CAMINHO DE SANTIAGO PRA QUEM TEM MAIS DE 50 ANOS!

“Nossa ligação foi traçada à nascença, mas nós escolhemos prolongá-la pela vida.” Feliz Dia do Irmão!

Hoje para homenagear meus irmãos no “Dia dos Irmãos”, vou compartilhar com vocês um desejo conjunto… Começou com minha irmã caçula, contaminou os outros  dois e encontrou um pouco de resistência minha rsrsrsr… Deste desejo de fazermos juntos o Caminho de Santiago de Compostela, que surgiu assim de repente e com a vida nos colocando a prova constantemente comecei a me questionar… pensei então em aceitar e começar a me preparar para tal…

“Foi um dos únicos momentos da minha vida que conheci o que deve ser “felicidade plena”. 

Já contei isso aqui outro dia que tenho 3 irmãos que há algum tempo comentam que desejam fazer o Caminho de Santiago, mas só com nós 4 (coisa de irmãos)… isto me inclui é claro.  Um desafio com 4 irmãos, pode? Confesso que adoro desafios e bem lá no fundo também desejava fazer este caminho… Sempre sonho em conhecer lugares incríveis…  e em fazer essa caminhada peregrina, tinha curiosidade e também fazia parte disso. Penso que deve ser uma experiência única e muito especial… algo marcante para dentro nós mesmos… um autoconhecimento profundo. Quando?… algum dia, pensava? Deixava pra lá… Nunca determinei… até fugia, mas agora…

O problema é que eu sempre fui meia (inteira rsrsr) sedentária fisicamente e na minha idade (coisa que não sinto)… pensava, isso não vai rolar! Eles vieram, propuseram, mexeram daqui me cutucaram dali… com isso minha vontade anda acendendo… aquela chama apagadinha… é, realmente confesso, tem mexido comigo!

Vamos amadurecendo, vão acontecendo tantas coisas em nossa vida… questões mil e de repente você para e pensa… nos intriga e faz refletir sobre a vida como ela é… Qual o meu propósito nesta vida? O que ainda temos que aprender? Onde preciso melhorar? O que fazer então? Xiiii não dá pra fugir mais. Chegou o momento! Muitas acontecimentos me fizeram repensar e reconsiderar este desejo sim.

Fazer esta rota de peregrinação (que existe há doze séculos) chegando via Espanha ou Portugal (a mais curta), até a cidade de Santiago de Compostela, está começando a ser planejada por mim (o preparo físico é urgente agora). Mais do que uma viagem será um projeto de vida. Nossas vida!

Começo a me preparar para este grande desafio. Afinal como irmã mais velha da turma não posso fazer feio não acham? E não pode demorar muito né? Daqui a dois anos acredito que esta bom. Com minha demora alguns irmãos já melhor preparados, devem fazer antes esta peregrinação… com sua famílias, mas quem sabe ainda iremos juntos algum dia. Nada impedi isso!

Vamos lá, ando pesquisando sobre o assunto e me animei com o que Daniel Agrela nos conta a história e dicas de Elker, um simpático senhor de 65 anos que já percorreu o caminho por cinco vezes neste artigo. Dá um bom começo pra animar muita gente… é sempre bom conhecer experiências de pessoas desta idade… Incentiva. Leiam:

Lembro com detalhes o meu primeiro dia no Caminho de Santiago. Com 25 anos recém completados, cheguei à pequena cidade de Saint Jean Pied Port, no sul da França, tarde da noite. Naquele momento, bares e restaurantes estavam fechando e minha preocupação era encontrar um albergue para passar a noite. Estava muito ansioso para iniciar o trajeto no dia seguinte.

Fui à oficina de peregrinos e lá recebi todas as recomendações necessárias, incluindo um mapa topográfico de cerca de 30 etapas até Santiago de Compostela. Peguei os materiais e fui em direção ao albergue. Lembro que no quarto havia cerca de oito pessoas, todas interagindo umas com as outras. O clima era de animação.

Logo percebi que era o mais jovem do grupo. Recostei na cama e passei a ver o mapa referente ao primeiro dia de caminhada. Fiquei em pânico. Como não tinha me preparado muito bem para a viagem, não sabia ao certo todos os detalhes, tanto de quilometragem quanto de altitude. Foi então que me dei conta que na manhã seguinte teria de percorrer cerca de 26 quilômetros partindo de uma altitude de 200 metros (nível do mar) para 1.400 metros (nível do mar).  Minha aparência calma tinha desaparecido. Percebendo isso, um viajante alemão veio até mim e matou a charada.  – Assustado com o percurso. – Assustado é pouco. Desesperado! Acho que não vou conseguir, disse.

– Pois não fique. Olhe para mim (nesse momento ele apontou para seu rosto e mãos, marcados pelo tempo). Meu nome é Elker, tenho 65 anos e esta é a minha quinta vez no Caminho de Santiago.

Fiquei incrédulo. Para mim, até então, esse trajeto só poderia ser feito por jovens devido à sua dificuldade. Afinal, são 800 quilômetros a serem percorridos a pé. – E por que recorre ao Caminho tantas vezes, perguntei. – Desde que me aposentei, tracei como meta de vida percorrer o Caminho de Santiago todos os anos. Até agora tenho mantido essa minha promessa, e, você não vai acreditar, mas com o passar dos anos parece que o trajeto se torna mais fácil para mim. – E os anos não pesam? – Minha primeira vez aqui foi difícil. Mas logo percebi que não é o físico que te leva a Santiago e sim o espiritual, o que você tem em mente, explicou.

Conversamos por algum tempo mais e, mentalmente, fui anotando todas as dicas daquele peregrino que, em tom professoral, me ensinava como encarar o Caminho de Santiago. Na manhã seguinte, perdi a hora e fui o último a deixar o albergue. Chovia e o frio castigava. Com as dicas do simpático Elker assimiladas, tomei coragem e parti rumo ao meu caminho. E não é que ele estava certo? Veja aqui as dicas dele:

1 – Não encare o Caminho de Santiago como uma corrida. Se sentir que seu corpo não vai aguentar, pare, descanse e recomece no dia seguinte;

2 – Ser jovem pode ajudar, mas não é essencial para fazer esta viagem. Às vezes, um bom motivo para caminhar vale mais do que alguns anos a menos;

3 – Caminhe sempre  com um cajado para auxiliar na subida, para dar impulso, e na descida, para proteger os joelhos;  4 – Use um chapéu para se proteger do sol;

5 – Consulte sempre os mapas das etapas, mas não se prenda a eles. Aprecie a paisagem que está a sua volta e caminhe para dentro de si;

6 – Beba bastante água, mesmo que não esteja com sede;

7 – Se puder, leve consigo sempre algo simples para comer. Nem todos os lugares do Caminho oferecem infraestrutura de bares e restaurantes;

8 – Leve fotos da família. Elas são importantes para os momentos de saudade;

9 – Não sobrecarregue as costas com uma mochila excessivamente pesada. Escolha itens essenciais para acompanhá-lo no trajeto;

10 – Quando os pés estiverem cansados, não se dê por vencido. Caminhe com o coração.

Daniel-AgrelaDaniel Agrela, da primeira vez em que percorreu o Caminho

Gostaram? Se animaram?

Alguém aí tem mais dicas? Me contem… Beijos.

*Daniel Agrela é jornalista e autor do livro: “O Guia do Viajante do Caminho de Santiago, uma vida em 30 dias”.

 

COMO CHEGAR AOS 100 ANOS… DE BEM COM A VIDA! QUEM QUER CHEGAR LÁ?

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“Envelhecer! Penso que estar viva, dá muito trabalho…, mas estar de bem com a vida, dá mais trabalho ainda…, sendo compensatório e maravilhoso!” Bia Perez

O que fazer para conseguir chegar aos 100 anos de bem com a vida? Esta é uma pergunta que todos nós fazemos algum dia. Podemos construir sim uma melhor qualidade de vida pra nós, desde cedo ou a qualquer momento… basta começar.

Hoje no dia do meu aniversário, eu fiquei pensando sobre isso… Sim, eu quero chegar aos 100 anos com uma melhor “qualidade de vida”.

Para que isso aconteça temos que dar uma parada e refletir… Já mudei alguns dos meus hábitos, rotinas e atitudes, durante estes últimos anos, que certamente estão contribuindo para a melhoria no meu envelhecer. Coisas que eu fazia antes e nem pensava sobre as suas consequências, precisaram ser revistas… e mudadas! E foram…

Quando percebi que pequenas mudanças (ou maiores, dependendo rsrsrs) em minhas rotinas (que me pareceram até simples) que eu fiz nos últimos anos, já trouxeram benefícios… me surpreendi… estão dando ótimos resultados. Tem trazido grandes melhorias na minha “qualidade de vida”, me fazendo sentir com mais disposição e bem animada… concluo então o quanto tudo isso vale a pena. Sempre tem uma nova descoberta, dicas para mudar… e muitas coisas ainda para aprender e compartilhar.

Quis trazer este assunto para vocês, sei que já ouvimos falar de muitas delas, mas entre o “ler e o fazer”, existe uma grande diferença… e levá-los a refletir melhor sobre todos os benefícios desde uma “Reeducação Alimentar” assim como de tantas outras dicas simples, que poderão nos trazer a curto prazo. Sair de uma vez da sua zona de conforto e do sedentarismo muda tudo.

São dicas que dependem de um pouco disciplina, de atenção e de certos cuidados. Podem ser simples, mas são bastante significativas e fazem toda a diferença… trazendo com certeza um envelhecimento bem melhor. Então porque esperar mais, né? Comece agora, o quanto antes!!!

DICAS E SUGESTÕES:

  • Exercícios e Movimentos, já: Não fique parado, deixe o sedentarismo de lado e comece a se movimentar o quanto antes. Inicie caminhando devagar e vá aumentando o ritmo aos poucos… trazem muito prazer e disposição. Algumas alternativas: Caminhadas leves e moderadas; Alongamentos; exercícios relaxantes; andar de bicicleta; natação; hidroginástica; musculação; yoga; meditação; jardinagem; dança; passear com o cachorro; exercícios aeróbicos… É importante variar os locais para se tornar mais agradável como: praças, jardins, praias. campo…

  • Reeducação Alimentar – Ingestão de uma melhor qualidade na alimentação, pensando em ser mais equilibrada e balanceada: Prefira consumir mais: proteínas; pratos mais coloridos; derivados de leite (queijos, manteigas, iogurte…); ovos; frango; peixe; legumes, verdura, frutas e grãos variados; menos frituras; prefira grelhados; diminuindo sal e o açúcar… entre outras.
  • Evitar o fumar!
  • Beber só socialmente!
  • Estimular a Memória: com leituras; escrever; palavras cruzadas, contas… uso de computador e internet entre outras. Estudar e aprender coisas novas…

  • Atividades Positivas em Relação a Vida: Tenha Projetos e planos sempre. Mantenha-se sempre ativo e participativo. Também precisamos: ter projetos; plantar; produzir coisas que nos deem prazer; ter Hobbies.
  • Relacionamentos Prazerosos: Sair com amigos de diferentes esferas; fazer novos amigos; namorar; conviver bastante com familiares; ser avós corujas…  Seja paciente e tenha gratidão.

  • Viajar e PassearIr a teatro, cinema, shows; fazer visitas culturais: a museus e a galerias de Arte… (saiba que depois dos 60 anos, você terá descontos em todas estas atividades). Saiba que nos transportes municipais estaremos isentos do pagamento da passagem (depois dos 60 anos, você terá gratuidade e descontos nos meios de transportes municipais e intermunicipais, verifique o valor com as empresas).
  • Ser voluntária, doando um pouco do seu tempo para ajudar outras pessoas, isso com certeza trará bens enormes e fará nos sentirmos pessoas melhores…

  • Ter Fé em si mesma. Escolher seus caminhos e acreditar que os desafios são aprendizagens de vida. Perceber que aprendemos muito mais com nossos erros e com os desafios da vida, do que com os acertos.
  • Seja Resiliente.

  • Ser sempre positiva: É muito bom ser otimista e procurar enxergar o lado bom das coisas. Aprecie um dia de cada vez…

 “Que a vida nos traga cada momento de longevidade.” Karen Stuart

Tenho muito o que fazer, rever e melhorar ainda… mas estou tentando, caminhando e animada…enfim comecei.

Assim chegaremos la!!!  Aos 100 anos… Vou tentar, quem sabe…

Um brinde 🥂

SE…

“Sabemos o que somos, mas não sabemos o que poderemos ser”. Willian Shakespeare

Uma das mais lindas poesias que já conheci, que te dá uma força incrível pra lutar… principalmente nos momentos mais difíceis de nossa vida e continuarmos caminhando, resilientes… sem dúvida pra mim é está de Rudyard Kipling. Lembro- me que me foi oferecida por meu pai quando me casei. Sábio era meu paí. Várias vezes releio, ainda preciso ouvi-la, (quando passo por momentos difíceis)… confesso que encontro um certo alívio e não me sinto tão só. Quero compartilhar com vocês agora. Leia:

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Se és capaz de manter tua calma, quando,

todo mundo ao redor já a perdeu e te culpa.

De crer em ti quando estão todos duvidando,

e para esses no entanto achar uma desculpa.

Se és capaz de esperar sem te desesperares,

ou, enganado, não mentir ao mentiroso,

Ou, sendo odiado, sempre ao ódio te esquivares,

e não parecer bom demais, nem pretensioso.

Se és capaz de pensar – sem que a isso só te atires,

de sonhar – sem fazer dos sonhos teus senhores.

Se, encontrando a Desgraça e o Triunfo, conseguires,

tratar da mesma forma a esses dois impostores.

Se és capaz de sofrer a dor de ver mudadas,

em armadilhas as verdades que disseste

E as coisas, por que deste a vida estraçalhadas,

e refazê-las com o bem pouco que te reste.

Se és capaz de arriscar numa única parada,

tudo quanto ganhaste em toda a tua vida.

E perder e, ao perder, sem nunca dizer nada,

resignado, tornar ao ponto de partida.

De forçar coração, nervos, músculos, tudo,

a dar seja o que for que neles ainda existe.

E a persistir assim quando, exausto, contudo,

resta a vontade em ti, que ainda te ordena: Persiste!

Se és capaz de, entre a plebe, não te corromperes,

e, entre Reis, não perder a naturalidade.

E de amigos, quer bons, quer maus, te defenderes,

se a todos podes ser de alguma utilidade.

Se és capaz de dar, segundo por segundo,

ao minuto fatal todo valor e brilho.

Tua é a Terra com tudo o que existe no mundo,

e – o que ainda é muito mais – és um Homem, meu filho!

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Espero que ajude!

CONHEÇA A TEORIA DOS SETÊNIOS: DE 7 EM 7 ANOS A SUA VIDA MUDA COMPLETAMENTE.

Conheça-a-Teoria-dos-Setênios

“A Antroposofia é um caminho de conhecimento que deseja levar o espiritual da entidade humana para o espiritual do universo”. Rudolf Steiner.

Interessante conhecer a Antroposofia (ou Antropossofia)  é uma linha de pensamento criada pelo filósofo Rudolf Steiner (1861-1925), que entende e estabelece uma espécie de “pedagogia do viver”, pois ela abrange vários setores da vida humana como a saúde, a educação, a agronomia e outros. É uma doutrina filosófica mística – uma “ciência espiritual”.

Esta linha de pensamento compreende que o ser humano tem que conhecer a si para também conhecer o Universo, pois somos todos parte e participantes desse mundo. “A vida passa depressa, é dinâmica e, entender melhor esses momentos, poderá trazer certa conformidade e esperança”, diz Rudolf Steiner. Tanto chineses quanto gregos foram os primeiros a observar que as mudanças biológicas e espirituais ocorriam de sete em sete anos na vida das pessoas, por isso “setênios”.as-fases-da-vida1Dentro desse pensamento filosófico encontra-se uma forma cíclica de ver a vida chamada “teoria dos setênios”. Tal teoria foi elaborada a partir da observação dos ritmos da natureza, da natureza no sentido da vida, na qual todos nós estamos imersos. Ela divide a vida em fases de sete anos, vale lembrar que o número sete é um número místico dotado de muito poder em quase todas as culturas conhecidas.

Nossa vida é dividida, basicamente em 10 fases principais, sendo elas estabelecidas a cada 7 anos. A cada fase um novo ciclo é iniciado, que envolvem mudanças e transformações em diversos aspectos. Isto é o que concluíram os estudiosos dos setênios. Um estudo que se baseou na medicina tradicional chinesa e na antroposofia (dos gregos) – na qual a medicina antroposófica se baseia.

teoria-dos-seteniosA Teoria Setênia propõe o seguinte:

Penso que se o indivíduo tiver “respeitado” o ritmo de cada setênio, ele chegará no 10º (ou seja, com 70 anos), muito provavelmente com a consciência e a sabedoria necessárias para viver com boa saúde e lucidez, além de amar sem cobrar e ajudar sem perguntar.

O objetivo dos setênios, então, é de alertar as pessoas das fases existentes para que saibam e percebam todas as mudanças que estão enfrentando e as que estão por vir… assim aproveitem de modo mais saudável.

A vida passa depressa, é dinâmica e, entender melhor esses momentos, poderá trazer certa conformidade e esperança. Um dos intuitos deste estudo é fazer com que as pessoas fiquem atentas, que sejam vigilantes com elas mesmas e que possam decidir sobre suas ações de modo a responder aos estímulos diários, mantendo uma vida saudável mesmo em constante mudança.

Algo importante a se destacar é que, como cada um tem sua percepção de mundo e enfrenta as dificuldades a seu modo (além de terem os mais diferentes níveis de intuição, sensibilidade, empatia etc.), pode ocorrer de algumas mudanças que estão situadas em setênios futuros, serem experienciadas, por exemplo, antes de seu tempo, ou então depois do previsto pela teoria.

Até porque, cada ser amadurece de um modo único, exercita sua afetividade à sua maneira e, por essa razão, pode haver essa transição de experiências de um setênio a outro, todavia, costuma ser raro. Conheça como se dividi a Teoria Setênia… os ciclos da vida:AUTOCONHECIMENTO_E_A_TEORIA_DOS_SETENIOS1º setênio – O ninho. Interação entre o individual (adormecido) e o hereditárioDos 0 aos 7 anos de idade:bebe no aviào 2A fase da gestação, nascimento, nutrição e crescimento. No 1º setênio há o encontro entre a parte espiritual da individualidade e a parte biológica, preparada após a fecundação no ventre materno. A primeira infância é uma fase de individuação, de construção do nosso corpo, já separado do da nossa mãe, da nossa mente e da nossa personalidade. A hereditariedade está bem marcada nas células do corpo no 1º setênio, pela ação das forças herdadas, e são armazenadas nos rins para a vida inteira – deixando assim a marca na fisionomia do corpo do indivíduo.

Olha! É a cara da mamãe ou do papai” ou “da vovó/vovô”, são constatações que provam o que foi mencionado acima. Calor, confiança e amor: Eis os três alimentos à criança. Quem cria tal atmosfera para a criança são os pais. Se um dos pais está ausente, o esforço do outro terá de compensar.

A pedagogia Waldorf, usada em algumas escolas tem como filosofia a Antroposofia, entende que na primeira infância a criança tem que perceber os aspectos positivos do mundo, para quererem estar aqui e cultivarem a felicidade em longo prazo.

O primeiro setênio deve oportunizar o movimento livre, a corrida, as brincadeiras, deve permitir que a criança teste e conheça seu corpo, seus limites e suas percepções de mundo. Por isso o espaço físico é muito importante, bem como o espaço do pensar e o do viver espiritual.

2º setênio – Sentido de si, autoridade do outro – Dos 7 aos 14 anos:mae e filhos 20O segundo setênio promove um profundo despertar do sentimento próprio. A energia que emanava do polo superior, da cabeça, se dilui e se encontra no meio do corpo. Começam a surgir os dentes permanentes e inicia-se a evolução dos órgãos do sistema rítmico, aqueles contidos na caixa torácica (coração e pulmão). Os órgãos desse setênio são o coração e os pulmões, esses se desenvolvem promovendo a interiorização e exteriorização da vivência.

É nesta fase que o mundo externo “chega” a nós e, nós, a partir de dentro, podemos nos manifestar e expandir para o mundo. É nesse ponto que a autoridade dos pais e professores assume um papel importante, pois eles são mediadores do mundo no qual a criança se insere. Esquematizando de forma gráfica esse movimento, temos forças entrando e forças saindo. A característica deste setênio é a troca.

Nesse ciclo as normas e os hábitos estão sendo absorvidos, o desenvolvimento sadio do ser humano está relacionado à dosagem, o equilíbrio e a harmonia das relações de autoridade, valores, limites e permissões. É o sentir que está sendo afetado, o desenvolvimento das emoções. Do interior para o exterior e vice-versa.

As estórias infantis, contos de fadas, todo ato de brincar é extremamente saudável pois a criança cria e molda sua participação no mundo. Isso, para o desenvolvimento humano, é bastante mais saudável que situações em que ela se faz apenas como expectadora, como no caso da televisão, ou de jogos eletrônicos. A arte deve ser estimulada desde o primeiro ciclo, mas nesse momento ela se faz muito mais importante, bem como a religião.  Os mundos artístico e religioso auxiliam no sentido de si e do mundo, fluindo a alma, que busca a beleza e a fé.

3º setênio – Puberdade/ Adolescência – Crise de Identidade – Dos 14 aos 21 anos:desapego em movimentoO que todo adolescente busca?… liberdade! Eles não querem os pais, irmãos mais velhos nem professores “pegando no pé”. O que rege esse ciclo é o sentido de liberdade. No sentido corporal, as forças que se acumulavam nos órgãos centrais se espalham e chegam aos membros e no sistema metabólico.

O espaço dessa criança é o mundo, já não pode se resumir a família nem a Escola. Ele precisa se reconhecer e ser reconhecido, aceito, achar a “sua turma” para compor um grupo no qual se identifique.

A liberdade nesse ciclo atua como a vivência do “bom” no primeiro ciclo e do “belo” no segundo ciclo. Ocorre que a liberdade só se dá num ambiente de tensão entre as possibilidades, impossibilidades e desejos. A mulher começa a menstruar e o homem se torna fértil. Essa tensão costuma gerar rompimentos, as vezes esses rompimentos são violentos, mas são necessários e próprios desse ciclo. Essa liberdade também tem um sentido de exposição. Tudo está voltado para o externo, para fora, para o mundo. Há uma dificuldade em ouvir o outro e entender suas posições, tudo deve seguir o seu sentimento de mudança, de julgamento de certo e errado, de bom e ruim.

As trocas nesse ciclo são importantíssimas. O diálogo, a abertura ao novo, a prática da compreensão, da solidariedade, assim como o seu reconhecimento e o pertencimento. Os questionamentos são fruto desses choques. É o momento de questionar a tudo e a todos.

Também é o momento do discernimento, das escolhas profissionais, do vestibular, do primeiro emprego, pois a liberdade também só faz sentido quando percebemos a vida econômica. O dinheiro então pode ganhar um sentido de poder que talvez não seja saudável. É a partir desta idade que começamos a ter um pensamento mais autônomo, ainda que, nesta época, acreditemos estar amadurecidos para efetuar julgamentos.

A fase onde o ser humano sai do mundo mais paradisíaco e cósmico da infância e entra no mundo terreno. Ele se torna cidadão terrestre, coparticipante da cidadania, de seu lugar, sociedade, e do mundo.

4º setênio – O ‘EU” – A Independência e a Crise do Talento – Dos 21 aos 28 anos:

Abraçar  eu feliz  amor 1

A partir dos 21 anos nossa individualidade, nosso self, toma uma força considerável na tentativa de estabilização. O “Eu” começa realmente a se mostrar, mesmo ainda estando em formação. No entanto, para que esse “Eu” apareça e se forme, mesmo sendo algo subjetivo e interno, ele depende do mundo exterior, da sociedade.

O fim do crescimento corporal instaura o início de um processo de crescimento mental e espiritual, somos então “cidadãos de dois mundos: o celeste e o terrestre”. Músculos e ossos estão fortes, homem e mulher atingem o ápice da fertilidade, além de ser a fase da alma, da sensação e da emoção. Geralmente já não moramos mais com a família e já não estamos mais na escola. É o momento da autoeducação, do emprego, do desenvolvimento dos talentos, etc. Surgem dúvidas como: Escolhi a profissão certa? Quais talentos e aptidões eu deixei para traz? Consegui uma boa relação com o mundo, com o trabalho, com a família e comigo mesmo?

A história das pessoas começa a ser traçadas por elas mesmas, pois há uma tomada de caminho que não depende mais, diretamente, das outras instituições. É uma emancipação em todos os níveis, mas como resultado de toda a experiência nos três primeiros setênios. Surpreendentemente, é também a fase em que mais nos influenciamos pelos outros, pois a sociedade dirá o ritmo da vida de cada um.

Nesse ciclo, os valores, aprendizados, e lições de vida passam a fazer mais sentido.  As energias estão mais pacificadas. Nosso lugar no mundo é o principal objetivo. A colocação profissional assume um papel muito importante.teoria setênios-15º setênio – Fase Organizacional e Crises Existenciais –  Dos 28 aos 35 anos:

Quem nunca ouviu falar na “crise dos 30”? Ela não é um mero mito, ela existe e tem explicação. O 5º setênio começa com essas crises na vida, o abalo da nossa identidade, a cobrança do sucesso que talvez ainda não tenha atingido, a certeza de não podermos tudo, de onde vem a frustração e tristeza.

A sensações de angústia e vazio são muito comuns. Em algumas sociedades as pessoas nesse ciclo não encontram um lugar para si e se veem entre a juventude e a velhice ou maturidade. O baço-pâncreas não sustenta mais a carne, e o rosto começa a enrugar. As pessoas passam a não se conhecerem, pois, seus gostos mudam – ou por si mesmos ou pela pressão dos outros. Sentimo-nos impotentes nesta passagem da juventude para a maturidade, de um viver mais impulsivo para um viver mais sério, responsável, voltados para a família e para o trabalho.

Nesta fase vem a crise dos talentos: Será que estou no caminho? Qual o caminho a escolher? Também há questões sobre intelecto e índole próprios. Como: Consegui me expressar? Eu me sinto oprimido ou oprimi alguém? Encontrei meu local de atuação? Ocorreu alguma modificação importante em minha vida nessa fase?

Nesse ciclo os sentimentos nos levam também a uma busca espiritual maior, um “caminho da alma”. Estamos suscetíveis ao cosmos, às oscilações e às vezes a harmonia custa a acontecer. Somos cobrados por estrutura, firmeza, estabilidade, uma base, um pilar, que seja material e que também sejam mental e espiritual. A Antroposofia acredita que logo após o 31 ½ ano, que corresponde à metade do 63º. ano de vida, estamos no final das atuações planetárias e zodiacais. Depois dessa idade, ficamos mais livres.

Estamos realmente, nessa fase, em organização. Estamos tendo crises, mas é por meio dessas crises que construímos novos pensamentos, novos valores, terminamos relacionamentos e começamos outros, mudamos de emprego, de ideologias, de partidos políticos, enfim… crises, desorganizações e reorganizações. É nesse ciclo que passamos a pesar uma série de coisas, avaliar a trajetória da nossa vida, esse não lugar nos força a perguntar “quem sou eu”. Há uma renovação a partir desse ciclo.

6º setênio – Crise de Autenticidade – Dos 35 aos 42 anos:gratidaofoto02Esse setênio, embora tenha suas peculiaridades, está ainda ligado aos setenio anterior, ruminando os resultados das crises. Reconhecemos também uma espécie de crise nesse setênio, mas uma crise que busca uma autenticidade, geradas pelas reflexões do ciclo anterior.  Temos, aqui, mais capacidade de julgamento, gozamos de mais maturidade psíquica e emocional.

Em geral, já acumulamos alguns bens materiais ou ao menos conseguimos uma renda que seja suficiente para as questões básicas de consumo. O desafio, então, é encontrar valores espirituais e nos reconhecermos como seres únicos. A pergunta é: como é que encontro o caminho para a essência do mundo e para a minha própria essência?

Esse setênio configura a última fase do desenvolvimento da alma propriamente dita, estamos propensos a adentrar mais profundamente no nosso mundo espiritual, na parte mais sensível de nós. Buscamos a essência de tudo, no outro e em nós. Isso passa a acontecer com mais força nesse setênio pois, aqui, já há maturidade e aprendizado suficiente para esse conhecimento. O fígado perde metade de suas funções e o cabelo começa a cair e embranquecer.

A carreira, a família (ou não) os desejos, tudo já teve seu tempo. Já alcançamos as conquistas que nos eram urgentes. Há um desaceleramento. É possível que esse ciclo traga um descontentamento com o novo. Pode ser que o sujeito questione se, chegando aos 40 anos, ainda há algo novo para se fazer. Buscar coisas novas é um exercício importante para esse ciclo. Em contraponto ao novo, há uma aceitação maior do que se é, de como se é, das histórias e experiências de vida.

Mudanças do ritmo do nosso corpo e da nossa mente, o que é algo importante para alcançarmos frequências mais sutis de pensamento, onde estará nosso corpo suprassensível. É a fase da alma da consciência. As perguntas são: Já passou a metade da vida, o que farei daqui pra frente? Acrescentei novos valores à minha vida? Estou encontrando minha missão de vida? Estou caminhando nela? Encontrei e aceitei minha questão básica de vida.

7º setênio – Altruísmo X Quere manter a Fase Expansiva –  Dos 42 aos 49 anos:ir embora 3É um ciclo que tem um “arde recomeço, de ressurreição, de alívio, até a crise dos trinta perde a força e parece não ter tido resultados tão graves como se pensava. É, porém, o momento de buscar, desesperadamente, por algo novo, para que a vida adquira sentido.

As mudanças nesse setênio são urgentes. Mesmo que nem todos estejam preparados para elas. As questões existenciais retornam com uma certa força, mas agora elas mais dinâmicas e menos melancólicas pois o sujeito já se vê capaz de produzir essas mudanças. O lema é “como está, não dá pra ficar”.

Essa dinâmica impulsiona a tomada de decisões que, por vezes, ficou anos sendo gestadas dentro de si. Pode ser a separação conjugal, a saída de uma empresa, ter um filho, etc. É uma fase que corresponde, em termos energéticos, à fase que vai dos 14 aos 21 anos. Ficamos saudosistas, queremos ir à Disney e reviver coisas da nossa adolescência. Voltamos a desafiar nosso corpo e fazer esporte. É uma fase solar.

O medo do envelhecimento surge. As questões internas despertadas pelos ciclos anteriores perdem um pouco de espaço para a estética e a necessidade de se fazer coisas que os jovens fazem. Os pulmões perdem mais capacidade de oxigenar o sangue, o rosto se torna descolado, a andropausa e menopausa geralmente chegam nesse setênio.  As rugas e a menopausa são os espinhos das mulheres nesse setênio. A sexualidade retoma uma importância crucial. Contudo, a força que se perde com o declínio da sexualidade pode e deve ser empregada em outros nichos.

Esse setênio traz o contraditório: queremos mudanças, estamos em busca do novo, mas o envelhecimento que é uma mudança natural nos assusta, incomoda, gera ansiedade, muda nosso comportamento com relação a nós mesmos e ao mundo. Assim, sucumbimos à força do “sósia”, ou seja, da sombra, daquilo que está diretamente ligado aos aspectos pessoais não resolvidos, não integrados.

Nos enxergamos nas sombras do outro e entramos em confronto. As relações ficam à mercê das emoções distorcidas pelo que não vemos em nós, mas vemos nitidamente nas pessoas. No entanto, o que acontece é um espelhamento. A nova visão nessa etapa da vida questiona: Estou desenvolvendo alguma criatividade nova? Em que área? Como está meu casamento? E meus relacionamentos, a relação com meus filhos? Estou procurando ou já encontrei um novo lazer para esta fase?

8º setênio – Ouvir o mundo – Dos 49 aos 56 anos:BIAPodemos reconhecer essa fase como sendo do “pai e da mãe universal”. É a fase de desenvolvimento do espírito. É um setênio tranquilo e positivo. As forças energéticas voltam a estar concentradas na região central do corpo, mas estão voltadas ao sentimento da ética, da moral, do bem-estar, questões universais, humanísticas.

É a fase inspirativa ou moral, e com isso, as perguntas: Consegui encontrar um novo ritmo de vida? Como está meu ritmo anual, mensal, semanal e diário? Quais são os galhos secos de minha árvore, os quais tenho de cortar para que os novos brotos possam aparecer?

É um momento em que estamos mais conscientes do mundo e de nós mesmos. É um bom momento para reconhecer os méritos da nossa história, aceitando-a sem julgamentos. Esse ciclo desperta em nós o existencialismo para observarmos mais de perto o valor simbólico das coisas. Deixamos o pessoal, particular em busca do universal, do humanístico, do existencial. A vitalidade declina, a energia dos rins e do fígado está mais fraca e surge a incapacidade de eliminar mais toxinas.

Contudo, alguns podem incorrer na falha dos egocentrismos, pois um ciclo depende do seu anterior. Assim, pode haver pessoas nesse setênio completamente voltadas para si, suas necessidades e do seu grupo. O desapego é uma consequência da vida pregressa.

Em termos físicos, esta fase espelha fisiologicamente o setênio 7 a 14 anos, o elemento do ritmo tem de ser priorizado, especialmente na condução de uma rotina. A vida nos ensina nesta época uma nova audição, temos a possibilidade de ouvir a voz do coração para esta renovação ético / moral que agora é propícia.

9º setênio –Abnegação e Sabedoria –  Dos 56 aos 63 anos:avos-vivem-mais2A Antroposofia acredita que o 56º ano de vida traz uma brusca mudança. Ela está na forma como a pessoas se relaciona consigo e com o mundo. Como os ciclos se correspondem, esse se liga ao primeiro setênio, aquele que vai do nascimento até os sete anos de vida. A audição, a visão, o paladar das pessoas dessa fase se iguala e o mundo fica estranho.

Contudo, essa fase, por exemplo, evidencia uma volta para dentro de si. O interno passa a fazer muito mais sentido que o externo. É importante internalizar-se, desenvolver os sentidos espirituais. A comunicação com o mundo externo passa a ter ruídos, principalmente pelas mudanças que a sociedade sofreu nesse período inteiro.

A reclusão passa a ser algo natural, boa para a autorreflexão e a busca pela essência. A sabedoria pelo conhecimento acumulado e a intuição que passa a ser mais clara, tornam-se elementos fundamentais dessas pessoas. Elas são o contraponto do sentimento de fracasso e insucesso que, porventura, possa aparecer, vindo dos questionamentos daquilo que se alcançou ou deixou de alcançar.

É a etapa mística ou intuitiva: O que eu consegui realizar? Como estou cuidando do corpo, da memória, dos órgãos dos sentidos? Como estão meus bens e aposentadoria?

Os dentes começam a cair, a visão e a audição se tornam mais fracos, os reflexos e a mobilidade passam a sofrer alterações em razão do declínio energético dos órgãos sólidos (coração, baço-pâncreas, fígado e rins). Certos cuidados se fazem muito importante, como a estimulação da memória, mudanças de hábitos, recursos criativos. Isso porque a aposentadoria pode ser algo limitador, especialmente para aqueles que durante toda a vida atribuíram muita importância ao status profissional e agora temem não ter outra forma de autorrealização.IMG_0860Atividades muito bem-vindas nesse setênio são as acadêmicas – lecionando ou fazendo novos cursos – escrever textos ou um livro, o laser em grupos de pessoas na mesma fase da vida, viagens e outras formas que relacionem prazer e aprendizado. A aproximação da família ou a construção de novas famílias também ajudam a dar novo sentido à vida, além do prazer de se tornar avós… é bem comum neste período…

10º setênio – Em Diante – Sabedoria – Dos 63 aos 70 anos: img_3295É importante pensar que essa teoria foi pensada em uma época em que a expectativa de vida era muito baixa e as pessoas com 60 anos eram verdadeiros anciãos. Logo é preciso também compreender que os ciclos são metafóricos e não tem uma relação matemática exata.

É a “fase do mestre”. A criança pequena tem em volta de si uma aura, uma luz, pois ainda não está totalmente encarnada. No 10º setênio, essa aura está interiorizada e luminosa por dentro, desde que a pessoa não esteja doente.

Se tiver respeitado o ritmo de cada fase, sua luz interior brilhará. Idosos e crianças são parecidos, pois são polos que se atraem. É o momento de passar o “cedro” ou o “cajado” do conhecimento! É um novo escutar e, neste momento, a pessoa é procurada a dar conselhos. As questões são: Tenho momentos bons, sentimento de gratidão e alegria? Sou capaz de perdoar? Busca de sentidos e do Propósito da vida!teoria setenio 3Vivendo os setênios:  old-people-616718_640
Como você vê, nossa vida é feita de uma forma cíclica. Nossa energia vital circula pelas diversas fases da nossa vida. Nossa mente tem diferentes estágios de aprendizado e nossa espiritualidade pode estar mais ou menos aberta também conforme cada estágio. Agora que as fases dos setênios foram apresentadas, é importante saber como aproveitar essa sabedoria.

Hoje talvez essa divisão seja um pouco diferente e, com certeza, faz sentido pensar em mais um ou dois ciclos de sete anos, visto que estamos vivendo cada dia mais, mas o aprendizado com a Antroposofia e a teoria dos setênios é enorme. Metaforicamente ou não, poucas linhas de pensamento conseguem dar pensar de forma sistêmica como essa. De forma que é impossível pensarmos em algo tão complexo quanto a nossa vida de forma linear e homogênea.

paisÉ preciso que a pessoa seja sempre ela mesma, mas saber das mudanças da vida e do corpo para pode tirar proveito de todas as fases. As condições básicas para o bem-estar é sentir o seu corpo e agir de acordo com isso. O corpo tem sua própria sabedoria, então não o perturbe e não se deixe levar apenas pela cabeça.

Compreender as fases ou ciclos da vida é importante para aprendermos mais sobre nós mesmos e sobre o outro, adquirindo mais expertise no cuidado com as pessoas, especialmente os coachees, que devem ser peritos no desenvolvimento e aprendizagem humana. Saber sobre cada etapa nos possibilita saber mais sobre as crises e lidar melhor com elas.

idosos alegria  abraçar mae 4  felizHá uma série de arquétipos que podem ser observados nessas diversas fases, mas isso é assunto para um novo artigo. Lembre-se sempre de se lembrar de nunca esquecer que o saber é o nosso bem maior, cada leitura, cada livro, cada conhecimento acumulado é uma forma de sermos melhores e mais capacitados, além de nos conhecermos mais a cada dia.

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Fonte: http://www.jrmcoaching.com.br/blog/a-teoria-dos-setenios-os-ciclos-da-vida/ e

Adaptado do Texto de: Helena Gerenstadt – Por: Natália & Flávia – Bem Viver + | www.bemvivermais.comAdaptado do Texto de: Helena Gerenstadt

 

 

 

MORRER NÃO SE IMPROVISA! RELATOS QUE AJUDAM A COMPREENDER AS REAIS NECESSIDADES – BEL CESAR.


BEL CESAR
“Cuidar da nossa travessia é internalizar uma compreensão esperançosa da morte”. Leonardo Boff.

A MORTE é um assunto que ninguém quer sequer pensar, quanto mais, falar sobre ela… este assunto é evitado por todos! Vamos envelhecendo, acontecem as perdas, anunciadas ou não… que me levaram a refletir melhor sobre a vida e a morte… Você já pensou sobre a Finitude? O que fazer quando já não há mais nada a fazer?   

Conheci Bel César, psicóloga, autora do livro “Morrer não se improvisa”, hoje numa palestra realizada por ” Mais velhos, Mais sábios” e fiquei encantada ao ouvir a voz suave e serena dela nos contando sobre a sua missão de vida e do seu “Projeto Viva da Clara Luz”.

Quem é Bel César:

Desde 1989 pratica a psicoterapia sob a perspectiva do Budismo Tibetano e dedica-se ao acompanhamento daqueles que enfrentam a morte e também ao tratamento do estresse pós-traumático com o método de S.E.®️ – Somatic Experiencing. Organizou a primeira vinda de Lama Gangchen Rinpoche ao Brasil em 1987. Presidiu o Centro de Dharma da Paz por 15 anos. Em parceria com Peter Webb, desenvolve atividades de Ecopsicologia no Sítio Vida de Clara Luz. Possui sete livros publicados pela Editora Gaia. Entre eles: “Morrer não se Improvisa”, “Livro das Emoções” e, em parceria com Lama Michel Rinpoche, “O Grande Amor – um objetivo de vida”. A palestra, realizada em São Paulo, partiu de uma reflexão sobre a visão da morte segundo o budismo tibetano e como podemos dar apoio as pessoas que enfrentam a morte assim como aquelas que estão enlutadas. Projeto este precioso onde auxilia os pacientes terminais a encontrar através de terapia de apoio espiritual (embasado no budismo tibetano) um apoio no momento de sua morte.   Para os budista tibetano a morte é a maior oportunidade da vida!”... É nesse momento que podemos voltar para casa – para nossa verdadeira natureza interna – o nível mais fundamental da consciência humana, que sobrevive á morte. Portando, podemos encontrar na morte o estado da paz e plenitude que buscamos durante toda a vida. Por isso não precisamos temer a morte e sim vivenciar com coragem. Confesso que nunca pensei muito sobre este assunto, mas com a doença grave, progressiva e degenerativa de minha mãe, que fará 90 anos em 27 de Abril deste ano, procurei saber mais sobre este assunto tão temeroso… como enfrentar esta passagem? É certo que a perspectiva da morte arranca a esperança do seio da vida, mas talvez seja o caso de tentarmos compreender as reais necessidades emocionais e espirituais daqueles que enfrentam a morte, dando apoio a essas pessoas nesse momento tão especial. É isso que Bel Cesar propõe neste livro “Morrer não é improviso” e na palestra que assisti. Evidentemente não é fácil vivenciar a morte com coragem, mas se falarmos da morte sem preconceitos vamos aprender a lidar com ela de maneira mais serena e veremos que a morte é, na verdade, a maior oportunidade da vida, um momento em que se pode voltar para a verdadeira natureza interna compreendendo que o mais fundamental da consciência humana sobrevive à morte.

Isto me trouxe uma certa leveza, na minha maneira de pensar. Esta visão é uma novidade pra mim, despertou ainda mais meu interesse. Comprei o livro e já comecei a ler, estou adorando e recomendo. Baseado em princípios budistas, este livro ensina como ajudar uma pessoa a atingir um estado mental positivo no momento da morte, encontrando paz e plenitude. Relatos de pacientes na fase final da vida, à espera da morte, comentados por profissionais de diversas áreas, fazem deste livro algo vivo “emocionante e encorajador”, pois ensina que sempre há alguma coisa a fazer, e faz-nos ver a morte com serenidade e esperança.

Da onde partiu esta ideia do livro ?

Em julho de 1999, em uma conversa informal com o seu mestre e amigo Lama Gangchen Rimpoche, Bel Cesar foi questionada sobre a possibilidade de escrever um livro que apresentasse sua experiência com pacientes que estão prestes a morrer. Pensou por alguns instantes e manteve-se reticente. Em seguida, Lama Gangchen foi mais incisivo; “Eu vou morrer e sei que meu trabalho vai continuar. E você, depois de morrer, quem vai dar continuidade ao seu trabalho?

A partir deste diálogo, Bel Cesar compreendeu que o compartilhar sua experiência profissional era muito mais relevante do que resistir em expor o seu trabalho ou a história de seus pacientes. Com coragem e determinação, Bel Cesar colocou no papel 12 casos atendidos desde 1991. Alterou o nome dos pacientes e pediu permissão aos familiares para publicá-los. Fez várias cópias e as distribuiu entre amigos e profissionais da área de saúde. Muitos se interessaram. Interessante que ela consegue integrar a convicção religiosa de cada paciente com sua prática budista e alcança resultados surpreendentes.

Segundo ela, isso só é possível porque o budismo está baseado num sistema de sabedoria universal, respondendo às necessidades inerentes de cada indivíduo, que é encontrar um sentido tanto para a vida como para a morte e cultivar uma visão de paz que transcenda o materialismo imediatista.

Gilberto Gil fez esta musica “Eu não tenho medo de morrer” que ilustra bem este momento da vida, achei  bem interessante, compartilho com vocês…

Veja o que ela diz sobre o livro dela:

 

 

60 CONSELHOS DAS MULHERES DE 60 PARA AS JOVENS DE 30.

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“Não se preocupe com o envelhecimento. Preocupe-se com o tédio.” Margaret Manning

Um dia Margaret Manning decidiu deixar o emprego e criar Sixty e me, uma comunidade para mulheres com mais de 60 anos.

Sua proposta abriu as mentes de muitas mulheres, fazendo-as questionar o propósito e o significado de suas vidas. Em particular, ela percebeu que as dúvidas se apresentavam de forma habitual nas mulheres que estavam em torno de 30 anos.

Então, Margaret convidou cada um dos membros de sua crescente comunidade para compartilhar uma dica com as mulheres que tinham metade de sua idade. Com conselhos honestos e profundos, que pudessem refletir o que elas passaram três décadas atrás, quando elas começaram a levantar voo.

Percebi que tenho muito á aprender com este lista rsrsrs… Nunca é tarde!

Aqui divulgamos suas sessenta sábias dicas:

Conselhos das mulheres de 60

1- Lembre-se de que você tem apenas uma vida; e esta não é um ensaio geral.

2- Tente ser positiva e olhar para o lado bom de cada experiência de vida.

3- Pense sobre o aqui e agora.

4- Viva cada dia de sua vida ao máximo, porque você nunca sabe o que te espera ao virar a esquina.

5- Lembre-se de que a sua vida pode mudar em um instante.

6- Ame todas as fases da sua vida e não tema passar por nenhuma delas, porque todas são mágicas.

7- Aprenda a viver o momento. Se você puder fazer isto enquanto você é jovem, vai ajudar muito quando você tiver 60.

8- A vida é muito curta para se preocupar com algo que vai acontecer no futuro. Viva o hoje.

9- Saia e desfrute da natureza!

10- Encontre um hobby ou um trabalho que faça você experimentar as diferentes sensações de cada fase de sua vida.

11- Seja você mesma. Envelheça com dignidade.

12- Foque no envelhecimento de uma forma positiva; não tente evitá-lo.

13- Aceite as mudanças em seu corpo e na sua mente enquanto você amadurece.

14- Seja sempre honesta com você mesma. A vida é um processo lento de aprendizagem, mas que vale a pena.

15- Preserve suas memórias, mas não seja demasiadamente dura consigo mesma.

16- Virginia Woolf estava certa; uma mulher precisa de espaço para si mesma e US$ 500.

17- Esqueça os estereótipos que a sociedade tem sobre o envelhecimento.

18- Não se preocupe com o envelhecimento. Preocupe-se com o tédio.

19- A idade é apenas um número, ela não define quem você é.

20- O tempo vai passar, goste você disso ou não, portanto comece a viver!

21- Não deixe de inspirar-se.

22- Viva de uma maneira simples e segura. Exercite-se, cultive, leia e viaje.

23- Um visual clássico sempre está na moda.

24- Não desperdice dinheiro em sapatos; os homens não olham para os seus pés.

25- Não encha a sua vida com coisas e pessoas inúteis!

26- Seja você mesma; brilhe. Mostre-se real, esteja consciente e viva em todos os momentos.

27- Não se torne obsessivas com as rugas. Quando elas começarem a 29. Esteja no presente; não se preocupe com o envelhecimento. O melhor ainda está por vir.

28- Viva com paixão e amor, com os olhos e o coração abertos. Basta ser feliz.

29- Esteja no presente; não se preocupe com o envelhecimento. O melhor ainda está por vir.

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30- Aprecie os pequenos prazeres da vida; não a complique ainda mais.

31- Respeite o seu parceiro e seus filhos da mesma forma que você quer que eles te amem e te respeitem.

32- Distribua o seu amor de forma livre e incondicional.

33- Tenha filhos quando quiser tê-los: não há um momento específico para isto.

34- Mostre empatia com você mesma e com aqueles que estão ao seu redor.

35- Tire um monte de fotos, você vai ficar feliz em tê-las quando seus entes queridos não estiverem mais presentes.

36- Aprenda a perdoar desde a juventude.aparecer em seu rosto, pense que elas são um mapa de sua vida.

37- Esqueça a sua raiva, e deixe a gratidão e a alegria serem a sua lei na vida.

38- Tenha um círculo íntimo de amigos. Isso é fundamental!

39- Valorize sua família. Eles vão estar com você quando os outros se afastarem. Irão apoiá-la durante todo o percurso de sua vida.

40- Nunca vá para a cama com raiva de si mesma ou de outra pessoa.

41- Diga ao seu parceiro, aos seus amigos e a sua família que você os ama todos os dias.

42- Aos 30 anos você se torna mulher. Aprecie sua beleza.

43- Não perca tempo se preocupando com coisas que não pode mudar; mude as que puder.

44- Termine um relacionamento ruim o mais cedo possível, você não pode mudar a outra pessoa.

45- Cuide de sua pele! E sorria com frequência.

46- Confie em seus instintos e nunca fale mal de si mesma.

47- Seja gentil com você mesma. Você não deve considerar o que não está sob seu controle. Se alguma coisa faz você se sentir mal, tire-a de sua vida.

48- Aprenda a rir de si mesma. Não seja tão séria!

49- Dedique algum tempo a si mesma todos os dias; ria e sorria o tempo todo.

50- Basta ser você mesma. Não pretenda ser perfeita.

51- Se você tem filhos, ame-os, mas não tente ser uma mãe perfeita.

52- Deixe o seu filho ser o seu próprio mestre.

53- Seja um guerreiro; aprenda a gerar os seus próprios recursos e a ser autossuficiente.

54- Não se guie pelo medo.

55- Não pare de aprender e a exercitar a sua mente, o seu físico e o seu espírito.

56- Mostre-se grato todos os dias, mesmo quando estiver tendo um dia ruim. Há sempre uma lição a aprender.

57- Aceite os aspectos positivos do envelhecimento, como ter menos responsabilidades e mais liberdade.

58- Muitas batalhas são simplificadas com a idade.

59- Não deixe que ninguém lhe diga que você está velho demais para fazer alguma coisa! Ou muito jovem.

60- Não tenha medo. Quando você ficar velha, você vai se sentir bem. A vida e a natureza preparam você para cada fase de sua vida.

Espero que gostem!

http://www.asomadetodosafetos.com/2017/02/60-conselhos-das-mulheres-de-60-para-as-jovens-de-30.html

DEIXEM-ME ENVELHECER…

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“Quero saber envelhecer, ser uma velha consciente e feliz!!!” Conchita Werber

Adorei ler este poema de Conchita Weber, brasileira do Maranhão, autora de vários livros, que vive há mais de duas décadas na Alemanha, que encontrei no Blog 50emais.

Aprecio sua maneira de viver e especialmente ao final do poema, no qual a autora menciona a expressão “ser feliz.” Feliz, felicidade – estado da alma extremo e raro. No lugar de ser feliz, tão utópico, por que não: satisfeita, contente, alegre, animada, jubilosa, exultante, risonha, radiante, sorridente?… Leiam:

Deixem-me envelhecer sem compromissos e cobranças,

Sem a obrigação de parecer jovem e ser bonita para alguém,

Quero ao meu lado quem me entenda e me ame como eu sou,

Um amor para dividirmos tropeços desta nossa última jornada,

Quero envelhecer com dignidade, com sabedoria e esperança,

Amar minha vida, agradecer pelos dias que ainda me restam,

Eu não quero perder meu tempo precioso com aventuras,

Paixões perniciosas que nada acrescentam e nada valem.

Deixem-me envelhecer com sanidade e discernimento,

Com a certeza que cumpri meus deveres e minha missão,

Quero aproveitar essa paz merecida para descansar e refletir,
Ter amigos para compartilharmos experiências, conhecimentos,

Quero envelhecer sem temer as rugas e meus cabelos brancos,

Sem frustrações, terminar a etapa final desta minha existência,

Não quero me deixar levar por aparências e vaidades bobas,

Nem me envolver com relações que vão me fazer infeliz.

Deixem-me envelhecer, aceitar a velhice com suas mazelas,

Ter a certeza que minha luta não foi em vão: teve um sentido,

Quero envelhecer sem temer a morte e ter medo da despedida,

Acreditar que a velhice é o retorno de uma viagem, não é o fim,

Não quero ser um exemplo, quero dar um sentido ao meu viver,

Ter serenidade, um sono tranquilo e andar de cabeça erguida,

Fazer somente o que eu gosto, com a sensação de liberdade,

Quero saber envelhecer, ser uma velha consciente e feliz!!!

Veja o poema declamado por Sérvulo Augusto:

Espero que gostem.

A VIDA É UM CAMINHO DE APRIMORAMENTO CONSTANTE.

vida

Já dizia Saramago: “A vida é breve, mas cabe nela muito mais do que somos capazes de viver”.

A vida anda bem difícil né? Procurando um caminhar mais leve me deparei com este lindo texto de José Silveira, leiam:

Allan Kardec dizia que o espírito deve adotar uma postura diante da vida que lhe permita otimizar o conhecimento extraído de cada situação a ser ingerida. Isso é evolução.

Essa atitude é chamada de auto atualização permanente: exercício contínuo de leitura que o homem faz de si mesmo, dos outros, do mundo, da vida. Espécie de autoanálise promotora do crescimento pessoal. Ou seja, como dizia o mestre francês: “nascer, morrer, renascer ainda e progredir sem cessar, tal é a lei”.

“O sol refulgia no céu límpido e azul, a água cintilava sob os seus raios, as árvores pareciam mais verdes e as flores mais alegres à sua benéfica influência. A água murmurejava com um ruído agradável; as árvores farfalhavam à leve brisa que lhes agitava as folhas; os pássaros cantavam nos ramos. Era manhã – uma clara e balsâmica manhã estival; a menor das folhas, o mais diminuto dos talos de grama palpitava de vida. A formiga saía para seu labor cotidiano; a borboleta, revoluteando, aquecia-se aos cálidos raios do sol; miríades de insetos estiravam as asas transparentes e gozavam a breve, posto que feliz existência. O homem caminhava, enlevado pela cena, e tudo era brilho e esplendor”.

Como qualquer paisagem idílica, o tempo “evapora” com pressa.

Realmente, o viver é breve. Já dizia Clarice Lispector: “A vida é curta, mas as emoções que podemos deixar duram uma eternidade”.

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Com o passar do tempo, sentimos que devemos extrair da vida o potencial de aprendizado de cada situação vivida. Muitas vezes, queremos sentir o desejo do eterno em nossas vivências. Queremos que o momento presente se prolongue. A eternidade é um dos desejos mais profundos do ser humano.

Todos nós queremos ser eternos. A maioria das religiões prometem a Vida eterna. E, muitas vezes, nos iludimos com essa perspectiva de eternidade.

Eternizar o momento é ter a consciência de que o futuro pode ser uma grande ilusão.

Aprendemos a partir disso que devemos viver o presente. Ou seja, carpe diem.

Devemos ver as dádivas do presente: os “milagres” do cotidiano. Devemos sentir a graça e a leveza ou mesmo os desafios e os percalços da nossa vida. Por trás de tudo, há uma beleza e um aprendizado. Tudo tem um significado.

Os “acasos maravilhosos de nossas vidas”, como situações inesperadas, são relâmpagos que clareiam nossos horizontes de escuridão.

A brevidade de nossa existência e a nossa fragilidade diante do que chamamos de acaso deve servir como alarme.

O acaso é uma alternativa para tentar explicar situações que desconhecemos. Acontece independentemente de nosso querer, desejo e vontade.

Não há razões ou “conexões lógicas”. O acaso se assemelha ao acidente e as contingências.

O acaso não é somente a negação de um determinismo ou de uma explicação racional, de fato, é o estabelecimento de uma desordem.

Porém, “nada acontece por acaso”.

O acaso possui uma ordem racional de “situações não explicáveis”.

Devemos buscar entender a mensagem do acaso.

Tudo possui sua razão de ser e se constitui em um discurso a ser “lido”. E chegamos à conclusão de que não existem vidas que se desenvolvem paralelamente, mas todas estão entrelaçadas e fazem parte de um todo.

Um encontro inesperado depois de muitos anos. Um telefonema. Um e-mail. Uma notícia.

Aprendemos que os eventos do “acaso” fomentam nossa evolução.

A evolução é um dos objetivos da própria vida.

A evolução faz parte da história de nossa espécie.

Espero que gostem.

http://www.resilienciamag.com/vida-e-um-caminho-de-aprimoramento-constante/

PARA SE SENTIR PLENO, CALE-SE E CULTIVE O SEU SILÊNCIO INTERIOR…

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“O silêncio é ..de ouro e muitas vezes é resposta.” Sabedoria Popular

Sempre procuro por textos que melhorem à minha maneira de ser e viver rsrsrs… quando me deparei no Blog 50 e mais da Maya logo quis dividir com vocês. Este texto é do Portal do Budismo e foi publicado com o título original de “Tao – a sabedoria do silêncio interno”… é pra refletir bastante!

Chamou a minha atenção a palavra silêncio – algo tão raro no nosso exterior e igualmente raro no nosso interior, nestes tempos de tanto barulho. Falamos demais quando precisa e quando não precisa. Falamos por falar. Jogamos fora as palavras sem ao menos nos determos no significado delas. Passamos muito tempo fora de nós mesmos, apontando para os outros, julgando, falando mal. Com isso, não olhamos para dentro. Talvez porque seja muito mais difícil. Como falar menos e cultivar mais o nosso silêncio interior? Leia:

Pense no que vai dizer antes de abrir a boca. Seja breve e preciso, já que cada vez que deixa sair uma palavra, deixa sair uma parte do seu Chi (energia). Assim, aprenderá a desenvolver a arte de falar sem perder energia.

Nunca faça promessas que não possa cumprir. Não se queixe, nem utilize palavras que projetem imagens negativas, porque se reproduzirá ao seu redor tudo o que tenha fabricado com as suas palavras carregadas de Chi.

Se não tem nada de bom, verdadeiro e útil a dizer, é melhor não dizer nada. Aprenda a ser como um espelho: observe e reflita a energia. O Universo é o melhor exemplo de um espelho que a natureza nos deu, porque aceita, sem condições, os nossos pensamentos, emoções, palavras e ações, e envia-nos o reflexo da nossa própria energia através das diferentes circunstâncias que se apresentam nas nossas vidas.

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Se se identifica com o êxito, terá êxito. Se se identifica com o fracasso, terá fracasso. Assim, podemos observar que as circunstâncias que vivemos são simplesmente manifestações externas do conteúdo da nossa conversa interna. Aprenda a ser como o universo, escutando e refletindo a energia sem emoções densas e sem preconceitos.

Porque, sendo como um espelho, com o poder mental tranquilo e em silêncio, sem lhe dar oportunidade de se impor com as suas opiniões pessoais, e evitando reações emocionais excessivas, tem oportunidade de uma comunicação sincera e fluída.

Não se dê demasiada importância, e seja humilde, pois quanto mais se mostra superior, inteligente e prepotente, mais se torna prisioneiro da sua própria imagem e vive num mundo de tensão e ilusões. Seja discreto, preserve a sua vida íntima. Desta forma libertar-se-á da opinião dos outros e terá uma vida tranquila e benevolente invisível, misteriosa, indefinível, insondável como o TAO.

Não entre em competição com os demais, a terra que nos nutre dá-nos o necessário. Ajude o próximo a perceber as suas próprias virtudes e qualidades, a brilhar. O espírito competitivo faz com que o ego cresça e, inevitavelmente, crie conflitos. Tenha confiança em si mesmo. Preserve a sua paz interior, evitando entrar na provação e nas trapaças dos outros. Não se comprometa facilmente, agindo de maneira precipitada, sem ter consciência profunda da situação.

Tenha um momento de silêncio interno para considerar tudo que se apresenta e só então tome uma decisão. Assim desenvolverá a confiança em si mesmo e a Sabedoria. Se realmente há algo que não sabe, ou para que não tenha resposta, aceite o fato. Não saber é muito incómodo para o ego, porque ele gosta de saber tudo, ter sempre razão e dar a sua opinião muito pessoal. Mas, na realidade, o ego nada sabe, simplesmente faz acreditar que sabe.

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Evite julgar ou criticar. O TAO é imparcial nos seus juízos: não critica ninguém, tem uma compaixão infinita e não conhece a dualidade. Cada vez que julga alguém, a única coisa que faz é expressar a sua opinião pessoal, e isso é uma perda de energia, é puro ruído. Julgar é uma maneira de esconder as nossas próprias fraquezas.

O Sábio tolera tudo sem dizer uma palavra. Tudo o que o incomoda nos outros é uma projeção do que não venceu em si mesmo. Deixe que cada um resolva os seus problemas e concentre a sua energia na sua própria vida. Ocupe-se de si mesmo, não se defenda. Quando tenta defender-se, está a dar demasiada importância às palavras dos outros, a dar mais força à agressão deles.

Se aceita não se defender, mostra que as opiniões dos demais não o afetam, que são simplesmente opiniões, e que não necessita de os convencer para ser feliz. O seu silêncio interno torna-o impassível. Faça uso regular do silêncio para educar o seu ego, que tem o mau costume de falar o tempo todo.

Pratique a arte de não falar. Tome algumas horas para se abster de falar. Este é um exercício excelente para conhecer e aprender o universo do TAO ilimitado, em vez de tentar explicar o que é o TAO. Progressivamente desenvolverá a arte de falar sem falar, e a sua verdadeira natureza interna substituirá a sua personalidade artificial, deixando aparecer a luz do seu coração e o poder da sabedoria do silêncio.

Graças a essa força, atrairá para si tudo o que necessita para a sua própria realização e completa libertação. Porém, tem que ter cuidado para que o ego não se infiltre… O Poder permanece quando o ego se mantém tranquilo e em silêncio. Se o ego se impõe e abusa desse Poder, este converter-se-á num veneno, que o envenenará rapidamente.

Fique em silêncio, cultive o seu próprio poder interno. Respeite a vida de tudo o que existe no mundo. Não force, manipule ou controle o próximo. Converta-se no seu próprio Mestre e deixe os demais serem o que têm a capacidade de ser.

Fonte: http://www.50emais.com.br/42554-2/

GRATIDÃO!

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“ As pessoas felizes lembram o passado com gratidão, alegram-se com o presente e encaram o futuro sem medo”. Epicuro

Sinto uma enorme gratidão pela minha vida… e assim como Carolina Vila Nova por tudo que ela me proporciona, leiam:

Me sinto grata pela minha casa, pois ainda que seja pequena, é nela que tenho tido o meu merecido e bom sono, os banhos quentes nos dias de frio e os alimentos nos momentos de saciar a fome. Moro nela há algum tempo e ainda que me vá, sempre me lembrarei dos dias em que pude viver aqui.

Me sinto grata pela vida do meu filho, que ainda em sua juventude tem sido meu desde seu primeiro dia. Cheio de qualidades, há de percorrer seu próprio caminho para aprender as mesmas coisas que aprendi. E quando chegar aqui, no momento em que estou, iremos nos encontrar como grandes amigos, cheios de história para contar, nas afinidades dos caminhos percorridos.

Me sinto grata pelo meu trabalho, onde convivo com tantas pessoas e aprendo todos os dias. A arte da profissão e a arte da vida. O viver o dia a dia sobre pressão e com as diferenças, exercitando a tolerância de aceitar o outro e todo tipo de situação. Me sinto grata pela resiliência adquirida. Me sinto grata por tudo que recebo por isto.

Me sinto grata pelos amigos, que mesmo distantes nunca se esquecem de mim.

Me sinto grata pelos colegas, que quando preciso sempre se prontificam a me ajudar.

Me sinto grata pelas pessoas difíceis em minha vida e por finalmente eu possuir gratidão por isso. Me sinto grata por entender o quanto elas me ensinam e o quanto elas também estão aprendendo. Cada um no seu caminho de evolução.

Me sinto grata até mesmo pelos que me machucam, pois são eles hoje a me ferir e não o contrário. E me sinto grata por não julgar os que menosprezam a minha dor.

Me sinto grata pela minha família, por eu ter pessoas a quem posso chamar de meus. Me sinto grata por tudo que a mim fizeram, pois com tudo cresci. E me sinto grata por todos estarem aqui, disponíveis em caso de qualquer pedido de socorro.

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Me sinto grata por minha saúde, que mesmo com alguns cansaços e excessos, continua aqui.

Me sinto grata pela vida, que mesmo com tantas dores e tropeços, ainda me proporciona momentos de prazer, amor e gratidão.

Me sinto grata pelo ar que eu respiro, pela luz que me cega e pelo frio que incomoda. Me sinto grata por às vezes queimar a língua e ouvir as buzinas num dia de congestionamento. Me sinto grata pelo bom funcionamento dos meus sentidos.

Me sinto grata por às vezes me sentir só, pois isso me mostra a capacidade de querer amar, mesmo após alguns fracassos.

Me sinto grata por tantas vezes me sentir confusa, triste ou irritada. Todos esses sentimentos me provocam reflexões e me tiram de onde estou, sempre me levando a um lugar melhor.

Me sinto grata pela minha capacidade de escrever desde criança e pelo inestimável prazer que isto me proporciona. Me sinto grata pelos meus livros. E por toda inspiração.

Me sinto grata por finalmente me sentir assim e perceber o poder da gratidão, que me traz sempre mais daquilo que eu preciso e desejo.

Me sinto grata pela capacidade de sorrir, mesmo quando algo dói dentro de mim.

Me sinto grata por perceber o milagre da vida, que um dia leva e outro dia trás. Num dia me deixa confusa e no outro me surpreende.

Me sinto grata por querer mais e continuar a sonhar. Me sinto grata por continuar a caminhada, mesmo sem a certeza de onde vai dar.

Me sinto grata por quem eu sou hoje.

E me sinto grata por simplesmente me sentir assim!

By Caroline Vila Nova

Fonte: https://osegredo.com.br/2016/05/gratidao-eu-me-sinto-grata-por-quem-eu-sou-hoje/