A minha forma favorita de ir de Londres 🇬🇧 a Paris 🇫🇷, é o trem de alta velocidade Eurostar, que é também a maneira mais rápida e barata… Atualmente vou da estação 🇬🇧 St. Pancras à estação 🇫🇷 Gare du Nord em 2 horas e 15 minutos, viajando a velocidades de até 300 quilômetros por hora… e/ ou vice-versa.
Quando você considera as viagens de ir para o aeroporto, procedimentos de segurança complexos e tempo de espera até a decolagem, voar entre as estas duas capitais não é necessariamente mais rápido, nem mais barato… muito pelo contrário.
Já os trens da Eurostar partem e chegam bem no centros das cidades, tornando muito mais fácil deslocar-se e iniciar a nossa aventura urbana!
Dicas:
Como chegar e embarcar de Londres:
♥ O Eurostar sai da estação Internacional St. Pancras, que fica no centro de Londres, e chega na Gare du Nord, no norte de Paris.
♥ O check-in para o Eurostar é feito com 90 minutos de antecedência e a viagem leva 2 horas e 15 minutos. Você deve chegar com antecedência para fazer os procedimentos da imigração e segurança tranquilamente.
Importante: sobre o controle de passaporte:
🌐 Como o Reino Unido não faz mais parte da Unidão Européia, você terá de fazer os procedimentos de imigração para entrar na França. Mas, ao contrário do que acontece quando a viagem é de avião, a imigração é feita antes do embarque, já na estação St. Pancras. Portanto chegando em Paris 🇫🇷, é só desembarcar e sair da estação, sem burocracias.
🌐 Da mesma forma, para voltar para Londres é na estação Gare du Nord que é feita a imigração para entrada no Reino Unido. Por isso, tenha em mãos todos aqueles documentos necessários para imigração, mesmo que você tenha ido passar só um dia em Paris e tenha deixado sua bagagem em Londres.
♥ No trem Eurostar, as passagens custam a partir de £52 por trecho para a classe Standard, desde que adquiridas com antecedência. O esquema de preços de passagens é similar ao das empresas aéreas: é alocada uma certa quantidade de passagens mais baratas e à medida que vão sendo vendidas, os preços vão aumentando.
♥ No Eurotrem, cada adulto pode levar – sem pagar nada a mais por isso – 2 volumes com até 85 cm de comprimento e sem limite de peso (desde que você consiga carregar está OK) e ainda 1 bagagem de mão.
♥ As passagens do Eurostar de Londres para Paris são vendidas com até 190 dias de antecedência, então se você se planejar, terá grandes chances de conseguir um bom preço.
O Eurostar oferece três classes de passagem: Standard, Standard Premier e Business Premier.
Os trens circulam de 5:40 às 20:30, com uma ou duas saídas por hora.
♥ Para o Check- in: O código de barras impresso abrirá a catraca de acesso à sala de embarque, semelhante à do metrô, que é o check-in do Eurostar. É só passar o código de barras na leitora.
♥ Embarque: Aproximadamente 20 minutos antes da hora da partida, é feito o anúncio do embarque indicando sua plataforma. Como a sala de embarque fica embaixo das plataformas você sobe por meio de esteiras rolantes, diretamente para a plataforma em que o trem está estacionado.
♥ Bagagens: Nas extremidades dos vagões há lugares especiais para malas grandes ou, para quem viaja light, a bagagem pode ser acomodada no guarda-volumes em cima das poltronas, ou próximas a você, se o trem não estiver cheio.
♥ Pra comprar o que comer: Há duas lanchonetes em vagões (8 e 9) do trem. Você pode também levar sua comida ou bebida, não há restrições quanto a isto.
♥ Como é atravessar o Eurotúnel? São em média 35 minutos de travessia dentro do túnel, sendo bem rápido este trecho do túnel 😳. O restante da viagem tera paisagens belíssimas da área rural e um pouco das cidades. O Channel Tunnel (ou “Chunnel” como é carinhosamente conhecido) é um túnel que liga Folkestone na Inglaterra a Calais, na França. O túnel é o maior túnel submerso do mundo, com 50,45 km de extensão total, dos quais quase 38 km sob a água. No ponto mais profundo, o eurotúnel está a 75 metros, do fundo do mar.
🌐 Estação St Pancras, em Londres
Inaugurada em 1868, a estação St Pancras em Londres é considerada uma das mais belas estações ferroviárias do mundo. É um exemplar singular da arquitetura Gótica Vitoriana na Inglaterra e foi em parte projetado pelo famoso arquiteto britânico Sir George Gilbert Scott. À maravilha da arquitetura, junta-se a ousadia da engenharia inglesa. A enorme cobertura dos trilhos ferroviários, feita em ferro fundido e vidro, é considerada uma conquista da engenharia da época em que foi construída.
Atualmente, quatro companhias ferroviárias operam em St Pancras: East Midlands, Southeastern, ThamesLink e o trem super rápido que conecta a Inglaterra a Europa por meio do Eurotúnel, o Eurostar. Por este motivo, desde 2007, quando o Eurostar começou a operar na estação, ela é chamada de St Pancras International.
A estação tem dois andares e duas plataformas subterrâneas. No andar térreo, se encontram as lojas, restaurantes, guichês de vendas de passagens e outras facilidades
Logo pela manhã, (24/1/25) apesar do frio, chuva e vento… segui de metro para a charmosa Place de la République, que é uma das praças mais icônicas e movimentadas da capital francesa e logo sou recebida por imponentes monumentos e as estátuas que adornam a praça.
Localizada no coração da vibrante cidade de Paris, a Place de la République é uma das praças mais icônicas e movimentadas da capital francesa. A atmosfera desta Place é verdadeiramente única, combinando a agitação da vida urbana com a serenidade dos espaços ao ar livre. Logo percebo a beleza da arquitetura que está por toda sua volta e admiro calmamente.
Os arredores da Place de la République estão repletos de restaurantes, cafés e lojas charmosas que refletem a riqueza da culinária francesa e da moda parisiense. Tudo me parece tão parisiense e dá uma vontade de sentar numa mesinha de um restaurante e ficar ali tomando um café curtindo tudo por um bom tempo. Podemos assim também desfrutar de uma autêntica experiência gastronômica em um dos diversos restaurantes desta região, experimentando as delícias locais e internacionais.
Curiosidade:
A Place de la République possui uma rica história que remonta ao século XIX, quando foi originalmente construída como um símbolo da democracia e liberdade da República Francesa.
Ao longo dos anos, a praça tem sido palco de importantes eventos políticos e sociais, tornando-se um local emblemático para protestos, celebrações e encontros públicos.
Seus belos monumentos e estátuas homenageiam figuras históricas e ideais que moldaram a identidade da França. As estátuas que a rodeiam representam importantes virtudes como liberdade, igualdade e fraternidade, valores fundamentais da República Francesa. Gosto de vir passear aqui.
Pertinho dali caminhando, conheci o charmoso Canal Saint Martin, de Paris e toda a sua região no entorno, uma das zonas de lazer mais agradáveis na capital da França. O lugar é muito bonito, possuindo uma extensão de 4,5 km com várias pontes e ao longo de seu percurso há inúmeros bistrôs, bares e cafés, que deixam o cenário do Canal de Saint Martin com a cara mágica e bem romântica de Paris.
O Canal fica situado no 10th arrondissement em Paris é um dos atrativos preferidos dos parisienses na época da primavera e do verão, seja para relaxar, passear ou curtir o sol. Muitas famílias e amigos desfrutam do espaço às margens do canal também para conversar e fazer piqueniques.
Fui almoçar às suas margens deste Canal, no Gros Bao onde a decoração tem inspiração de Hong Kong, e que tem apresentado a cozinha de Xangai, onde eu podia me deliciar com os grandes pratos clássicos da cozinha chinesa e/ ou com os pratos para partilhar. São deliciosos e bem servidos. Preço justo tem um bom atendimento e com uma vista linda para o Canal Saint Martin do andar superior. Super recomendo!
Catedral de Notre-Dame
Hoje a tarde (24/1/25) cheguei na Île de la Cité, foi dia de rever a Catedral de Notre-Dame que tinha sido devastada pelo incêndio em 2019, e foi reaberta recente em dezembro de 2024, após 5 anos de obras minuciosas de restauração. Foi um novo amanhecer para este Patrimônio Mundial da UNESCO. Notre-Dame é um dos principais símbolos de Paris e uma das catedrais mais famosas do mundo.
Seus sinos voltaram a soar. Antes da sua entrada tinha uma fila gigantesca, desorganizado… neste dia frio, chuvoso e de muito vento… mas eu não desisti, queria muito ver. Contemplei a sua fachada icônica, as famosas gárgulas no topo do templo e suas duas torres de 69 metros. Que imponente!
Fato que a fila andava rápido, foi animador… e logo entramos na Catedral.
Da fila, eu estava emocionada por estar tão perto de voltar a ver um dos meus monumentos preferidos em Paris… e sobretudo de voltar a pisar na catedral… Ainda tive a graça de presenciar ao vivo, uma missa que acontecia naquele momento. Gratidão!
Tinha missa… e nós que estávamos turistando respeitosamente seguimos em silêncio, fomos circulando por ela admirando tudo lá dentro. O interior da catedral, sem séculos de poeira, está novamente iluminado e reluzente. Está belíssima, perfeita!!!
Me encantou caminhar por entre suas
suas gigantescas colunas, as rosáceas, as abóbadas de nervuras, os arcobotantes… admirar o órgão principal, seus vitrais deslumbrantes e apreciar as gárgulas de pedra esculpida. Tudo é maravilhoso!
Orar, agradecer e visualizar muitas das capelas no seu entorno, eu fiz…percebendo que mudaram algumas, (todos com informações detalhadas) e em algum destes locais contam um pouco sobre o incêndio e suas marcas pontuais.
Curiosidade:
Reconstrução da Catedral (1163 e 1245 com mais de 860 anos). Projeto de restauração custou 700 milhões de euros, o equivalente a R$ 4,5 bilhões, e envolveu 2 mil pessoas especializadas nas mais diferentes técnicas de construção e preservação (onde reproduziram fielmente todos os detalhes da construção medieval, de estilo gótico).
O dinheiro veio do mundo todo, incluindo o Brasil e de bilionários franceses do setor de luxo, como François Henri Pinault e a família Arnault.
Envolveu na sua reconstrução uma constelação de talentos: arquitetos, engenheiros, carpinteiros, artesãos, vidraceiros – 2 mil pessoas ao todo, especializadas nas mais diferentes técnicas de construção e preservação. Um esforço monumental, que começou no dia seguinte ao incêndio que devastou a catedral, cinco anos atrás.
Dedicada à Virgem Maria, a Catedral de Notre Dame é uma das catedrais góticas mais antigas do mundo. Suas torres oferecem uma vista incrível de toda Paris.
Le Marais
No final da tarde voltando da Île de la Cité, do passeio na Catedral, segui rumo a Le Marais… onde passei pelo Hôtel de Ville, (onde funciona a Prefeitura de Paris); pela Praça da Torre Saint-Jacques, na elegante Rue de Rivoli… e aproveitei para caminhar sem rumo e sem pressa em meio às charmosas e animadas ruas do Marais.
Gosto muito deste bairro. Sempre venho aqui. Parei e tomamos um chocolate quente que estava divino, acompanhado por um croissant de chocolate, pra descansar um pouco antes de retornar para casa. Sempre tive vontade de parar nas pequenas mesas típicas de Paris, e curtir calmamente o local sem neuras or stress… tenho conseguido fazer isto muitas vezes atualmente.
É o lugar perfeito para passar horas bem ocupadas neste bairro, ou até duas rsrsr fazendo umas comprinhas. Não falta o que fazer neste bairro. Adoro a loja da Uniqlo conceitual, que tem neste bairro. Eu sempre venho fazer umas comprinhas por aqui rsrsrs.
A região do Marais engloba parte do 3º e 4º arrondissements, uma área repleta de pontos turísticos, lojas, restaurantes, ruas charmosas, parques e museus, entre eles fica bem pertinho o famoso Pompidou e o Museu Picasso.
Parabéns Sr Hermes pelo corajoso e sincero depoimento. Um desabafo! Leiam:
“Carta aos futuristas da longevidade !
Cansei. Para ser bem específico? cansei de ler artigos sobre “como devo viver a velhice”; Quem os escreve não tem noção da realidade; se eu, leitor idoso, levar esta turma a sério, vou colocar nas minhas costas toneladas de culpa por não ser o que deveria ser – o que me nego a fazer.
Não viajo por falta de grana e de saúde. Não tenho forças para encarar um aeroporto. ou dez horas de ônibus. A falta de grana é autoexplicativa.
Não estudo/leio por causa de problemas na vista. Com uma lupa, consigo digerir uma cinco páginas por dia, e olhe lá.
Sou solitário, sim. Meus amigos de longa data, sem mesmo me mandar um Instagram avisando, partiram… antes de mim.
Nao dirijo mais, por respeito à vida alheia. Minhas fugas ao volante se restringem a 600 metros na rua onde moro.
Minha conta na farmácia é maior que a de supermercado. Várias partes do meu corpo excederam o prazo de garantia,
Dependo dos meus filhos para fechar as contas do mês. Eles são maravilhosos: além da ajuda, nos amam e não me cobram pelo fato de eu não ser um idoso ideal.
Contento-me com o pouco que é muito. A companhia da minha esposa. A presença de Deus. O carinho dos membros da minha igreja. O amor dos meus filhos. Poder servir a Deus, mesmo com todas as limitações.
Por favor, parem de escrever bobagens, generalizando as exceções. Parem de vender modelos/soluções paliativas para minha geração, já aprendi que o corpo envelhece o espírito cresce , a sabedoria nasce e sei muito bem onde as dores e a esperança se encontram ! E basta !!!”
Quando eu leio um depoimento sincero deste… simples, claro e objetivo 👀 sem meias palavras… tenho que tirar o chapéu e aplaudir de pé. Confesso 👀 que…
Sim, não podemos generalizar. Não deveriam existir regras e nem receitas iguais para todos. Em nenhum campo da Longevidade!!
Sr Hermes por exemplo, declarou ter o amor dos filhos, e inclusive “que não o cobram pelo fato dele não ser um idoso ideal” (fantástica definição); ele tem a companhia da esposa, o carinho dos amigos, e a presença de Deus em seu coração.
Que dádiva maravilhosa !! Que raro!! Quantas pessoas idosas que conhecemos podem afirmar o mesmo?
Ao mesmo tempo, admite numa boa, de forma muito bem humorada “que várias partes do meu corpo excederam o prazo de garantia”….. essa é a parte que provavelmente a maioria de nós já sente, ou começou a sentir; ou seja o “ônus” da Longevidade.
Tenho aprendido que somos diferentes, cheios de experiências vividas que nos fazem ser o que somos hoje. Muitas vezes não escolhemos, acontece conforme a vontade de Deus…
Cabe a nós envelhecer da melhor forma que podemos, aprendemos e queremos. Escolhas! Cada um vive a sua realidade e tenta ser feliz!Sem receitas… Hoje é o que mais vemos nas redes sociais.
Plantar amor 💚🩷❤️💙com os nossos filhos, família e amigos… ao longo da vida 😉 poderá nos fazer colher bons frutos.
Concluindo, é sempre bom a gente poder ler algo realmente autêntico, genuíno, e não extraído de algum manual marketeiro……
“Meus pais pediam insistentemente, para eu levá-los de volta para casa. Papai nunca saiu de sua casa, mas a casa saiu dele. Mamãe morava comigo, mas nunca saiu daquela casa, que ela sonhava retornar. Aos poucos eu fui entendendo o que significava “voltar para casa”. Eles querem resgatar a casa que um dia abrigou Felicidade, na verdade eles queriam voltar para aquela Felicidade. Não era a casa de tijolos e portas, janelas e piso rangendo. Era a casa que abrigava o barulho das crianças brincando, o cheiro de café e o gosto de bolo de fubá; o perfume do travesseiro que guardava seus segredos; o cheiro do bife que só mamãe sabia preparar; o perfume do dia de limpeza e o cheiro da pipoca. A casa era a maçaneta da porta rangendo, quando papai voltava do trabalho; ou o pano de chão sobre o tapete, que mamãe insistia em colocar para manter o tapete limpo. A casa para onde eles querem voltar é feita dos detalhes da torneira pingando, que papai adorava consertar; do batente arranhado pelas escaladas das crianças inquietas; é a casa que abrigou o sonho de família, de felicidade, de prosperidade; a casa paga em muitas prestações, e cada uma delas tinha um gosto de vitória… Eles querem morar naquela felicidade, e eu também.”
Quando leio um texto deste, me emociono… perdi as contas de quantas vezes eu também quis voltar pra casa. Aquela casa!!! A casa da minha infância.., a casa da minha adolescência… a casa de quando me casei… a casa que construí e passei bons momentos da infância de meus filhos, onde vi eles crescerem, se formarem, se casarem, criarem asas e bater longe, indo para outras culturas, outros mundos 🌎. A casa do meu segundo casamento… das nossas reconstruções de família e vida.Tempo bom! Tempo que não volta mais, resta agora so as lembranças e a saudade, mas uma saudade alegre e recheada de amor de afeto. Por isso senti cada pedacinho da casa em cada momento de minha vida. Ao envelhecermos isto tudo aflora e se torna mais vivo. Boas lembranças que preenchem minha alma de histórias de vida!”
By Míriam Morata – autora de Alzheimer diário do esquecimento, Alzheimer recolhendo os pedaços e Alzheimer Assombro e Cura do Cuidador.
Gosto de ler, ver e ouvir sobre as experiências das pessoas, que imigraram para fora do país. Estou sempre de olho nestes artigos. Um dos que acompanho bastante é o blog da Eurodicas.
Já comentei aqui que tenho filhos que moram fora do Brasil: em Londres, Miami e Paris. Já faz mais de 5 anos! Bom e ruim rsrsrs… é difícil ficar tanto tempo sem vê-los, brincar com meus netos, ver eles crescerem a distância… e deixar de participar de celebrações importantes que acontecem tanto aqui como. Ao mesmo tempo, sempre aproveito muito, quando viajo para ficar com eles e conheço lugares novos lindos, quando vou visita-los e fico por lá, em suas casas, um tempo razoável pra matar as saudades… e renovar as nossas energias… a espera de uma próxima vez, de nos encontrarmos.
Eu, aposentada, vivo de malas prontas… pra lá e pra cá. Atenta de olho nas necessidades deles e no preço das passagens. O tempo vai passando, vamos envelhecendo, o custo das passagens cada vez são mais caro, a guerra e os conflitos, que nos dão tanto medo, rodeando bem pertinho… fora que cada vez fica tudo mais difícil e a saudade, só aumenta.
A pandemia, me fez repensar muito e criar coragem, para ousar “mudar de país”, para ficar mais perto deles! Tomei a decisão já a algum tempo de me mudar para Portugal, e venho planejando bastante esta mudança… tudo para mais perto deles. Família, juntos!
Não quero ser uma avó só de telinhas 😉. Quero brincar, paparicar e criar vínculos afetivos com muitas histórias de vida, com todos eles, para que se lembrem de quão bom era nosso tempo juntos. Quero viver ao vivo e as cores… tudo intensamente. A vida passa muito rápido. Voa! O tempo é uma das nossa maiores preciosidades!
Leiam este texto (Eurodicas) de Nathane Costa, uma jovem, que já mora fora do país há algum tempo, e nos conta sobre suas experiências e do que mais sente saudades do nosso país, o Brasil.
É domingo, meio-dia e você sente o cheiro da feijoada no fogão e do arroz refogado no alho para o almoço. A playlist de pagode e axé está tocando no Spotify. E basta isso para você imaginar algumas coisas que todo brasileiro sente falta ao morar no exterior.
Morar fora é uma escolha, muitas vezes difícil, mas isso não significa esquecer tudo que tivemos que deixar para trás. Afinal, uma vez brasileiro para sempre brasileiro. E sabe o que mais faz todo coração de imigrante bater mais forte? Continue lendo o artigo para descobrir.
1. Comida brasileira
Já que começamos esse artigo citando a feijoada, vamos falar do incrível momento em que um brasileiro morando fora consegue encontrar ingredientes no mercado para fazer as receitas de casa.
Não é em todo lugar que você encontra Guaraná, farofa, flocão de milho, goma de tapioca, mas se você for à seção internacional do supermercado da sua cidade ou nos mercados internacionais, como africanos, asiáticos e portugueses, poderá se surpreender com os achados.
Triste mesmo é a seção de frutas e legumes — sem dúvida, uma das coisas que todo brasileiro sente falta ao não morar no Brasil. Sabe há quanto tempo não como uma banana com gosto? Mais de 2 anos! Não há 10% da variedade de frutas que encontramos no Brasil. Sem contar que o maracujá não é azedo e o milho é doce.
Não sei você, mas para mim é quase regra: sempre que viajo procuro um restaurante brasileiro. Isso é algo que quem mora no Brasil não entende, mas após comer todos os tipos de gastronomia, a gente aprende a valorizar ainda mais o nosso tempero e receitas.
Cerveja gelada e tira-gosto é invenção de brasileiro
Sabe quando você vai num barzinho para beber uma cerveja gelada e petiscar? Um dos maiores choques culturais foi perceber que, aqui, muitos bares não oferecem sequer uma batata frita no cardápio. A cultura de petisco é praticamente inexistente e isso é uma das coisas que todo brasileiro sente falta ao morar no exterior. Por isso, uma das minhas saudades é aquele happy hour completo que só o Brasil tem.
Ahhhh o açaí!
Açaí é algo ame ou odeie, mas se você ama, vai passar por uma verdadeira jornada até encontrar um que seja próximo do que já experimentou do Brasil. E aqui nem entro na questão do açaí puro e o misturado com xarope de guaraná, é bem pior que isso. Eles fazem uma mistura com uma porcentagem mínima da fruta e mirtilo, por exemplo. Você não sente nem o “cheiro” do açaí.
Coxinha, pastel, caldo de cana, bolo de aniversário… São tantas coisas que a gente sente falta. Por isso a gente faz a festa quando vai de férias para o Brasil e volta com a mala abastecida de comida.
2. Família e amigos
Quando você vai morar fora do Brasil, tem que deixar para trás seus amigos e familiares para ir em busca da realização do seu sonho. Muitas vezes quem imigra se sente culpado por isso, principalmente em datas como aniversários, nascimentos e casamentos em que não é possível estar presente, e talvez, essa é uma das principais coisas que todo brasileiro sente falta ao morar no exterior.
Para lidar com a famosa culpa de quem mora no exterior, podemos dizer que a tecnologia existe e com a videochamada podemos ver o rostinho de quem está longe, conversar e sorrir. Tem imigrante que telefona diariamente para a família no Brasil, outros não sentem essa necessidade constante, mas a saudade é a mesma.
Nos meus primeiros meses (de Nathane) morando na França, eu sentia a frustração de não participar dos eventos. De ver os amigos combinando de se encontrar no grupo do WhatsApp e não poder ir. Mas com o tempo, a vida fora do Brasil vai se tornando a sua vida e você conhece novas amizades (inclusive amizades brasileiras no exterior), se apaixona, forma família.
O desapego é um dos processos mais difíceis da adaptação cultural do imigrante. Não são todos que podem viajar sempre para o Brasil ou receber os familiares nas férias. Por isso, todo reencontro é significativo e repleto de emoção.
Nossa família é o coração que bate fora do peito e a saudade se faz presente.
3. Clima tropical
O clima é uma das coisas que todo brasileiro sente falta ao morar no exterior, após vivenciar o primeiro inverno no exterior.
Quando eu me mudei para a França, cheguei no fim do outono e foi a primeira vez que senti frio de verdade na vida, ainda mais vindo da Paraíba.
Agora que moro na Alemanha, além do clima, sinto saudade dos dias claros. Nunca irei me acostumar com o por do sol às 16h. E para fugir do inverno na Europa, a melhor tática sempre será comprar passagem de férias para o Brasil.
Mas para ser sincera, até no verão, é possível sentir saudade do nosso clima tropical porque o calor que faz na Europa é diferente, te cozinha por inteiro, sem uma brisa para aliviar.
Na França, sobrevivi a três ondas de calor com temperaturas acima de 40ºC e para mim foi mil vezes pior do que sentir frio, porque os prédios não têm estrutura e muito menos ar condicionado para compensar.
Nessa época os lagos, rios e praias ficam lotados porque realmente não há outra opção para se refrescar se você não tiver piscina em casa. E mais uma vez bate a saudade das nossas praias, da areia fofa e até dos ambulantes vendendo água de coco.
4. Festas brasileiras
Se no Brasil a gente já amava nossas festividades, morando fora aprende a valorizá-las ainda mais. Afinal, o brasileiro sabe festejar como ninguém, né?
As festas de Natal e Ano Novo na Europa são bem simples, nada de se arrumar para ficar na sala de casa, por exemplo. Normalmente é feito um jantar ou almoço em família com um prato mais especial. Para quem gosta de ver os fogos de artifício, apenas grandes cidades, como Berlim, fazem algo do tipo.
O carnaval na Europa é celebrado em alguns países, muitas vezes em datas diferentes, mas não é nada como a gente conhece.
Na França fui duas vezes para a festa de carnaval em Bordeaux e o que posso afirmar é que é apenas um grande desfile temático, sem carro de som, shows e pouca animação.
Ela tem um vídeo no YouTube mostrando isto, caso você tenha curiosidade de saber como é:
No São João é o mesmo. Você pode encontrar alguns eventos e festas, que são bem familiares e de bairro, mas sem quadrilha e comidas típicas não tem a menor graça (ainda mais para quem veio do estado que sedia o Maior São João do Mundo).
Por falar em festas, para quem gosta de balada e dançar funk, tem que conviver na espera das festas temáticas em homenagem ao Brasil ou as que são organizadas por brasileiros. Pois, na maioria das vezes, a playlist dos lugares é dominada por reggaeton e música eletrônica.
Em Bordeaux, quase todo domingo organizam uma roda de samba. Então, para quem mora em cidades com uma grande comunidade de brasileiros torna-se mais fácil matar um pouco da saudade do Brasil.
Eu mesma fazia aula de dança uma vez por semana só para ouvir um pouco de funk ou axé, músicas que nem fazem parte do meu gênero musical favorito, mas que por algum motivo dão saudade. Por isso, a música sempre estará na lista de coisas que todo brasileiro sente falta ao morar no exterior.
6. Bom atendimento
No Brasil há o esteriótipo do servidor público, que não trabalha, né? Bom, espere enfrentar as primeiras burocracias na Europa para mudar de opinião a respeito da qualidade do nosso atendimento.
E isso se aplica em lojas, prestadores de serviço, médicos. Na Europa é difícil encontrar a qualidade, agilidade e sorriso no rosto que os atendentes brasileiros apresentam.
Uma vez o interruptor do meu apartamento parou de funcionar e eu entrei em contato com quatro eletricistas franceses para virem consertar. Todos estavam indisponíveis e me deram um prazo de 3 semanas. Minha sorte foi que encontrei um brasileiro que fez o conserto no mesmo dia e me salvou de ficar todo esse tempo sem luz.
Por isso que eu digo, por mais que o Facebook seja algo que nossos amigos não usam mais, ainda é uma ferramenta útil para se conectar com outros imigrantes brasileiros na Europa. Pesquise “brasileiros em + nome da sua cidade”, que você irá encontrar vários grupos.
7. Alto astral brasileiro
Não há como falar das coisas que todo brasileiro sente falta ao não morar no Brasil: o nosso alto astral é algo peculiar.
A saudade que dá de desabafar com um amigo sobre algo que está te preocupando e ele responder “Já deu certo, relaxa”. Os europeus são bem sinceros e não enrolam muito para falar algo. Então, se perguntar algo, esteja preparado para receber uma resposta realista.
Sinto que na França e Alemanha as pessoas reclamam de mais e sorriem de menos, sem generalizar. Mas o brasileiro é aquela pessoa que faz piada da própria desgraça. Essa leveza numa conversa faz falta, às vezes.
Na Alemanha, se você não separar o lixo corretamente, capaz de receber uma carta dizendo que você é a causa da destruição do planeta (brincadeira!).
8. Preço de produtos e serviços
O custo de vida na Europa é melhor que o do Brasil, isso é inegável se você recebe o seu salário em euro. Porém, se você tem saudade das coisas do Brasil e quer comprar um dos produtos brasileiros no mercado, a dica que eu dou é: não converta porque você vai se assustar.
Eu queria fazer caipirinha para receber meus amigos em casa e quase caí para trás com o preço da cachaça, que na Europa é vendida como premium, mas no Brasil é considerada uma das piores em termo de sabor.
Isso também se aplica para esmaltes, alicate de unha, a nossa tradicional sandália Havaianas — que na Europa pode custar 30€ a versão mais básica. Além dos serviços, principalmente na área estética, que é um trabalho muito valorizado.
9. Falar português
Existem 3 tipos de imigrantes:
• Os que não querem se relacionar com brasileiros;
• Os que só tem amigos brasileiros;
• E aqueles que conseguem um equilíbrio entre as amizades.
Quanto mais tempo você passa longe do Brasil, mais saudade dá de conversar em português com outros brasileiros e usar expressões que só a gente entende. Fora que nos sentimos nós mesmos em nosso idioma de origem, isso não dá para negar.
No Brasil, eu era a cliente que mal abria a boca quando ia ao salão de beleza, e aqui, com minha cabeleireira brasileira, eu falo mais que o homem da cobra. É uma oportunidade de conversar, fofocar e se sentir um pouquinho em casa.
São várias saudades que quem mora fora do Brasil tem que conviver, algumas a gente nem imaginava que sentira, mas só estando longe para saber.
E aí, está preparado para lidar com as coisas que todo brasileiro sente falta ao morar no exterior? Tem vontade de viver em um país europeu?
Confira o ebook “O sonho de viver na Europa”, que reúne história de diferentes brasileiros que atravessaram o Atlântico e compartilhas as suas dificuldades e oportunidades. Vale a pena se inspirar e refletir!
Fonte: Eurodicas
Texto By Nathane Costa, também conhecida como Thanny, é especialista em Comunicação e Marketing para Mídias Digitais. Nascida e criada em João Pessoa, Paraíba, morou na França e, agora, está passando uma temporada na Alemanha. Produz conteúdo para a internet desde 2009 e ama compartilhar dicas de viagem e gastronomia para ajudar outros brasileiros pelo mundo.
Se eu pudesse dar só um conselho 😉 nesta vida✨🧐… com certeza seria 🤩 👀 aproveitem sempre, todos os momentos 🙌🏻 para criarem vínculos afetivos com seus familiares… sempre que puderem!!!
Criem histórias, façam memórias, que serão lembradas, sempre quando a saudade bater na sua porta. 🧐 Que elas sejam intensas 👀 enquanto viverem 🙏🏻🙌🏻 💓cheias de amor… recheadas de afeto, carinho, atenção, muito respeito 👀 e paciência… muita paciência, 🙏🏻 pois com às diferentes idades e gerações nesta convivência familiar… cada um está num time diferente 🧐.
Isso não importara muito, quando temos amor ❤️🩷🩵💙💚suficiente em nossos corações e que possamos perdoar e ser perdoados todas as vezes em que seja necessárias, 🙏🏻 senão hoje… algum dia! Lembre-se que todas as histórias, sempre tem dois lados 👀, e cada um enxerga de um lado só 🧐
Cuidado com as “palavras”, elas podem ferir mais do que muitas atitudes, e sempre marcam, dificilmente serão esquecidas 👀. Sempre marcam!!!
Mas não demore muito para entender tudo isto… para não perder muito tempo. Tempo que é uma preciosidade… onde só entendemos melhor a medida que envelhecemos.
O tempo ameniza as feridas e constrói novas pontes, capazes de superar tudo e (re) construir novos caminhos. Isto nos fará mais leve e mais felizes. Tenham certeza disto!!!
Há de se compreender isto e buscar ter menos ansiedade, ter mais paciência e sabedoria para caminharem todos juntos e buscarem a felicidade 🙏🏻 e a união da família ❤️🩷🩵💙💚.
Levamos a vida inteira para entender que viver em família não é fácil, mas é a melhor coisa do mundo e é o nosso bem mais precioso. São nossas raizes. Seguimos… Aprendendo sempre!!! O tempo passa!!! Voa, eu diria.
Gosto de reviver meus bons momentos quando estou com meu marido, meus filhos, nora, genros… meus queridos netinhos. Assim como com meus irmãos e a família que eles construíram 😉. Gratidão 🙏🏻💐
Para você ganhar um belíssimo Ano Novo 🌈 com a cor de arco-íris, ou da cor da sua paz…
Ano Novo sem comparação como todo o tempo já vivido (mal vivido ou talvez sem sentido). Para você ganhar um ano não apenas pintado de novo, remendado às carreiras, mas novo nas sementinhas do vir-a-ser, novo até no coração das coisas menos percebidas (a começar pelo seu interior) novo espontâneo, que de tão perfeito nem se nota, mas com ele se come, se passeia, se ama, se compreende, se trabalha… Tenho aprendido que você não precisa beber champanha ou qualquer outra birita, não precisa expedir nem receber mensagens (planta recebe mensagens? passa telegramas?).
Não precisa fazer lista de boas intenções para arquivá-las na gaveta.
Não precisa chorar de arrependido pelas besteiras consumadas nem parvamente acreditar que por decreto da esperança a partir de janeiro as coisas mudem e seja tudo claridade, recompensa, justiça entre os homens e as nações, liberdade com cheiro e gosto de pão matinal, direitos respeitados, começando pelo direito augusto de viver.
Para ganhar um ano-novo que mereça este nome, você, meu caro, tem de merecê-lo, tem de fazê-lo de novo, eu sei que não é fácil, mas tente, experimente, consciente.
É dentro de você que o Ano Novo cochila e espera desde sempre.
Feliz Ano Novo para todos vocês 🥂
Texto extraído do “Jornal do Brasil”, Dezembro/1997 – Carlos Drummond de Andrade
Recebi este texto (de autoria desconhecida) em um grupo que frequento da terceira idade. Me trouxe muitas reflexões, quis compartilhar pra vcs. Leiam:
Antigamente na escola havia os: “burros”… “gordos”… “quatro olhos ou caixa de óculos”… “sem sal”… “pretos”… “japonêses”… “indianos”… “artolas”… “maricas”… etc. Os “burros” chumbavam! Não se tornavam doutores como hoje em dia. Mas a fasquia era definida pelo marrão da turma! Não era nivelada por baixo como agora. Somos todos iguais… diz-se! Antes não parecia que fossemos! Mas o “gordo” também tinha notas brutais e ninguém sabia como! Talvez porque não jogasse à bola! O “quatro olhos” tinha um sentido de humor inigualável, mas não fazia corridas pois tinha medo de cair! O “preto” jogava à bola como ninguém e fazia uns dribles inimaginável! Tinha um físico fora do comum! O “japonês” tinha vindo de outra escola, sabia muito o inglês e tinha histórias que não lembravam a de ninguém. Cada um tinha um «defeito», até um apelido… uma alcunha! Mas tinha ou lutava por ter também outras qualidades. Hoje não. Dizem que somos todos iguais. Agora, tudo ou é bullying… ou racismo… ou xenofobia… ou opressão… ou assédio… ou violência!
Antigamente, quando se era mesmo racista, levava-se um “chapadão” na tromba e aprendia-se logo que o “preto” era como nós outros! Apenas tinha cor diferente. E não era bullying!… Era “aprendizagem on job”. Aprender assim era duro pois doía e não se esquecia mais. E às vezes em casa com os pais também, se “aprendia”… e como. O exemplo era seguido. O menino ou menina “sem sal” passava despercebido(a) e sentia-se sozinho(a). Ter uma “alcunha” (apelido) diferente era de praxe. Muito comum… A diferença era vista com bons olhos. E aprendia-se algumas coisas importantes: 🤔 Rirmos de nós próprios. E não “chorarmos” porque alguém nos chamou isto ou aquilo. Assumia-se a gordura… o “esquelético”… o “quatro olhos”… e tudo o mais que viesse. Mas quando não se estava bem, quando não se gostava do apelido, fazia-se uma coisa importante:
🤩mudava-se, lutava-se por acabar com ela. Não se culpava os outros nem a sociedade.
🥺Não se faziam “queixinhas”! E falhava-se … Muitas vezes! Mas cada vez que se falhava ficava-se mais forte. E sabíamos que era assim. Que havia uns que conseguiam, outros ficavam para trás, que havia quem vencia e quem falhava.
Agora não… Todos somos iguais, há mesmo a chamada igualdade de gênero! Todos somos bons… todos merecemos… todos temos as mesmas oportunidades… todos devemos até ganhar o mesmo… todos somos vítimas… todos somos oprimidos… e todos somos parvos… porque aceitamos este ambiente do “politicamente correcto” sem dizer nada….. e até devemos dizer que somos “normais”.
Segundo o novo paradigma social, devem ter muito cuidado comigo, porque:
🙄 Sou velho ou quase… tenho mais de 50 anos… e quando chegar à aposentadoria, se chegar a tê-la, o que vai fazer de mim um tolo… improdutivo… que gasta estupidamente os recursos do Estado;
🤔 Nasci branco, o que me torna um racista;
🤔 Não voto na esquerda radical, o que me torna fascista;
🤔 Sou hetero, o que me torna um homofóbico;
🤔 Possuo casa própria, o que me torna um proprietário rico (ou talvez mesmo um latifundiário);
🤔 Gosto de cordeiro de leite, … o que me torna um abusador de animais;
🤔 Sou cristão e, embora não praticante, sou um infiel aos olhos de milhões de muçulmanos;
🤔 Não concordo com tudo o que o Governo faz, o que me torna um reaccionário;
🤔 Gosto de ver mulheres bonitas bem vestidas (ou despidas), ou super decotadas, o que me torna um tipo capaz de assediar;
🤔 Valorizo a minha identidade brasileira, de descendência portuguesa e a minha cultura europeia e ocidental, o que me torna um xenófobo;
🤔 Gostaria de viver em segurança e ver os infractores na prisão, o que me torna um desrespeitador dos direitos “fundamentais” protegidos;
🤔 Conduzo um carro a gasolina, a diesel, o que me torna um poluidor, contribuindo para o aumento de CO2;
Apesar de estes defeitos todos, acho que ainda sou feliz… era mais antes da pandemia… mas mesmo assim… considero-me um gente boa e muito feliz.
Para chegar onde cheguei, tive que ser forte, aliás tive que aprender a ser forte e para isso passei grandes tempestades, engoli muita coisa, esqueci outras, passei por cima de tantas e tantas outras. Em determinados momentos me vi obrigada a construir meu próprio muro e ser a minha própria muralha. Se não bastasse, fui obrigada a andar de salto alto com todas as pedras que tinham meu caminho e ainda a driblar todas as outras que me foram aremessadas. Ensinei meus ouvidos a ouvirem somente aquilo que interessava e que fosse útil, ensinei minha boca a falar somente o necessário e quando fosse realmente necessário, meus pensamentos? Guardei, ocultei e escondi em um compartimento onde só eu e Deus temos acesso. Por isso caro (a) amigo (a) não me julgue e nem aremesse pedras, você não viveu o que eu vivi, você não passou o que eu passei, você não sabe o quanto eu tive que combater para chegar até aqui e nem mesmo sentiu na pele o que eu senti. Antes de você falar de mim, volte no tempo e faça a mesma estrada que eu fiz, ai sim, você terá condições de dizer algo a meu respeito. A vida é assim. Está sempre em movimento ⭐️ Recentemente comemorei meu aniversário. Gosto muito de brindar 🙏🏻 🙌🏻 😉 🥂 By Priscilla Rodighiero . .