Aqui me vi exatamente como me sinto. Lindo e profundo o texto da minha amiga Irina Marques! Leiam:
Sou do tipo resiliente otimista e mesmo nos momentos mais difíceis que já enfrentei pela vida, que com certeza me abateram… também sempre acreditei que tudo ia passar, eu aprenderia algo novo… e iria sair dali mais forte e melhor. Tudo tem seu tempo. E cada um tem o seu. E assim aconteceu.
Lembranças trazem “mergulhos profundos”, retalhos de nós que se escancaram e trazem a tona algumas cicatrizes.
Com o tempo sei que sempre estive na hora e nos momentos certos da vida. Tudo no seu devido lugar. Gratidão por isto.
Tenho uma tendência para me esquecer facilmente das coisas, outras vezes não, as coisas marcam de forma a criar cicatriz. Quando olhamos, ela está sempre lá, e muitas vezes é costume esquecermos a história que ela tem para contar. A nossa cicatriz, é apenas nossa e só cabe a nós conseguir entender, desvendar e aprofundar as causas e consequências dela.
Muitas vezes, o que acontece, é as pessoas tomarem as nossas dores, seja por simpatia, empatia ou compaixão. Está certo, num mundo perfeito as coisas deveriam ser assim, talvez num mundo mais sentimental e menos competitivo esta, seria uma utopia perfeita. Acordamos para a vida.
Ontem, dei por mim a escrever, a escrever muito, a escrever tanto que a dor começou a tomar lugar. Questionei, encontrei respostas, voltei a questionar, vi outras perspetivas, tentei pôr-me do outro lado, voltei a escrever – criar personagens, sair da zona de conforto e observar outras realidades.
Aprendizagens que temos no decorrer da vida, por vezes esquecemos ou outras vezes abordamos de forma diferente, com tempo, aprendizagens e, o olhar não é o mesmo de hoje, de ontem, dos meses passados, dos anos… O que escrevo hoje daqui a dois anos pensarei de outra forma, é assim que tem ocorrido, tem sido uma constante. São relatos, pedaços de mim, deixados para trás para que eu própria consiga rastear.
E por ter esta tendência para me esquecer, tenho a mesma tendência a relatar, a testemunhar a minha presença e pensamento através de textos, de reflexões até mesmo para recordar. A memória é a coisa mais falível que temos, se nos lembramos de algo, não é exatamente como foi mas preenchemos essas lacunas para que isso mesmo faça sentido – ora para o bem, ora para o mal.
Nos mergulhos profundos foi onde eu encontrei as melhores explicações, o cerne da questão, a raiz. E nesses mergulhos profundos, não entendia a sua própria profundidade, ainda não entendo, continuo a mergulhar enquando as minhas forças me permitem. E quanto mais mergulho, mais são as descobertas que faço, horizontes que se relevam, testemunhos que tenho que relatar mas já não os exponho. Todos os que expus resolvi apagar, conforme referia, as palavras são minhas mas expostas podem não conseguir manifestar o que cá vai dentro.
Através da expressão e relatos guardados, é o que me permite encontrar, montar as peças e dar forma a tudo o que se passou e se encontra a passar. E muitas vezes esqueço, é verdade que esqueço, lições que aprendi e esqueci, nesses mesmos relatos estão essas lições – constantes, que me lembram – este é o caminho a tomar, ali, vais errar. Não são roteiros rígidos, são apenas registos para não me perder, novamente mas saborear a corrente. As constantes, mantêm-se nos relatos e, permitem-me desviar.
Pedaços de vida que não se compõem aqui, mas sim noutro lugar. As artes, são apenas um testemunho, do que no interno se está a passar.
Heloísa poetisa me fez refletir sobre tudo que estamos passando.
No ano de 2020 o mundo foi acometido por uma grave pandemia viral. As famílias ficaram mais unidas e aprenderam a se amarem e perceberam enfim a importância de um abraço, principalmente entre não familiares. Aprenderam dividir o pouco, o muito, a regrar, brincar, ouvir, a serem solidários ate com desconhecidos tornando-se mais humildes uns para com os outros. As datas festivas e as reuniões nos finais de semana com amigos ou familiares provaram o quanto essas reuniões fazem falta. Aprenderam o que é saudade. Aprenderam a usar um outro tipo de vestimenta; mascara sobre nariz e boca e luvas nas mãos.
Sentiram a perda de seus entes queridos e de amigos. Não foi morte súbita ou por bala perdida ou por perder lentamente por uma doença terminal e nem porque já eram idosos. Foi doença seguida de morte vindo de uma contaminação, tragava em poucos dias mesmo com todos os esforços dos Profissionais de saúde, Hospitais de campanha, distribuição gratuita de mascaras e testes feitos em todos os Postos de saúde e Hospitais. Contaminava crianças, adultos, idosos, independente da classe social, credo religioso, poder aquisitivo, nação ou gênero sexual.
As mamães de 2020 abraçavam seus bebezinhos. Mais muitas perderam suas vidas ou maridos e tantos familiares sem ter a oportunidade de abraçá-los naquele momento e ate para uma ultima despedida. Muitas crianças tornaram-se órfãs e os menorzinhos não entendiam por que só podiam ver o vôvô e a vóvó por vídeo. Pela maior permanência em casa de adultos sem comparecerem ao trabalho semanal, de crianças sem irem a Escola secular e sem atividades físicas ou recreativas com amigos; a obesidade, depressão, divórcios tiveram aumento considerável. Bem como a agressão as mulheres e abuso sexual de crianças e adolescentes.
Os cachorros de rua perambulavam desnorteados. Os restaurantes não abriram nos finais de semana os bares não funcionaram e as ruas ficaram vazias. A pandemia fechou as lojas por vários períodos, ocasionando demissões em massa e ao reabrirem suas portas, muitos enceram suas atividades comerciais sem condição financeira de prosseguir. A rede de entrega a domicilio, contratação de motoboy e o comercio virtual cresceu demasiadamente criando novas fontes de emprego.
Enquanto que as aulas seculares passaram a ser via redes sociais criando muita polemica entre as diferenças do poder aquisitivo das famílias das crianças ate mesmo da rede de ensino Particular; por outro lado serviram de sociabilidade, entretenimento e acessibilidade aos que não podiam sair de casa. Abrindo um leque de sugestão e interesse de gêneros como concertos musicais, sarais culturais, shows, reuniões, lives entre outros.
Todas as competições esportivas ficaram paralisadas. Ocasionando grandes prejuízos quando retornaram a competir principalmente sem a presença dos torcedores.
Casamentos foram só nos cartórios respeitando todos os cuidados de prevenção. Viagens e festas não aconteceram bem como datas comemorativas culturais, cívicas, festa de 15 anos, formatura e nem corpo para o velório… Não sabemos quando tudo isto vai acabar. Mudanças ocorrem todos os dias. Com as vacinas chegando muitas coisas melhoraram e teve uma luz no fim do túnel. Cada país está numa fase. Um dia este novo mundo surgirá onde muita coisa pode voltar enquanto outras serão muito diferentes.
Recordar-se não é o mesmo que lembrar-se; não são de maneira nenhuma idênticos. A gente pode muito bem lembrar-se de um evento, rememorá-lo com todos os pormenores, sem por isso dele ter a recordação. A memória não é mais do que uma condição transitória da recordação: ela permite ao vivido que se apresente para consagrar a recordação. Esta distinção torna-se manifesta ao exame das diversas idades da vida. O velho perde a memória, que geralmente é de todas as faculdades a primeira a desaparecer. No entanto, o velho tem algo de poeta; a imaginação popular vê no velho um profeta, animado pelo espírito divino. Mas a recordação é a sua melhor força, a consolação que os sustenta, porque lhe dá a visão distante, a visão de poeta. Ao invés, o moço possui a memória em alto grau, usa dela com facilidade, mas falta-lhe o mínimo dom de se recordar. Em vez de dizer: «aprendido na mocidade, conservado na velhice», poderíamos propor: «memória na mocidade, recordação na velhice». Os óculos dos velhos são graduados para ver ao perto; mas o moço que tem de usar óculos, usa-os para ver ao longe; porque lhe falta o poder da recordação, que tem por efeito afastar, distanciar.
A feliz recordação do velho é, como a feliz facilidade do moço, um gracioso dom da natureza, da natureza que protege com seus cuidados maternais as duas idades da vida que mais precisam de socorro, se bem que, em certo sentido, sejam também as mais favorecidas. Mas é por isso também que a recordação, tal como a memória, muitas vezes não passa de portadora dos dados mais acidentais.
Apesar de se distinguirem por grande diferença, a recordação e a memória são por vezes tomadas uma pela outra. A recordação é efectivamente idealidade, mas como tal, implica uma responsabilidade muito maior do que a memória, que é indiferente ao ideal.
A recordação tem por fim evitar as soluções de continuidade na vida humana e dar ao homem a certeza de que a sua passagem pela terra efectua uno tenore, num só traço, num soporo, e pode exprimir-se na unidade. Assim se liberta ela da necessidade em que a língua se encontra de repassar incessantemente pelas mesmas tagarelices, para reproduzir aquelas de que a vida se encontra repleta. A condição da imortalidade do homem é que a vida dele decorra uno tenore.
Todos os meus pais… Hoje minha mãe completaria mais um aniversário… faria 93 anos. São 3 anos que ela descansou 🙏🏻. Sinto tanta falta dela 👀🙏🏻 Penso neles com imenso amor no meu outono. Eram pais para todas as estações
Leandro Karnal, O Estado de S.Paulo 14 de março de 2021, publicou este texto. Um texto onde senti exatamente o que passei no decorrer da vida. O amor ❤️… as mudanças em cada fase nossa da vida e de nossos pais… as perdas… a saudade 💓. Os começos e recomeços. Leiam:
Eu era criança, terceiro de quatro filhos de uma família de classe média do interior do Rio Grande do Sul. Minha mãe, como se dizia na época, era “do lar”. Meu pai, advogado, político e professor. A infância foi consumida entre o colégio católico, brincar e ir para a praia no verão. De quando em vez, ficar na casa da minha avó materna. A autoridade dos meus pais era inquestionável, especialmente da minha mãe. Ambos pareciam sábios. Minha confiança era absoluta. Machucados, fome, compra de roupas, autorizações em geral? Favor dirigir-se ao balcão materno. Dúvidas de livros, pedidos de verba suplementar, questões vernáculas? O guichê era o paterno. O mundo era sólido, o amor parecia perfeito e tudo transcorria entre natais abundantes, ninhos de Páscoa, churrascos e a voz grave da babá com o original nome (verdade!) de… Zelosa. Fazia redações em maio e agosto sobre a perfeição dos pais.
Eu cresci ou mudaram os natais? Na adolescência, passei a me irritar com meu pai. “Você é filho do dr. Karnal?”, a frase obrigatória me perturbava na cidade pequena. Meu ser, em ebulição hormonal e descontrole, via defeitos enormes no homem que me gerara. Entre outros, graves, crime de lesa-pátria, erros hediondos: ele sempre fazia a sesta depois do almoço! Em outra ocasião, faltou a um recital de piano meu. Já imaginaram a gravidade disso? Deveria perder o então existente princípio do pátrio poder! Minha mãe me parecia invasiva e autoritária, sempre querendo saber de tudo. A comida e o dinheiro continuavam interessantes, mas os geradores dos bens não! Eu achava que os pais dos meus colegas de escola, em geral, pareciam melhores do que os meus.
Cresci. Entre a admiração cega da infância e a distância irrefletida da adolescência, surgiu a terceira geração de pais na minha consciência: seres humanos amorosos e com defeitos, a quem eu devia quase tudo. Morando fora, tinha saudade aguda de casa e da família. Um dia, olhando um velho relógio de pulso que meu pai me dera e que era dele havia décadas, chorei por muito tempo. Estudava longe e o frio do mundo aquecia a memória do lar.
Houve um quarto parto de pais. Eles envelheceram e foram amparados e cuidados por todos nós. Achaques da idade, declínios de memória, médicos em profusão, manias geriátricas: os quatro filhos viraram pais dos pais.
Na velhice deles, inverteu-se o curso do rio. Agora a água do afeto era para os dois. Os natais? Os aclamados e aguardados natais familiares eram organizados por nós. O objeto da nossa natividade? Eles. A parte chata (louça, cardápio, músicas, decoração e pagamentos) era nossa. A parte lúdica era deles. A cada celebração, muitas alegrias e uma pergunta velada: estarão aqui no ano que vem? A vida foi se tornando frágil e a chama da vela da existência parecia bruxulear.
Um dia, houve uma visita a um oncologista que determinou uma angustiante notícia e um horizonte de brevidade para meu pai. Foi devastador. Chegava o temido fim. Sete anos depois e infindáveis internações, apagou-se a vida da minha mãe.
Sem eles, emergiu a última memória e o derradeiro parto. Saudade forte, choros de quando em vez, humor nas lembranças e repetição de frases e hábitos. As lembranças tornaram-se cálidas. Toda vez que uso uma abotoadura do meu pai ou quando vejo uma foto da minha mãe, voltam-me universos dos muitos progenitores que eu tive, reunidos sob dois nomes apenas.
Os natais continuaram, as páscoas seguiram, os netos cresceram… Pais perfeitos, imperfeitos, humanos, canonizados, relembrados, reais, reinventados a cada nova curva da nossa biografia. Estão lá, sempre os mesmos e sempre diversos. As figuras variam de acordo com o grau dos óculos que utilizo e da minha vida que avança.
Como você, querida leitora, como você, estimado leitor, tive muitos pais e apenas dois. O recorte do amor é atemporal, a percepção dele depende do tempo.
Vi meus pais sob a luz forte do verão e no declínio do inverno. Penso neles com imenso amor no meu outono. Eram pais para todas as estações. Eles eram, afinal, o tronco que perde folhas, mas está sempre lá.
Várias vezes vi jovens fazendo o mesmo que eu fiz. Críticos dos pais, irritados, sentindo-se infelizes com idiossincrasias maternas ou paternas. Entendo perfeitamente. Aceito, igualmente, que a mangueira dará manga e que nunca estarei longe do pé ao cair da copa original. Sou o fruto de árvores genéticas e psíquicas. Tenho história, tenho biografia, tenho DNA e estrutura deles. E quando alguém rola, rola e rola para longe, irritado com as árvores geradoras, eu sorrio: vá florescer em outro sítio, querida manga rebelde. Faça tudo diferente e… gere mangas originais, só suas, absolutamente suas e… idênticas às frutas de onde você fugiu. Não é uma maldição. É um legado! A herança do amor. Apague tudo, delete o máximo possível, rasgue e queime lembranças: um sorriso afetivo de um casal continuará lá…
Choro hoje, atravessado pela saudade e pela vontade enorme de um momento a mais com eles. Ah, se eu soubesse amar do jeito que fui amado! Boa semana para pais e filhos. Esta história nunca poderá ser reparada.
O sistema público de saúde em Portugal é o que atende a maioria das pessoas, e tem boa qualidade, inclusive se comparado com hospitais particulares do Brasil. Os hospitais são bem equipados, com atendimento de qualidade e não precisa esperar dias para ser atendido. Mas também diferente do Brasil, não é gratuito. Porém, os valores não são abusivos, como no Brasil.
Brasileiros podem usar a saúde pública em Portugal?
Sim! Seja você uma pessoa que mora, trabalha e reside em Portugal, você tem o direito de usar a saúde pública em Portugal.
Será necessário solicitar o PB4 ainda no Brasil para usufruir do direito. O PB4 (gratuito) é um acordo entre Brasil e Portugal no qual todo beneficiário do INSS tem direito a atendimento nas redes de saúde pública dos países que fazem parte do acordo, pagando o mesmo que um cidadão local. Mas lembramos: é preciso apostilar o documento segundo a Convenção de Haia.
Como usar o PB4 em Portugal? Plano de Saúde em Portugal
Quais os documentos para morar em Portugal?
Quando um estrangeiro se muda para Portugal pode ficar bem confuso sobre os documentos necessários no país europeu e isso é extremamente normal. Mas depende de cada caso. De forma geral, os documentos básicos para morar em Portugal são:
• Passaporte válido;
• Visto;
• Seguro Viagem ou PB4;
• Comprovante de capacidades financeiras.
Se você vai levar sua família que não possui cidadania europeia, será necessário fazer o reagrupamento familiar. Veja os documentos necessários para o reagrupamento familiar em Portugal.
Vale a pena morar em Portugal?
Em resposta direta, na minha opinião vale sim! Mas isso é a minha opinião, vale para o meu estilo de vida e para os meus objetivos. Você terá que avaliar o seu caso, mas vou dar umas dicas que podem te ajudar.
Para quem vale a pena morar em Portugal:
• Pessoas que dão mais valor a qualidade de vida do que a ganhar muito dinheiro;
• Pessoas que gostam de uma vida mais calma;
• Pessoas que têm ou pretendem ter filhos;
• Aposentados e pensionistas com uma renda razoável.
Para quem talvez não seja um bom negócio:
• Pessoas que gostam de viver em grandes metrópoles;
• Pessoas que querem ganhar um bom dinheiro com trabalhos não técnicos/especialistas;
• Pessoas que não têm um bom planejamento financeiro para se sustentar até que a vida se encaminhe por aqui.
Eu prefiro dizer que você precisa olhar o seu caso e não se basear no meu, porque diariamente falo com pessoas que querem vir morar em Portugal e muitas vezes elas tem expectativas que o país não corresponde.
Por exemplo, diferente dos Estados Unidos, aqui ninguém vai conseguir chegar e arrumar um emprego para limpar chão (ou qualquer outro serviço braçal) e através desse emprego vai conseguir ter uma boa qualidade de vida, adquirir imóveis, etc.
Eu acompanho a muito tempo Erick do Eurodicas. Está sempre orientando e nos atualizando sobre como é para brasileiros morar em Portugal. Assim nasceu o Eurodicas. Atualizado em. 2021. Morar em Portugal aposentado:
Desde que Portugal criou um visto especial para pessoas que possuem rendas próprias (aposentados ou não), o país tem recebido anualmente milhares de aposentados que veem aqui a oportunidade de viver melhor, gastando menos do que gastavam no Brasil e com muito mais segurança.
Sem dúvida, é uma escolha acertada. O custo de vida em Portugal pode ser até 50% mais barato caso vá viver em cidades pequenas de Portugal, e além disso, os aposentados brasileiros acabam conseguindo ter um conforto muito maior, além de se sentirem mais seguros, respeitados e acolhidos.
Sem dúvida o custo de vida em Portugal é um dos itens que você deve considerar antes de mudar para o país. O custo de vida vai depender da cidade que você escolher para viver e do seu estilo de vida.
Lisboa e Porto são as cidades mais caras para morar em Portugal, mas também é onde mais tem oportunidades de trabalho e onde pagam melhor, ou seja, uma coisa compensa a outra.
Se considerar um casal, sem filhos, vivendo em um apartamento bem localizado com um quarto, incluindo as contas básicas (água, luz, telefone, internet) e comida, o custo de vida por cidade seria mais ou menos assim:
• Lisboa – 2.000€;
• Porto – 1.500€;
• Braga – 800€;
• Coimbra – 700€;
• Guimarães – 700€.
Claro que essa é uma conta genérica, onde o seu estilo de vida e principalmente que tipo de imóvel quer alugar, vai fazer toda a diferença.
Esses são os custos mínimos para viver uma vida econômica em cada uma das cidades.
Dados Numbeo
O site Numbeo, que calcula custo de vida ao redor do mundo, informa que uma pessoa sozinha precisa de 556,89 euros mensais (sem o valor do aluguel incluído) para morar em Lisboa.
Já para o Porto, uma pessoa sozinha precisaria de 549,62 euros mensais (sem o valor do aluguel incluído) para viver na cidade de forma econômica.
Na cotação do euro de fevereiro de 2021, isso representaria R$3.627 mais aluguel para Lisboa e R$3.580 mais aluguel para o Porto. Mas afinal, quanto custa o aluguel? Veja abaixo.
Aluguel em Portugal
Nos últimos anos, Portugal sofreu um boom com a chegada de uma grande quantidade de pessoas que vieram em busca de emprego, educação e mais qualidade de vida. Com a grande procura de casas, o fenômeno do aumento dos valores aconteceu.
Entretanto, diante do cenário da pandemia de coronavírus, os alugueis em Portugal sofreram uma leve retração, especialmente em Lisboa e Porto. Isso aconteceu devido à queda do turismo, e os proprietários de apartamentos tiveram de adaptar os custos dos aluguéis à realidade de quem mora em Portugal.
Atualizamos os valores em 15 de fevereiro de 2021 e eles estavam ligeiramente mais baixos do em dezembro e janeiro:
Veja abaixo exemplos dos valores de aluguel no país: Respectivamente
Lisboa
Porto
Braga
Apartamento de 1 quarto no centro
827€
693€
547€
Apartamento de 1 quarto fora do centro
638€
517€
400€
Apartamento de 3 quartos no centro
1.515€
1200€
861€
Apartamento de 3 quartos fora do centro
1.028€
870€
626€
Comprar imóvel em Portugal
Se ao invés de morar de aluguel em Portugal, você tem a intenção de comprar ou financiar um imóvel no país, é preciso estar atento à toda a legislação vigente, agendar visitas ao imóvel, tratar do contrato, dos impostos, do registro e escritura, etc.
O valor dos imóveis para compra, no entanto, não apresentou a retração percebida nos imóveis para arrendar.
Para que você tenha uma ideia, veja os valores do metro quadrado nas três principais cidades que os brasileiros escolhem para morar em Portugal:
Lisboa
Porto
Braga
Preço do m² para apartamento no centro
De 3 mil € a 7 mil €
De 2 mil € a 4.166 €
De 1.300€ a 2.000€
Preço do m² para apartamento fora do centro
De 1.600€ a 4.000€
De 1.200€ a 2.300 €
De 900€ a 1.200€
Como enviar dinheiro para Portugal para aluguel ou compra de imóveis?
Seja para alugar ou para comprar um imóvel em Portugal, você vai precisar realizar uma transferência de um valor elevado para o país.
Para alugar, normalmente os estrangeiros precisam adiantar alguns meses de aluguel ou caução, já que a maioria não tem um fiador no país. Os senhorios ou imobiliárias costumam pedir de 1 a 6 meses de aluguel adiantado para garantir o imóvel.
Melhores formas de enviar dinheiro para Portugal
Se a sua intenção é alugar ou comprar imóvel em Portugal, precisa pesquisar a melhor forma de enviar o dinheiro. Aqui no Euro Dicas nós já fizemos o teste com as principais formas de envio de dinheiro.
Os bancos são a forma mais tradicional e mais cara para o envio de dinheiro, a nossa recomendação é o uso de plataformas online de envio de dinheiro regulamentadas pelo Banco Central (BACEN). Elas são seguras, trabalham com o câmbio comercial (que é mais barato que o câmbio turismo), têm tarifas muito mais baixas e tempo de entrega do dinheiro é curto.
Já fizemos o teste com a TransferWise, a Remessa Online, a Western Union e a Moneygram. Todas as listadas são de confiança.
Atualização: nesse momento, a TransferWise não está enviando dinheiro em reais para o exterior, devido ao fim da parceria com o MS Bank, que era correspondente cambial da plataforma no Brasil. Nesse momento, a melhor forma de enviar dinheiro para Portugal é através da Remessa Online.
Como calcular o meu custo de vida em Portugal?
Bom, como falamos, os valores acima são genéricos, resultado da média da colaboração de milhares de pessoas que vivem em Portugal e informam o quanto gastam por mês. Para saber o quanto você vai gastar nós sugerimos que você pegue um papel e caneta e faça o seguinte exercício:
• Entre nos sites de imobiliárias em Portugal e veja alguns imóveis que gostaria de morar e o quanto eles custam, anote o valor do aluguel;
• As contas da casa em Portugal variam entre 60€ e 150€ mensais para duas pessoas, em média. Essa variação acontece porque no inverno o consumo de eletricidade aumenta bastante, portanto, sugerimos que aponte cerca de 120€ mensais por segurança;
• Entre nos sites de supermercado em Portugal e faça uma simulação de compra online dos produtos que você normalmente consome no Brasil, anote o valor da compra mensal;
Se você tiver filhos em idade escolar ou na Universidade, ou se você for estudar no país, vale a pena pesquisar também os custos com educação e somar ao montante acima.
Pronto, ao somar o valor total, você terá os gastos básicos do seu custo de vida. Lembre-se que não estão incluídos gastos com lazer, farmácia, restaurantes, etc. Por isso o valor não é absoluto, apenas uma estimativa.
Quanto dinheiro levar para morar em Portugal?
Para saber quanto dinheiro levar para morar em Portugal, primeiro você precisa calcular o seu custo de vida (veja o exemplo no tópico acima) e aplicar uma “fórmula” que é:
(Custo de vida x 6) + (valor do aluguel x 3) = valor mínimo da reserva financeira.
Isso porque, na minha opinião, você deve ter no mínimo 6 meses do valor mensal guardado, para um eventual problema, e o valor de 3 meses do aluguel será necessário para ser “caução” na hora de alugar o imóvel.
Portanto, vamos supor que você pretende morar em Braga. O custo de vida para um casal é de pelo menos 800€/mês e vai alugar um apartamento de 1 quarto no centro por 515€.
Portanto, você precisaria de 1.545€ de aluguel e caução + 4.800€ para garantir o custo de vida por 6 meses. O total de 6.345€ totaliza por volta de R$41.330 (na cotação do euro de 15/02/2021 a 1€ = R$6,51). E lembramos que esse é o valor mínimo, é sempre bom contar com cerca de 10% a 30% a mais para imprevistos.
A avó se maquiava no banheiro, sob o olhar atento do pequeno neto, como sempre fazia. Depois de aplicar o batom e se preparar para sair, o garotinho disse: “Mas vovó, você esqueceu de dar um beijo de despedida no guardanapo!” Certamente a vovó nunca pintará a boca novamente sem dar ‘o beijo de despedida’ para o guardanapo.
Meu neto me ligou outro dia para me desejar um feliz aniversário. Ele me perguntou quantos anos eu tinha e eu lhe disse que tinha 64 anos. Meu neto ficou pensativo por um tempo e depois me perguntou: você começou do 1?
Depois de colocar os netos na cama, uma avó vestiu sua velha camisola e chinelos e se preparou para lavar o cabelo. Na medida em que ela ouviu a farra que os meninos faziam, sua paciência se esgotou. Ela enrolou uma toalha na cabeça, entrou como um furacão no quarto e colocou as crianças de volta na cama com uma bronca. Assim que saiu da sala, ela ouviu o menor de todos dizer com uma voz trêmula: Quem era aquela?
Uma avó contou à neta como era sua infância: “Andamos de skate com uma prancha pequena e também tivemos um balanço feito de pneu pendurado em uma árvore em frente à casa. Andávamos em um burro e pegávamos mangas nas arvores. A garota ficou sem palavras me ouvindo. Finalmente ela disse: “Eu deveria ter te conhecido muito antes”.
O neto de uma amiga me visitou um dia e de repente ele disse: — Vovó, você sabe como você e Deus se parecem? E eu, perguntei a ele: — Não, por quê?” E ele me soltou: — Ambos são velhos”.
Uma garotinha estava ocupada digitando no computador do vovô e disse que estava escrevendo uma história. “O que é isso?”, Perguntou o velho. — Não sei, respondeu ela, não sei ler”.
Eu não sabia se meu neto já havia aprendido a reconhecer cores, então decidi dar uma olhada. Então eu estava apontando as coisas e perguntando a ela as cores de objetos. Então, depois de um tempo, sempre respondendo corretamente ele foi até a porta, e me disse: “Vovó, acho que você pode reconhecer essas cores por si mesmo”.
Quando meu neto me perguntou quantos anos eu tinha, brincando, lhe disse que não tinha muita certeza. Ele me aconselhou : — Olhe para a etiqueta da sua blusa, na minha diz 4 a 6 anos.
Eles perguntaram a um garoto de 6 anos onde sua avó morava e ele respondeu: — Ah, ela mora no aeroporto, porque quando queremos vê-la, vamos procurá-la lá. Então, depois que ela nos visita, nós a levamos de volta ao aeroporto.
Meu avô é o mais inteligente de todos! Ele me ensina muitas coisas boas, mas não o vejo com frequência suficiente para me tornar tão inteligente quanto ele. Histórias de AVÓS para AVÓS🤩
As vezes pensamos em mudar muitas coisas para o próximo Ano ou quase tudo. Ano novo vem chegando. Mas não precisa de tudo isso, basta ter um olhar positivo sobre o que foi e o que virá. Em 2021 muitas coisas estão por vir… muitas mudanças acontecendo no dia a dia. Algumas boas outras nem tanto. Cabe a nós refletir sobre o que queremos para frente. A pandemia tem nos trazido um novo normal… um novo tempo, muito diferente dos anteriores. Ansiedade pelas vacinas que possa nos protegerão do coronavírus tem sido uma prioridade para todos. Esta cada vez mais perto de acontecer, mas… Como será? Aos poucos vamos descobrindo e nos adaptando. Tudo vai passar! Pra melhor no meu olhar otimista em relação à qualidade de vida. Feliz Ano Novo meus amigos… Que você realize todos os seus sonhos. Muita paz, amor e saúde! Gosto deste texto de Drummond… com um pouco de mim…
Para você ganhar belíssimo Ano Novo cor de arco-íris, ou da cor da sua paz, Ano Novo sem comparação como todo o tempo já vivido (mal vivido ou talvez sem sentido) para você ganhar um ano não apenas pintado de novo, remendado às carreiras, mas novo nas sementinhas do vir-a-ser, novo até no coração das coisas menos percebidas (a começar pelo seu interior) novo espontâneo, que de tão perfeito nem se nota, mas com ele se come, se passeia, se ama, se compreende, se trabalha, você não precisa beber champanha ou qualquer outra birita, não precisa expedir nem receber mensagens (planta recebe mensagens? passa telegramas?).
Não precisa fazer lista de boas intençõespara arquivá-las na gaveta. Não precisa chorar de arrependido pelas besteiras consumadas nem parvamente acreditar que por decreto da esperança a partir de janeiro as coisas mudem e seja tudo claridade, recompensa, justiça entre os homens e as nações, liberdade com cheiro e gosto de pão matinal, direitos respeitados, começando pelo direito augusto de viver. Para ganhar um ano-novo que mereça este nome, você, meu caro, tem de merecê-lo, tem de fazê-lo de novo, eu sei que não é fácil, mas tente, experimente, consciente. É dentro de você que o Ano Novocochila e espera desde sempre.
Texto (extraído do “Jornal do Brasil”, Dezembro/1997) – Carlos Drummond de Andrade
Aprendi que a vida é feito de surpresas. As vezes assusta rsrsrs. Tudo tem seu tempo e hora certa pra acontecer. Nem tudo o que desejamos vem na hora que esperamos. As vezes vem antes, outras bem depois… outras nem chegam a acontecer. Deus sabe o que é melhor para cada um de nós. Tenho certeza disto.
Tudo é uma questão de aceitação e adaptação. Remamos conforme a maré, mudamos de rumo, se necessário quantas vezes forem preciso. Escolhas são feitas.
Ações trazem consequências, desafios e conquistas virão… apenas preste atenção! Intuição!!! Meu sexto sentido funciona bem.
Esperamos, paralisamos ou seguimos em frente aprendendo e sendo otimistas com o que a vida nos oferece. Não adianta brigar ou desanimar. Eu sigo caminhando inteira, intensa, feliz e em paz. Resiliência, fé, paciência e esperança nos trazem sabedoria e luz. Amor, gratidão e sonhos trazem leveza. Sou grata por tudo que conquistei… pela minha família e pelos amigos que tenho. Sinto-me abençoada.
Quando eu penso que quando comprei o “nosso” apartamento do Guaruja… penso logo que 🤩 não foi só isso. Foi muito mais!!!!
Foram todas as memórias de família… as minhas e as nossas… com muitos objetos significativos e de tantas fotos que falam.
Junto agregou-se doces lembranças desde a minha adolescência, maturidade até o meu envelhecimento… ⭐️ de filha, de irmã, de esposa, de mãe e de avó. Trouxeram assim tudo… tudooooo junto e misturado… desde a minha época vivida… assim como a dos meus filhos da: infância, adolescência e juventude… dos enteados… como a de meus familiares.
Quantos Ano Novos, finais de semana feriados, férias passamos juntos aqui. Quantas alegrias aconteceram 🤩🥂
Neste pacote vieram histórias construídas ao longo deste tempo todo. Veio sim 👀 carregado de memórias afetivas 🤩🙏🏻. Infinitas! Não podia ser melhor. E vem muito mais…
Com o tempo 🤩 Repaginando cada pedacinho, com muito amor e carinho 😍, agora sim…
Estamos preparados para novas etapas… que ainda trarão muitas e outras 🥂⭐️🍷 novas alegrias… Mais histórias a serem contadas 🙏🏻👀🤩, para o meu legado😍🙌🏻. Basta só viver um dia de cada vez, saboreando cada momento.
Sempre gostei de conhecer dicas pra envelhecer bem. Geralmente a maioria delas fala sobre bom humor, cuidados com a saúde (bons hábitos alimentação, movimentar-se…) e aprender entre outros. Isto sempre me faz refletir que temos mais tempo de vida hoje, e precisamos usar muito bem. Esta entrevista eu achei bem interessante. Leia:
Dê uma boa olhada na foto abaixo. Somos eu e Eugênia Fischer, avó de uma grande amiga, que, desde que comecei a escrever o Ageless, me dizia: “Você precisa conhecer minha avó”. O retrato foi feito no nosso encontro para um café na última semana (mostrei mais fotos e vídeos com ela no meu Instagram, me siga lá: @silviaruizmanga). #eugeniafischer #silviaruizmanga
Posso dizer que foi uma das entrevistas mais emocionantes que já fiz. Por que? Porque a Eugênia tem nada menos do que 103 anos e é uma das mulheres mais inspiradoras que eu conheci. E depois do nosso papo o significado de Ageless, sem idade, ganhou ainda mais sentido para mim. Eugênia é a prova viva de que idade não é limite para nada. #ageless
Ela nasceu em Buenos Aires e se mudou para o sul do Brasil ainda criança. Como a maior parte das mulheres de sua época, casou cedo, teve três filhos, era dona de casa, nunca precisou trabalhar. Mas diferente também das mulheres do seu tempo, Eugênia não se acomodou com essa vida. Dentro dela havia uma mulher cheia de opinião e com necessidade de independência. Depois dos 50 anos ela achou que era hora de sair da gaiola. A primeira providência foi terminar um casamento que não a fazia feliz. E o começo da fase mais feliz da vida dela foi justamente aí, depois dos 50!
Pratique o otimismo:
A querida dona Eugênia me deu algumas lições de vida que vão me acompanhar em 2020 e para sempre:
“Saber envelhecer é uma arte. Eu sei envelhecer. Eu recebo tudo da maneira que tenho que receber. E mesmo as situações mais difíceis eu consigo superar. Porque eu sou otimista! “
A vida nem sempre foi tranquila, Eugênia perdeu muitas pessoas queridas ao longo da jornada, inclusive uma das filhas recentemente. Mas ela segue com um olhar de otimismo e bom humor impressionantes. “A gente tem que aprender a deixar as coisas passarem, sem nos abater. Tudo melhora. “
Livre-se de relações tóxicas:
Terminar um casamento depois dos 50 anos é sempre muito difícil. O medo de ficar sozinho ou de não ter um companheiro para o fim da vida, por exemplo, pode fazer muita gente manter uma relação mesmo que ela faça mais mal do que bem. “Hoje eu não me casaria jamais. Me separei depois de 28 anos de casada e foi a melhor coisa que eu fiz. Não tive medo de nada, eu queria ser livre e viver”, diz Eugênia.
Não teve medo nem do julgamento social da época? “Naquela época eu nunca soube de ninguém que fosse separada. Não tinha separação. A mulher que se separava era vista como vagabunda. Levava a culpa. O homem não. Mas eu não tive medo de nada. A gente não pode viver em um casamento infeliz!”
Nunca deixe de estudar:
Você é daquelas que acha que já está velha para aprender? Ou para voltar para a faculdade? Pois a Eugênia fez curso superior aos 50 anos. Estudou Turismo e ainda deu aulas. E há mais de 20 anos ela é aluna da Universidade Aberta da Maturidade da PUC, em São Paulo. Vai religiosamente às aulas, onde é a veterana da turma que virou sua segunda família.
“Eu nunca parei de estudar. Minhas melhores amigas hoje são minhas colegas da faculdade, que é minha segunda casa. ” Acha que está tarde para aprender outro idioma? Eugênia fez intercâmbio nos Estados Unidos aos 80 anos! Você leu direito: aos 80! Foi sozinha para os EUA, se instalou em uma casa de hospedagem para estudantes estrangeiros por três meses. “Um dia o diretor da universidade veio falar comigo. Disse que era melhor eu ir embora porque não poderia se responsabilizar por mim caso algo de errado acontecesse”, diz ela aos risos. “Todos os dias me encontrava e dizia: por favor, se cuide”.
Leia o máximo que puder:
Eugênia me mostra orgulhosa a estante cheia de livros que juntou ao longo da vida. “Eu sempre li muito, sempre foi meu maior prazer. Minha cabeça está bem até hoje muito em função da leitura. Minha maior tristeza hoje é não conseguir mais ler. Há quatro anos minha visão piorou muito já não consigo ler, mesmo com lente de aumento. “
Durma bem, coma direito e movimente o corpo:
“Eu sempre dormi muito. Como não precisava trabalhar, acordava tarde. Dormir bem faz bem. Eu gosto de dizer que vivo tanto porque fui muito bem conservada”, brinca ela. A alimentação equilibrada foi uma preocupação constante na vida de Eugênia. “Eu sou hoje o que fui a vida toda. Não como gorduras, detesto! E também não como doces, jamais. Nem mesmo em festas. Não gosto”. Caminhar muito sempre foi a regra na vida dela. Até hoje vai a pé para a faculdade que fica a alguns quarteirões de sua casa em São Paulo.
Como podemos ver, Eugênia praticou a vida toda o que é recomendado por qualquer médico hoje em dia para quem quer prevenir doenças: dormir bem, se alimentar sem exageros, passar longe do açúcar e fazer atividade física. Estilo de vida é tudo!
Seja vaidosa por você, não pelos outros, e não se “abandone”
Eugênia está sempre arrumadíssima. O cabelo impecável, anel brincos e colares combinando, roupas modernas que em nada lembram a de tantas velhinhas que conhecemos. Não tem vontade de ficar de pijama quando está em casa? “De jeito nenhum! Jamais! Me arrumo para mim, não para os outros. Acho um respeito comigo mesma levantar e cuidar de mim, me arrumar para a vida. ” Segredo de beleza? Nenhum, ela garante que nunca teve neuras com isso. Fez uma plástica no rosto aos 50, passa apenas um creme na cara há anos (diz que tem até esquecido ultimamente), mas tem uma pele impressionante! Ela garante que é culpa do tal otimismo.
Não deixe de se divertir:
Eugênia conta que uma das melhores fases da vida dela foi aos 80 anos. “Foi a época em que eu mais viajei”. Ela ama conhecer novos lugares e viajou pelo mundo, nunca deixou o marasmo tomar conta da vida. Outro programa que ela adora é jogar em cassinos. A festa de 100 anos, aliás, foi em um cassino em Foz do Iguaçu para onde viajou com filhos e netos em 2015. “Graças a deus aqui no Brasil é proibido”, diverte-se Eugênia.
Meus votos para você em 2020 é que você seja tão livre e dono de si quanto a querida Eugênia. Que você pratique o otimismo, cuide de você mesmo, acredite que nunca é tarde para ser feliz. Muito menos para ser Ageless.