Dar limites a seu filho desde cedo não é ser “rígido”, é educá-lo para ser um bom ser humano!
Uma reflexão valiosa sobre o valor dos limites na educação dos filhos. Confira!
Das importantes lições que todos os pais devem ensinar aos seus filhos, uma das mais valiosas é a noção de que eles vivem em um mundo compartilhado e que precisam entender até onde podem ir em suas falas e atitudes.
Estabelecer limites nos pequenos, para que eles possam ser adultos conscientes, respeitosos e de bom caráter, é algo que os pais sabem que é extremamente necessário, especialmente em um mundo onde parece tão fácil se desviar do caminho certo.
Entretanto, para alguns deles, apesar de compreenderem a necessidade desses ensinamentos, na prática, pode ser muito difícil “podar” algumas coisas em seus filhos, e pecar pela permissividade.
Seja porque foram muito “controlados” durante a própria infância e querem que seus filhos cresçam mais livres e independentes, ou porque sentem certo receio de como o “não” impactará os pequenos, esses pais deixam de ensinar e corrigir os filhos em alguns dos momentos mais importantes de suas vidas.
Também por serem guiados pelas opiniões de outras pessoas que não vivem a sua realidade, esses pais começam a enxergar qualquer tipo de limite como uma “punição” e, como consequência, permitem que as crianças façam o que quiserem.
Essa é uma escolha muito arriscada, que não leva muito tempo até provar-se verdadeiramente equivocada.
Ensinar aos filhos que não podem ter e fazer tudo o que quiserem é uma obrigação dos pais, e faz parte de uma boa e saudável criação, que ajudará as crianças a, desde pequenas, conviverem em sociedade, onde suas vontades não serão sempre aceitas e compartilhadas.
Os sonhos não determinam o lugar onde vocês vão chegar, mas produzem a força necessária para tirá-los do lugar em que vocês estão. Sonhem com as estrelas para que vocês possam pisar pelo menos na Lua. Sonhem com a Lua para que vocês possam pisar pelo menos nos altos montes. Sonhem com os altos montes para que vocês possam ter dignidade quando atravessarem os vales das perdas e das frustrações. Bons alunos aprendem a matemática numérica, alunos fascinantes vão além, aprendem a matemática da emoção, que não tem conta exata e que rompe a regra da lógica. Nessa matemática você só aprende a multiplicar quando aprende a dividir, só consegue ganhar quando aprende a perder, só consegue receber, quando aprende a se doar.
“Ser sensível nesse mundo requer muita coragem. Todo dia. Esse jeito de ouvir além dos olhos, de ver além dos ouvidos, de sentir a textura do sentimento alheio tão clara no próprio coração e tantas vezes até doer ou sorrir junto com toda sinceridade. Essa intensidade toda em tempo de ternura minguada. Esse amor tão vívido em terra em que a maioria parece se assustar mais com o afeto do que com a indelicadeza. Esse cuidado espontâneo com os outros. Essa vontade tão pura de que ninguém sofra por nada. Essa saudade, que às vezes faz a alma marejar, de um lugar que não se sabe onde é, mas que existe, é claro que existe. Essa vontade de espalhar buquês de sorrisos por aí, porque os sensíveis, por mais que chorem de vez em quando, não deixam adormecer a idéia de um mundo que possa acordar sorrindo. Pra toda gente. Pra todo ser. Pra toda vida. Eu até já tentei ser diferente, por medo de doer, mas não tem jeito: só consigo ser igual à mim.”
Bom saber que quando envelhecer podemos nos sentir assim como Augusto Branco nos diz. Leia:
Você vai envelhecer e talvez o tempo, este invejoso, queira riscar o teu rosto e apagar um pouco do brilho do sorriso teu.
Talvez você já não engate tantos olhares, nem tantos suspiros quando passar por aí,e talvez você se olhe no espelho e sinta saudade dos dias de tua juventude, mas não sinta…
Você continuará linda, porque você não é apenas uma mulher muito linda, você é uma pessoa muito linda!
E ainda que o destino fosse cruel, e quisesse colocar uma sombra sobre teu olhar, eu continuaria a olhar pra você e a te dizer o quanto você é linda, sim, linda assim, linda pra mim.
Não sou feita desse ferro que não se desgasta! Não tenho as garras afiadas de uma fera, nem respiro fogo como um dragão. Sou esta mulher que já engoliu muitos sapos e que tantas vezes virou as costas à realidade. Sofri para não magoar, curei dores que não me pertenciam e esqueci-me tratar os meus males. Cresci ao som das tristezas e os sonhos para mim foram companheiros de lágrimas, que me habituei a educar. Fiz desse mar de lágrimas o mar revolto onde por vezes soube navegar! A vida nem sempre me deu doces, mas demasiadas vezes me presenteou com limões amargos. Por isso, eu aprendi a sofrer e fui bebendo desse veneno que não me conseguiu derrubar. Não sou forte o tempo todo, sou mais frágil do que pensam. Sou feitas de todas estas fragilidades, desses retalhos que fui costurando durante toda a vida, para resistir ao frio da tempestade que soprou, mas nem assim me derrotou. Eu não sou forte, mas a fragilidade de existir fez de mim uma guerreira.”
Recebi este texto (de autoria desconhecida) em um grupo que frequento da terceira idade. Me trouxe muitas reflexões, quis compartilhar pra vcs. Leiam:
Antigamente na escola havia os: “burros”… “gordos”… “quatro olhos ou caixa de óculos”… “sem sal”… “pretos”… “japonêses”… “indianos”… “artolas”… “maricas”… etc. Os “burros” chumbavam! Não se tornavam doutores como hoje em dia. Mas a fasquia era definida pelo marrão da turma! Não era nivelada por baixo como agora. Somos todos iguais… diz-se! Antes não parecia que fossemos! Mas o “gordo” também tinha notas brutais e ninguém sabia como! Talvez porque não jogasse à bola! O “quatro olhos” tinha um sentido de humor inigualável, mas não fazia corridas pois tinha medo de cair! O “preto” jogava à bola como ninguém e fazia uns dribles inimaginável! Tinha um físico fora do comum! O “japonês” tinha vindo de outra escola, sabia muito o inglês e tinha histórias que não lembravam a de ninguém. Cada um tinha um «defeito», até um apelido… uma alcunha! Mas tinha ou lutava por ter também outras qualidades. Hoje não. Dizem que somos todos iguais. Agora, tudo ou é bullying… ou racismo… ou xenofobia… ou opressão… ou assédio… ou violência!
Antigamente, quando se era mesmo racista, levava-se um “chapadão” na tromba e aprendia-se logo que o “preto” era como nós outros! Apenas tinha cor diferente. E não era bullying!… Era “aprendizagem on job”. Aprender assim era duro pois doía e não se esquecia mais. E às vezes em casa com os pais também, se “aprendia”… e como. O exemplo era seguido. O menino ou menina “sem sal” passava despercebido(a) e sentia-se sozinho(a). Ter uma “alcunha” (apelido) diferente era de praxe. Muito comum… A diferença era vista com bons olhos. E aprendia-se algumas coisas importantes: 🤔 Rirmos de nós próprios. E não “chorarmos” porque alguém nos chamou isto ou aquilo. Assumia-se a gordura… o “esquelético”… o “quatro olhos”… e tudo o mais que viesse. Mas quando não se estava bem, quando não se gostava do apelido, fazia-se uma coisa importante:
🤩mudava-se, lutava-se por acabar com ela. Não se culpava os outros nem a sociedade.
🥺Não se faziam “queixinhas”! E falhava-se … Muitas vezes! Mas cada vez que se falhava ficava-se mais forte. E sabíamos que era assim. Que havia uns que conseguiam, outros ficavam para trás, que havia quem vencia e quem falhava.
Agora não… Todos somos iguais, há mesmo a chamada igualdade de gênero! Todos somos bons… todos merecemos… todos temos as mesmas oportunidades… todos devemos até ganhar o mesmo… todos somos vítimas… todos somos oprimidos… e todos somos parvos… porque aceitamos este ambiente do “politicamente correcto” sem dizer nada….. e até devemos dizer que somos “normais”.
Segundo o novo paradigma social, devem ter muito cuidado comigo, porque:
🙄 Sou velho ou quase… tenho mais de 50 anos… e quando chegar à aposentadoria, se chegar a tê-la, o que vai fazer de mim um tolo… improdutivo… que gasta estupidamente os recursos do Estado;
🤔 Nasci branco, o que me torna um racista;
🤔 Não voto na esquerda radical, o que me torna fascista;
🤔 Sou hetero, o que me torna um homofóbico;
🤔 Possuo casa própria, o que me torna um proprietário rico (ou talvez mesmo um latifundiário);
🤔 Gosto de cordeiro de leite, … o que me torna um abusador de animais;
🤔 Sou cristão e, embora não praticante, sou um infiel aos olhos de milhões de muçulmanos;
🤔 Não concordo com tudo o que o Governo faz, o que me torna um reaccionário;
🤔 Gosto de ver mulheres bonitas bem vestidas (ou despidas), ou super decotadas, o que me torna um tipo capaz de assediar;
🤔 Valorizo a minha identidade brasileira, de descendência portuguesa e a minha cultura europeia e ocidental, o que me torna um xenófobo;
🤔 Gostaria de viver em segurança e ver os infractores na prisão, o que me torna um desrespeitador dos direitos “fundamentais” protegidos;
🤔 Conduzo um carro a gasolina, a diesel, o que me torna um poluidor, contribuindo para o aumento de CO2;
Apesar de estes defeitos todos, acho que ainda sou feliz… era mais antes da pandemia… mas mesmo assim… considero-me um gente boa e muito feliz.
Este texto sobre o envelhecer eu gosto muito. Tenho sessenta anos. Não te iludas: não estou ainda bastante fraco para ceder às imaginações do medo, quase tão absurdas como as da esperança e seguramente muito mais penosas. Se fosse preciso enganar-me a mim mesmo, preferia que fosse no sentido da confiança; não perderia mais com isso e sofreria menos. Este fim tão próximo não é necessariamente imediato; deito-me ainda, todas as noites, com a esperança de chegar à manhã seguinte. Adentro dos limites intransponíveis de que te falei há pouco, posso defender a minha posição passo a passo e recuperar mesmo algumas polegadas do terreno perdido. Não deixo por isso de ter chegado à idade em que a vida se torna, para cada homem, uma derrota aceite. Dizer que os meus dias estão contados não significa nada; sempre assim foi; é assim para todos nós. Mas a incerteza do lugar, do tempo e do modo, que nos impede de distinguir bem o fim para o qual avançamos sem cessar, diminui para mim à medida que a minha doença mortal progride. Qualquer pessoa pode morrer de um momento para o outro, mas o doente sabe que passados dez anos já não será vivo.
A minha margem de hesitação já não se alonga em anos, mas em meses. As minhas probabilidades de acabar com uma punhalada no coração ou por uma queda de cavalo tornam-se cada vez menores; a peste parece improvável, a lepra ou o cancro afiguram-se definitivamente afastados. Já não corro o risco de cair nas fronteiras, atingido por um machado helénico ou trespassado por uma flecha parta; as tempestades não souberam aproveitar as ocasiões que se lhes ofereceram, e o feiticeiro que me predisse que eu não me afogaria parece ter acertado. Morrerei em Tíbure, em Roma ou em Nápoles quando muito, e uma crise de sufocação encarregar-se-á da tarefa. Serei levado pela décima ou pela centésima crise? É essa a única questão. Assim como o viajante que navega entre as ilhas do Arquipélago vê despontar, ao entardecer, uma espécie de névoa luminosa e descobre pouco a pouco a linha da costa, eu começo a avistar o perfil da minha morte.
Certas fracções da minha vida assemelham-se já a salas desguarnecidas de um palácio demasiadamente vasto que um proprietário empobrecido renuncia a ocupar todo.
Marguerite Yourcenar (in ‘Memórias de Adriano’, França
Meus amigos são todos assim: metade loucura, outra metade santidade. Escolho-os não pela pele, mas pela pupila, que tem que ter brilho questionador e tonalidade inquietante. Escolho meus amigos pela cara lavada e pela alma exposta. Não quero só o ombro ou o colo, quero também sua maior alegria. Amigo que não ri junto, não sabe sofrer junto. Meus amigos são todos assim: metade bobeira, metade seriedade. Não quero risos previsíveis, nem choros piedosos. Quero amigos sérios, daqueles que fazem da realidade sua fonte de aprendizagem, mas lutam para que a fantasia não desapareça. Não quero amigos adultos, nem chatos. Quero-os metade infância e outra metade velhice. Crianças, para que não esqueçam o valor do vento no rosto, e velhos, para que nunca tenham pressa. Tenho amigos para saber quem eu sou, pois vendo-os loucos e santos, bobos e sérios, crianças e velhos, nunca me esquecerei de que a normalidade é uma ilusão imbecil e estéril”