“Seja simples, sonhe alto, seja grato, ria muito”. Sylas Aguiar Maraiada
Nunca estamos muito preparados para envelhecer … mas é muito bom sabermos que existem lugares onde se pensam em tudo, de maneira a dar mais conforto e qualidade de vida aos idosos … com os sem limitações… nos diferentes graus de independência… ou independentes. Este local foi a nossa escolha para cuidar de nossa mãe que se encontra atualmente totalmente dependente… Gosto muito deste artigo escrito por Célia Pardi.
Lá vou eu. Jeans e camisa, do meu jeito, conhecer o que poderá ser – por que não? – uma futura moradia. Sem preconceitos, sem sustos. O trânsito está surpreendentemente bom e em apenas 25 minutos do bairro do Itaim Bibi, onde moro, chego ao portão do que parece ser uma simples residência – exatamente como havia visto no site. Sou recebida por um porteiro muito simpático, jovem para o local (rsrs) e, ao adentrar, surpresa! me deparo com um mini Campos de Jordão. Não faz frio, mas o terreno montanhoso e a imensa vegetação imediatamente me afastam de São Paulo. Ninguém diz que ali, no comecinho e ao lado da estrada Raposo Tavares, no Butantã, existem 27 mil metros quadrados de verde e sossego com casas e apartamentos que abrigam senhoras e senhores maiores de idade, a Sociedade Beneficente Alemã, a SBA Residencial.
Logo na entrada, o dia ensolarado ilumina o lago central. Ao redor, alguns residentes em suas varandas ou sentados nos bancos que margeiam a água, aproveitam o sol e seus benefícios. É tudo bonito e me sinto muito à vontade, apesar de saber que envelhecer é uma parada! Mas temos que pensar nisso, não temos? Temos. Seja pela própria velhice ou a dos entes queridos que nos pertencem.
Thomas Polisaitis, gerente geral da SBA, Dra. Daniela Gomez, geriatra coordenadora de saúde, Roseli de Oliveira do marketing, me recebem e vão me colocando a par da vida no Residencial durante o almoço no restaurante inaugurado há dois anos. Arroz, um feijão divino, linguiça frita, carne ensopada e banana à milanesa (que eu adoro) – sem nada dever ao almoço “de casa”!
A Sociedade Beneficente Alemã, a SBA, existe há 152 anos e neste local, há 90. Começou como uma organização fundada por imigrantes alemães para auxiliar e oferecer apoio a essas famílias. Com o tempo tornou-se a SBA Residencial. Os residentes que estão na categoria independentes, ficam nas casas ou apartamentos que decoram com seus pertences como melhor lhes agradar. Para você ter ideia, existem moradores que possuem seu próprio carro e têm sua vida normal. Para os dependentes, em geral os mais idosos ou debilitados, existe a ala hospitalar. E pra todos, a infraestrutura necessária para se viver bem: cuidados médico e hospitalar, nutrição, enfermagem, psicologia, terapia ocupacional, farmácia, assistência social, reabilitação, salão de beleza, auditório, biblioteca e capela.
Com muitas atividades sociais e culturais, os moradores são cercados de cuidados e carinho.
Fiquei encantada. O que mais se pode querer quando se chega a uma determinada fase da vida quando viver fica um pouco, digamos, mais difícil? Vamos enfrentar: é isso, difícil. É complicado? É. São mais de 200 moradores, que convivem diariamente tendo os mesmos assuntos, problemas e diversões inerentes a esse período da vida. E sendo cuidados o tempo todo. Segurança é a palavra que usam para definir o que sentem, pois além dos novos amigos, sabem que ali têm sempre com quem contar.
Como tudo na vida, isso tem um preço. Cada caso é um caso, cada paciente é único e cada um vai pagar uma mensalidade de acordo com suas necessidades. O custo mensal começa a partir de em torno de 7 mil reais. Por isso, esse é o conselho que dou sempre aos mais jovens: Ok, aproveitem muuuito a vida, mas guardem um dinheirinho “pra depois”. Eu já conheço e recomendo. Vale a pena conhecer. Para saber mais:
O site – larrecantofeliz.com.br –
O blog – larrecantofeliz.com.br/blog-do-lar/
Fonte: http://viveraos60.com.br/encarando-o-envelhecer/ – Celia Pardi