hospital privado para outro, esses foram identificados no Hospital da CUF do Porto.

Como se cadastrar no sistema de saúde em Portugal?

Qualquer pessoa pode cadastrar-se no sistema de saúde português em qualquer centro de saúde do SNS, de preferência aquele da sua área de residência, de forma gratuita.

Para isso, é necessário:

• Descobrir a unidade mais próxima da sua casa (você pode fazê-lo ligando para o SNS — 808 24 24 24);

• Dirigir-se ao balcão de atendimento;

• Apresentar o Cartão de Cidadão (para pessoas com cidadania portuguesa) ou Autorização de Residência e o Número de Identificação Fiscal (NIF).

Número de utente em Portugal

O número de utente é o cadastro de uma pessoa para o acesso aos serviços de saúde pública em Portugal.

Ele é atribuído automaticamente a cidadãos portugueses que possuam Cartão de Cidadão, mas também pode ser solicitado gratuitamente na sua chegada a Portugal, desde que você tenha residência permanente no país ou atestado de residência da Junta da Freguesia que comprove que está em Portugal há mais de 90 dias.

Para a emissão do número, é preciso apresentar em um centro de saúde:

• Autorização de residência ou permanência, ou visto de trabalho em Portugal;

• Número de Identificação Fiscal (NIF).

Médico de família em Portugal

Em Portugal, o sistema de saúde funciona de maneira muito diferente do Brasil. O médico de família é o principal contato entre as pessoas e o sistema de saúde, é ele quem irá acompanhar os utentes durante toda a vida.

Esse profissional deve atender a família e, assim, conhecer o histórico médico familiar para trabalhar a prevenção de algumas doenças quando for necessário.

O médico de família também é o responsável pelo encaminhamento dos utentes para especialistas, sempre que julgar importante.

Entenda como é ter filho em Portugal, desde o pré-natal até o parto.

Todo mundo consegue médico de família em Portugal?

Não.

Especialmente nas grandes cidades e nos centros de saúde que concentram mais pessoas, conseguir um médico de família pode ser bem difícil.

Segundo o Jornal Público, em 2023, cerca de 1,6 milhões de residentes ainda não têm um médico de família atribuído, correspondendo a mais de 10% da população. Entretanto, a todas as crianças que nascem no país, é atribuído automaticamente um médico de família na zona na qual reside.

Mas saiba que isso não é motivo de preocupação, pois os atendimentos sempre serão garantidos. Quando precisar, você poderá recorrer ao seu centro de saúde e pedir uma consulta com o médico de plantão.

Como funciona o atendimento no Centro de Saúde?

O atendimento nos centros de saúde funciona inicialmente com as consultas com o médico de família, ele é o primeiro passo no atendimento. Ou com o médico de plantão, se for o caso.

Em geral, o centro de saúde oferece atendimento agendado, quando é marcada previamente uma consulta com o médico. Há também o atendimento de urgência, quando o utente é acometido por alguma doença aguda.

O canal Teaga pelo Mundo publicou um vídeo bastante interessante sobre a experiência deles em um centro de saúde e deixou algumas dicas de como receber atendimento médico no país. Vale a pena conferir:

E nos hospitais públicos em Portugal?

Os hospitais em Portugal funcionam de forma integrada. Em geral, existem gestões públicas que administram vários hospitais em uma mesma localidade. Esse modelo facilita a integração entre as unidades de saúde e a distribuição de leitos.

Preferencialmente o encaminhamento ao hospital deve ser feito através do SNS, pelo médico de família ou pela Linha SNS 24. Mas o paciente também pode se dirigir a um atendimento de urgência. Nessa situação, vale lembrar que podem ser cobradas taxas moderadoras.

Remédios têm coparticipação do governo

A saúde pública lusitana vai além do atendimento médico, também existem programas de subsídios de remédios em Portugal. É o caso dos medicamentos comparticipados, sobre os quais o governo paga parte do valor e o utente o restante.

Existem 4 escalões de comparticipação. No escalão A, no qual o desconto é de 90%, estão medicamentos hormonais e imunomoduladores, por exemplo. Já no B estão medicamentos cardiovasculares e anti-infecciosos, categoria na qual os descontos são de 69%. No escalão C os descontos são de 37% e no escalão D são de 15%.

Os escalões estão definidos conforme a patologia, e existe ainda o regime especial de comparticipação, destinado aos pensionistas. Nessa categoria, os remédios do escalão A tem uma comparticipação extra de 5% e nos demais escalões de 15% a mais.

Quais os melhores hospitais públicos em Portugal?

Existem diversos rankings mundiais que determinam os melhores hospitais públicos de Portugal. Segundo a Institutions and University Rankings, da SCImago, os melhores hospitais portugueses pertencentes ao SNS são:

• Centro Hospitalar de Lisboa Norte;

• Instituto Português de Oncologia Fernando Gentil;

• Centro Hospitalar do Porto;

• Instituto Nacional de Saúde Dr. Ricardo Jorge;

• Centro Hospitalar Universitário de São João.

Precisa ter plano de saúde em Portugal?

Não necessariamente.

O serviço de saúde pública em Portugal é de qualidade. Entretanto, é preciso considerar que no sistema público, o médico de família será o primeiro contato com o atendimento e, apenas se for necessário, você será encaminhado para um especialista.

O seguro saúde em Portugal é barato, entre 30€ e 40€ por mês, em média. Porém, os planos funcionam no sistema de coparticipação, ou seja, a cada consulta ou exame é preciso pagar parcialmente pelo serviço.

Em Portugal, não existem planos de saúde como os do Brasil, em que o valor pago mensalmente (apesar de ser bem alto) cobre todos os gastos com atendimentos e procedimentos médicos.

Mas, se você é do tipo de pessoa que prefere ir direto ao especialista, o seguro saúde pode ser uma opção viável. Assim, não é preciso passar pelo médico de família quando precisar de um atendimento específico, e terá maior celeridade na solução dos problemas de saúde.

Quanto custa um plano de saúde em Portugal?

Entre 5 € e 100 € por pessoa.

A mensalidade de um plano de saúde em Portugal depende de muitos fatores, como idade e condições de saúde do contratante, valor de coparticipação e empresa contratada.

É importante, portanto, encontrar uma opção que faça sentido para o seu bolso e as suas necessidades de saúde.

Vale a pena acessar a saúde pública em Portugal?

Sim.

Se você tem essa opção, a saúde pública portuguesa é de boa qualidade e vale a pena usufruir do serviço.

Apenas não recomendo que você dependa apenas dos serviços públicos. Tanto nas grandes cidades quanto no interior, os hospitais e centros de saúde são bastante cheios, e é comum esperar por horas para receber um atendimento de urgência.

Agora que você sabe como funciona a saúde pública em Portugal, é hora de fazer os preparativos para as terras lusitanas, sempre em boa saúde.

Por isso, preparamos um produto super especial: o Programa Morar em Portugal, que apresenta todas as informações necessárias em 22 aulas em vídeo, desde o planejamento até o período de adaptação da sua família. Vale a pena!

Fonte: Luísa Cortés, Tié Lenzi e Carolina Sanches do site eurodicas

Obs: Valores correspondem ao ado de 2023.

VISTO D7 PORTUGAL – COMO MORAR EM PORTUGAL COM APOSENTADORIA OU RENDIMENTOS.

Se você sonha em ir morar em Portugal depois de aposentado, assim como eu, aqui está alguém que nos ajuda a realizar este sonho. Já ouviu falar de Cristina do Vamu ver?

Cristina Maya é YouTuber e criadora do Vamu Ver! marca nacional registrada em Portugal
pelo INPI, Instituto Nacional da Propriedade Industrial sob o nº 616476.
Postagens nas mídias sociais e no site vamuver.com.
Formada em Letras, lecionou língua inglesa no Brasil. Estudou e morou nos EUA. Atualmente, promove postagens sobre dicas de viagens, além de tutoriais voltados para Portugal, país onde reside.

Nos dá muitas orientações atualizadas sobre como fazer: antes, durante e depois do visto.

Visto D7 para Portugal 🇵🇹

Quais documentos pedir após o visto D7 ser aprovado?

Vários vídeos importantes que vão nos ajudar. Assistam:

Será de grande valia para si.

* NIF – Tutoriais COMPLETOS: https://bit.ly/3lK6JNl

* Título de residência: https://bit.ly/32YqUzD

* Alugar ou comprar imóveis: http://bit.ly/2Kbc67m

* Utente no SNS: https://bit.ly/33dabcb

* Estatuto de Igualdade de direitos e deveres: http://bit.ly/2lGxV5x

* Estatuto de residente não habitual: https://bit.ly/3lMiKSj

* Cartão de Cidadão: http://bit.ly/2lGxV5x

* Cartão europeu de seguro de doença: https://bit.ly/3kI1U5N

* NISS: http://bit.ly/2lGxV5x

* NISS: https://bit.ly/3nARVRt

* Troca da CNH: https://bit.ly/2C9VID8

* Troca de domicílio eleitoral: https://bit.ly/3kMIRHj

* Prova de vida: http://bit.ly/2C0tzuD

* Saida definitiva: http://bit.ly/32QDo9R

* Renovação da AR: http://bit.ly/2MOcg5W

* Documentos para viajar com animais: http://bit.ly/2lXj3zP

Quer saber mais?

Visto de residência para aposentados ou titulares de rendimentos – D7

https://oterceiroato.com/2020/06/03/viajar-para-a-europa-pos-coronavirus-tudo-que-voce-precisa-saber/

https://oterceiroato.com/2021/03/03/aposentado-visto-d7-brasileiros-como-morar-em-portugal-depois-de-aposentado/amp/

https://oterceiroato.com/2018/08/31/aposentei-e-agora-bora-portugal/amp/

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BRASILEIROS PODEM ENTRAR EM PORTUGAL AGORA? MARÇO 2021

Para quem me conhece sabe bem que eu planejo ir morar em Portugal. A pandemia adiou um pouco este meu sonho, pois o momento requer refinar meu planejamento e esperar as coisas melhorarem nos países e no mundo. Momento de cautela. A chegada da vacina só nos deu esperança de que tudo passará em breve. Eu sigo alguns blog/ Instagram/ Facebook e YouTube que pessoas que nos orientam e me atualizam neste sonho… de ir morar em Portugal. Eu pretendo pedir o visto D7, mas existem outras possibilidades. Indico o Erick da Eurodicas e do Cristina do Vamuver. Aqui algumas das perguntas que mais fazem para Erick.

Brasileiros podem entrar ✈️ em Portugal agora?

A maior parte dos brasileiros ainda não pode entrar em Portugal. Portugal vive, nesse momento, um novo lockdown para tentar controlar a disseminação do coronavírus no país. No início do ano, o país viveu o pior momento da pandemia, entretanto agora a situação já está sob controle e em poucos dias deve acabar o confinamento. Você pode acompanhar a situação do Covid-19 em Portugal no site do Ministério da Saúde do país. Nesse momento, existem medidas restritivas para a entrada de estrangeiros no país. Brasileiros podem entrar em Portugal portando um teste negativo RT-PCR de Covid-19 feito a no máximo 72 horas e se:

• Tiverem cidadania europeia: caso o brasileiro tenha dupla cidadania de um dos países da União Europeia, é possível entrar em Portugal;

• Tiverem autorização de residência válida para algum país europeu;

• Viajarem para Portugal por questões de saúde ou humanitárias.

Portanto, Portugal tem fronteiras fechadas para o turismo de brasileiros no país e mesmo que tem um visto para entrar no país ainda não pode desembarcar por aqui. As medidas são válidas até o dia 1 de março, quando finaliza o Estado de Emergência vigente no momento, mas ainda não se sabe se esse será prorrogado. Portugal suspendeu voos do Brasil para cá e de cá para o Brasil, a não ser os essenciais e de repatriamento.

Então é hora de desistir de morar em Portugal? Consideramos que não. O momento agora é de planejamento. A vacinação da população continua a ocorrer e o sistema público de saúde está trabalhando para controlar a situação. Portugal vai continuar sendo um país seguro, com excelente qualidade de vida e um dos menores custos do continente europeu, características que atraem muitos brasileiros (como eu!) para cá.

O que é preciso para morar em Portugal? Essa é a pergunta mais recorrente e de maneira bem simples, para morar em Portugal você precisa de:

1. Passaporte válido;

2. Visto (ou cidadania europeia);

3. Planejamento emocional e financeiro.

Abaixo explicamos o passo a passo para obtenção de visto, falamos sobre o custo de vida e o quanto você deve ter para mudar para Portugal.

Visto para morar em Portugal:

O primeiro passo e um dos mais importantes é conseguir um visto adequado para morar em Portugal (caso você não tenha cidadania de nenhum país europeu). Os tipos de visto mais comuns que você pode solicitar são:

• Visto de Estudo;

• Visto de Trabalho;

• Visto de Empreendedor;

• Visto para Startup;

• Visto de Rendas Próprias (aposentados, por exemplo);

• Golden Visa (compra de imóvel).

Você pode ver aqui todos os tipos de visto para Portugal e os documentos necessários para solicitar cada um deles. Se você tem a cidadania portuguesa (ou de outro país da União Europeia), não precisa de nenhum visto para morar na Europa.

Quais os documentos para morar em Portugal? Quando um estrangeiro se muda para Portugal pode ficar bem confuso sobre os documentos necessários no país europeu e isso é extremamente normal. Mas depende de cada caso. De forma geral, os documentos básicos para morar em Portugal são:

• Passaporte válido;

• Visto;

• Seguro Viagem ou PB4;

• Comprovante de capacidades financeiras.

Se você vai levar sua família que não possui cidadania europeia, será necessário fazer o reagrupamento familiar. Veja os documentos necessários para o reagrupamento familiar em Portugal.

Vale a pena morar em Portugal? Em resposta direta, na minha opinião vale sim! Mas isso é a minha opinião, vale para o meu estilo de vida e para os meus objetivos. Você terá que avaliar o seu caso, mas vou dar umas dicas que podem te ajudar.

Para quem vale a pena morar em Portugal:

• Pessoas que dão mais valor a qualidade de vida do que a ganhar muito dinheiro;

• Pessoas que gostam de uma vida mais calma;

• Pessoas que têm ou pretendem ter filhos;

• Aposentados e pensionistas com uma renda razoável.

Para quem talvez não seja um bom negócio:

• Pessoas que gostam de viver em grandes metrópoles;

• Pessoas que querem ganhar um bom dinheiro com trabalhos não técnicos/especialistas;

• Pessoas que não têm um bom planejamento financeiro para se sustentar até que a vida se encaminhe por aqui.

Eu prefiro dizer que você precisa olhar o seu caso e não se basear no meu, porque diariamente falo com pessoas que querem vir morar em Portugal e muitas vezes elas tem expectativas que o país não corresponde. Por exemplo, diferente dos Estados Unidos, aqui ninguém vai conseguir chegar e arrumar um emprego para limpar chão (ou qualquer outro serviço braçal) e através desse emprego vai conseguir ter uma boa qualidade de vida, adquirir imóveis, etc.

Melhor cidade para morar em Portugal: Fazer um ranking com as melhores cidades para morar em Portugal (ou em qualquer outro país) é complicado por que tudo depende do seu estilo de vida. Esse ranking é baseado em qualidade de vida, custo de vida e oportunidade de trabalho.

1. Lisboa – Como é morar em Lisboa;

2. Porto – Como é morar no Porto;

3. Braga – Como é morar em Braga;

4. Coimbra – Como é morar em Coimbra;

5. Guimarães – Como é morar em Guimarães;

Claro que você deve levar em consideração o propósito de morar em Portugal para escolher a cidade que vai morar. Se você não quer morar em uma cidade grande, Braga pode se adequar melhor ao seu estilo de vida. Se quer trabalhar com tecnologia em Portugal, provável que tenha que escolher entre Porto e Lisboa, por exemplo. Nós recomendamos que, se for possível, venha para Portugal para conhecer o país e visitar diversas cidades antes de vir de forma definitiva. É preciso sentir a atmosfera do local, perceber se Portugal é mesmo o seu local para chamar de lar e assim evitar que todo o planejamento e investimento seja em vão caso não se adapte.

Quanto dinheiro levar para morar em Portugal? Para saber quanto dinheiro levar para morar em Portugal, primeiro você precisa calcular o seu custo de vida (veja o exemplo no tópico acima) e aplicar uma “fórmula” que é:

(Custo de vida x 6) + (valor do aluguel x 3) = valor mínimo da reserva financeira.

Isso porque, na minha opinião, você deve ter no mínimo 6 meses do valor mensal guardado, para um eventual problema, e o valor de 3 meses do aluguel será necessário para ser “caução” na hora de alugar o imóvel. Portanto, vamos supor que você pretende morar em Braga.

Um casal de aposentados, por exemplo, deve comprovar o valor mínimo de 1.140€ por mês (que corresponde a 150% do salário mínimo português de 2023).

O Governo de Portugal exige também a comprovação do valor mínimo mensal para o período de um ano, ou seja, R$ 6.229,07 x 12 meses = R$74.748,84 em conta bancária para a solicitação do visto para um requerente mais um agrupado.

E lembramos que esse é o valor mínimo, é sempre bom contar com cerca de 10% a 30% a mais para imprevistos.

Saiba mais:

https://www.eurodicas.com.br/como-morar-em-portugal/

https://www.eurodicas.com.br/como-morar-em-portugal/

https://oterceiroato.com/2021/03/03/aposentado-visto-d7-brasileiros-como-morar-em-portugal-depois-de-aposentado/amp/

https://www.eurodicas.com.br/como-morar-em-portugal/

SAÚDE EM PORTUGAL PARA BRASILEIROS.

Como funciona a saúde em Portugal?

O sistema público de saúde em Portugal é o que atende a maioria das pessoas, e tem boa qualidade, inclusive se comparado com hospitais particulares do Brasil. Os hospitais são bem equipados, com atendimento de qualidade e não precisa esperar dias para ser atendido. Mas também diferente do Brasil, não é gratuito. Porém, os valores não são abusivos, como no Brasil.

Brasileiros podem usar a saúde pública em Portugal?

Sim! Seja você uma pessoa que mora, trabalha e reside em Portugal, você tem o direito de usar a saúde pública em Portugal.

Será necessário solicitar o PB4 ainda no Brasil para usufruir do direito. O PB4 (gratuito) é um acordo entre Brasil e Portugal no qual todo beneficiário do INSS tem direito a atendimento nas redes de saúde pública dos países que fazem parte do acordo, pagando o mesmo que um cidadão local. Mas lembramos: é preciso apostilar o documento segundo a Convenção de Haia.

Veja onde e como solicitar o PB4 ou então, veja como escolher o melhor seguro viagem Europa.

Como usar o PB4 em Portugal? Plano de Saúde em Portugal

Quais os documentos para morar em Portugal?

Quando um estrangeiro se muda para Portugal pode ficar bem confuso sobre os documentos necessários no país europeu e isso é extremamente normal. Mas depende de cada caso. De forma geral, os documentos básicos para morar em Portugal são:

• Passaporte válido;

• Visto;

• Seguro Viagem ou PB4;

• Comprovante de capacidades financeiras.

Se você vai levar sua família que não possui cidadania europeia, será necessário fazer o reagrupamento familiar. Veja os documentos necessários para o reagrupamento familiar em Portugal.

Vale a pena morar em Portugal?

Em resposta direta, na minha opinião vale sim! Mas isso é a minha opinião, vale para o meu estilo de vida e para os meus objetivos. Você terá que avaliar o seu caso, mas vou dar umas dicas que podem te ajudar.

Para quem vale a pena morar em Portugal:

• Pessoas que dão mais valor a qualidade de vida do que a ganhar muito dinheiro;

• Pessoas que gostam de uma vida mais calma;

• Pessoas que têm ou pretendem ter filhos;

• Aposentados e pensionistas com uma renda razoável.

Para quem talvez não seja um bom negócio:

• Pessoas que gostam de viver em grandes metrópoles;

• Pessoas que querem ganhar um bom dinheiro com trabalhos não técnicos/especialistas;

• Pessoas que não têm um bom planejamento financeiro para se sustentar até que a vida se encaminhe por aqui.

Eu prefiro dizer que você precisa olhar o seu caso e não se basear no meu, porque diariamente falo com pessoas que querem vir morar em Portugal e muitas vezes elas tem expectativas que o país não corresponde.

Por exemplo, diferente dos Estados Unidos, aqui ninguém vai conseguir chegar e arrumar um emprego para limpar chão (ou qualquer outro serviço braçal) e através desse emprego vai conseguir ter uma boa qualidade de vida, adquirir imóveis, etc.

Saiba mais:

https://www.eurodicas.com.br/como-morar-em-portugal/

https://oterceiroato.com/2020/06/03/viajar-para-a-europa-pos-coronavirus-tudo-que-voce-precisa-saber/

https://oterceiroato.com/2018/08/31/aposentei-e-agora-bora-portugal/

https://oterceiroato.com/2018/02/09/o-que-e-o-pb4/

https://oterceiroato.com/2016/10/31/saude-publica-em-portugal-como-funciona-2/

APOSENTADO: VISTO D7 BRASILEIROS COMO MORAR EM PORTUGAL, DEPOIS DE APOSENTADO.

Eu acompanho a muito tempo Erick do Eurodicas. Está sempre orientando e nos atualizando sobre como é para brasileiros morar em Portugal. Assim nasceu o Eurodicas. Atualizado em. 2021. Morar em Portugal aposentado:

Desde que Portugal criou um visto especial para pessoas que possuem rendas próprias (aposentados ou não), o país tem recebido anualmente milhares de aposentados que veem aqui a oportunidade de viver melhor, gastando menos do que gastavam no Brasil e com muito mais segurança.

Sem dúvida, é uma escolha acertada. O custo de vida em Portugal pode ser até 50% mais barato caso vá viver em cidades pequenas de Portugal, e além disso, os aposentados brasileiros acabam conseguindo ter um conforto muito maior, além de se sentirem mais seguros, respeitados e acolhidos.

Nós já escrevemos, inclusive, um guia de como viver em Portugal depois de aposentar.

Se esse for o seu caso, recomendamos a leitura.

Qual o custo de vida em Portugal?

Sem dúvida o custo de vida em Portugal é um dos itens que você deve considerar antes de mudar para o país. O custo de vida vai depender da cidade que você escolher para viver e do seu estilo de vida.

Lisboa e Porto são as cidades mais caras para morar em Portugal, mas também é onde mais tem oportunidades de trabalho e onde pagam melhor, ou seja, uma coisa compensa a outra.

Se considerar um casal, sem filhos, vivendo em um apartamento bem localizado com um quarto, incluindo as contas básicas (água, luz, telefone, internet) e comida, o custo de vida por cidade seria mais ou menos assim:

• Lisboa – 2.000€;

• Porto – 1.500€;

• Braga – 800€;

• Coimbra – 700€;

• Guimarães – 700€.

Claro que essa é uma conta genérica, onde o seu estilo de vida e principalmente que tipo de imóvel quer alugar, vai fazer toda a diferença.

Esses são os custos mínimos para viver uma vida econômica em cada uma das cidades.

Dados Numbeo

O site Numbeo, que calcula custo de vida ao redor do mundo, informa que uma pessoa sozinha precisa de 556,89 euros mensais (sem o valor do aluguel incluído) para morar em Lisboa.

Já para o Porto, uma pessoa sozinha precisaria de 549,62 euros mensais (sem o valor do aluguel incluído) para viver na cidade de forma econômica.

Na cotação do euro de fevereiro de 2021, isso representaria R$3.627 mais aluguel para Lisboa e R$3.580 mais aluguel para o Porto. Mas afinal, quanto custa o aluguel? Veja abaixo.

Aluguel em Portugal

Nos últimos anos, Portugal sofreu um boom com a chegada de uma grande quantidade de pessoas que vieram em busca de emprego, educação e mais qualidade de vida. Com a grande procura de casas, o fenômeno do aumento dos valores aconteceu.

Entretanto, diante do cenário da pandemia de coronavírus, os alugueis em Portugal sofreram uma leve retração, especialmente em Lisboa e Porto. Isso aconteceu devido à queda do turismo, e os proprietários de apartamentos tiveram de adaptar os custos dos aluguéis à realidade de quem mora em Portugal.

Atualizamos os valores em 15 de fevereiro de 2021 e eles estavam ligeiramente mais baixos do em dezembro e janeiro:

Veja abaixo exemplos dos valores de aluguel no país: Respectivamente

Lisboa

Porto

Braga

Apartamento de 1 quarto no centro

827€

693€

547€

Apartamento de 1 quarto fora do centro

638€

517€

400€

Apartamento de 3 quartos no centro

1.515€

1200€

861€

Apartamento de 3 quartos fora do centro

1.028€

870€

626€

Comprar imóvel em Portugal

Se ao invés de morar de aluguel em Portugal, você tem a intenção de comprar ou financiar um imóvel no país, é preciso estar atento à toda a legislação vigente, agendar visitas ao imóvel, tratar do contrato, dos impostos, do registro e escritura, etc.

O valor dos imóveis para compra, no entanto, não apresentou a retração percebida nos imóveis para arrendar.

Para que você tenha uma ideia, veja os valores do metro quadrado nas três principais cidades que os brasileiros escolhem para morar em Portugal:

Lisboa

Porto

Braga

Preço do m² para apartamento no centro

De 3 mil € a 7 mil €

De 2 mil € a 4.166  €

De 1.300€ a 2.000€

Preço do m² para apartamento fora do centro

De 1.600€ a 4.000€

De 1.200€ a 2.300 €

De 900€ a 1.200€

Como enviar dinheiro para Portugal para aluguel ou compra de imóveis?

Seja para alugar ou para comprar um imóvel em Portugal, você vai precisar realizar uma transferência de um valor elevado para o país.

Para alugar, normalmente os estrangeiros precisam adiantar alguns meses de aluguel ou caução, já que a maioria não tem um fiador no país. Os senhorios ou imobiliárias costumam pedir de 1 a 6 meses de aluguel adiantado para garantir o imóvel.

Melhores formas de enviar dinheiro para Portugal

Se a sua intenção é alugar ou comprar imóvel em Portugal, precisa pesquisar a melhor forma de enviar o dinheiro. Aqui no Euro Dicas nós já fizemos o teste com as principais formas de envio de dinheiro.

Os bancos são a forma mais tradicional e mais cara para o envio de dinheiro, a nossa recomendação é o uso de plataformas online de envio de dinheiro regulamentadas pelo Banco Central (BACEN). Elas são seguras, trabalham com o câmbio comercial (que é mais barato que o câmbio turismo), têm tarifas muito mais baixas e tempo de entrega do dinheiro é curto.

Já fizemos o teste com a TransferWise, a Remessa Online, a Western Union e a Moneygram.  Todas as listadas são de confiança.

Atualização: nesse momento, a TransferWise não está enviando dinheiro em reais para o exterior, devido ao fim da parceria com o MS Bank, que era correspondente cambial da plataforma no Brasil. Nesse momento, a melhor forma de enviar dinheiro para Portugal é através da Remessa Online.

Como calcular o meu custo de vida em Portugal?

Bom, como falamos, os valores acima são genéricos, resultado da média da colaboração de milhares de pessoas que vivem em Portugal e informam o quanto gastam por mês. Para saber o quanto você vai gastar nós sugerimos que você pegue um papel e caneta e faça o seguinte exercício:

• Entre nos sites de imobiliárias em Portugal e veja alguns imóveis que gostaria de morar e o quanto eles custam, anote o valor do aluguel;

• As contas da casa em Portugal variam entre 60€ e 150€ mensais para duas pessoas, em média. Essa variação acontece porque no inverno o consumo de eletricidade aumenta bastante, portanto, sugerimos que aponte cerca de 120€ mensais por segurança;

• Entre nos sites de supermercado em Portugal e faça uma simulação de compra online dos produtos que você normalmente consome no Brasil, anote o valor da compra mensal;

• Você vai utilizar o transporte público em Portugal ou pretende comprar um carro por aqui? Anote os valores mensais que você deve gastar com deslocamento no país.

Se você tiver filhos em idade escolar ou na Universidade, ou se você for estudar no país, vale a pena pesquisar também os custos com educação e somar ao montante acima.

Pronto, ao somar o valor total, você terá os gastos básicos do seu custo de vida. Lembre-se que não estão incluídos gastos com lazer, farmácia, restaurantes, etc. Por isso o valor não é absoluto, apenas uma estimativa.

Quanto dinheiro levar para morar em Portugal?

Para saber quanto dinheiro levar para morar em Portugal, primeiro você precisa calcular o seu custo de vida (veja o exemplo no tópico acima) e aplicar uma “fórmula” que é:

(Custo de vida x 6) + (valor do aluguel x 3) = valor mínimo da reserva financeira.

Isso porque, na minha opinião, você deve ter no mínimo 6 meses do valor mensal guardado, para um eventual problema, e o valor de 3 meses do aluguel será necessário para ser “caução” na hora de alugar o imóvel.

Portanto, vamos supor que você pretende morar em Braga. O custo de vida para um casal é de pelo menos 800€/mês e vai alugar um apartamento de 1 quarto no centro por 515€.

Portanto, você precisaria de 1.545€ de aluguel e caução + 4.800€ para garantir o custo de vida por 6 meses. O total de 6.345€ totaliza por volta de R$41.330 (na cotação do euro de 15/02/2021 a 1€ = R$6,51). E lembramos que esse é o valor mínimo, é sempre bom contar com cerca de 10% a 30% a mais para imprevistos.

Saiba mais:

https://www.eurodicas.com.br/como-morar-em-portugal/

https://www.google.com.br/amp/s/www.eurodicas.com.br/como-viver-em-portugal-depois-de-aposentar/amp/

Saiba mais sobre a assunto: https://oterceiroato.com/category/morar-em-portugal/

https://oterceiroato.com/2018/08/31/aposentei-e-agora-bora-portugal/

https://oterceiroato.com/2016/02/29/aposentando-em-portugal-tipos-de-vistos-d7-para-aposentados/