Tavira é uma pequena cidade na costa algarvia, localizada na região sul de Portugal. É considerada a cidade mais romântica do Algarve e uma das mais agradáveis que eu gosto muito de vir passear, fica bem pertinho de Faro (25Km).
Estende-se ao longo do Rio Gilão, que chega ao mar através das entradas das lagoas do Parque Natural da Ria Formosa. Aqui, a vida segue o ritmo suave do Rio Gilão.
Tem um “centro histórico” muito bonito, que é composto por igrejas caiadas de branco, com ruas pequenas e praça. Suas ruas são como um labirinto de ruas de paralelepípedos, bom para se caminhar… Pudemos apreciar a calçada portuguesa, que serpenteiam por casas decoradas com os tradicionais azulejos portugueses. Dá pra se maravilhar com a sua arquitetura tradicional e bem preservada (como os típicos telhados chamados de telhados de tesouro ou de tesoura).
Tem ainda ao centro, o interessante Castelo Medieval de Tavira, que oferece vistas lindas da cidade.
A Igreja de Santa Maria do Castelo, muito interessante, alberga os túmulos de 7 cavaleiros mortos pelos mouros.
É uma pequena cidade pesqueira, Tavira combina dois elementos típicos do Mediterrâneo: arquitetura mourisca e praia de areias douradas.
As suas ilhas-barreira, que fazem parte do Parque Natural da Ria Formosa, têm algumas das melhores praias do país (de águas mais quentes no Algarve) e que são acessíveis por barco.
A Ilha de Tavira tem uma longa praia arenosa e salinas que atraem flamingos, colhereiros e outras aves pernaltas.
Tudo isto faz com que a cidade seja bastante parecidas por mim e pelos visitantes em geral; um destino perfeito para quem procura fazer umas férias que combinem cultura e praia.
Assim como eu, muitos estão pensando em mudar… após aposentar-se. Contando os dias para a aposentadoria ou está em busca de mais qualidade de vida para aproveitar essa fase incrível?
Morar em Portugal aposentado é um sonho possível e que precisa de planejamento para se tornar real.
Seja para quem já é aposentado ou quem está fazendo planos para o futuro próximo, esse artigo da Eurodicas vai ajudar a entender melhor como se mudar para o país após se aposentar. Vamos lá?
Sou aposentado no Brasil, posso morar em Portugal?
Pode sim.
Se você for aposentado e tiver rendimentos de aposentadoria compatíveis com a renda exigida, você pode morar em Portugal aposentado.
Entre as exigências, é preciso comprovar pelo menos um salário mínimo português (820€ em 2024) por mês, por pessoa. Além disso, é preciso apresentar os documentos que comprovem a aposentadoria para se enquadrar na categoria D7 de visto.
A seguir apresentaremos todos os detalhes para morar em Portugal aposentado, do visto ao custo de vida no país, acompanhe a leitura.
Morar em Portugal aposentado: passo a passo
A aposentadoria já é um momento de grandes mudanças na vida de qualquer pessoa. Aliar essa transição a uma mudança de país é uma mistura de euforia, medo, alegria e ansiedade. Mas estamos aqui pra te ajudar a organizar o passo a passo de forma segura e tranquila, desde a tomada de decisão até sua chegada em Portugal.
1º passo: pesquise antes de decidir
O primeiro passo para morar em Portugal aposentadoé pesquisar muito! O ideal é amadurecer a ideia, pesquisar sobre a vida no país e, de preferência, visitar pelo menos uma vez antes de se mudar de mala e tudo. Fazer um bom “planejamento” é necessário.
2º passo: é hora de tirar o visto
O segundo passo para a mudança é solicitar o visto de aposentado, chamado de visto D7. Esse visto é dedicado especialmente para quem vive de aposentadoria ou rendimentos. O principal requisito é comprovar os rendimentos e o valor da pensão recebida para solicitar o visto.
Ou verificar se você pode tem direito a algum tipo cidadania portuguesa. Eu descobri me informando com a Dra Adriana, da “cidadania de Portugal”, num evento de Portugal que aconteceu em São Paulo que me esclareceu que a minha cidadania podia ser obtida através da base x , (mesmo divorciada e o ex marido já falecido) o que eu nunca tinha ouvido falar. Com seu atendimento de muita competência, ético e eficaz, minha cidadania portuguesa saiu em 6 meses.
Você poderá também se informar sobre os diferentes vistos que te possibilitam nesta mudança de país Portugal 🇵🇹.
3º passo: em qual cidade morar?
O terceiro passo é escolher a cidade e planejar a mudança. Com o visto em mãos, você pode embarcar para o país e se ainda não escolheu onde viver, passe uma temporada em diferentes cidades para conhecer melhor.
4º passo: chegou em Portugal, e agora?
Instalado no país, o quarto passo é solicitar a Autorização de Residência. Esse é o documento que permitirá viver regularmente em Portugal. Ele deve ser renovado de acordo com a data de validade e permite viver e trabalhar no país. Muita atenção aos prazos de validade e na hora de fazer seus agendamentos.
Como conseguir visto de aposentado para Portugal?
O visto D7 é a melhor alternativa para viver em Portugal depois de se aposentar, para a maioria das pessoas que atendem aos requisitos. Isso porque, essa autorização permite que os aposentados ou titulares de rendimentos morem em terras lusitanas legalmente.
É possível solicitar o visto para aposentados por meio da VFS Global, empresa responsável por encaminhar o pedido do visto. De modo geral, o procedimento inicial é realizado pelo site oficial, nos seguintes passos:
Acesse o site da VFS Global e identifique o tipo de visto indicado para sua situação, no caso de aposentados, a opção é o visto de residência;
Envie os documentos para a Central de Solicitação da VFS;
Acompanhe sua solicitação de visto.
Caso seja aprovado, basta esperar para receber o seu passaporte já com o visto.
Documentos necessários
Os documentos necessários para solicitar o visto para aposentados em Portugal são:
Original e xerox do passaporte com validade de três meses após a data de regresso;
Seguro de viagem válido por um ano ou PB4. Atualmente tem outro nome e pode ser solicitado através do app gov.com
Comprovante de alojamento em Portugal. Se ainda não tiver casa alugada ou comprada, poderá ser reserva de hotel ou carta convite de pessoa conhecida, legalmente residente em Portugal, que garanta o seu alojamento.
Comprovante de rendimentos que possibilitem a residência em Portugal. No caso de aposentados, é preciso apresentar documento comprovando o recebimento de aposentadoria e a declaração de Imposto de Renda.
O visto para aposentados costuma ser autorizado em 60 dias úteis. Mas esse prazo varia de acordo com os documentos apresentados e o local onde ele foi solicitado.
O prazo é contado a partir do momento que a documentação é verificada. Se estiver tudo correto, os documentos são inseridos no sistema de processamento de vistos do governo português. Tem que ser acompanhado constantemente para verificar se tem que acrescentar algum outro documento comprobatório, quando for solicitado. Após a inserção dos documentos, será contado o prazo de 60 dias. O ideal é programar o pedido de visto para, pelo menos, 90 dias antes da data pretendida para mudança.
Chegando em Portugal, deverá pedir a Autorização de Residência junto à AIMA. Após apresentação de documentos e justificativas, é bem provável que seu pedido seja aceito.
Dúvidas: Vou com meu companheiro/ marido, os dois precisam solicitar o visto?
Não necessariamente. Nesses casos, é possível solicitar o reagrupamento familiar. O processo pode ser realizado tanto no consulado brasileiro na região em que você mora, quanto em Portugal.
É preciso, porém, conseguir notificar a AIMA e apresentar o deferimento do pedido de “reagrupamento familiar”. Dessa forma, a solicitação depende da conclusão do pedido do titular do visto, o que pode acabar atrasando a mudança se o pedido for realizado no Brasil.
Existe, ainda, a possibilidade de solicitar o reagrupamento familiar já estando em Portugal. Nesse caso, o processo é realizado após a entrada no país, mas o familiar deve entrar como turista, devendo cumprir todas as exigências para entrada no país. O prazo para apresentação à AIMA e início do processo é de 3 dias após a entrada no país. Eu prefiro fazer isto em Portugal.
Consegui o visto, posso trazer minha família comigo?
Sim. A partir do mesmo princípio de levar o companheiro: o “reagrupamento familiar”.
Esse processo é válido tanto para pessoas casadas quanto em união estável. Mas também se estende para outros membros da família, como “filhos menores de idade” ou “maiores que sejam solteiros e estejam estudando em Portugal”, além de “filhos maiores incapazes e ascendentes (pais)” de um dos membros do casal.
História da vida real: de um brasileiro em Portugal
Marcelo Ferreira, que se aposentou no Brasil em fevereiro de 2017 e mudou com sua esposa e filho para Portugal em 2018, escolheu a cidade de Coimbra para viverem inicialmente. Ele deu entrada na solicitação do visto D7 em abril de 2018 e, em agosto do mesmo ano, seu visto estava em seu passaporte.
Após chegar em Portugal, Marcelo fez o seu “título de residência” e também o “reagrupamento familiar” do seu filho Guilherme. A sua esposa Shirlei não precisou ser reagrupada porque veio com um visto diferente, o D4 para estudantes, pois ela já estava matriculada desde o Brasil para cursar o seu mestrado.
Depois de um tempo no país, Marcelo resolveu voltar a trabalhar.
Sou condutor de pesados e mercadorias internacionais. Mas antes, trabalhei como Uber e condutor de autocarros. A opção do trabalho foi um misto de não ficar na ociosidade, pois ainda estou na faixa abaixo dos 60 anos, mas também ter um histórico financeiro em Portugal que não fosse somente os recursos da aposentadoria do Brasil.
Quanto à forma de trazer o valor da aposentadoria a Portugal, para ele a opção mais interessante foi receber o valor no Brasil e transferi-lo por meio das plataformas digitais, como Wise e Remessa Online. Hoje, ele e sua família vivem em Braga por conta do seu trabalho, e estão bastante satisfeitos tanto com a cidade quanto com o país.
Advogado para conseguir visto D7
O processo de solicitação do visto D7 pode ser um pouco burocrático para quem dá entrada no pedido e não está familiarizado com a documentação. Pode fazer sozinho ou buscar o auxílio de um advogado especializado, que pode ser a forma mais eficiente de evitar que o processo seja demorado.
O advogado auxilia com a documentação, o preenchimento de formulário, assim como a orientação sobre o melhor tipo de visto. Marcelo indica que entre em contato com a Assessoria da Madeira da Costa, é da sua confiança.
Eu fiz todo o meu processo de “cidadania portuguesa” com a minha advogada, Dra Adriana que eu super indico da “cidadania de Portugal” – https://www.cidadaniadeportugal.com.br/ onde estou vindo pela cidadania portuguesa – base x, um tipo de cidadania para quem foi casada com português antes de outubro de 1981. Foi um atendimento personalizado, ágil e muito eficiente. Recebo sempre que preciso muitas orientações, em tudo que eu preciso neste me processo de mudança de País.
Quanto preciso ter de renda para viver aposentado em Portugal?
Para que o visto de residência como aposentado em Portugal seja aprovado, é preciso satisfazer alguns requisitos mínimos, e um deles é o valor da aposentadoria por mês.
O valor mínimo varia de acordo com a quantidade de pessoas no agregado familiarque vai se candidatar para morar em Portugal. Mas, no geral, é preciso:
Por exemplo, um casal aposentado precisaria ter um rendimento mínimo de 1.230€ (150% do salário mínimo vigente) para aplicar o agregado familiar para o visto de residência, considerando o salário mínimo de 820€ em 2024.
Em abril de 2024, com a cotação do euro a R$ 5.47, o valor de 1.230€ corresponde a R$ 6.892.20. Tem subido dia a dia, atualmente se encontra no patamar mais alto R$ 5.81 (R$ 7.149,09) . Para fazer a conversão em tempo real, verifique a cotação do euro no nosso artigo e multiplique pelos valores de aposentadoria dispostos acima. A obtenção do visto não é automática, e quanto mais recursos financeiros você tiver, maior a probabilidade de sucesso.
Como comprovar renda para morar em Portugal aposentado?
Para comprovar renda para morar em Portugal, o aposentado precisa apresentar dois documentos. O primeiro deles é o comprovante de aposentadoria e/ou de recebimentos de outros rendimentos em Portugal.
O segundo é a declaração do Imposto de Renda, comprovando os bens móveis ou imóveis que possui. Ambos os documentos precisam ter um período maior que 12 meses e devem ser enviados na solicitação do visto.
Como receber aposentadoria do Brasil em Portugal
Para receber a aposentadoria em Portugal, é preciso pesquisar muito para encontrar o melhor custo-benefício na transferência. Isso porque, com o Euro acima de R$ 5,00 (quase nos R$ 5,90) e os impostos que ainda podem incidir sobre o valor, qualquer perda no processo de transação pode impactar muito os rendimentos em Portugal.
Existem várias maneiras de enviar dinheiro do Brasil para Portugal, desde os bancos até as casas de câmbio. Mas são as plataformas online que oferecem as melhores condições, com taxas mais baixas e o câmbio comercial, ou seja, aquele mesmo valor que você encontra na cotação.
Entre as plataformas para receber a aposentadoria em Portugal, as duas que mais recomendamos e que apresentam os melhores custos são a Wise e a Remessa Online.
Receber pela Wise
A Wise é uma plataforma de envio de dinheiro segura que funciona totalmente online, pela plataforma é possível transferir dinheiro da conta no Brasil direto para a conta em banco português ou para a conta da própria operadora.
O limite mensal de envio pela Wise com cadastro simples é de R$9 mil para pagamento com boleto e R$30 mil para transferência bancária, por CPF. Porém, com a comprovação de rendimentos é possível ampliar o limite de envio.
O processo de envio de dinheiro pela Wise é bem simples e intuitivo, com todas as etapas realizadas online, do cadastro ao envio do dinheiro. E, se quiser aprofundar a leitura, você pode conferir tudo sobre como funciona a Wise aqui no Euro Dicas.
Receber a aposentadoria pela Remessa Online
A Remessa Online é uma das principais plataformas de envio de dinheiro brasileiras. Por meio dela, é possível enviar até R$ 50 mil por dia, com limite de R$ 100 mil por ano, mas para os usuários que realizam o cadastro completo, com o comprovativo de rendimentos, caso dos aposentados, o valor é ajustado conforme o comprovado pelo usuário.
A transferência pelo site é simples e rápida. O primeiro passo é realizar o cadastro na plataforma e, para isso, basta indicar o nome completo, o CPF e o e-mail. A seguir é preciso indicar os dados pessoais como o telefone e endereço, assim como a data de nascimento e nome dos pais.
Por fim, indique a finalidade da transferência, assim como os dados de quem irá receber o dinheiro. O receptor pode ser o próprio usuário ou outra pessoa, mas no caso dos aposentados, deve ser você mesmo.
No comparador de envio de dinheiro do Euro Dicas é possível consultar os valores das principais operadoras e avaliar qual delas melhor atende suas necessidades e oferece as melhores taxas.
Vai ter desconto de 25% sobre a minha aposentadoria (INSS)?
Sim.
Até 2013, os aposentados brasileiros no exterior eram tributados de acordo com a tabela progressiva do Imposto de Renda. No entanto, após uma mudança na interpretação da Lei nº 9.779/99, a Receita Federal começou a descontar 25% sobre o valor dos rendimentos das aposentadorias. Uma injustiça ao meu ver.
O aumento da tributação tem gerado diversas ações judiciais com o objetivo de impedir essa cobrança e retornar a faixa progressiva do IR. Especialistas acreditam que o desconto do Imposto de Renda de quem mora no exterior de 25% é inconstitucional, pois fere o princípio da isonomia dos contribuintes. Mas muitos aposentados que vivem no exterior têm sofrido a cobrança. Eu transfiro via wise diretamente, não tenho esse desconto pois não sou INSS, assim como Marcelo.
Precisa fazer a saída definitiva do país?
É obrigatório por lei.
Uma vez tomada a decisão de viver em Portugal depois de se aposentar, a Receita Federal exige a comunicação da saída definitiva do país. Isso porque essa medida impactará suas operações financeiras e evitar o pagamento de impostos no país. Ou seja, você não paga imposto no Brasil e contribui em Portugal. A comunicação da saída definitiva deve ser realizada entre a data efetiva da saída e o último dia útil de fevereiro do ano seguinte.
Contar com a ajuda de uma assessoria para esse procedimento é o mais recomendado, assim todas as particularidades de cada situação são analisadas e você evita problemas futuros com a Receita Federal.
Para esclarecer dúvidas sobre tributação e impostos relacionados à imigração, nós recomendamos a Personal Tax, empresa especializada em assessoria de contabilidade e planejamento tributário para expatriados, com foco especial em brasileiros que se mudam para o exterior. Ou com seu advogado ou contador de confiança.
Ainda existe a isenção de imposto na aposentadoria de estrangeiros?
Não, esse benefício do estatuto de residente não habitual foi extinto. A decisão foi tomada durante a aprovação do Orçamento do Estado de 2020, assim a isenção de impostos para estrangeiros aposentados chegou ao fim.
Agora, quem solicitar o regime fiscal do Residente Não Habitual no país será tributado à taxa de 10% do rendimento líquido da aposentadoria. Criado em 2013, o estatuto de “Residente Não Habitual” permitia aos aposentados estrangeiros obter a isenção de Imposto de Renda (IRS) durante dez anos.
Mas atenção, quem já possui a isenção não será afetado, a mudança só atinge quem fizer novos pedidos de residência para viver no país como aposentado.
Qual a melhor cidade para aposentado morar em Portugal?
Escolher a cidade ideal para viver aposentado em Portugal é essencial para o sucesso da experiência.
Conheço aposentados que voltaram para o Brasil por não se adaptarem ao clima do Porto, por exemplo. Por isso, é preciso pesquisar muito e avaliar se aquela é mesmo a melhor cidade para aposentado em Portugal.
Morar no Porto ou em morar em Lisboa pode ser uma experiência única, ambas são grandes cidades que atraem muitos estrangeiros e têm ótimas opções de lazer. Porém, elas também são caras e podem reduzir o poder de compra de aposentados que vêm do Brasil ganhando em real.
Para ajudar você a escolher a cidade ideal, selecionamos outros três locais que podem ser ótimos destinos para viver aposentado no país, confira:
Braga
Localizada no norte de Portugal, Braga tem se tornado um dos principais destinos de brasileiros no país. O baixo custo de vida é um dos principais atrativos da cidade, além disso, a proximidade com o Porto também facilita a vida na região.
Mas antes de decidir é bom ter em consideração que a cidade é mais fria e chove muito, uma vez que está localizada mais a norte. Além disso, está distante do litoral – pelo menos uma hora de trem.
Mas a qualidade de vida é um fator para que Braga seja a escolhida por muitos aposentados. Apesar de ser uma cidade pequena para os padrões brasileiros (é a sétima maior de Portugal), tem todas as facilidades que uma cidade média oferece no Brasil.
Faro
A capital do Algarve é outro destino bastante interessante para quem pretende se aposentar em Portugal. Isso porque a cidade, assim como a região, atrai muitos aposentados do mundo todo, se tornando assim um ambiente multicultural.
Outro ponto positivo de Faro é o clima, muito parecido com algumas regiões do Brasil, com verões mais quentes, pouca chuva e sol quase o ano todo. A cidade é relativamente pequena, são cerca de 67 mil habitantes, o que favorece a tranquilidade e qualidade de vida.
O aspecto negativo de Faro é o custo de vida. Por ser uma região muito turística, especialmente no verão, os preços de aluguel e lazer podem ser mais elevados. Mas ainda assim é um destino a ser considerado e muitos motivos para se aposentar no Algarve.
Eu escolhi morar nesta cidade, e estou amando.
Cascais
Se o objetivo é viver próximo a Lisboa, mas com muita qualidade de vida e um padrão mais elevado, então morar em Cascais pode ser a melhor escolha. Com uma localização privilegiada a poucos minutos da capital, a cidade tem ótimos restaurantes e casas de luxo.
Ideal para quem quer e pode manter um alto padrão, morar perto da praia, com ótimas opções de lazer e temperaturas amenas o ano todo.
Mas atenção, a cidade tem um custo de vida mais elevado, por isso, é preciso avaliar os seus rendimentos e se certificar de que é possível manter um bom padrão de vida na cidade.
Quanto custa morar em Portugal como aposentado?
O custo de vida em Portugalvaria de acordo com alguns fatores, desde o padrão de vida estabelecido pela família até a cidade escolhida para viver. Para ilustrar melhor os valores, consultamos o Numbeo em abril de 2024 e apresentamos o custo médio de alguns dos principais destinos para aposentados em Portugal.
Todos os valores consideram os custos para aposentados com os devidos descontos aplicáveis. Além disso, os valores foram calculados pensando em um casal de aposentados.
Como é possível observar, o custo de vida realmente varia muito de uma cidade para outra, sendo Braga o destino mais barato entre as opções apresentadas. Faro, no Algarve, que é um destino muito buscado, não tem valores tão atrativos quanto a cidade no norte.
*Em 2022, foi permitida em Lisboa a gratuidade nos transportes públicos para pessoas com 65 ou mais, que tenham residência fiscal na cidade.
Vantagens de morar em Portugal aposentado
A qualidade de vida em Portugal é um fato inegável. O país se destaca pelos excelentes índices de educação, serviços de saúde pública de qualidade e a expectativa de vida que tem subido consideravelmente na última década.
A Nilda Lourenço está em Portugal desde 2019 e tem um canal onde conta sua experiência de imigrar através do visto D7. No vídeo, ela também dá dicas para aposentados brasileiros que sonham imigrar para Portugal.
São muitos os fatores que contribuem para que o país seja referência e se torne o local de desejo de tantos aposentados. Listamos algumas das vantagens de morar em Portugal – especialmente na melhor idade. Eu vou contando um pouco aqui no blog, como está sendo a minha experiência desta mudança (depois dos 65 anos)… e das descobertas que estou fazendo aqui na região.
Saúde
A saúde certamente merece destaque, afinal, Portugal tem um sistema público de saúde (o SNS) de excelência, que tem como base atenção e cuidados básicos com o médico de família. A atenção à saúde em todas as etapas da vida é um aspecto muito importante no país.
Apesar do sistema ser público, em Portugal o atendimento médico pode ter cobranças associadas, mas os valores são bem baixos, custando cerca de 18€ nos atendimentos de urgência.
Esse é um dos fatores que mais atrai brasileiros, especialmente aqueles que estão acostumados a pagar uma grande quantia mensal para os planos de saúde. Em Portugal também existe saúde privada, mas os valores também são mais baixos se comparados aos praticados no Brasil. A partir de 30€ mensais é possível ter um plano básico. A idade máxima nestes planos são de 69 anos. Preciso ter atenção.
Segurança
Outro aspecto essencial em quem busca Portugal como destino para viver é definitivamente a sensação de segurança que é possível experimentar vivendo no país.
Há alguns anos Portugal ocupa as primeiras posições no Índice Global da Paz (Global Peace Index), e ficou em 7º lugar no ranking de 2023 (mais recente), sendo considerado um dos países mais pacíficos do mundo. E essa característica é sentida nas ruas das pequenas às grandes cidades.
Os índices de criminalidade são baixos mesmo considerando as maiores cidades. Se comparado ao Brasil, são índices pouco vistos mesmo nas cidades pequenas. Vale destacar que a segurança em Portugal é fruto de políticas públicas bem estruturadas que fornecem moradia a baixo custo, assim como outros subsídios.
Lazer
A vida cultural em Portugal pode ser bem intensa, seja nas pequenas ou nas grandes cidades. O país tem muitas opções de lazer e, mesmo para quem vive no interior, é possível ter acesso fácil às cidades maiores para ir em espetáculos de teatro, dança, museus, entre tantas outras opções culturais.
Também não faltam parques e áreas verdes que proporcionam lazer para toda a família em Portugal. E não é preciso gastar muito para ter acesso básico a várias atrações.
Para quem ama a gastronomia portuguesa, as opções de lazer são infindáveis. Em qualquer destino, seja nas zonas mais residenciais ou no interior do país, existem bons restaurantes com a típica culinária local. Além, é claro, das vinícolas espalhadas pelo país e, para os apaixonados por vinho, existem várias regiões demarcadas com passeios incríveis.
Políticas para os idosos
Quando falamos da expectativa de vida em Portugal, citamos as políticas governamentais para os idosos. São muitas e em estruturas que apoiam a população mais longeva. Até mesmo porque, mais de 23,7% da população portuguesa tem mais de 60 anos (dados divulgados no Censo de 2022 pelo PORDATA), o que representa uma taxa elevada.
As políticas públicas voltadas para os idosos começaram em 2006, quando foi lançado o Programa Nacional para a Saúde das Pessoas Idosas. O plano previa ações em várias áreas, desde a promoção de prática de atividade física até a criação de um ambiente com melhor acessibilidade para idosos.
Live Aposentadoria em Portugal: Perguntas e Respostas
O Euro Dicas realizou uma Live com a presença da advogada Roberta Fraser, especializada em processos de residência e cidadania em Portugal, para tirar dúvidas da nossa comunidade a respeito de como morar em Portugal aposentado. Confira e saiba tudo!
Portanto, vale a pena entrar em contato com uma empresa especializada para garantir que seu processo seja feito de forma correta e tranquila!
Quero morar em Portugal aposentado!
Assim como você, são muitos os brasileiros aposentados que escolhem Portugal como destino para viver. Como falamos, o país tem ótimas políticas para idosos, além de facilitar a imigração com vistos próprios para aposentados.
O próximo passo é planejar, esse é um dos aspectos mais importantes para quem deseja se mudar. Pesquisar muito e ter um bom planejamento pode tornar o processo bem mais simples. Para ajudar você nessa empreitada, preparamos o ebook Morar em Portugal Aposentado.
O ebook é um guia completo com todas as informações necessárias para planejar a mudança para o país, além disso, é totalmente dedicado aos idosos, com informações bem direcionadas para o processo.
Além de Portugal, quais países aceitam aposentados brasileiros?
Portugal foi eleito um dos melhores países para aposentados pós-pandemia, mas existem outros países que oferecem facilidades para quem deseja viver dos rendimentos após trabalhar a vida toda.
A lista de países que incentivam a ida de aposentados estrangeiros para morar é extensa, só na Europa são pelo menos 10 além de Portugal:
Espanha;
Itália;
Reino Unido;
Malta;
Bulgária;
Áustria;
Chipre;
Jersey;
Grécia;
Letônia.
Perguntas frequentes sobre como morar em Portugal aposentado
E se você ainda tem algumas dúvidas sobre morar em Portugal aposentado, veja abaixo as perguntas frequentes que respondemos para te ajudar:
Com transferir o INSS do Brasil para Portugal?
Se você tem contribuição no INSS do Brasil, pode transferir para a Segurança Social de Portugal através do formulário PB4. Após preencher, é necessário entregá-lo diretamente num balcão da Segurança Social em Portugal.
Lembrando que também deve ser comprovado o tempo de contribuição para o INSS. O CNIS, Cadastro Nacional das Informações Sociais, é o extrato previdenciário que comprova o tempo da sua contribuição para o órgão brasileiro e deve ser apresentado na Segurança Social.
Além do formulário e do CNIS, podem ser solicitados outros documentos, com a Carteira de Trabalho brasileira e o PIS. Após entregar os documentos exigidos, deve aguardar a análise do pedido e, se for aprovado, o seu tempo de contribuição no Brasil passa a valer em Portugal.
Aposentado brasileiro pode trabalhar em Portugal?
Sim, pode.
É possível um aposentado brasileiro trabalhar em Portugal se solicitar um visto que permita um trabalho remunerado, como o visto D7, além de obter a Autorização de Residência.
Como explicamos anteriormente, o visto D7 é a melhor opção para aposentados que querem morar Portugal, pois permite que você tenha rendimentos no Brasil e não impede que trabalhe ao chegar no país.
Existe incentivo para brasileiros aposentados morarem em Portugal?
Não existe necessariamente um incentivo exclusivo para brasileiros aposentados morarem em Portugal, mas o governo português tem aberto cada vez mais as portas para imigrantes brasileiros.
O visto D7 é um dos maiores exemplos, já que é voltado também para o público aposentado que quer viver no país. Além disso, o governo tem muitos programas para pessoas com mais de 55 ou 60 anos, seja com auxílio social ou para inserção no mercado de trabalho. O programa 55+ é um exemplo disso.
Aposentado brasileiro paga imposto em Portugal?
Sim, paga.
Basicamente, o aposentado brasileiro precisa pagar 25% de Imposto de Renda da sua aposentadoria no Brasil e paga, também, uma alíquota de 10% sobre o valor líquido da aposentadoria no IRS (Imposto de Renda) em Portugal, caso entre no Regime Fiscal de Residente não Habitual (RNH).
É importante lembrar que não é obrigatório um aposentado ser um RNH. Porém, caso opte por não ser, a alíquota no IRS pode chegar até 48% sobre a aposentadoria.
E se você já está certo que Portugal é o seu destino, desejamos muita sorte no planejamento da mudança!
Fonte: By Ingrid Feferman ( advogada) – Stella Sousa (produtora de conteúdo digital) – Tié Lenzi (Marketing Digital) – Carolina Sanches (jornalista)
Durante este meu período de planejamento para me mudar para Portugal, depois dos 60 anos… pesquisei sobre vários assuntos. Sobre o custo de vida, considerando desde onde iria morar, suas despesas gerais até sobre a minha formação, me informando como fazer para revalidar meu diploma. Confesso que aposentada, não tinha certeza se gostaria de trabalhar ainda por lá ou estudar. Mas queria deixar tudo organizado para poder fazer minhas escolhas com mais autonomia e segurança.
Acompanho muito o site da Eurodicas, e compartilho com vocês algumas reportagens, como está agora 👀 de Marcos Freire. Muito bom. Importante saber que eu quero estar aberta para novas experiências, fazer muitas descobertas com uma melhor qualidade de vida. Mas, com atenção a como são as coisas por lá. Estou atualmente organizando minha papelada escolar, muitas empoeiradas, até esquecidas… se tornando vivas novamente. Me reiventando dia a dia, ousando me mudar depois dos 65 anos, bem planejado… tudo isto para ficar mais perto de meus filhos que moram na Europa: Paris e Londres.
Leiam: Quem já leu meus outros artigos, (especialmente o primeiro deles, onde conto um pouco sobre o nosso processo de mudança para Portugal) sabe que quando cheguei aqui na terrinha já tinha mais de 50 anos de idade e era (e ainda sou) totalmente ativo profissionalmente. Ou seja, não viemos como aposentados (ou reformados, como dizem por aqui). Ao contrário, queria muito trabalhar, tanto por prazer pessoal quanto por necessidade mesmo. Aliás, não dizem que os 50 são os novos 30 ou 40 anos?
Então, os “cinquentões” ainda tem muito a produzir, a criar, a ensinar e a aprender no mercado de trabalho. Mas, é fácil se inserir no mercado de trabalho partindo praticamente do zero? Não, não é. Quem sabe minha trajetória profissional (e a de outros imigrantes com quem eu convivo e que estão na mesma faixa etária) possam ajudar ou dar alguns caminhos para aqueles que também querem emigrar com mais de 50 anos de idade.
Saiba como foi mudar para Portugal com mais de 50 anos
Claro que vale repetir: minhas escolhas talvez não façam sentido para todos. Meus receios podem não ser os mesmos de outras pessoas. Os sapos que decidi engolir podem não passar por outras gargantas. Minhas alegrias igualmente podem não fazer nem cócegas em outros corações.
Mas a mensagem é a seguinte: sempre é tempo para reescrever uma nova história de vida e não há receita única. E Portugal pode realmente ser um lindo cenário para as novas experiências.
Portugal tem uma grande população acima de 50 anos de idade
Ninguém precisa se sentir deslocado por ter 50 anos ou mais quando chega em Portugal. O país já é um dos que tem a idade média mais alta de toda a comunidade europeia. Dados oficiais mostram que 22,1% da população portuguesa tem mais de 65 anos de idade, praticamente empatado com Grécia e Finlândia (ambos com 22,3%), todos os três perdendo apenas para a Itália (23,2%).
Há 20 anos, esta faixa etária da população portuguesa ficava em torno de 16% do total, o que mostra como o envelhecimento tem sido muito maior do que o número de nascimentos.
Se considerar a faixa etária a partir dos 50 anos, este grupo populacional representa mais de 40% de todas as pessoas que vivem no país.
Neste ritmo, a projeção é que Portugal passe a ser o país mais “envelhecido” da Europa por volta de 2050, praticamente empatado com Grécia e Itália, todos com quase 34% da população passando dos 65 anos de idade.
Muita gente acima de 50 anos no mercado de trabalho
Logo que chegamos, fiquei encantado com a quantidade de pessoas mais velhas trabalhando. Via isso sob a ótica de que era positivo existir um mercado de trabalho aberto a essa faixa etária.
Professores e professoras do meu filho eram mais velhos, funcionárias da escola eram mais velhas, motoristas de táxi eram mais velhos.
Senhoras vendendo peixe nas suas barracas na calçada, outras tantas no mercado municipal, alguns varrendo a rua, caixas de supermercado, balconistas nos cafés, garçons nos restaurantes e por aí vai.
Não deixa de ser positivo, mas hoje já vejo que tinha uma certa miopia e muito romantismo nesse meu deslumbramento.
Trabalhar é importante, sem dúvida, mas muitos daqueles que estavam ainda pegando pesado em trabalhos bem operacionais preferiam estar com a vida mais tranquila.
Talvez cuidando dos netos, da horta, passeando ou até mesmo viajando. Ou seja, não trabalhavam porque queriam, mas porque ainda precisavam, mesmo já tendo dedicado algumas décadas da vida ao trabalho.
Idade para aposentadoria em Portugal
Hoje, a idade normal para pedir a reforma é aos 66 anos e 6 meses de vida.
A idade é ajustada a cada ano (dependendo de variações, por exemplo, na expectativa de vida da população) e ao menos 15 anos de contribuição para a Seguranca Social. Mas quem não conseguiu guardar regularmente algum dinheiro ao longo da vida de trabalho terá certa dificuldade com os valores baixos, na média, pagos aos reformados.
Acompanho com frequência as postagens no LinkedIn, a rede de contatos profissionais, e vejo muitas discussões sobre a dificuldade de os profissionais com mais de 50 anos se recolocarem nas grandes empresas do Brasil, mesmo tendo ótimos currículos.
E o olha que nosso país é sede de muitos e imensos grupos empresariais, além de ter também inúmeras médias e pequenas empresas.
Quando olhamos para Portugal, vemos que o mercado de trabalho é o realmente muito menor, até mesmo pelo tamanho do país e da população. Além disso, algumas das multinacionais que atuam na Península Ibérica tem seus maiores escritórios cruzando a fronteira, na Espanha, de onde gerem os negócios. Muitas mantém escritórios ou representações menores em Portugal.
Mas, claro, há também grandes grupos empresariais portugueses, grandes profissionais e um mercado dinâmico. E uma grande vantagem: enquanto o desemprego no Brasil gira em torno de 14%, em Portugal fica mais ou menos na metade disso.
Também existem dificuldades no mercado de trabalho português
Mas a dificuldade não é apenas por já termos 50 anos ou mais. Há algo que funciona por aqui exatamente como no Brasil: rede de relacionamento!
E isso, para quem está chegando em um país novo, é uma grande desvantagem. Mesmo que alguns contatos já tenham sido feitos quando ainda estavam no Brasil, os brasileiros que chegam aqui em busca de alguma oportunidade vão sentir bem o peso de ter que começar uma nova rede de contatos no campo profissional.
Por aqui, ter uma boa “cunha” (o que para nós é aquele amigo ou conhecido que pode abrir algumas portas ou dar aquele “empurrãozinho”) ajuda bastante.
Por mais que as empresas estejam abertas a receber os currículos por email ou pelo website, quando a indicação vem de alguém conhecido o peso é realmente muito maior. E quando se tratam de empresas menores, muitas delas familiares, ter alguém que indique faz toda a diferença.
Ter uma rede de contatos facilita a busca
Na prática, nada de ficar em casa mandando o CV pela internet a espera de algum retorno. Até pode ser que funcione, mas o negócio é mostrar a cara, literalmente.
Tanto vale deixar o CV pessoalmente em locais onde se pretende buscar uma oportunidade. Pode ser no hotel em que acha que pode ter uma vaga, na fábrica, no restaurante, no café, no bar, na loja. Puxar conversa com as pessoas e mostrar que tem interesse em trabalhar ajuda bastante no primeiro momento.
Nas cidades menores o processo pode ser mais fácil
Em uma cidade pequena, a estratégia funciona ainda mais. Todos costumam ser bem receptivos, pois sabem a importância do trabalho.
O motorista de táxi pode dar dicas, a caixa do supermercado talvez saiba onde estão precisando de gente, e assim por diante. Uma boa caminhada pela cidade, mesmo nas grandes, pode oferecer um mundo de oportunidades. Mantenha os olhos abertos para ver nas montras (as nossas vitrines) os cartazes pedindo colaboradores.
Claro que as grandes empresas ou multinacionais não vão contratar gerentes ou diretores com cartazetes na porta, mas para elas também vale a rede de relacionamento.
Falo com experiência de quem, por via das dúvidas, já mandou currículos para praticamente todos os grandes grupos portugueses, simplesmente utilizando a tradicional aba “Trabalhe conosco” dos sites, sem receber, na maioria dos casos, qualquer retorno.
Ou, apenas aquele retorno do tipo “Obrigado, mas seu perfil não se encaixa nas oportunidades que temos”. E tudo bem, isso também faz parte do jogo.
Equivalência do diploma em Portugal
Quando decidimos mudar de país, veio conosco o desejo de também buscar coisas novas no campo profissional. Talvez por justamente já ter mais de 50 anos e ter me sentido realizado profissionalmente em vários momentos ao longo da carreira, não me preocupei muito em continuar apenas na mesma trajetória, na mesma área, fazendo as mesmas coisas.
Claro que isso é um sentimento muito particular e entendo perfeitamente aqueles que chegam como engenheiros ou advogados por exemplo, e buscam seguir avançando aqui exclusivamente na mesma carreira.
Talvez por esse meu “desapego” profissional, deixei de fazer algo que pode tornar a vida um pouco mais difícil: pedir a equivalência do diploma universitário. Ou seja, meus diplomas de Jornalismo pela PUC-SP, de Administração pela FGV-SP, e de MBA pela Fundação Dom Cabral pouco valem por aqui.
Mas nunca deixei de trabalhar por causa disso. Porém, claro, foram em áreas e circunstâncias em que os diplomas não foram necessários.
Validar seu diploma é fundamental
Uma vez, pouco depois de ter chegado por aqui, estive no Centro de Emprego e Formação Profissional, uma instituição que apoia os desempregados, dá orientação sobre o mercado de trabalho, oferece cursos de formação e aperfeiçoamento.
Queria entender melhor esse novo ambiente em que eu estava chegando e me cadastrar. Quando preenchi meu cadastro, pediram minha formação e eu, todo orgulhoso, soltei tudo o que tinha feito.
Para eles, sei ler e escrever (pensei em dizer que também era bom de tabuada, mas achei que não ia ajudar). Não posso criticar, pois eu não fiz – ainda – a minha “lição de casa”.
Muita atenção ao reunir a documentação necessária
Por isso, dependendo do que pretende fazer profissionalmente em Portugal, lembre de colocar na bagagem toda a documentação necessária para acertar os seus diplomas, o que inclui até mesmo o seu histórico escolar do ensino médio, aquele que você, se já tiver passado dos cinquenta anos de idade, terminou há mais de 30 anos. E “apostilar”, para ter validade lá.
Vale lembrar também que há uma série de profissões em que há acordos com as entidades que representam as categorias profissionais (como OAB e CREA), o que pode tornar tudo mais fácil. Embora esteja ocorrendo algumas mudanças, importante se informar sobre a situação atualizada lá no país. Tudo deve ser apostilado.
Podemos mais do que imaginamos
Darwin já dizia que sobrevivem aqueles com maior capacidade de adaptação, não obrigatoriamente os mais fortes.
Chegar em um novo país e seguir firme nesta nova vida é realmente um grande experimento “darwinista”. Já cruzei com gente muito confiante, forte, mas cheia de restrições do tipo “isso eu não faço” ou “só trabalho na minha área”.
E esses tendem a ser os primeiros a desistir da ideia de uma vida realmente nova. Tirando, naturalmente, coisas que vão de encontro aos nossos princípios morais e éticos, estar aberto ao novo (principalmente para quem tem mais de 50 anos) pode ser a linha que separa o sucesso do fracasso nesta empreitada.
O lado bom de encarar os novos desafios e apostar na resiliência: descobrimos que somos bons em muita mais coisas do que imaginávamos e que também gostamos e nos divertimos com atividades que até então pareciam nem passar por perto do nosso repertório. É quase como aquele prato que não gostamos de comer, sem nunca ter experimentado. Um dia, na casa de alguém, com certa cerimônia, acabamos comendo e até gostando.
Ou quando a fome aperta e a gente descobre que está num pequeno restaurante de estrada, no meio da noite, e que provavelmente não terá nada aberto até o dia seguinte. Comemos e ainda fica aquela sensação de que “até não é tão ruim assim”.
Encarando novas experiências
Desde que cheguei, vim disposto a abrir meu leque de opções profissionais. Descobri a hotelaria, trabalhei em café e em fábrica.
Confesso que me diverti muito em todas essas experiências. Serão novas carreiras? Vou crescer do ponto de vista de cargos? Provalvelmente não. Mas, como disse, não é isso que me move hoje.
Simplesmente fui me adaptando e encaixando o que eu já tinha de habilidades às novas demandas que foram surgindo. E tudo isso sem “trair” meu amor pela comunicação, pois continuo a escrever (você está lendo esse artigo, não?), criando conteúdos para redes sociais, colaborando pontualmente com agências de comunicação no Brasil.
E assim como eu, há outros brazucas “cinquentões” (ou até mesmo na casa dos 60, 70 anos) que se reinventam, decidem empreender. Há lojas de roupas e pratas, cafés, um variado comércio (virtual ou físico) de coxinhas, pão de queijo, pizza, feijoada, produtos brasileiros em geral. Todos com nossos conterrâneos, tanto no atendimento quanto na gestão.
Os que vão para as fábricas, dirigem caminhões (os “pesados”, como se diz por aqui), e que vão ter contato direto com o público nos cafés e nos restaurantes (diga-se de passagem que o jeito mais expansivo do brasileiro casa muito bem com os cafés e restaurantes), vão vender imóveis. São diversas as possibilidades!
“Ah, mas eu sou engenheiro formado pelo ITA e quero uma oportunidade na minha área”. Ok, vale tentar sim. Mas não deixe de olhar para tantas portas que se abrem e que podem parecer tão “nada a ver” e que, no final, nos realizam tão ou mais do que o modelo ao qual estávamos acostumados.
Nem tudo é trabalho
Claro que trabalhar é importante, principalmente se você não tem uma fonte de renda no Brasil que, dividida por mais de seis, possa te dar o conforto que você quer aqui na Europa. Nunca é demais lembrar que aqui gastamos em euros. Mas nem tudo gira em torno do trabalho, felizmente.
E para nós, os 50+, Portugal tem muito a oferecer. Nem vou falar sobre segurança, tranquilidade, porque teria pouco a acrescentar a tudo que é falado em todos os sites e portais, por exemplo. Mas a tranquilidade e a segurança fazem realmente a diferença para que tenhamos vontade de fazer uma série de coisas que, por receio ou medo, fomos deixando de lado no Brasil.
Posso falar com conhecimento de causa sobre andar de bicicleta, por exemplo. Eu já estou mais para os sessenta do que para os cinquenta e adoto a bicicleta para praticamente tudo o que faço. Do trabalho ao supermercado, dos passeios pela cidade até às pedaladas mais longa para conhecer o país. Já pedalava no Brasil, é verdade, mas aqui a sensação de segurança é muito superior. Vivo numa cidade pequena, o que ajuda.
Talvez, para a turma de Lisboa e do Porto, os cuidados tenham que ser maiores, mas os riscos estão bem longe daqueles de São Paulo. Aos finais de semana, principalmente, cruzo com pelotões de ciclistas na beira da estrada, grande parte deles já com cabelos brancos.
Os cafés na praia do Furadouro, perto de casa, ficam cheios de bikers. Vez ou outra ponho a magrela no comboio e vou até o Porto, para depois voltar pedalando para casa, sempre cruzando com “velhinhos” sobre duas rodas.
Qualidade de vida no dia a dia
No dia a dia é a mesma coisa: senhoras de bicicleta indo trabalhar no hotel, outras indo ao mercado, muitos avós e avôs indo buscar os netos na escola na companhia da bicicleta. Sem contar os mais aventureiros que viajam de bike.
Há pequenos grupos de holandeses, alemães, espanhóis e mesmo de portugueses (todos com mais de 50 ou 60 anos) que costumam pernoitar no centro da cidade como parte do roteiro que se inicia no Porto e, para os mais corajosos, pode terminar em Lisboa.
Ah, para quem não se sente seguro para se equilibrar nas magrelas, há um projeto muito interessante em algumas cidades de Portugal, o “Pedalar sem idade“.
E não é só pedalando que a gente se diverte por aqui. Caminhar é outra daquelas atividades que fazemos em Portugal com muito mais leveza e tranquilidade.
Ninguém vai pular no seu pescoço para roubar seu celular, por exemplo. Conhecer Portugal andando é um grande prazer. E nós, os velhinhos, estamos por todos os lados. E não falo apenas dos turistas. Os compromissos da rotina diária, principalmente nas cidades menores, podem ser encarados sem necessidade do carro. As distâncias são menores, é tudo perto.
Sem contar que eu não me canso de olhar encantado para a cidade onde moro, mantendo aquela sensação de quem está vendo pela primeira vez aquelas casas com fachadas azulejadas.
E no Porto, então? Quem desce lá da Universidade do Porto, passando pela livraria Lello, se deslumbrando com a estação São Bento, caminhando pela rua das Flores (com direito a um café com pastéis de nata), se perdendo nas vielas até chegar à ribeira do Douro vai cruzar pelo caminho com muita gente mais velha, andando sem preocupação com segurança, desfrutando as belezas da cidade (e pra descer, todo santo ajuda…).
É possível aproveitar Portugal de diversas formas
Portugal tem isso de bom. É tudo muito perto, o que também favorece as viagens curtas, muitas vezes de bate-e-volta no mesmo dia. Esses pequenos passeios fazem parte da nossa rotina e sempre vejo pessoas mais velhas nos parques que conheço, nos novos restaurantes que vou experimentar, nos centros históricos, nos museus.
Vale ressaltar que o preço dos combustíveis e dos pedágios (portagem, como fala-se aqui) não é dos mais baixos, o que também torna as viagens curtas mais vantajosas.
Cultura acessível por toda parte
Do ponto de vista cultural, as atrações são inversamente proporcionais ao tamanho do país. É incrível a quantidade de coisas que se pode fazer por aqui. E a maior parte das atividades tem preços reduzidos ou são gratuitas para os que tem pelo menos mais de 60 anos. Cidades como Lisboa e Porto reúnem os principais equipamentos culturais, é verdade, mas mesmo os concelhos menores possuem seus teatros, museus e centros de cultura.
Quem vem de uma cidade como São Paulo, como eu, sente um certo baque inicial. Mas aos poucos vai descobrindo todas as possibilidades que a cidade oferece. Os grandes shows e espetáculos não estarão, de modo geral, nos menores municípios. Mas nada que um passeio de comboio não resolva. Falo da minha própria experiência: já pegamos o trem para assistir a um concerto que queríamos muito em Lisboa e foi divertidíssimo.
Mas para não dizer que tudo é perfeito para nós, os mais velhos, outro dia resolvi que queria ser bombeiro voluntário. Fazia parte daquela ideia de abrir horizontes, de ter novas experiências. E sempre achei a profissão de bombeiro muito linda. Mas não deu. A idade máxima é de 45 anos.
Então, se pretende emigrar com mais de 50 anos, venha. Vai conseguir trabalhar, se divertir e ter uma vida mais segura e mais calma. Pode se divertir muito. Só não vai conseguir é ser bombeiro.
By Marcos Freireé jornalista e vive com a família em Ovar há 5 anos.
Banhada pelo sol radiante do Algarve, Albufeira é um destino turístico mundialmente famoso pelas suas praias de areias douradas e águas cristalinas.
Quando eu penso em praias paradisíacas, logo me vem na cabeça as muitas praias que estão aqui nesta região. O contraste da cor cristalina do mar, com as falésias e o céu… São imperdíveis!
Cada enseada, cada recanto, conta uma história de beleza natural e encanto, prometendo aos exploradores uma experiência única.
Com uma costa de mais 18 km de extensão, as praias de Albufeira oferecem uma ampla variedade de opções para todos os gostos e estilos, desde praias familiares e tranquilas até praias mais animadas, repletas de bares e restaurantes.
Visitar as Praias de Albufeira, é uma ótima maneira de conhecer a beleza natural da Cidade.
As praias são lindíssimas, muitas delas escondida entre falésias imponentes e com formações rochosas esculturais que são como uma obra-prima pintada pela natureza. As suas formações rochosas únicas, assemelhando-se a esculturas esculpidas pelas mãos do tempo, criam um cenário de tirar o fôlego.
Oferecem não apenas águas cristalinas (mais frias, ao meu ver) e areias douradas, mas também uma atmosfera tranquila na maioria delas. Algumas delas que eu indico são:
–Praia de São Rafael (foi eleita em 2012 como uma das 20 melhores do Mundo);
–Praia de Benagil (passeio na gruta de barco);
–Praia dos Arrifes;
–Praia dos Pescadores;
-Praia da Falésia;
Centro
O comércio local de Albufeira é uma ótima maneira de experimentar a cultura e a história da região. O centro è bem bonito e agradável para se caminhar. A cidade tem uma variedade de lojas que vendem produtos locais, desde artesanato tradicional a produtos frescos. Sempre compro alguma coisa.
Marina de Albufeira
Inserida num complexo turístico de alta qualidade, onde predominam os espaços verdes e apenas 29% da área de implantação é destinada a construção, este projeto inclui hotéis, restaurantes, bares, lojas, piscinas, apartamentos, moradias, centro de diversão e lazer.
A arquitetura moderna é irreverente dos edifícios envolventes, se destaca na região e me surpreende pelas cores.
Tem estacionamento subterrâneo, com acesso para cadeirantes.
E também ao longo da rua (onde tem de se descer a escadaria para se chegar na Marina).
A Marina de Albufeira é o ponto de partida para as suas aventuras de fim de semana!
O lugar oferece restaurantes e bares que voce pode frequentar enquanto espera pra fazer os passeios de barco. E loja de decoração.
Várias agências de passeio de barco estão por lá, onde voce pode escolher os diferentes tipos de passeios e horários. Tem opções pra todos os gostos: por mar, por terra e por ar.
Melhor reservar antes principalmente no alto verão, pois são muito concorridos.
Eu gosto muito de passear e comer por aqui apreciando a vista. O entardecer é lindo aqui!
Local ótimo para se fazer uma caminhada tranquila!
Endereço: Sítio da Orada, Apartado 2422, Albufeira 8200-394 Portugal
Praia de Benagil (Carvoeiro)
A Praia de Benagil é uma das mais tumultuadas em todo o Algarve. É pequena e bem bonita, sim.
O segredo está logo ao lado: o “Algar de Benagil”, uma praia dentro de uma caverna iluminada pelo raio do sol por meio de um buraco que se formou no teto.
Dá para ver o algar de cima, percorrendo uma pequena trilha ou então fazer um passeio de barco ou caiaque pelo mar que o leve até o interior da caverna.
Tem várias opções, saindo da Marina de Albufeira, isto ao meu ver é o que justifica tanto movimento por lá. A cor do mar, entre as falésias e o contraste com o céu é lindíssima.
Sim, há quem vá a nado com ou sem ajuda de colete ou boia — no entanto, não é o mais seguro, uma vez que o trajeto exige um certo esforço, no contrafluxo da água.
Há alguns restaurantes no entorno da Praia de Benagil e um extenso estacionamento, que apesar de grande costuma ficar cheio na alta temporada.
Próximo à praia, há ainda quiosques de passeios de barco ou aluguel de caiaque, que devem ser reservados com antecedência, pois a procura é muito grande e a fila no verão costuma estar completa até dois dias na frente.
A Gruta de Benagil é uma gruta marinha, localizada na costa do Algarve, Portugal. É uma das maravilhas naturais mais populares da região e é conhecida pela sua abertura no topo que permite a entrada da luz do sol.
A gruta fica a cerca de 200 metros da Praia de Benagil e como já disse, pode ser visitada de barco, com saída da marina de Albufeira, que duram geralmente, cerca de duas/ três horas e incluem uma visita a outras grutas da região.
Observação de Golfinhos
A costa do Algarve é um local ideal para a “observação de golfinhos”, pois alberga uma grande variedade de espécies, incluindo golfinho comum, o golfinhos roaz, o grampo e o boto.
Os golfinhos são frequentemente vistos a nadar, a saltar e a brincar na água e oferecem um espetáculo verdadeiramente deslumbrante.
Existem várias empresas que oferecem passeios de observação de golfinhos em Albufeira. Eu ainda não fiz este passeio, mas está na minha lista rsrsrs
Gastronomia Local
A gastronomia local do Algarve é rica em sabores frescos e autênticos. É uma cozinha que reflete a influência da sua localização na costa sul de Portugal.
Os pratos típicos do Algarve são geralmente feitos com ingredientes frescos e locais, como peixe, marisco, legumes e carnes.
Também os doces típicos fazem parte da rica gastronomia da região do Algarve.
Passar o dia em Albufeira explorando a região são uma dos passeios que eu mais gosto de fazer.
Está nas mãos do presidente da República a decisão sobre uma alteração na lei que beneficia os imigrantes no processo de obtenção da nacionalidade portuguesa.
O Parlamento aprovou no dia 5 de janeiro uma série de alterações à Lei da Nacionalidade, com destaque para um ponto: pela proposta, os cinco anos necessários para comprovar a residência em Portugal — condição legal para solicitar a nacionalidade — passará a ser contado a partir do momento em que é solicitado o título de residência.
O presidente Marcelo Rebelo de Sousa possui o prazo legal de 20 dias para analisar a proposta e promulgar, ou não, a nova lei. Contando que, pela tramitação regular, a proposta chegue para o presidente nos próximos dias, a expectativa é que até meados de fevereiro haja uma posição final do governo português.
Se não for aprovada, regra atual alonga a espera pela cidadania
Hoje, a regra determina que o prazo de cinco anos só começa a ser contado quando o título de residência é emitido. Como há casos em que o título só chega depois de mais de dois ou três anos da solicitação, o interessado em entrar com o pedido de nacionalidade acaba, na prática, esperando por volta de sete a oito anos para conseguir pleitear o direito à cidadania portuguesa.
“[…] para os efeitos de contagem de prazos de residência legal previstos na presente lei, considera-se igualmente o tempo decorrido desde o momento em que foi requerida a autorização de residência temporária, desde que a mesma venha a ser deferida.”
De acordo com advogados e juristas ouvidos pela imprensa portuguesa, a medida corrige uma injustiça, uma vez que o imigrante era penalizado por conta, exclusivamente, da demora da administração pública.
Isto porque, ao dar entrada no pedido de residência, o imigrante já forneceu toda a documentação necessária.
Ou seja, a partir do momento em que a manifestação de interesse (MI) é aceita pelas autoridades portuguesas, o imigrante — que já terá apresentado número de contribuinte, inscrição na segurança social, no contrato de trabalho ou outros documentos — fica aguardando apenas a tramitação do processo, mas já trabalhando e contribuindo para a economia, por exemplo.
E se ele não pode considerar esse período na contagem de tempo, conforme a regra atual, os anos de espera são praticamente um período “morto”.
Brasileiros lideram petição para governo mudar a lei
A mudança na legislação era um pedido que vinha sendo feito há algum tempo por entidades que representam os imigrantes, não apenas brasileiros em Portugal. E uma das vozes importantes neste processo foi a da brasileira, Juliet Cristino, que conseguiu um grande número de assinaturas em uma petição publica e acabou tendo o pleito levado para o parlamento português.
“Existem pessoas que ficaram quatro anos a espera de vagas para fazer a entrevista no SEF para ter o título de residência, por culpa da própria instituição, que não tinha vagas”.
E complementa: “Quando esta pessoa for dar entrada no processo de nacionalidade, esses quatro anos ficaram perdidos. Pedimos que nos ajude a fazer essa correção, pois não é negligência do imigrante”, afirmou Juliet no documento apresentado aos parlamentares.
Mais de 70 mil pedidos de cidadania em 2022
De acordo com dados mais recentes do agora extinto Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF), hoje substituído pela AIMA, o ano de 2022 registrou 74.506 pedidos de aquisição de cidadania, um crescimento de mais de 37% em relação a 2021.
Cidadãos de Israel e Brasil lideram os pedidos de cidadania, seguidos pelos nacionais de Cabo Verde, Venezuela e Angola.
Espera continua longa para quem já pediu a cidadania
Vencida a etapa do prazo legal de cinco anos de residência no país para dar entrada no pedido de cidadania portuguesa por tempo de residência, o passo seguinte também tem se mostrado bastante demorado.
Após dar entrada na solicitação, o interessado pode acompanhar todas as etapas por meio do portal da Justiça. Com a senha de acesso ao portal, é possível acompanhar o andamento do processo, até o registro final.
Um pedido de nacionalidade segue os seguintes passos:
• Recepção do pedido, numa conservatória, consulado ou por correio;
• Registo do pedido;
• Consulta a entidades externas;
• Verificação da documentação entregue;
• Análise de que todas as condições legalmente previstas estão reunidas para conceder a nacionalidade;
• Decisão sobre a atribuição ou não da nacionalidade;
• Registro do novo cidadão português no Registo Civil de Portugal ou arquivamento do processo.
Processos têm demorado cerca de dois anos
Segundo as informações do próprio sistema, os prazos atuais para todas as etapas são de 24 a 29 meses, desde a entrega do pedido de nacionalidade até o registro final, caso os pedidos apresentem todos os documentos necessários e o requerimento tenha sido corretamente preenchido.
Estes prazos serão mais longos se o processo não estiver completo e correto desde o início e se for necessário pedir documentação complementar.
Pedidos de menores de idade, filhos de pai português ou mãe portuguesa e declarados diretamente pelos pais, são tratados com prioridade, com o tempo de análise e decisão de até 4 meses.
Texto escrito por Marcos Freire, que é jornalista e vive com a família em Ovar, uma pequena e simpática cidade que fica no meio do caminho entre Porto e Aveiro, há 5 anos.
Uma das dúvidas mais frequentes dos brasileiros que se mudam para Portugal é sobre a saúde pública. Por se tratar de um dos principais problemas do Brasil, é comum que essa preocupação exista. O sistema de saúde pública em Portugal é de qualidade, porém, é preciso saber que ele não é gratuito em todos os casos.
Entenda como funciona a saúde no país, como os brasileiros podem ter acesso ao atendimento médico público, se há custos e como se inscrever.
Como é a saúde pública em Portugal?
O Serviço Nacional de Saúde de Portugal, o SNS, funciona em diversas frentes, desde atendimento de emergência até vacinação e coparticipação em alguns medicamentos.
Ele pode ser bastante efetivo em alguns quesitos, mas deixa a desejar em outros. Certo é que ele funciona de forma diferente do nosso conhecido SUS, e é preciso conhecer esse mecanismo para casos de emergência, principalmente se você vai morar em Portugal.
Saúde pública em Portugal é boa?
Depende do que você precisa.
A saúde pública em Portugal é conhecida por ter médicos bastante capacitados e oferecer serviços de qualidade. No entanto, assim como no Brasil e em sistemas de saúde de outros países, ela tem uma demanda bastante grande.
A espera para a realização de um exame pode durar meses, e o atendimento de emergência em um hospital público, dependendo da gravidade da situação, pode levar mais de 12 horas.
Como funciona a saúde pública em Portugal?
A saúde pública em Portugal é baseada no atendimento primário. O médico de família (clínico geral) é o responsável pelos primeiros contatos entre os usuários (chamados de utentes) e os especialistas.
Basicamente, é no centro de saúde que acontecem os primeiros atendimentos e as consultas de rotina — agendadas previamente. E o médico de família é o responsável por acolher os pacientes.
Nos centros de saúde também acontecem alguns atendimentos de urgências, por isso, os utentes podem buscar ajuda em casos mais simples nesses locais. Em algumas situações específicas podem ser encaminhados para especialistas conforme a necessidade do caso.
Quem tem acesso à saúde pública em Portugal?
Segundo o ePortugal, qualquer pessoa que se sinta doente em Portugal e necessite de cuidados médicos, seja ela turista ou, residente em situação regular ou irregular, tem direito a atendimento médico em hospitais públicos e centros de saúde portugueses.
Acesso à saúde pública em Portugal para brasileiros
Se atender aos requisitos definidos pelo SNS, o brasileiro pode usar o sistema de saúde pública em Portugal. Mas atenção, é preciso se enquadrar em um dos requisitos exigidos.
Através PT/BR – 13 antigo PB4)
O PT/BR-13, antigamente chamado PB-4 ou Certificado de Direito à Assistência Médica (CDAM),
O PB4 é um acordo bilateral entre Brasil e Portugal que permite que os seus portadores tenham acesso ao atendimento médico em terras lusitanas (e vice-versa). O acordo oferece as mesmas condições de atendimento médico quando em viagem de turismo ou residência em Portugal.
Mas fique atento a um detalhe, se você não for fixar residência, o PB4 é válido apenas para emergências, cumprindo uma função semelhante ao seguro viagem no que diz respeito a emergências médicas.
Através do Estatuto de Igualdade de Direitos
O Estatuto de Igualdade de Direitos dá aos brasileiros que vivem em Portugal os mesmos direitos e deveres de um cidadão português. Assim, é possível ter acesso ao serviço de saúde português da mesma forma que um nacional, desde consultas de rotina, até exames e atendimentos mais complexos.
Quem vive em Portugal com autorização de residência também tem acesso ao serviço de saúde da mesma forma que um nacional. Em ambos os casos, é possível se cadastrar nos centros de saúde e receber o número de utente — registro no sistema público de saúde português que dá acesso à ampla rede de saúde do país.
Acesso à saúde pública em Portugal para estrangeiros
O acesso à saúde é um direito de todas as pessoas presentes em Portugal. Por isso, em caso de urgência, o atendimento não pode ser negado, independentemente da sua nacionalidade ou da regularidade do seu visto. O que pode mudar são as taxas reguladoras, que variam de caso a caso.
Atenção: pessoas sem autorização de residência em Portugal devem ter um atestado de residência para poder acessar o SNS. Ele deve ter sido emitido pela Junta da Freguesia em que se encontra há mais de 90 dias e, assim que obtiver o documento, a pessoa deve fazer a inscrição no centro de saúde.
Crianças e adolescentes em situação irregular têm o mesmo acesso à saúde pública em Portugal que pessoas em situação regular no território.
Ele possibilita que você receba atendimento médico em uma estadia temporária em qualquer país pertencente à União Europeia, além da Islândia, Noruega, Liechtenstein e Suíça.
Quanto custa a saúde em Portugal?
Até pouco tempo atrás, o acesso aos serviços de saúde pública em Portugal era feito com pagamento de taxas moderadoras, valores acessíveis cobrados para consultas, exames e procedimentos médicos.
Desde 2020, o governo de Portugal vem trabalhado para acabar com a cobrança das taxas de acesso ao SNS. Daí, em 1º de junho de 2022, quase todas as taxas foram extintas, havendo apenas uma exceção, conforme o Decreto-Lei nº 37/2022.
Exceção de pagamento
A nova regra do SNS determina que as taxas moderadoras só serão cobradas em uma situação: quando o paciente for até uma emergência hospitalar sem prévio encaminhamento (seja por um médico ou pelo atendimento telefônico na Linha SNS 24).
E, mesmo que o utente vá por conta própria a um serviço de urgência, as taxas também não serão cobradas em algumas situações:
• Caso haja necessidade de internamento;
• Grávidas e parturientes;
• Crianças até aos 12 anos, inclusive;
• Utentes com grau de incapacidade igual ou superior a 60%;
• Doadores de sangue;
• Doadores vivos de células, tecidos e órgãos;
• Doentes transplantados;
• Bombeiros;
• Militares;
• Ex-militares das Forças Armadas, com incapacidade permanente devido ao serviço militar;
• Pessoas com insuficiência econômica comprovada.
Quando cobradas, as taxas moderadoras apresentam os seguintes valores:
Serviço – Urgência polivalente
Custo – 18€
Serviço – Urgência médico-cirúrgica
Custo – 16€
Serviço – Urgência básica
Custo – 14€
É importante lembrar que valores relativos a diagnóstico e terapia podem ser acrescentados, nunca ultrapassando os 40 euros.
Mesmo com a mudança, a Entidade Reguladora da Saúde (ERS) mantém a lista dos utentes que permanecem isentos de qualquer pagamento. São eles:
• Grávidas e parturientes;
• Crianças e jovens até os 17 anos e 364 dias;
• Utentes que tenham grau de incapacidade igual ou superior a 60%;
• Doadores de sangue;
• Doadores de células, tecidos e órgãos;
• Bombeiros;
• Doentes transplantados;
• Militares e ex-militares das Forças Armadas que estão incapacitados permanente por prestação do serviço militar;
• Desempregados inscritos no centro de emprego com subsídio menor ou igual a 1,5 x IAS (664,80€), desde que não tenham como comprovar a condição de insuficiência econômica nos termos previstos. A isenção do pagamento é extensiva ao cônjuge e aos seus dependentes;
• Jovens em cumprimento de medidas tutelares, cautelares ou integrados em locais de acolhimento;
• Utentes no âmbito da interrupção voluntária de gravidez;
• Requerentes de asilo e refugiados, bem como respectivos cônjuges ou equiparados e descendentes diretos;
• Utentes em situação de insuficiência econômica e os seus dependentes (que tenham renda igual ou inferior a 664,80€);
• Vítimas de incêndios florestais ocorridos entre 17 e 24 de junho de 2017, 15 e 16 de outubro de 2017, e entre 3 e 10 de agosto de 2018, nos concelhos identificados na lei.
Os atendimentos particulares da saúde privada de Portugal têm valor bem mais elevado. Uma consulta com especialista pode chegar a 90€, enquanto um atendimento de emergência chega a 110€.
Já um ecocardiograma pode custar entre 142€ e 350€. Para as gestantes, um parto normal pode custar entre 3.090€ a 4.295€, se for preciso realizar uma cesariana, os valores podem chegar a 5.328€.
Os valores podem variar de um hospital privado para outro, esses foram identificados no Hospital da CUF do Porto.
Como se cadastrar no sistema de saúde em Portugal?
Qualquer pessoa pode cadastrar-se no sistema de saúde português em qualquer centro de saúde do SNS, de preferência aquele da sua área de residência, de forma gratuita.
Para isso, é necessário:
• Descobrir a unidade mais próxima da sua casa (você pode fazê-lo ligando para o SNS — 808 24 24 24);
• Dirigir-se ao balcão de atendimento;
• Apresentar o Cartão de Cidadão (para pessoas com cidadania portuguesa) ou Autorização de Residência e o Número de Identificação Fiscal (NIF).
Número de utente em Portugal
O número de utente é o cadastro de uma pessoa para o acesso aos serviços de saúde pública em Portugal.
Ele é atribuído automaticamente a cidadãos portugueses que possuam Cartão de Cidadão, mas também pode ser solicitado gratuitamente na sua chegada a Portugal, desde que você tenha residência permanente no país ou atestado de residência da Junta da Freguesia que comprove que está em Portugal há mais de 90 dias.
Para a emissão do número, é preciso apresentar em um centro de saúde:
Em Portugal, o sistema de saúde funciona de maneira muito diferente do Brasil. O médico de família é o principal contato entre as pessoas e o sistema de saúde, é ele quem irá acompanhar os utentes durante toda a vida.
Esse profissional deve atender a família e, assim, conhecer o histórico médico familiar para trabalhar a prevenção de algumas doenças quando for necessário.
O médico de família também é o responsável pelo encaminhamento dos utentes para especialistas, sempre que julgar importante.
Segundo o Jornal Público, em 2023, cerca de 1,6 milhões de residentes ainda não têm um médico de família atribuído, correspondendo a mais de 10% da população. Entretanto, a todas as crianças que nascem no país, é atribuído automaticamente um médico de família na zona na qual reside.
Mas saiba que isso não é motivo de preocupação, pois os atendimentos sempre serão garantidos. Quando precisar, você poderá recorrer ao seu centro de saúde e pedir uma consulta com o médico de plantão.
Como funciona o atendimento no Centro de Saúde?
O atendimento nos centros de saúde funciona inicialmente com as consultas com o médico de família, ele é o primeiro passo no atendimento. Ou com o médico de plantão, se for o caso.
Em geral, o centro de saúde oferece atendimento agendado, quando é marcada previamente uma consulta com o médico. Há também o atendimento de urgência, quando o utente é acometido por alguma doença aguda.
O canal Teaga pelo Mundo publicou um vídeo bastante interessante sobre a experiência deles em um centro de saúde e deixou algumas dicas de como receber atendimento médico no país. Vale a pena conferir:
E nos hospitais públicos em Portugal?
Os hospitais em Portugal funcionam de forma integrada. Em geral, existem gestões públicas que administram vários hospitais em uma mesma localidade. Esse modelo facilita a integração entre as unidades de saúde e a distribuição de leitos.
Preferencialmente o encaminhamento ao hospital deve ser feito através do SNS, pelo médico de família ou pela Linha SNS 24. Mas o paciente também pode se dirigir a um atendimento de urgência. Nessa situação, vale lembrar que podem ser cobradas taxas moderadoras.
Remédios têm coparticipação do governo
A saúde pública lusitana vai além do atendimento médico, também existem programas de subsídios de remédios em Portugal. É o caso dos medicamentos comparticipados, sobre os quais o governo paga parte do valor e o utente o restante.
Existem 4 escalões de comparticipação. No escalão A, no qual o desconto é de 90%, estão medicamentos hormonais e imunomoduladores, por exemplo. Já no B estão medicamentos cardiovasculares e anti-infecciosos, categoria na qual os descontos são de 69%. No escalão C os descontos são de 37% e no escalão D são de 15%.
Os escalões estão definidos conforme a patologia, e existe ainda o regime especial de comparticipação, destinado aos pensionistas. Nessa categoria, os remédios do escalão A tem uma comparticipação extra de 5% e nos demais escalões de 15% a mais.
Quais os melhores hospitais públicos em Portugal?
Existem diversos rankings mundiais que determinam os melhores hospitais públicos de Portugal. Segundo a Institutions and University Rankings, da SCImago, os melhores hospitais portugueses pertencentes ao SNS são:
• Centro Hospitalar de Lisboa Norte;
• Instituto Português de Oncologia Fernando Gentil;
• Centro Hospitalar do Porto;
• Instituto Nacional de Saúde Dr. Ricardo Jorge;
• Centro Hospitalar Universitário de São João.
Precisa ter plano de saúde em Portugal?
Não necessariamente.
O serviço de saúde pública em Portugal é de qualidade. Entretanto, é preciso considerar que no sistema público, o médico de família será o primeiro contato com o atendimento e, apenas se for necessário, você será encaminhado para um especialista.
O seguro saúde em Portugal é barato, entre 30€ e 40€ por mês, em média. Porém, os planos funcionam no sistema de coparticipação, ou seja, a cada consulta ou exame é preciso pagar parcialmente pelo serviço.
Em Portugal, não existem planos de saúde como os do Brasil, em que o valor pago mensalmente (apesar de ser bem alto) cobre todos os gastos com atendimentos e procedimentos médicos.
Mas, se você é do tipo de pessoa que prefere ir direto ao especialista, o seguro saúde pode ser uma opção viável. Assim, não é preciso passar pelo médico de família quando precisar de um atendimento específico, e terá maior celeridade na solução dos problemas de saúde.
Quanto custa um plano de saúde em Portugal?
Entre 5 € e 100 € por pessoa.
A mensalidade de um plano de saúde em Portugal depende de muitos fatores, como idade e condições de saúde do contratante, valor de coparticipação e empresa contratada.
É importante, portanto, encontrar uma opção que faça sentido para o seu bolso e as suas necessidades de saúde.
Vale a pena acessar a saúde pública em Portugal?
Sim.
Se você tem essa opção, a saúde pública portuguesa é de boa qualidade e vale a pena usufruir do serviço.
Apenas não recomendo que você dependa apenas dos serviços públicos. Tanto nas grandes cidades quanto no interior, os hospitais e centros de saúde são bastante cheios, e é comum esperar por horas para receber um atendimento de urgência.
Agora que você sabe como funciona a saúde pública em Portugal, é hora de fazer os preparativos para as terras lusitanas, sempre em boa saúde.
Por isso, preparamos um produto super especial: o Programa Morar em Portugal, que apresenta todas as informações necessárias em 22 aulas em vídeo, desde o planejamento até o período de adaptação da sua família. Vale a pena!
Fonte: Luísa Cortés, Tié Lenzi e Carolina Sanches do site eurodicas
Se você sonha em ir morar em Portugal depois de aposentado, assim como eu, aqui está alguém que nos ajuda a realizar este sonho. Já ouviu falar de Cristina do Vamu ver?
Cristina Maya é YouTuber e criadora do Vamu Ver! marca nacional registrada em Portugal pelo INPI, Instituto Nacional da Propriedade Industrial sob o nº 616476. Postagens nas mídias sociais e no site vamuver.com. Formada em Letras, lecionou língua inglesa no Brasil. Estudou e morou nos EUA. Atualmente, promove postagens sobre dicas de viagens, além de tutoriais voltados para Portugal, país onde reside.
Nos dá muitas orientações atualizadas sobre como fazer: antes, durante e depois do visto.
Visto D7 para Portugal 🇵🇹
Quais documentos pedir após o visto D7 ser aprovado?
Vários vídeos importantes que vão nos ajudar. Assistam:
O sistema público de saúde em Portugal é o que atende a maioria das pessoas, e tem boa qualidade, inclusive se comparado com hospitais particulares do Brasil. Os hospitais são bem equipados, com atendimento de qualidade e não precisa esperar dias para ser atendido. Mas também diferente do Brasil, não é gratuito. Porém, os valores não são abusivos, como no Brasil.
Brasileiros podem usar a saúde pública em Portugal?
Sim! Seja você uma pessoa que mora, trabalha e reside em Portugal, você tem o direito de usar a saúde pública em Portugal.
Será necessário solicitar o PB4 ainda no Brasil para usufruir do direito. O PB4 (gratuito) é um acordo entre Brasil e Portugal no qual todo beneficiário do INSS tem direito a atendimento nas redes de saúde pública dos países que fazem parte do acordo, pagando o mesmo que um cidadão local. Mas lembramos: é preciso apostilar o documento segundo a Convenção de Haia.
Como usar o PB4 em Portugal? Plano de Saúde em Portugal
Quais os documentos para morar em Portugal?
Quando um estrangeiro se muda para Portugal pode ficar bem confuso sobre os documentos necessários no país europeu e isso é extremamente normal. Mas depende de cada caso. De forma geral, os documentos básicos para morar em Portugal são:
• Passaporte válido;
• Visto;
• Seguro Viagem ou PB4;
• Comprovante de capacidades financeiras.
Se você vai levar sua família que não possui cidadania europeia, será necessário fazer o reagrupamento familiar. Veja os documentos necessários para o reagrupamento familiar em Portugal.
Vale a pena morar em Portugal?
Em resposta direta, na minha opinião vale sim! Mas isso é a minha opinião, vale para o meu estilo de vida e para os meus objetivos. Você terá que avaliar o seu caso, mas vou dar umas dicas que podem te ajudar.
Para quem vale a pena morar em Portugal:
• Pessoas que dão mais valor a qualidade de vida do que a ganhar muito dinheiro;
• Pessoas que gostam de uma vida mais calma;
• Pessoas que têm ou pretendem ter filhos;
• Aposentados e pensionistas com uma renda razoável.
Para quem talvez não seja um bom negócio:
• Pessoas que gostam de viver em grandes metrópoles;
• Pessoas que querem ganhar um bom dinheiro com trabalhos não técnicos/especialistas;
• Pessoas que não têm um bom planejamento financeiro para se sustentar até que a vida se encaminhe por aqui.
Eu prefiro dizer que você precisa olhar o seu caso e não se basear no meu, porque diariamente falo com pessoas que querem vir morar em Portugal e muitas vezes elas tem expectativas que o país não corresponde.
Por exemplo, diferente dos Estados Unidos, aqui ninguém vai conseguir chegar e arrumar um emprego para limpar chão (ou qualquer outro serviço braçal) e através desse emprego vai conseguir ter uma boa qualidade de vida, adquirir imóveis, etc.
Eu acompanho a muito tempo Erick do Eurodicas. Está sempre orientando e nos atualizando sobre como é para brasileiros morar em Portugal. Assim nasceu o Eurodicas. Atualizado em. 2021. Morar em Portugal aposentado:
Desde que Portugal criou um visto especial para pessoas que possuem rendas próprias (aposentados ou não), o país tem recebido anualmente milhares de aposentados que veem aqui a oportunidade de viver melhor, gastando menos do que gastavam no Brasil e com muito mais segurança.
Sem dúvida, é uma escolha acertada. O custo de vida em Portugal pode ser até 50% mais barato caso vá viver em cidades pequenas de Portugal, e além disso, os aposentados brasileiros acabam conseguindo ter um conforto muito maior, além de se sentirem mais seguros, respeitados e acolhidos.
Sem dúvida o custo de vida em Portugal é um dos itens que você deve considerar antes de mudar para o país. O custo de vida vai depender da cidade que você escolher para viver e do seu estilo de vida.
Lisboa e Porto são as cidades mais caras para morar em Portugal, mas também é onde mais tem oportunidades de trabalho e onde pagam melhor, ou seja, uma coisa compensa a outra.
Se considerar um casal, sem filhos, vivendo em um apartamento bem localizado com um quarto, incluindo as contas básicas (água, luz, telefone, internet) e comida, o custo de vida por cidade seria mais ou menos assim:
• Lisboa – 2.000€;
• Porto – 1.500€;
• Braga – 800€;
• Coimbra – 700€;
• Guimarães – 700€.
Claro que essa é uma conta genérica, onde o seu estilo de vida e principalmente que tipo de imóvel quer alugar, vai fazer toda a diferença.
Esses são os custos mínimos para viver uma vida econômica em cada uma das cidades.
Dados Numbeo
O site Numbeo, que calcula custo de vida ao redor do mundo, informa que uma pessoa sozinha precisa de 556,89 euros mensais (sem o valor do aluguel incluído) para morar em Lisboa.
Já para o Porto, uma pessoa sozinha precisaria de 549,62 euros mensais (sem o valor do aluguel incluído) para viver na cidade de forma econômica.
Na cotação do euro de fevereiro de 2021, isso representaria R$3.627 mais aluguel para Lisboa e R$3.580 mais aluguel para o Porto. Mas afinal, quanto custa o aluguel? Veja abaixo.
Aluguel em Portugal
Nos últimos anos, Portugal sofreu um boom com a chegada de uma grande quantidade de pessoas que vieram em busca de emprego, educação e mais qualidade de vida. Com a grande procura de casas, o fenômeno do aumento dos valores aconteceu.
Entretanto, diante do cenário da pandemia de coronavírus, os alugueis em Portugal sofreram uma leve retração, especialmente em Lisboa e Porto. Isso aconteceu devido à queda do turismo, e os proprietários de apartamentos tiveram de adaptar os custos dos aluguéis à realidade de quem mora em Portugal.
Atualizamos os valores em 15 de fevereiro de 2021 e eles estavam ligeiramente mais baixos do em dezembro e janeiro:
Veja abaixo exemplos dos valores de aluguel no país: Respectivamente
Lisboa
Porto
Braga
Apartamento de 1 quarto no centro
827€
693€
547€
Apartamento de 1 quarto fora do centro
638€
517€
400€
Apartamento de 3 quartos no centro
1.515€
1200€
861€
Apartamento de 3 quartos fora do centro
1.028€
870€
626€
Comprar imóvel em Portugal
Se ao invés de morar de aluguel em Portugal, você tem a intenção de comprar ou financiar um imóvel no país, é preciso estar atento à toda a legislação vigente, agendar visitas ao imóvel, tratar do contrato, dos impostos, do registro e escritura, etc.
O valor dos imóveis para compra, no entanto, não apresentou a retração percebida nos imóveis para arrendar.
Para que você tenha uma ideia, veja os valores do metro quadrado nas três principais cidades que os brasileiros escolhem para morar em Portugal:
Lisboa
Porto
Braga
Preço do m² para apartamento no centro
De 3 mil € a 7 mil €
De 2 mil € a 4.166 €
De 1.300€ a 2.000€
Preço do m² para apartamento fora do centro
De 1.600€ a 4.000€
De 1.200€ a 2.300 €
De 900€ a 1.200€
Como enviar dinheiro para Portugal para aluguel ou compra de imóveis?
Seja para alugar ou para comprar um imóvel em Portugal, você vai precisar realizar uma transferência de um valor elevado para o país.
Para alugar, normalmente os estrangeiros precisam adiantar alguns meses de aluguel ou caução, já que a maioria não tem um fiador no país. Os senhorios ou imobiliárias costumam pedir de 1 a 6 meses de aluguel adiantado para garantir o imóvel.
Melhores formas de enviar dinheiro para Portugal
Se a sua intenção é alugar ou comprar imóvel em Portugal, precisa pesquisar a melhor forma de enviar o dinheiro. Aqui no Euro Dicas nós já fizemos o teste com as principais formas de envio de dinheiro.
Os bancos são a forma mais tradicional e mais cara para o envio de dinheiro, a nossa recomendação é o uso de plataformas online de envio de dinheiro regulamentadas pelo Banco Central (BACEN). Elas são seguras, trabalham com o câmbio comercial (que é mais barato que o câmbio turismo), têm tarifas muito mais baixas e tempo de entrega do dinheiro é curto.
Já fizemos o teste com a TransferWise, a Remessa Online, a Western Union e a Moneygram. Todas as listadas são de confiança.
Atualização: nesse momento, a TransferWise não está enviando dinheiro em reais para o exterior, devido ao fim da parceria com o MS Bank, que era correspondente cambial da plataforma no Brasil. Nesse momento, a melhor forma de enviar dinheiro para Portugal é através da Remessa Online.
Como calcular o meu custo de vida em Portugal?
Bom, como falamos, os valores acima são genéricos, resultado da média da colaboração de milhares de pessoas que vivem em Portugal e informam o quanto gastam por mês. Para saber o quanto você vai gastar nós sugerimos que você pegue um papel e caneta e faça o seguinte exercício:
• Entre nos sites de imobiliárias em Portugal e veja alguns imóveis que gostaria de morar e o quanto eles custam, anote o valor do aluguel;
• As contas da casa em Portugal variam entre 60€ e 150€ mensais para duas pessoas, em média. Essa variação acontece porque no inverno o consumo de eletricidade aumenta bastante, portanto, sugerimos que aponte cerca de 120€ mensais por segurança;
• Entre nos sites de supermercado em Portugal e faça uma simulação de compra online dos produtos que você normalmente consome no Brasil, anote o valor da compra mensal;
Se você tiver filhos em idade escolar ou na Universidade, ou se você for estudar no país, vale a pena pesquisar também os custos com educação e somar ao montante acima.
Pronto, ao somar o valor total, você terá os gastos básicos do seu custo de vida. Lembre-se que não estão incluídos gastos com lazer, farmácia, restaurantes, etc. Por isso o valor não é absoluto, apenas uma estimativa.
Quanto dinheiro levar para morar em Portugal?
Para saber quanto dinheiro levar para morar em Portugal, primeiro você precisa calcular o seu custo de vida (veja o exemplo no tópico acima) e aplicar uma “fórmula” que é:
(Custo de vida x 6) + (valor do aluguel x 3) = valor mínimo da reserva financeira.
Isso porque, na minha opinião, você deve ter no mínimo 6 meses do valor mensal guardado, para um eventual problema, e o valor de 3 meses do aluguel será necessário para ser “caução” na hora de alugar o imóvel.
Portanto, vamos supor que você pretende morar em Braga. O custo de vida para um casal é de pelo menos 800€/mês e vai alugar um apartamento de 1 quarto no centro por 515€.
Portanto, você precisaria de 1.545€ de aluguel e caução + 4.800€ para garantir o custo de vida por 6 meses. O total de 6.345€ totaliza por volta de R$41.330 (na cotação do euro de 15/02/2021 a 1€ = R$6,51). E lembramos que esse é o valor mínimo, é sempre bom contar com cerca de 10% a 30% a mais para imprevistos.
“Escrever um livro, ter um filho e plantar uma árvore”… coisas que esperamos fazer durante a vida. Este dito popular precisa de adaptações para o século XXI e repensar. Já plantei árvores, tive 2 filhos maravilhosos e em vez de livro, resolvi escrever um #blog. Missão cumprida? Será? Quem sabe experimentar um novo hobby… viajar para países exóticos, 👀tudo isso junto… mas, eu prefiro uma atividade que que me inquiete mais do que me acalme… quero continuar a escrever… escrever… postar… aprender muito sobre as redes sociais e ver o que vira á frente.
É com muita alegria que anuncio que o meu Blog o terceiro ato na WordPress atingiu mais um marco histórico. #oterceiroato
Atingimos hoje 500.000 #visualizações; com uma média 125.000 visualizações anuais. Com 13.500 visualizações só este ano, até agora.
Queria agradecer muito a todos os meus 1.200 #seguidores 🙏🏻🥂.
Este é o 500º #post do meu blog (que começou em 2015 na WordPress) até o presente momento, geralmente edito 2 posts novos em média por semana… e outros de repente conforme os acontecimentos vão surgindo. Com assuntos variados sobre atualidades na #longevidade, avosidade, experiências de vida, morar em Portugal, #viagens, #crônicas, #aprendizagens, #positivismo com um olhar de bem com a #vida,…
Meus posts mais visualizados são estes… caso você queira dar uma olhada 👀🤩🙏🏻:
1. Eu vou ser #avó… pela primeira vez… que #felicidade!!! (29/10/2015)
Quero agradecer à todo mundo que perde um minutinho do seu dia por aqui. AMO receber os seus #comentários de carinho, confesso que isto me incentiva muitoooo. Assim como saber um pouco das vossas histórias… e contar um pouco das minhas.
Isto tudo é importantíssimo e valioso demais pra mim. A aceitação de vocês é o maior de todos os combustíveis que tenho, para a cada dia tentar fazer um trabalho ainda melhor!
Ter minhas #postagens #compartilhadas, para inspirar cada vez mais pessoas, é um grande e não tem preço.