Vivemos na era do medo… Medo que o tempo se gaste… Medo de ficar só, mesmo estando acompanhado… Medo, que o medo se transforme, para outro medo que nos consome… Tanto e tanto medo, sinal deste tempo, por isso até temos medo que o medo acabe… Mesmo assim, não saímos deste impasse, para perceber que o medo se pode e deve vencer. Mesmo assim, temos tempo de sobra, para acabar com o medo e que o medo se vá embora. Mesmo assim, estamos sós, e mesmo acompanhados estamos tristes e desamparados, mas não tem que ser … Mesmo assim, existem outros medos, que nos sufocam, mas não tem que ser assim E mesmo assim, parece que o medo não tem fim… Sinais destes tempos, onde o medo é arma mortífera para viver aparentemente sem ele, e de tudo se faz para evitar o que o medo trás… Enquanto isso, anestesiados, nada fazemos e com mais medo, mais inventamos… Eu não tenho medo, tenho-me a mim, onde habita coragem sem fim… Nós somos assim… “Doidos” o suficiente para andar no meio de gente louca, com medo de coisa tanta, que tanta é coisa pouca…
Eu fui ficando quietinha, no meu canto, sozinha, me cuidando, me protegendo, me curando, me guardando.
Eu fui aguentando certas provocações calada, fui me silenciando diante de algumas mensagens afrontosas, respirando fundo, tratando das minhas feridas, e tentando me reerguer.
Me escondi em Deus, chorei com ele, pedi colo, pedi abrigo, pedi aconchego, pedi carinho, pedi que Ele me desse paz e segurança.
Eu fui contando só pra Ele aonde a dor me prendia, lhe dando permissão de arrancar tudo que não fosse Dele em minha vida – coisas, pessoas e sentimentos ruins -.
Eu só queria que o tempo passasse rápido, e que essa bagunça toda fosse ajeitada em mim.
Eu fui me perdoando pelos excessos, e pelas tantas vezes que ignorei os sinais do alto. Eu fui tentando ficar de pé sem conseguir tocar o chão.
É, eu fui forte sim, por pelo menos tentar seguir em frente sem querer despejar tudo que eu sentia em quem realmente não merecia/desconhecia.
Eu fui deixando para trás tudo que foi ruim, fui apagando cada capítulo, deletando cada palavra dita, excluindo da minha memória cada mentira recebida em forma de afetos.
Todos os dias foram difíceis, mas eu fui resistente, e na medida do possível fui me reconstruindo.
Sabe Deus o que passei, mas estes desajustes emocionais fizeram muito bem a mim. Não sou a mesma de antes, e tenho em meu coração que as reviravoltas vão chegar. Eu sei que vão.
Nada que a gente passa nessa vida fica sem uma resposta divina quando nas mãos do todo Poderoso nos colocamos em fé, oração, e confiança.
Tudo é aprendizado, e em cada lição há uma transformação precisa em nós. Aprendi a nadar, e nesses mergulhos repentinos da alma encontrei uma nova forma de viver, e um jeito muito especial de me conhecer.
A mulher aqui cresceu, nessa idade toda ela precisou crescer mais um pouco…Já vejo os sinais….♥.
Eles significam crescimento, maturidade e experiências pra lá de interessantes…Sim, Deus me fez incrível … (By Cecilia Sfalsin) . .
Aqui me vi exatamente como me sinto. Lindo e profundo o texto da minha amiga Irina Marques! Leiam:
Sou do tipo resiliente otimista e mesmo nos momentos mais difíceis que já enfrentei pela vida, que com certeza me abateram… também sempre acreditei que tudo ia passar, eu aprenderia algo novo… e iria sair dali mais forte e melhor. Tudo tem seu tempo. E cada um tem o seu. E assim aconteceu.
Lembranças trazem “mergulhos profundos”, retalhos de nós que se escancaram e trazem a tona algumas cicatrizes.
Com o tempo sei que sempre estive na hora e nos momentos certos da vida. Tudo no seu devido lugar. Gratidão por isto.
Tenho uma tendência para me esquecer facilmente das coisas, outras vezes não, as coisas marcam de forma a criar cicatriz. Quando olhamos, ela está sempre lá, e muitas vezes é costume esquecermos a história que ela tem para contar. A nossa cicatriz, é apenas nossa e só cabe a nós conseguir entender, desvendar e aprofundar as causas e consequências dela.
Muitas vezes, o que acontece, é as pessoas tomarem as nossas dores, seja por simpatia, empatia ou compaixão. Está certo, num mundo perfeito as coisas deveriam ser assim, talvez num mundo mais sentimental e menos competitivo esta, seria uma utopia perfeita. Acordamos para a vida.
Ontem, dei por mim a escrever, a escrever muito, a escrever tanto que a dor começou a tomar lugar. Questionei, encontrei respostas, voltei a questionar, vi outras perspetivas, tentei pôr-me do outro lado, voltei a escrever – criar personagens, sair da zona de conforto e observar outras realidades.
Aprendizagens que temos no decorrer da vida, por vezes esquecemos ou outras vezes abordamos de forma diferente, com tempo, aprendizagens e, o olhar não é o mesmo de hoje, de ontem, dos meses passados, dos anos… O que escrevo hoje daqui a dois anos pensarei de outra forma, é assim que tem ocorrido, tem sido uma constante. São relatos, pedaços de mim, deixados para trás para que eu própria consiga rastear.
E por ter esta tendência para me esquecer, tenho a mesma tendência a relatar, a testemunhar a minha presença e pensamento através de textos, de reflexões até mesmo para recordar. A memória é a coisa mais falível que temos, se nos lembramos de algo, não é exatamente como foi mas preenchemos essas lacunas para que isso mesmo faça sentido – ora para o bem, ora para o mal.
Nos mergulhos profundos foi onde eu encontrei as melhores explicações, o cerne da questão, a raiz. E nesses mergulhos profundos, não entendia a sua própria profundidade, ainda não entendo, continuo a mergulhar enquando as minhas forças me permitem. E quanto mais mergulho, mais são as descobertas que faço, horizontes que se relevam, testemunhos que tenho que relatar mas já não os exponho. Todos os que expus resolvi apagar, conforme referia, as palavras são minhas mas expostas podem não conseguir manifestar o que cá vai dentro.
Através da expressão e relatos guardados, é o que me permite encontrar, montar as peças e dar forma a tudo o que se passou e se encontra a passar. E muitas vezes esqueço, é verdade que esqueço, lições que aprendi e esqueci, nesses mesmos relatos estão essas lições – constantes, que me lembram – este é o caminho a tomar, ali, vais errar. Não são roteiros rígidos, são apenas registos para não me perder, novamente mas saborear a corrente. As constantes, mantêm-se nos relatos e, permitem-me desviar.
Pedaços de vida que não se compõem aqui, mas sim noutro lugar. As artes, são apenas um testemunho, do que no interno se está a passar.
Maturidade acalma. Traz sossego. Nos livra de melindres.
Gente madura olha nos olhos. Não faz chantagem emocional nem sufoca com suas carências. Gente madura compreende, não cria caso, não age pra atingir nem faz uso de indiretas. Aliás ser maduro é ser direto, objetivo. É respeitar a opinião alheia pois quer que a sua também seja respeitada. É aprender com os erros, ao invés de paralisar com eles. É ouvir mais do que fala e escutar com atenção, pois é assim que procede o aprendizado. Gente madura ri de si mesma pois sabe que o sorriso é a chave para muitas portas que a vida nos apresenta. Sabe que o bom humor é chique, que gente feliz brilha, sem precisar de Sol. E sabe também que alegria de verdade não se forja, se exercita com as próprias dificuldades da vida. Gente madura sabe o que é ser feliz. Anda devagar, por que já teve pressa e percebeu que ela não é só inimiga da perfeição. Gente madura sabe que a pressa faz passar despercebido o que realmente nos ilumina o coração.” Erick Tozzo sabe muito bem como gente madura é.
Ainda pior que a convicção do não e a incerteza do talvez, é a desilusão de um quase. É o quase que me incomoda, que me entristece, que me mata trazendo tudo que poderia ter sido e não foi. Quem quase ganhou ainda joga, quem quase passou ainda estuda, quem quase morreu está vivo, quem quase amou não amou. Basta pensar nas oportunidades que escaparam pelos dedos, nas chances que se perdem por medo, nas idéias que nunca sairão do papel por essa maldita mania de viver no outono.
Pergunto-me, às vezes, o que nos leva a escolher uma vida morna; ou melhor não me pergunto, contesto. A resposta eu sei de cor, está estampada na distância e frieza dos sorrisos, na frouxidão dos abraços, na indiferença dos “Bom dia”, quase que sussurrados. Sobra covardia e falta coragem até para ser feliz. A paixão queima, o amor enlouquece, o desejo trai. Talvez esses fossem bons motivos para decidir entre a alegria e a dor, sentir o nada, mas não são. Se a virtude estivesse mesmo no meio-termo, o mar não teria ondas, os dias seriam nublados e o arco-íris em tons de cinza. O nada não ilumina, não inspira, não aflige nem acalma, apenas amplia o vazio que cada um traz dentro de si.
Não é que fé mova montanhas, nem que todas as estrelas estejam ao alcance, para as coisas que não podem ser mudadas resta-nos somente paciência porém, preferir a derrota prévia à dúvida da vitória é desperdiçar a oportunidade de merecer. Pros erros há perdão; pros fracassos, chance; pros amores impossíveis, tempo. De nada adianta cercar um coração vazio ou economizar alma. Um romance cujo fim é instantâneo ou indolor não é romance. Não deixe que a saudade sufoque, que a rotina acomode, que o medo impeça de tentar. Desconfie do destino e acredite em você. Gaste mais horas realizando que sonhando, fazendo que planejando, vivendo que esperando porque, embora quem quase morre esteja vivo, quem quase vive já morreu.
Trabalho voluntário não é coisa de gente santa. Não é para quem quer mudar o mundo ou ser bem visto. Trabalho voluntário é para quem quer mudar a si mesmo e está disposto a aprender por meio do contato com novos mundos.
É uma excelente ferramenta de empatia, onde o aprendiz ensina mais que o professor.
Voluntariar é transbordar de tanto aprendizado e gratidão, é superar dores e desafios inimagináveis, porque vê na história do outro as bênçãos da própria vida. A nossa maior ligação é humana, feita de respeito e gentileza.
Onde existem voluntários, existe a mistura das cores, das classes, das crenças e de passados. A curiosidade pelo outro alimenta a nossa alma sedenta por sentimentos reais!
Voluntariar é doar amor para curar a dor do outro, e sem saber, descobre que esse é o remédio para curar a nossa própria.
Em todos esses mundos eu encontrei um olhar de gratidão profundo, desses que desconstroem quem achávamos que éramos e faz renascer quem realmente queremos ser nesse mundo.
Saudades… Sinto saudades de tudo que marcou a minha vida. Quando vejo retratos, quando sinto cheiros, quando escuto uma voz, quando me lembro do passado, eu sinto saudades…
Sinto saudades de amigos que nunca mais vi, de pessoas com quem não mais falei ou cruzei… Sinto saudades dos que foram e de quem não me despedi direito ! Daqueles que não tiveram como me dizer adeus; sinto saudades das coisas que vivi e das que deixei passar, sem curti na totalidade. Quantas vezes tenho vontade de encontrar não sei o que… Não sei onde… Para resgatar alguma coisa que nem sei o que é e nem onde perdi.
Sente-se num lugar calmo e iluminado. Pode ser dentro de casa, assim como no quintal, no parque, à beira mar.
Se estiver sentado em cadeira, busque uma posição confortável. Costas eretas, pés inteiros no chão. Se não houver cadeira, sente-se em posição de lótus ou o mais próximo dela. Coluna ereta. Em ambos os casos, deixe as mãos sobre as pernas, relaxadas.
Encontre um ponto à sua frente para fixar a visão e respire lentamente. Inspire e expire pelas narinas lentamente.
Agradeça ao seu Deus de devoção. Agradeça ao Universo. Agradeça a si mesmo. Sinta a presença divina ao seu redor e dentro de seu próprio coração.
Continue a respirar lentamente, mirando o ponto a sua frente.
Sinta a luz em movimento ao seu redor. Perceba a luz e as sombras. Agradeça a luz que te envolve. Reconheça que a sombra nem sempre é escuridão. É apenas um obstáculo momentâneo à passagem direta da luz. Resgate a sensação interna da luz. Respire e agradeça a luz interna e externa e perceba ali a sua essência.
Busque dentro de si amorosidade e bondade. Em oração, deseje que estes sentimentos se espalhem pelo mundo. Luz, bondade, amorosidade.
Respirando lentamente, reconheça a sua força interior. Agradeça. Perceba quando da força, toda sua coragem. Sinta-se amparado pela força do Universo. Agradeça. Em oração, deseje que estes sentimentos se espalhem pelo mundo. Luz, bondade, amorosidade, força e coragem.
Ainda com os olhos fixos no ponto, sinta como o amor cresce dentro de você. Sinta a plenitude do amor universal dentro do seu coração e da sua mente consciente.
Agradeça. Perceba que amor atrai amor. Luz atrai mais luz. Harmonia atrai harmonia.
Perceba que com o coração leve de tanto amor; com a mente forte pelo reconhecimento de sua coragem, ainda que fatos negativos lhe atinjam, você estará pronto para enfrenta-los. Deixe o amor e paz universais fluírem dentro de você. Permita que eles transcendam seu interior.
Seja um farol de luz.
Seja fonte de força e coragem.
Seja a paz e o amor que tanto almeja.
Inspire e expire fundo ainda lentamente. Agradeça pelo que é.
Mais que tudo, permita-se ser.
*Publicado no site osegredo.com.br em 02.05.18 – Ativando sua essência – by Gicapinica