DESEJOS…

Deseje saúde, mas não fique refém da musculatura estirada e hipertrofiada. Deseje liberdade, mas não imagine que ela está no fim de uma estrada íngreme e cheia de curvas. Tenha fé e respeite o sagrado que há em você, mas não julgue nem discrimine outras formas de espiritualidade. Estude, aprenda, pratique, mas não se fixe num boletim repleto de notas máximas. Deseje um bom emprego, com um salário digno, mas não abra mão dos seus ganhos pessoais em função dos rendimentos profissionais. Não seja avarento, consuma com moderação e jamais desperdice. Ame e permita ser amado por alguém, mas não espere ser retribuído na mesma proporção ou com os mesmos gestos. Tolere as diferenças e tenha paciência com as demoras.

Extraído do texto “NOVE ANOS

By Fabiola Simões

PASSADO…

Todo mundo sabe que não adianta “chorar sobre o leite derramado”, e que “vão-se os anéis, mas ficam-se os dedos…”, mas mesmo assim não é simples aceitar que coisas, pessoas, relacionamentos, histórias, lugares, momentos…ou o que quer que seja, se vá.

A gente teima em se fixar no que passou, no buraco que ficou, no vazio que deixou, na parte de nós que ainda está naquele lugar que não existe mais.

Tanta louça brilhando na cristaleira e só queremos juntar os cacos daquela que espatifou…

Extraído do texto “ÁGUA QUE FLUI, ÁGUA QUE CAI

By Fabiola Simões

GENTE…

Gosto de gente sem agrotóxico. Que não tem vergonha de sua casca “mais ou menos” e se perdoa pelas pragas. Que não tem medo de expôr suas fragilidades do mesmo modo que se vangloria de suas virtudes.

Gente que não se infla para parecer maior do que é.
Gente que se humaniza e se aproxima de mim.

Que não faz alarde de sua felicidade, mas valoriza o que vale a pena _ como a sombra de um Jatobá…

Extraído do texto “A FELICIDADE NA VITRINE

By Fabiola Simões

GENTE FELIZ!

“Gente feliz não se incomoda com o sucesso alheio, com a roupa que fulana vai vestir, com a última postagem de ciclano na rede social, com as escolhas da Maria, com as desistências do João, com a felicidade de quem quer que seja. Gente feliz vibra por você, e não torce o nariz quando te vê crescer”

Por Fabíola Simões

EU E OS MUNDOS…

Adorei este texto de Albertina Correia

Vivemos na era do medo…
Medo que o tempo se gaste…
Medo de ficar só, mesmo estando acompanhado…
Medo, que o medo se transforme, para outro medo que nos consome…
Tanto e tanto medo, sinal deste tempo, por isso até temos medo que o medo acabe…
Mesmo assim, não saímos deste impasse, para perceber que o medo se pode e deve vencer.
Mesmo assim, temos tempo de sobra, para acabar com o medo e que o medo se vá embora.
Mesmo assim, estamos sós, e mesmo acompanhados estamos tristes e desamparados, mas não tem que ser …
Mesmo assim, existem outros medos, que nos sufocam, mas não tem que ser assim
E mesmo assim, parece que o medo não tem fim…
Sinais destes tempos, onde o medo é arma mortífera para viver aparentemente sem ele, e de tudo se faz para evitar o que o medo trás…
Enquanto isso, anestesiados, nada fazemos e com mais medo, mais inventamos…
Eu não tenho medo, tenho-me a mim, onde habita coragem sem fim…
Nós somos assim…
“Doidos” o suficiente para andar no meio de gente louca, com medo de coisa tanta, que tanta é coisa pouca…

EU FUI…

Eu fui ficando quietinha, no meu canto, sozinha, me cuidando, me protegendo, me curando, me guardando.

Eu fui aguentando certas provocações calada, fui me silenciando diante de algumas mensagens afrontosas, respirando fundo, tratando das minhas feridas, e tentando me reerguer.

Me escondi em Deus, chorei com ele, pedi colo, pedi abrigo, pedi aconchego, pedi carinho, pedi que Ele me desse paz e segurança.

Eu fui contando só pra Ele aonde a dor me prendia, lhe dando permissão de arrancar tudo que não fosse Dele em minha vida – coisas, pessoas e sentimentos ruins -.

Eu só queria que o tempo passasse rápido, e que essa bagunça toda fosse ajeitada em mim.

Eu fui me perdoando pelos excessos, e pelas tantas vezes que ignorei os sinais do alto. Eu fui tentando ficar de pé sem conseguir tocar o chão.

É, eu fui forte sim, por pelo menos tentar seguir em frente sem querer despejar tudo que eu sentia em quem realmente não merecia/desconhecia.

Eu fui deixando para trás tudo que foi ruim, fui apagando cada capítulo, deletando cada palavra dita, excluindo da minha memória cada mentira recebida em forma de afetos.

Todos os dias foram difíceis, mas eu fui resistente, e na medida do possível fui me reconstruindo.

Sabe Deus o que passei, mas estes desajustes emocionais fizeram muito bem a mim.
Não sou a mesma de antes, e tenho em meu coração que as reviravoltas vão chegar. Eu sei que vão.

Nada que a gente passa nessa vida fica sem uma resposta divina quando nas mãos do todo Poderoso nos colocamos em fé, oração, e confiança.

Tudo é aprendizado, e em cada lição há uma transformação precisa em nós. Aprendi a nadar, e nesses mergulhos repentinos da alma encontrei uma nova forma de viver, e um jeito muito especial de me conhecer.

A mulher aqui cresceu, nessa idade toda ela precisou crescer mais um pouco…Já vejo os sinais….♥.

Eles significam crescimento, maturidade e experiências pra lá de interessantes…Sim, Deus me fez incrível …
(By Cecilia Sfalsin)
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FAXINA!

Estava precisando fazer uma faxina em mim…
Jogar fora alguns pensamentos indesejados,
Tirar o pó de uns sonhos, lavar alguns desejos que estavam enferrujando…..
Tirei do fundo das gavetas lembranças que não uso e não quero mais.
Joguei fora ilusões, papéis de presente que nunca usei, sorrisos que nunca darei…
Joguei fora a raiva e o rancor nas flores murchas guardadas num livro que não li.
Peguei meus sorrisos futuros e alegrias pretendidas e as coloquei num cantinho, bem arrumadinhas.

Fiquei sem paciência! Tirei tudo de dentro do armário e fui jogando no chão: paixões escondidas, desejos reprimidos, palavras horríveis que nunca queria ter dito, mágoas de um amigo, lembranças de um dia triste…
Mas lá havia outras coisas… belas!!!
Uma lua cor de prata…o choro de meus filhos ao nascerem, seus primeiros passos, os abraços….
aquela gargalhada no cinema, o primeiro beijo….. o pôr do sol…. uma noite de amor…
Encantada e me distraindo, fiquei olhando aquelas lembranças.
Sentei no chão. Joguei direto no saco de lixo os restos de um amor que me magoou.
Peguei as palavras de raiva e de dor que estavam na prateleira de cima –
pois quase não as uso – e também joguei fora!
Outras coisas que ainda me magoam, coloquei num canto para depois ver o que fazer, se as esqueço ou se vão pro lixo.

Revirei aquela gaveta onde se guarda tudo de importante: amor, alegria, sorrisos, fé…..
Como foi bom!!!
Recolhi com carinho o amor encontrado, dobrei direitinho os desejos, perfumei na esperança,
passei um paninho nas minhas metas e deixei-as à mostra.

Coloquei nas gavetas de baixo lembranças da infância; em cima, as de minha juventude, e… pendurado bem à minha frente, coloquei a minha capacidade de amar… e de recomeçar…
Adoro esta crônica de Martha Medeiros… ela consegue dizer tudo que sinto na alma.

MEMÓRIAS…

“De vez em quando a vida preciso ser vista de ângulos diferente”.

Eu vou indo… eu vou evoluindo!

Sobre estar em movimento, me reinventando, vivendo essa metamorfose ambulante que é a vida.

Existem momentos únicos que duram segundos, mas deixam lembranças para a vida toda. São únicos e inesquecíveis.

No final tudo vira história. Então ria de si mesmo, eternize os sorrisos na sua memória.

MATURIDADE ACALMA!

Maturidade acalma. Traz sossego. Nos livra de melindres.

Gente madura olha nos olhos. Não faz chantagem emocional nem sufoca com suas carências. Gente madura compreende, não cria caso, não age pra atingir nem faz uso de indiretas. Aliás ser maduro é ser direto, objetivo. É respeitar a opinião alheia pois quer que a sua também seja respeitada. É aprender com os erros, ao invés de paralisar com eles. É ouvir mais do que fala e escutar com atenção, pois é assim que procede o aprendizado. Gente madura ri de si mesma pois sabe que o sorriso é a chave para muitas portas que a vida nos apresenta. Sabe que o bom humor é chique, que gente feliz brilha, sem precisar de Sol. E sabe também que alegria de verdade não se forja, se exercita com as próprias dificuldades da vida. Gente madura sabe o que é ser feliz. Anda devagar, por que já teve pressa e percebeu que ela não é só inimiga da perfeição. Gente madura sabe que a pressa faz passar despercebido o que realmente nos ilumina o coração.”
Erick Tozzo sabe muito bem como gente madura é.

ANO NOVO

Para você ganhar um belíssimo Ano Novo 🌈 com a cor de arco-íris, ou da cor da sua paz…

Ano Novo sem comparação como todo o tempo já vivido (mal vivido ou talvez sem sentido). Para você ganhar um ano não apenas pintado de novo, remendado às carreiras, mas novo nas sementinhas do vir-a-ser, novo até no coração das coisas menos percebidas (a começar pelo seu interior) novo espontâneo, que de tão perfeito nem se nota, mas com ele se come, se passeia, se ama, se compreende, se trabalha… Tenho aprendido que você não precisa beber champanha ou qualquer outra birita, não precisa expedir nem receber mensagens (planta recebe mensagens? passa telegramas?).

Não precisa fazer lista de boas intenções para arquivá-las na gaveta.

Não precisa chorar de arrependido pelas besteiras consumadas nem parvamente acreditar que por decreto da esperança a partir de janeiro as coisas mudem e seja tudo claridade, recompensa, justiça entre os homens e as nações, liberdade com cheiro e gosto de pão matinal, direitos respeitados, começando pelo direito augusto de viver.

Para ganhar um ano-novo que mereça este nome, você, meu caro, tem de merecê-lo, tem de fazê-lo de novo, eu sei que não é fácil, mas tente, experimente, consciente.

É dentro de você que o Ano Novo cochila e espera desde sempre.

Feliz Ano Novo para todos vocês 🥂

Texto extraído do “Jornal do Brasil”, Dezembro/1997 – Carlos Drummond de Andrade