ESPERANÇA…

Então o que eu queria lhe desejar é esperança. Se não a mesma esperança que tínhamos lá atrás, quando algo não saía conforme o combinado e a gente acreditava que ‘pra tudo dá-se um jeito’ ou que faríamos ‘diamantes de pedaços de vidro’; pelo menos o desejo de que saia ileso da descrença, da desilusão. Que não amargue suas convicções nem subtraia a delicadeza do olhar. Nem tudo caminha conforme o combinado, algumas tristezas e perdas são irremediáveis, mas o saldo é descobrirmos que a existência é cheia de ciclos e recomeços.

Extraído do texto “DIAMANTES DE PEDAÇOS DE VIDRO

By Fabiola Simões

EU FUI…

Eu fui ficando quietinha, no meu canto, sozinha, me cuidando, me protegendo, me curando, me guardando.

Eu fui aguentando certas provocações calada, fui me silenciando diante de algumas mensagens afrontosas, respirando fundo, tratando das minhas feridas, e tentando me reerguer.

Me escondi em Deus, chorei com ele, pedi colo, pedi abrigo, pedi aconchego, pedi carinho, pedi que Ele me desse paz e segurança.

Eu fui contando só pra Ele aonde a dor me prendia, lhe dando permissão de arrancar tudo que não fosse Dele em minha vida – coisas, pessoas e sentimentos ruins -.

Eu só queria que o tempo passasse rápido, e que essa bagunça toda fosse ajeitada em mim.

Eu fui me perdoando pelos excessos, e pelas tantas vezes que ignorei os sinais do alto. Eu fui tentando ficar de pé sem conseguir tocar o chão.

É, eu fui forte sim, por pelo menos tentar seguir em frente sem querer despejar tudo que eu sentia em quem realmente não merecia/desconhecia.

Eu fui deixando para trás tudo que foi ruim, fui apagando cada capítulo, deletando cada palavra dita, excluindo da minha memória cada mentira recebida em forma de afetos.

Todos os dias foram difíceis, mas eu fui resistente, e na medida do possível fui me reconstruindo.

Sabe Deus o que passei, mas estes desajustes emocionais fizeram muito bem a mim.
Não sou a mesma de antes, e tenho em meu coração que as reviravoltas vão chegar. Eu sei que vão.

Nada que a gente passa nessa vida fica sem uma resposta divina quando nas mãos do todo Poderoso nos colocamos em fé, oração, e confiança.

Tudo é aprendizado, e em cada lição há uma transformação precisa em nós. Aprendi a nadar, e nesses mergulhos repentinos da alma encontrei uma nova forma de viver, e um jeito muito especial de me conhecer.

A mulher aqui cresceu, nessa idade toda ela precisou crescer mais um pouco…Já vejo os sinais….♥.

Eles significam crescimento, maturidade e experiências pra lá de interessantes…Sim, Deus me fez incrível …
(By Cecilia Sfalsin)
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TEMPO É VIDA!

Busque um tempo só para você. é uma questão de vida!

É preciso, é essencial na vida. É parte da existência. Sim o tempo nos espera para tê-lo só para nós. O tempo quer nos mostrar algumas coisas, que dar algumas respostas, mesmo que algumas não muito claras. Ele quer fazer perguntas. Ele quer ser amigo.

A vida se torna louca quando corremos contra o tempo. Quando precisamos pensar, agir, ir mais rápido, terminar, recomeçar.

O tempo cobra que a gente pare, que a gente respire um pouco mais devagar, que a gente esqueça todo o resto.

Como às vezes sentimos falta deste tempo. Só nosso, sem ninguém para nos cobrar nada, sem nos cobrarmos nada. Sem nos culparmos por não termos tempo para mais ninguém.

Durante o tempo em que ficamos dentro das nossas quatro paredes, observando nossos quadros mentais, revirando nossas coisas internas conseguimos avaliar a vida, organizar sentimentos, conseguimos aquietar o coração, chorar se for preciso, fazer planos deixados para trás, amar em silêncio.

Sem vozes alheias, sem opiniões, sem o barulho do que há lá fora. O tempo quer que estejamos de corpo e alma para nós. O tempo quer que descansamos, que nos aquietamos, que nenhuma voz além da que carregamos em nosso interior se manifeste.

O tempo quer que possamos assistir um filme qualquer sozinhos, que tomemos um banho de mar ou um drink sem ninguém por perto, que olhemos para o nada por certo período sem nenhuma interrupção.

Fonte: https://osegredo.com.br/busque-um-tempo-so-para-voce-e-uma-questao-de-vida/amp/

TÃO SUTILMENTE.

Tão sutilmente em tantos breves anos foram se trocando sobre os muros mais que desigualdades, semelhanças, que aos poucos dois são um, sem que no entanto deixem de ser plurais: talvez as asas de um só anjo, inseparáveis.
Presenças, solidões que vão tecendo a vida, o filho que se faz, uma árvore plantada, o tempo gotejando do telhado.
Beleza perseguida a cada hora, para que não baixe o pó de um cotidiano desencanto.

Tão fielmente adaptam-se as almas destes corpos que uma em outra pode se trocar, sem que alguém de fora o percebesse nunca.

Lya Luft, em Mulheres no palco.

EDUCAR E LIMITES… É PRECISO!

Dar limites a seu filho desde cedo não é ser “rígido”, é educá-lo para ser um bom ser humano!

Uma reflexão valiosa sobre o valor dos limites na educação dos filhos. Confira!

Das importantes lições que todos os pais devem ensinar aos seus filhos, uma das mais valiosas é a noção de que eles vivem em um mundo compartilhado e que precisam entender até onde podem ir em suas falas e atitudes.

Estabelecer limites nos pequenos, para que eles possam ser adultos conscientes, respeitosos e de bom caráter, é algo que os pais sabem que é extremamente necessário, especialmente em um mundo onde parece tão fácil se desviar do caminho certo.

Entretanto, para alguns deles, apesar de compreenderem a necessidade desses ensinamentos, na prática, pode ser muito difícil “podar” algumas coisas em seus filhos, e pecar pela permissividade.

Seja porque foram muito “controlados” durante a própria infância e querem que seus filhos cresçam mais livres e independentes, ou porque sentem certo receio de como o “não” impactará os pequenos, esses pais deixam de ensinar e corrigir os filhos em alguns dos momentos mais importantes de suas vidas.

Também por serem guiados pelas opiniões de outras pessoas que não vivem a sua realidade, esses pais começam a enxergar qualquer tipo de limite como uma “punição” e, como consequência, permitem que as crianças façam o que quiserem.

Essa é uma escolha muito arriscada, que não leva muito tempo até provar-se verdadeiramente equivocada.

Ensinar aos filhos que não podem ter e fazer tudo o que quiserem é uma obrigação dos pais, e faz parte de uma boa e saudável criação, que ajudará as crianças a, desde pequenas, conviverem em sociedade, onde suas vontades não serão sempre aceitas e compartilhadas.

Fonte: https://osegredo.com.br/dar-limites-a-seu-filho-desde-cedo-nao-e-ser-rigido-e-educa-lo-para-ser-um-bom-ser-humano/amp/

EU MUDEI…

Cecilia Sfalsin nos conta muito bem como enfrentar as perdas e seguir em frente de cabeça erguida e feliz. Pra quem precisar…

Eu mudei muito. Mudei mesmo. E não foi pelo tempo, nem pelas circunstãncias, foi pela necessidade do coração, pelas vezes que ele acreditou demais, pelas vezes que ele confiou demais, e pelas vezes que ele amou demais também. Essas mudanças não foram planejadas, aconteceram. E junto com elas fui disciplinando os meus sentimentos e a minha visão em relação a cada pessoa que entra e sai em minha vida. Esse ano de 2020 foi um treinamento pra mim. Aprendi de um jeito bem doloroso, que não é o tempo que nos apresenta o carater de uma pessoa, são suas atitudes, e que nem todos vão estar com a gente, nem todos vão nos defender ou ser ombro amigo, nem todos vão fazer pela gente o que você já fizemos por eles, nem todos serão leais e verdadeiros. Nem todos estarão do nosso lado por amor.
Aprendi também que não precisamos prejudicar ou provar nada para ninguém para nos sentimos fortes ou capazes, e que há três verdades que vão sempre incomodar a mente daqueles que não sabem respeitar sentimentos, a nossa, a dele, e a que Deus viu e ouviu, e sem dúvida alguma, a terceira opção que prevalecerá sempre. O ano ainda não acabou, há uns meses pelas frente ainda, mas algumas coisas eu já dei por encerrado. Estou em uma nova fase, vivendo momentos inesquecíveis, e abraçando novas oportunidades que a meu ver, vão muito além do que imagino ainda.
Meu telefone fica de canto, sem tempo pra quem nunca quis minha atenção, sem um toque especial pra quem sempre me deixou em segundo plano, sem pressa para atender quem pouco fez questão da minha presença. Cresci de uma tal maneira que abri uma lista para os “tanto faz” na minha agenda diária, e passei a priorizar o que realmente é importante pra mim. Hoje eu sei exatamente o que quero, e embora alguns contratempos afetivos que vez ou outra surgem, eu ainda me mantenho equilibrada diante dos tantos sonhos que pretendo realizar.
Sei quem é pra vida toda, sei quem me conforta a alma, e sei quem é de verdade do meu lado também. Enfim, estou mais madura, mais centrada na vontade de Deus, e menos preocupada com tudo que não vale o meu tempo, o meu pensamento, nem a minha atenção. Que o mundo dê as suas voltas.
Veja também:

https://oterceiroato.com/2020/07/01/aconteca-o-que-acontecer-na-sua-vida-encontre-a-sua-paz-interior/

CONSTANTES…

Aqui me vi exatamente como me sinto. Lindo e profundo o texto da minha amiga Irina Marques! Leiam:

Sou do tipo resiliente otimista e mesmo nos momentos mais difíceis que já enfrentei pela vida, que com certeza me abateram… também sempre acreditei que tudo ia passar, eu aprenderia algo novo… e iria sair dali mais forte e melhor. Tudo tem seu tempo. E cada um tem o seu. E assim aconteceu.

Lembranças trazem “mergulhos profundos”, retalhos de nós que se escancaram e trazem a tona algumas cicatrizes.

Com o tempo sei que sempre estive na hora e nos momentos certos da vida. Tudo no seu devido lugar. Gratidão por isto.

Tenho uma tendência para me esquecer facilmente das coisas, outras vezes não, as coisas marcam de forma a criar cicatriz. Quando olhamos, ela está sempre lá, e muitas vezes é costume esquecermos a história que ela tem para contar. A nossa cicatriz, é apenas nossa e só cabe a nós conseguir entender, desvendar e aprofundar as causas e consequências dela.

Muitas vezes, o que acontece, é as pessoas tomarem as nossas dores, seja por simpatia, empatia ou compaixão. Está certo, num mundo perfeito as coisas deveriam ser assim, talvez num mundo mais sentimental e menos competitivo esta, seria uma utopia perfeita. Acordamos para a vida.

Ontem, dei por mim a escrever, a escrever muito, a escrever tanto que a dor começou a tomar lugar. Questionei, encontrei respostas, voltei a questionar, vi outras perspetivas, tentei pôr-me do outro lado, voltei a escrever – criar personagens, sair da zona de conforto e observar outras realidades.

Aprendizagens que temos no decorrer da vida, por vezes esquecemos ou outras vezes abordamos de forma diferente, com tempo, aprendizagens e, o olhar não é o mesmo de hoje, de ontem, dos meses passados, dos anos… O que escrevo hoje daqui a dois anos pensarei de outra forma, é assim que tem ocorrido, tem sido uma constante. São relatos, pedaços de mim, deixados para trás para que eu própria consiga rastear.

E por ter esta tendência para me esquecer, tenho a mesma tendência a relatar, a testemunhar a minha presença e pensamento através de textos, de reflexões até mesmo para recordar. A memória é a coisa mais falível que temos, se nos lembramos de algo, não é exatamente como foi mas preenchemos essas lacunas para que isso mesmo faça sentido – ora para o bem, ora para o mal.

Nos mergulhos profundos foi onde eu encontrei as melhores explicações, o cerne da questão, a raiz. E nesses mergulhos profundos, não entendia a sua própria profundidade, ainda não entendo, continuo a mergulhar enquando as minhas forças me permitem. E quanto mais mergulho, mais são as descobertas que faço, horizontes que se relevam, testemunhos que tenho que relatar mas já não os exponho. Todos os que expus resolvi apagar, conforme referia, as palavras são minhas mas expostas podem não conseguir manifestar o que cá vai dentro.

Através da expressão e relatos guardados, é o que me permite encontrar, montar as peças e dar forma a tudo o que se passou e se encontra a passar. E muitas vezes esqueço, é verdade que esqueço, lições que aprendi e esqueci, nesses mesmos relatos estão essas lições – constantes, que me lembram – este é o caminho a tomar, ali, vais errar. Não são roteiros rígidos, são apenas registos para não me perder, novamente mas saborear a corrente. As constantes, mantêm-se nos relatos e, permitem-me desviar.

Pedaços de vida que não se compõem aqui, mas sim noutro lugar. As artes, são apenas um testemunho, do que no interno se está a passar.

MEMÓRIAS…

“De vez em quando a vida preciso ser vista de ângulos diferente”.

Eu vou indo… eu vou evoluindo!

Sobre estar em movimento, me reinventando, vivendo essa metamorfose ambulante que é a vida.

Existem momentos únicos que duram segundos, mas deixam lembranças para a vida toda. São únicos e inesquecíveis.

No final tudo vira história. Então ria de si mesmo, eternize os sorrisos na sua memória.

MATURIDADE ACALMA!

Maturidade acalma. Traz sossego. Nos livra de melindres.

Gente madura olha nos olhos. Não faz chantagem emocional nem sufoca com suas carências. Gente madura compreende, não cria caso, não age pra atingir nem faz uso de indiretas. Aliás ser maduro é ser direto, objetivo. É respeitar a opinião alheia pois quer que a sua também seja respeitada. É aprender com os erros, ao invés de paralisar com eles. É ouvir mais do que fala e escutar com atenção, pois é assim que procede o aprendizado. Gente madura ri de si mesma pois sabe que o sorriso é a chave para muitas portas que a vida nos apresenta. Sabe que o bom humor é chique, que gente feliz brilha, sem precisar de Sol. E sabe também que alegria de verdade não se forja, se exercita com as próprias dificuldades da vida. Gente madura sabe o que é ser feliz. Anda devagar, por que já teve pressa e percebeu que ela não é só inimiga da perfeição. Gente madura sabe que a pressa faz passar despercebido o que realmente nos ilumina o coração.”
Erick Tozzo sabe muito bem como gente madura é.

ENVELHECER E FINITUDE!

Adorei este texto que fala do envelhecer com um olhar sensível e verdadeiro de autoria de Marguerite Yourcenar, in ‘Memórias de Adriano’. Assim está sendo o caminhar de muitos de nós 🙏🏻. Vale a pena ler:

Tenho sessenta anos. Não te iludas: não estou ainda bastante fraco para ceder às imaginações do medo, quase tão absurdas como as da esperança e seguramente muito mais penosas. Se fosse preciso enganar-me a mim mesmo, preferia que fosse no sentido da confiança; não perderia mais com isso e sofreria menos. Este fim tão próximo não é necessariamente imediato; deito-me ainda, todas as noites, com a esperança de chegar à manhã seguinte. Adentro dos limites intransponíveis de que te falei há pouco, posso defender a minha posição passo a passo e recuperar mesmo algumas polegadas do terreno perdido. Não deixo por isso de ter chegado à idade em que a vida se torna, para cada homem, uma derrota aceite. Dizer que os meus dias estão contados não significa nada; sempre assim foi; é assim para todos nós. Mas a incerteza do lugar, do tempo e do modo, que nos impede de distinguir bem o fim para o qual avançamos sem cessar, diminui para mim à medida que a minha doença mortal progride. Qualquer pessoa pode morrer de um momento para o outro, mas o doente sabe que passados dez anos já não será vivo.
A minha margem de hesitação já não se alonga em anos, mas em meses. As minhas probabilidades de acabar com uma punhalada no coração ou por uma queda de cavalo tornam-se cada vez menores; a peste parece improvável, a lepra ou o cancro afiguram-se definitivamente afastados. Já não corro o risco de cair nas fronteiras, atingido por um machado helénico ou trespassado por uma flecha parta; as tempestades não souberam aproveitar as ocasiões que se lhes ofereceram, e o feiticeiro que me predisse que eu não me afogaria parece ter acertado. Morrerei em Tíbure, em Roma ou em Nápoles quando muito, e uma crise de sufocação encarregar-se-á da tarefa. Serei levado pela décima ou pela centésima crise? É essa a única questão. Assim como o viajante que navega entre as ilhas do Arquipélago vê despontar, ao entardecer, uma espécie de névoa luminosa e descobre pouco a pouco a linha da costa, eu começo a avistar o perfil da minha morte.
Certas fracções da minha vida assemelham-se já a salas desguarnecidas de um palácio demasiadamente vasto que um proprietário empobrecido renuncia a ocupar todo.