CONHEÇA A TEORIA DOS SETÊNIOS: DE 7 EM 7 ANOS A SUA VIDA MUDA COMPLETAMENTE.

Conheça-a-Teoria-dos-Setênios

“A Antroposofia é um caminho de conhecimento que deseja levar o espiritual da entidade humana para o espiritual do universo”. Rudolf Steiner.

Interessante conhecer a Antroposofia (ou Antropossofia)  é uma linha de pensamento criada pelo filósofo Rudolf Steiner (1861-1925), que entende e estabelece uma espécie de “pedagogia do viver”, pois ela abrange vários setores da vida humana como a saúde, a educação, a agronomia e outros. É uma doutrina filosófica mística – uma “ciência espiritual”.

Esta linha de pensamento compreende que o ser humano tem que conhecer a si para também conhecer o Universo, pois somos todos parte e participantes desse mundo. “A vida passa depressa, é dinâmica e, entender melhor esses momentos, poderá trazer certa conformidade e esperança”, diz Rudolf Steiner. Tanto chineses quanto gregos foram os primeiros a observar que as mudanças biológicas e espirituais ocorriam de sete em sete anos na vida das pessoas, por isso “setênios”.as-fases-da-vida1Dentro desse pensamento filosófico encontra-se uma forma cíclica de ver a vida chamada “teoria dos setênios”. Tal teoria foi elaborada a partir da observação dos ritmos da natureza, da natureza no sentido da vida, na qual todos nós estamos imersos. Ela divide a vida em fases de sete anos, vale lembrar que o número sete é um número místico dotado de muito poder em quase todas as culturas conhecidas.

Nossa vida é dividida, basicamente em 10 fases principais, sendo elas estabelecidas a cada 7 anos. A cada fase um novo ciclo é iniciado, que envolvem mudanças e transformações em diversos aspectos. Isto é o que concluíram os estudiosos dos setênios. Um estudo que se baseou na medicina tradicional chinesa e na antroposofia (dos gregos) – na qual a medicina antroposófica se baseia.

teoria-dos-seteniosA Teoria Setênia propõe o seguinte:

Penso que se o indivíduo tiver “respeitado” o ritmo de cada setênio, ele chegará no 10º (ou seja, com 70 anos), muito provavelmente com a consciência e a sabedoria necessárias para viver com boa saúde e lucidez, além de amar sem cobrar e ajudar sem perguntar.

O objetivo dos setênios, então, é de alertar as pessoas das fases existentes para que saibam e percebam todas as mudanças que estão enfrentando e as que estão por vir… assim aproveitem de modo mais saudável.

A vida passa depressa, é dinâmica e, entender melhor esses momentos, poderá trazer certa conformidade e esperança. Um dos intuitos deste estudo é fazer com que as pessoas fiquem atentas, que sejam vigilantes com elas mesmas e que possam decidir sobre suas ações de modo a responder aos estímulos diários, mantendo uma vida saudável mesmo em constante mudança.

Algo importante a se destacar é que, como cada um tem sua percepção de mundo e enfrenta as dificuldades a seu modo (além de terem os mais diferentes níveis de intuição, sensibilidade, empatia etc.), pode ocorrer de algumas mudanças que estão situadas em setênios futuros, serem experienciadas, por exemplo, antes de seu tempo, ou então depois do previsto pela teoria.

Até porque, cada ser amadurece de um modo único, exercita sua afetividade à sua maneira e, por essa razão, pode haver essa transição de experiências de um setênio a outro, todavia, costuma ser raro. Conheça como se dividi a Teoria Setênia… os ciclos da vida:AUTOCONHECIMENTO_E_A_TEORIA_DOS_SETENIOS1º setênio – O ninho. Interação entre o individual (adormecido) e o hereditárioDos 0 aos 7 anos de idade:bebe no aviào 2A fase da gestação, nascimento, nutrição e crescimento. No 1º setênio há o encontro entre a parte espiritual da individualidade e a parte biológica, preparada após a fecundação no ventre materno. A primeira infância é uma fase de individuação, de construção do nosso corpo, já separado do da nossa mãe, da nossa mente e da nossa personalidade. A hereditariedade está bem marcada nas células do corpo no 1º setênio, pela ação das forças herdadas, e são armazenadas nos rins para a vida inteira – deixando assim a marca na fisionomia do corpo do indivíduo.

Olha! É a cara da mamãe ou do papai” ou “da vovó/vovô”, são constatações que provam o que foi mencionado acima. Calor, confiança e amor: Eis os três alimentos à criança. Quem cria tal atmosfera para a criança são os pais. Se um dos pais está ausente, o esforço do outro terá de compensar.

A pedagogia Waldorf, usada em algumas escolas tem como filosofia a Antroposofia, entende que na primeira infância a criança tem que perceber os aspectos positivos do mundo, para quererem estar aqui e cultivarem a felicidade em longo prazo.

O primeiro setênio deve oportunizar o movimento livre, a corrida, as brincadeiras, deve permitir que a criança teste e conheça seu corpo, seus limites e suas percepções de mundo. Por isso o espaço físico é muito importante, bem como o espaço do pensar e o do viver espiritual.

2º setênio – Sentido de si, autoridade do outro – Dos 7 aos 14 anos:mae e filhos 20O segundo setênio promove um profundo despertar do sentimento próprio. A energia que emanava do polo superior, da cabeça, se dilui e se encontra no meio do corpo. Começam a surgir os dentes permanentes e inicia-se a evolução dos órgãos do sistema rítmico, aqueles contidos na caixa torácica (coração e pulmão). Os órgãos desse setênio são o coração e os pulmões, esses se desenvolvem promovendo a interiorização e exteriorização da vivência.

É nesta fase que o mundo externo “chega” a nós e, nós, a partir de dentro, podemos nos manifestar e expandir para o mundo. É nesse ponto que a autoridade dos pais e professores assume um papel importante, pois eles são mediadores do mundo no qual a criança se insere. Esquematizando de forma gráfica esse movimento, temos forças entrando e forças saindo. A característica deste setênio é a troca.

Nesse ciclo as normas e os hábitos estão sendo absorvidos, o desenvolvimento sadio do ser humano está relacionado à dosagem, o equilíbrio e a harmonia das relações de autoridade, valores, limites e permissões. É o sentir que está sendo afetado, o desenvolvimento das emoções. Do interior para o exterior e vice-versa.

As estórias infantis, contos de fadas, todo ato de brincar é extremamente saudável pois a criança cria e molda sua participação no mundo. Isso, para o desenvolvimento humano, é bastante mais saudável que situações em que ela se faz apenas como expectadora, como no caso da televisão, ou de jogos eletrônicos. A arte deve ser estimulada desde o primeiro ciclo, mas nesse momento ela se faz muito mais importante, bem como a religião.  Os mundos artístico e religioso auxiliam no sentido de si e do mundo, fluindo a alma, que busca a beleza e a fé.

3º setênio – Puberdade/ Adolescência – Crise de Identidade – Dos 14 aos 21 anos:desapego em movimentoO que todo adolescente busca?… liberdade! Eles não querem os pais, irmãos mais velhos nem professores “pegando no pé”. O que rege esse ciclo é o sentido de liberdade. No sentido corporal, as forças que se acumulavam nos órgãos centrais se espalham e chegam aos membros e no sistema metabólico.

O espaço dessa criança é o mundo, já não pode se resumir a família nem a Escola. Ele precisa se reconhecer e ser reconhecido, aceito, achar a “sua turma” para compor um grupo no qual se identifique.

A liberdade nesse ciclo atua como a vivência do “bom” no primeiro ciclo e do “belo” no segundo ciclo. Ocorre que a liberdade só se dá num ambiente de tensão entre as possibilidades, impossibilidades e desejos. A mulher começa a menstruar e o homem se torna fértil. Essa tensão costuma gerar rompimentos, as vezes esses rompimentos são violentos, mas são necessários e próprios desse ciclo. Essa liberdade também tem um sentido de exposição. Tudo está voltado para o externo, para fora, para o mundo. Há uma dificuldade em ouvir o outro e entender suas posições, tudo deve seguir o seu sentimento de mudança, de julgamento de certo e errado, de bom e ruim.

As trocas nesse ciclo são importantíssimas. O diálogo, a abertura ao novo, a prática da compreensão, da solidariedade, assim como o seu reconhecimento e o pertencimento. Os questionamentos são fruto desses choques. É o momento de questionar a tudo e a todos.

Também é o momento do discernimento, das escolhas profissionais, do vestibular, do primeiro emprego, pois a liberdade também só faz sentido quando percebemos a vida econômica. O dinheiro então pode ganhar um sentido de poder que talvez não seja saudável. É a partir desta idade que começamos a ter um pensamento mais autônomo, ainda que, nesta época, acreditemos estar amadurecidos para efetuar julgamentos.

A fase onde o ser humano sai do mundo mais paradisíaco e cósmico da infância e entra no mundo terreno. Ele se torna cidadão terrestre, coparticipante da cidadania, de seu lugar, sociedade, e do mundo.

4º setênio – O ‘EU” – A Independência e a Crise do Talento – Dos 21 aos 28 anos:

Abraçar  eu feliz  amor 1

A partir dos 21 anos nossa individualidade, nosso self, toma uma força considerável na tentativa de estabilização. O “Eu” começa realmente a se mostrar, mesmo ainda estando em formação. No entanto, para que esse “Eu” apareça e se forme, mesmo sendo algo subjetivo e interno, ele depende do mundo exterior, da sociedade.

O fim do crescimento corporal instaura o início de um processo de crescimento mental e espiritual, somos então “cidadãos de dois mundos: o celeste e o terrestre”. Músculos e ossos estão fortes, homem e mulher atingem o ápice da fertilidade, além de ser a fase da alma, da sensação e da emoção. Geralmente já não moramos mais com a família e já não estamos mais na escola. É o momento da autoeducação, do emprego, do desenvolvimento dos talentos, etc. Surgem dúvidas como: Escolhi a profissão certa? Quais talentos e aptidões eu deixei para traz? Consegui uma boa relação com o mundo, com o trabalho, com a família e comigo mesmo?

A história das pessoas começa a ser traçadas por elas mesmas, pois há uma tomada de caminho que não depende mais, diretamente, das outras instituições. É uma emancipação em todos os níveis, mas como resultado de toda a experiência nos três primeiros setênios. Surpreendentemente, é também a fase em que mais nos influenciamos pelos outros, pois a sociedade dirá o ritmo da vida de cada um.

Nesse ciclo, os valores, aprendizados, e lições de vida passam a fazer mais sentido.  As energias estão mais pacificadas. Nosso lugar no mundo é o principal objetivo. A colocação profissional assume um papel muito importante.teoria setênios-15º setênio – Fase Organizacional e Crises Existenciais –  Dos 28 aos 35 anos:

Quem nunca ouviu falar na “crise dos 30”? Ela não é um mero mito, ela existe e tem explicação. O 5º setênio começa com essas crises na vida, o abalo da nossa identidade, a cobrança do sucesso que talvez ainda não tenha atingido, a certeza de não podermos tudo, de onde vem a frustração e tristeza.

A sensações de angústia e vazio são muito comuns. Em algumas sociedades as pessoas nesse ciclo não encontram um lugar para si e se veem entre a juventude e a velhice ou maturidade. O baço-pâncreas não sustenta mais a carne, e o rosto começa a enrugar. As pessoas passam a não se conhecerem, pois, seus gostos mudam – ou por si mesmos ou pela pressão dos outros. Sentimo-nos impotentes nesta passagem da juventude para a maturidade, de um viver mais impulsivo para um viver mais sério, responsável, voltados para a família e para o trabalho.

Nesta fase vem a crise dos talentos: Será que estou no caminho? Qual o caminho a escolher? Também há questões sobre intelecto e índole próprios. Como: Consegui me expressar? Eu me sinto oprimido ou oprimi alguém? Encontrei meu local de atuação? Ocorreu alguma modificação importante em minha vida nessa fase?

Nesse ciclo os sentimentos nos levam também a uma busca espiritual maior, um “caminho da alma”. Estamos suscetíveis ao cosmos, às oscilações e às vezes a harmonia custa a acontecer. Somos cobrados por estrutura, firmeza, estabilidade, uma base, um pilar, que seja material e que também sejam mental e espiritual. A Antroposofia acredita que logo após o 31 ½ ano, que corresponde à metade do 63º. ano de vida, estamos no final das atuações planetárias e zodiacais. Depois dessa idade, ficamos mais livres.

Estamos realmente, nessa fase, em organização. Estamos tendo crises, mas é por meio dessas crises que construímos novos pensamentos, novos valores, terminamos relacionamentos e começamos outros, mudamos de emprego, de ideologias, de partidos políticos, enfim… crises, desorganizações e reorganizações. É nesse ciclo que passamos a pesar uma série de coisas, avaliar a trajetória da nossa vida, esse não lugar nos força a perguntar “quem sou eu”. Há uma renovação a partir desse ciclo.

6º setênio – Crise de Autenticidade – Dos 35 aos 42 anos:gratidaofoto02Esse setênio, embora tenha suas peculiaridades, está ainda ligado aos setenio anterior, ruminando os resultados das crises. Reconhecemos também uma espécie de crise nesse setênio, mas uma crise que busca uma autenticidade, geradas pelas reflexões do ciclo anterior.  Temos, aqui, mais capacidade de julgamento, gozamos de mais maturidade psíquica e emocional.

Em geral, já acumulamos alguns bens materiais ou ao menos conseguimos uma renda que seja suficiente para as questões básicas de consumo. O desafio, então, é encontrar valores espirituais e nos reconhecermos como seres únicos. A pergunta é: como é que encontro o caminho para a essência do mundo e para a minha própria essência?

Esse setênio configura a última fase do desenvolvimento da alma propriamente dita, estamos propensos a adentrar mais profundamente no nosso mundo espiritual, na parte mais sensível de nós. Buscamos a essência de tudo, no outro e em nós. Isso passa a acontecer com mais força nesse setênio pois, aqui, já há maturidade e aprendizado suficiente para esse conhecimento. O fígado perde metade de suas funções e o cabelo começa a cair e embranquecer.

A carreira, a família (ou não) os desejos, tudo já teve seu tempo. Já alcançamos as conquistas que nos eram urgentes. Há um desaceleramento. É possível que esse ciclo traga um descontentamento com o novo. Pode ser que o sujeito questione se, chegando aos 40 anos, ainda há algo novo para se fazer. Buscar coisas novas é um exercício importante para esse ciclo. Em contraponto ao novo, há uma aceitação maior do que se é, de como se é, das histórias e experiências de vida.

Mudanças do ritmo do nosso corpo e da nossa mente, o que é algo importante para alcançarmos frequências mais sutis de pensamento, onde estará nosso corpo suprassensível. É a fase da alma da consciência. As perguntas são: Já passou a metade da vida, o que farei daqui pra frente? Acrescentei novos valores à minha vida? Estou encontrando minha missão de vida? Estou caminhando nela? Encontrei e aceitei minha questão básica de vida.

7º setênio – Altruísmo X Quere manter a Fase Expansiva –  Dos 42 aos 49 anos:ir embora 3É um ciclo que tem um “arde recomeço, de ressurreição, de alívio, até a crise dos trinta perde a força e parece não ter tido resultados tão graves como se pensava. É, porém, o momento de buscar, desesperadamente, por algo novo, para que a vida adquira sentido.

As mudanças nesse setênio são urgentes. Mesmo que nem todos estejam preparados para elas. As questões existenciais retornam com uma certa força, mas agora elas mais dinâmicas e menos melancólicas pois o sujeito já se vê capaz de produzir essas mudanças. O lema é “como está, não dá pra ficar”.

Essa dinâmica impulsiona a tomada de decisões que, por vezes, ficou anos sendo gestadas dentro de si. Pode ser a separação conjugal, a saída de uma empresa, ter um filho, etc. É uma fase que corresponde, em termos energéticos, à fase que vai dos 14 aos 21 anos. Ficamos saudosistas, queremos ir à Disney e reviver coisas da nossa adolescência. Voltamos a desafiar nosso corpo e fazer esporte. É uma fase solar.

O medo do envelhecimento surge. As questões internas despertadas pelos ciclos anteriores perdem um pouco de espaço para a estética e a necessidade de se fazer coisas que os jovens fazem. Os pulmões perdem mais capacidade de oxigenar o sangue, o rosto se torna descolado, a andropausa e menopausa geralmente chegam nesse setênio.  As rugas e a menopausa são os espinhos das mulheres nesse setênio. A sexualidade retoma uma importância crucial. Contudo, a força que se perde com o declínio da sexualidade pode e deve ser empregada em outros nichos.

Esse setênio traz o contraditório: queremos mudanças, estamos em busca do novo, mas o envelhecimento que é uma mudança natural nos assusta, incomoda, gera ansiedade, muda nosso comportamento com relação a nós mesmos e ao mundo. Assim, sucumbimos à força do “sósia”, ou seja, da sombra, daquilo que está diretamente ligado aos aspectos pessoais não resolvidos, não integrados.

Nos enxergamos nas sombras do outro e entramos em confronto. As relações ficam à mercê das emoções distorcidas pelo que não vemos em nós, mas vemos nitidamente nas pessoas. No entanto, o que acontece é um espelhamento. A nova visão nessa etapa da vida questiona: Estou desenvolvendo alguma criatividade nova? Em que área? Como está meu casamento? E meus relacionamentos, a relação com meus filhos? Estou procurando ou já encontrei um novo lazer para esta fase?

8º setênio – Ouvir o mundo – Dos 49 aos 56 anos:BIAPodemos reconhecer essa fase como sendo do “pai e da mãe universal”. É a fase de desenvolvimento do espírito. É um setênio tranquilo e positivo. As forças energéticas voltam a estar concentradas na região central do corpo, mas estão voltadas ao sentimento da ética, da moral, do bem-estar, questões universais, humanísticas.

É a fase inspirativa ou moral, e com isso, as perguntas: Consegui encontrar um novo ritmo de vida? Como está meu ritmo anual, mensal, semanal e diário? Quais são os galhos secos de minha árvore, os quais tenho de cortar para que os novos brotos possam aparecer?

É um momento em que estamos mais conscientes do mundo e de nós mesmos. É um bom momento para reconhecer os méritos da nossa história, aceitando-a sem julgamentos. Esse ciclo desperta em nós o existencialismo para observarmos mais de perto o valor simbólico das coisas. Deixamos o pessoal, particular em busca do universal, do humanístico, do existencial. A vitalidade declina, a energia dos rins e do fígado está mais fraca e surge a incapacidade de eliminar mais toxinas.

Contudo, alguns podem incorrer na falha dos egocentrismos, pois um ciclo depende do seu anterior. Assim, pode haver pessoas nesse setênio completamente voltadas para si, suas necessidades e do seu grupo. O desapego é uma consequência da vida pregressa.

Em termos físicos, esta fase espelha fisiologicamente o setênio 7 a 14 anos, o elemento do ritmo tem de ser priorizado, especialmente na condução de uma rotina. A vida nos ensina nesta época uma nova audição, temos a possibilidade de ouvir a voz do coração para esta renovação ético / moral que agora é propícia.

9º setênio –Abnegação e Sabedoria –  Dos 56 aos 63 anos:avos-vivem-mais2A Antroposofia acredita que o 56º ano de vida traz uma brusca mudança. Ela está na forma como a pessoas se relaciona consigo e com o mundo. Como os ciclos se correspondem, esse se liga ao primeiro setênio, aquele que vai do nascimento até os sete anos de vida. A audição, a visão, o paladar das pessoas dessa fase se iguala e o mundo fica estranho.

Contudo, essa fase, por exemplo, evidencia uma volta para dentro de si. O interno passa a fazer muito mais sentido que o externo. É importante internalizar-se, desenvolver os sentidos espirituais. A comunicação com o mundo externo passa a ter ruídos, principalmente pelas mudanças que a sociedade sofreu nesse período inteiro.

A reclusão passa a ser algo natural, boa para a autorreflexão e a busca pela essência. A sabedoria pelo conhecimento acumulado e a intuição que passa a ser mais clara, tornam-se elementos fundamentais dessas pessoas. Elas são o contraponto do sentimento de fracasso e insucesso que, porventura, possa aparecer, vindo dos questionamentos daquilo que se alcançou ou deixou de alcançar.

É a etapa mística ou intuitiva: O que eu consegui realizar? Como estou cuidando do corpo, da memória, dos órgãos dos sentidos? Como estão meus bens e aposentadoria?

Os dentes começam a cair, a visão e a audição se tornam mais fracos, os reflexos e a mobilidade passam a sofrer alterações em razão do declínio energético dos órgãos sólidos (coração, baço-pâncreas, fígado e rins). Certos cuidados se fazem muito importante, como a estimulação da memória, mudanças de hábitos, recursos criativos. Isso porque a aposentadoria pode ser algo limitador, especialmente para aqueles que durante toda a vida atribuíram muita importância ao status profissional e agora temem não ter outra forma de autorrealização.IMG_0860Atividades muito bem-vindas nesse setênio são as acadêmicas – lecionando ou fazendo novos cursos – escrever textos ou um livro, o laser em grupos de pessoas na mesma fase da vida, viagens e outras formas que relacionem prazer e aprendizado. A aproximação da família ou a construção de novas famílias também ajudam a dar novo sentido à vida, além do prazer de se tornar avós… é bem comum neste período…

10º setênio – Em Diante – Sabedoria – Dos 63 aos 70 anos: img_3295É importante pensar que essa teoria foi pensada em uma época em que a expectativa de vida era muito baixa e as pessoas com 60 anos eram verdadeiros anciãos. Logo é preciso também compreender que os ciclos são metafóricos e não tem uma relação matemática exata.

É a “fase do mestre”. A criança pequena tem em volta de si uma aura, uma luz, pois ainda não está totalmente encarnada. No 10º setênio, essa aura está interiorizada e luminosa por dentro, desde que a pessoa não esteja doente.

Se tiver respeitado o ritmo de cada fase, sua luz interior brilhará. Idosos e crianças são parecidos, pois são polos que se atraem. É o momento de passar o “cedro” ou o “cajado” do conhecimento! É um novo escutar e, neste momento, a pessoa é procurada a dar conselhos. As questões são: Tenho momentos bons, sentimento de gratidão e alegria? Sou capaz de perdoar? Busca de sentidos e do Propósito da vida!teoria setenio 3Vivendo os setênios:  old-people-616718_640
Como você vê, nossa vida é feita de uma forma cíclica. Nossa energia vital circula pelas diversas fases da nossa vida. Nossa mente tem diferentes estágios de aprendizado e nossa espiritualidade pode estar mais ou menos aberta também conforme cada estágio. Agora que as fases dos setênios foram apresentadas, é importante saber como aproveitar essa sabedoria.

Hoje talvez essa divisão seja um pouco diferente e, com certeza, faz sentido pensar em mais um ou dois ciclos de sete anos, visto que estamos vivendo cada dia mais, mas o aprendizado com a Antroposofia e a teoria dos setênios é enorme. Metaforicamente ou não, poucas linhas de pensamento conseguem dar pensar de forma sistêmica como essa. De forma que é impossível pensarmos em algo tão complexo quanto a nossa vida de forma linear e homogênea.

paisÉ preciso que a pessoa seja sempre ela mesma, mas saber das mudanças da vida e do corpo para pode tirar proveito de todas as fases. As condições básicas para o bem-estar é sentir o seu corpo e agir de acordo com isso. O corpo tem sua própria sabedoria, então não o perturbe e não se deixe levar apenas pela cabeça.

Compreender as fases ou ciclos da vida é importante para aprendermos mais sobre nós mesmos e sobre o outro, adquirindo mais expertise no cuidado com as pessoas, especialmente os coachees, que devem ser peritos no desenvolvimento e aprendizagem humana. Saber sobre cada etapa nos possibilita saber mais sobre as crises e lidar melhor com elas.

idosos alegria  abraçar mae 4  felizHá uma série de arquétipos que podem ser observados nessas diversas fases, mas isso é assunto para um novo artigo. Lembre-se sempre de se lembrar de nunca esquecer que o saber é o nosso bem maior, cada leitura, cada livro, cada conhecimento acumulado é uma forma de sermos melhores e mais capacitados, além de nos conhecermos mais a cada dia.

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Fonte: http://www.jrmcoaching.com.br/blog/a-teoria-dos-setenios-os-ciclos-da-vida/ e

Adaptado do Texto de: Helena Gerenstadt – Por: Natália & Flávia – Bem Viver + | www.bemvivermais.comAdaptado do Texto de: Helena Gerenstadt

 

 

 

MORRER NÃO SE IMPROVISA! RELATOS QUE AJUDAM A COMPREENDER AS REAIS NECESSIDADES – BEL CESAR.


BEL CESAR
“Cuidar da nossa travessia é internalizar uma compreensão esperançosa da morte”. Leonardo Boff.

A MORTE é um assunto que ninguém quer sequer pensar, quanto mais, falar sobre ela… este assunto é evitado por todos! Vamos envelhecendo, acontecem as perdas, anunciadas ou não… que me levaram a refletir melhor sobre a vida e a morte… Você já pensou sobre a Finitude? O que fazer quando já não há mais nada a fazer?   

Conheci Bel César, psicóloga, autora do livro “Morrer não se improvisa”, hoje numa palestra realizada por ” Mais velhos, Mais sábios” e fiquei encantada ao ouvir a voz suave e serena dela nos contando sobre a sua missão de vida e do seu “Projeto Viva da Clara Luz”.

Quem é Bel César:

Desde 1989 pratica a psicoterapia sob a perspectiva do Budismo Tibetano e dedica-se ao acompanhamento daqueles que enfrentam a morte e também ao tratamento do estresse pós-traumático com o método de S.E.®️ – Somatic Experiencing. Organizou a primeira vinda de Lama Gangchen Rinpoche ao Brasil em 1987. Presidiu o Centro de Dharma da Paz por 15 anos. Em parceria com Peter Webb, desenvolve atividades de Ecopsicologia no Sítio Vida de Clara Luz. Possui sete livros publicados pela Editora Gaia. Entre eles: “Morrer não se Improvisa”, “Livro das Emoções” e, em parceria com Lama Michel Rinpoche, “O Grande Amor – um objetivo de vida”. A palestra, realizada em São Paulo, partiu de uma reflexão sobre a visão da morte segundo o budismo tibetano e como podemos dar apoio as pessoas que enfrentam a morte assim como aquelas que estão enlutadas. Projeto este precioso onde auxilia os pacientes terminais a encontrar através de terapia de apoio espiritual (embasado no budismo tibetano) um apoio no momento de sua morte.   Para os budista tibetano a morte é a maior oportunidade da vida!”... É nesse momento que podemos voltar para casa – para nossa verdadeira natureza interna – o nível mais fundamental da consciência humana, que sobrevive á morte. Portando, podemos encontrar na morte o estado da paz e plenitude que buscamos durante toda a vida. Por isso não precisamos temer a morte e sim vivenciar com coragem. Confesso que nunca pensei muito sobre este assunto, mas com a doença grave, progressiva e degenerativa de minha mãe, que fará 90 anos em 27 de Abril deste ano, procurei saber mais sobre este assunto tão temeroso… como enfrentar esta passagem? É certo que a perspectiva da morte arranca a esperança do seio da vida, mas talvez seja o caso de tentarmos compreender as reais necessidades emocionais e espirituais daqueles que enfrentam a morte, dando apoio a essas pessoas nesse momento tão especial. É isso que Bel Cesar propõe neste livro “Morrer não é improviso” e na palestra que assisti. Evidentemente não é fácil vivenciar a morte com coragem, mas se falarmos da morte sem preconceitos vamos aprender a lidar com ela de maneira mais serena e veremos que a morte é, na verdade, a maior oportunidade da vida, um momento em que se pode voltar para a verdadeira natureza interna compreendendo que o mais fundamental da consciência humana sobrevive à morte.

Isto me trouxe uma certa leveza, na minha maneira de pensar. Esta visão é uma novidade pra mim, despertou ainda mais meu interesse. Comprei o livro e já comecei a ler, estou adorando e recomendo. Baseado em princípios budistas, este livro ensina como ajudar uma pessoa a atingir um estado mental positivo no momento da morte, encontrando paz e plenitude. Relatos de pacientes na fase final da vida, à espera da morte, comentados por profissionais de diversas áreas, fazem deste livro algo vivo “emocionante e encorajador”, pois ensina que sempre há alguma coisa a fazer, e faz-nos ver a morte com serenidade e esperança.

Da onde partiu esta ideia do livro ?

Em julho de 1999, em uma conversa informal com o seu mestre e amigo Lama Gangchen Rimpoche, Bel Cesar foi questionada sobre a possibilidade de escrever um livro que apresentasse sua experiência com pacientes que estão prestes a morrer. Pensou por alguns instantes e manteve-se reticente. Em seguida, Lama Gangchen foi mais incisivo; “Eu vou morrer e sei que meu trabalho vai continuar. E você, depois de morrer, quem vai dar continuidade ao seu trabalho?

A partir deste diálogo, Bel Cesar compreendeu que o compartilhar sua experiência profissional era muito mais relevante do que resistir em expor o seu trabalho ou a história de seus pacientes. Com coragem e determinação, Bel Cesar colocou no papel 12 casos atendidos desde 1991. Alterou o nome dos pacientes e pediu permissão aos familiares para publicá-los. Fez várias cópias e as distribuiu entre amigos e profissionais da área de saúde. Muitos se interessaram. Interessante que ela consegue integrar a convicção religiosa de cada paciente com sua prática budista e alcança resultados surpreendentes.

Segundo ela, isso só é possível porque o budismo está baseado num sistema de sabedoria universal, respondendo às necessidades inerentes de cada indivíduo, que é encontrar um sentido tanto para a vida como para a morte e cultivar uma visão de paz que transcenda o materialismo imediatista.

Gilberto Gil fez esta musica “Eu não tenho medo de morrer” que ilustra bem este momento da vida, achei  bem interessante, compartilho com vocês…

Veja o que ela diz sobre o livro dela:

 

 

COMO AJUDAR UM AMIGO EM LUTO?

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“A saudade eterniza a presença de quem se foi. Com o tempo esta dor se aquieta, se transforma em silêncio que espera, pelos braços da vida um dia reencontrar”. Padre Fabio de Melo.

Não só de alegrias vive o homem. A vida é como uma montanha russa com altos e baixos, avanços e percalços. A medida que envelhecemos é sabedoria, encarar de forma realista e corajosa as fases mais complicadas, vivendo-as e permitindo que as melhores se aproximem.

Refletindo sobre isso neste momento que aconteceu a morte repentina de um muito querido Sr. Nonno, um senhor de 92 anos, a qual tive a benção de conviver durante muitos anos com ele e sua família, percebo o quão delicado e doloroso é este momento. Deixou a viúva de 90 anos, filho e netos. Uma vida maravilhosa cheia de lutas, desafios e superações… Uma grande lição de vida, que me trará inspiração por toda a minha vida. Minhas lembranças,  guardarei eternamente… com suas histórias queridas que serão sempre lembradas.

Hoje proponho pensar sobre como podemos ajudar um amigo em luto. Podemos apenas dizer “meus sentimentos” e tocar nossa vida… ou podemos parar e cuidar melhor de uma situação assim. Convido você a vir comigo:

Pessoas que vivem estas dificuldades nesse momento dizem (Fátima Maria Campelo) que A dor da perda é uma dor sem nome. A dor da perda é uma dor inimaginável para quem não a está vivendo. Dai vem a pergunta – se não consigo saber a dimensão dessa tristeza como posso ajudar um amigo ou familiar que esteja passando por isso?

Compreender, colocar-se no lugar do outro e apoiar – responderiam alguns. É simples, mas não é fácil. É complicado suportar a própria dor de ver alguém que amamos em sofrimento. Nosso ímpeto é sugerir caminhos que possam abreviar esse processo, que ajudem a pessoa na superação do luto. Mas aprendi que cada um tem seu próprio tempo.

Estar diante da dor do outro as vezes paralisa ou provoca reações nem sempre bem-vindas. Quem já não se sentiu constrangido e sem saber o que dizer e o que fazer diante da tristeza de alguém querido?

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Tem um vídeo que aborda este assunto de um jeito simples, mas que traz umas dicas bem interessantes que vale a pena pensarmos:

Cuidados que devemos ter em mente para ajudar um amigo em luto:  

  • A elaboração do luto não tem um limite de tempo – algumas pessoas nunca se recuperam totalmente da perda de um ente querido. Aprendem a conviver com isso. Então, não a apresse.
  • O melhor que tem a fazer é se aproximar dele ou dela. Estenda sua mão.
  • Admita que você não sabe o que dizer nem o que fazer, mas que você está disponível e presente para ela.
  • Faça perguntas do tipo: Quer conversar sobre o assunto? Caso a resposta seja negativa, silencie.
  • Ouça a pessoa e pergunte sobre o que ela quer fazer: Como você está, o que quer fazer?
  • Se um amigo em luto não tem aparecido muito, apesar de ser compreensível, pode ser preocupante. As vezes a pessoa pode não estar pronta para socializar, mas importante sentir que é querida. Convide-a para um café ou um evento, dizendo –  eu compreendo a situação que você está passando, mas quero que saiba que ficaria muito feliz com sua presença.
  • Se ela morar próximo você pode levar comida, se oferecer para passear com os cachorros. Cuidar da vida prática e do corpo físico, sem tentar consertar o luto.
  • É preciso encarar o luto de uma forma mais realista. Acompanhe seu amigo em luto. Diga: Está tudo bem que você não está bem.
  • Dê escolhas. Lembre-se que muitas delas podem ter sido tiradas com a morte da outro.

O luto assusta e tentamos muitas vezes apagar a dor ao invés de apoiar a pessoa. É natural ficarmos meio atrapalhados e dizer coisas que não deveriam ser ditas, mas é possível avaliar o que estamos dizendo.

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Situações que devem ser evitadas ao lidar com alguém em luto:

  • Não tente consertar, luto não é doença que se cura. Tratar luto como uma doença pode soar como uma desconsideração ao que o outro está sentindo.
  • Frases como: Pelo menos ele morreu fazendo aquilo que ele gostava devem ser evitadas. Ditados populares ou frases prontas, por mais bem-intencionadas não ajudam e nem diminuem a dor. Você pode não perceber, mas dizer algo como isso é como se estivesse fazendo vista grossa para a dor daquele momento e propor para pessoa se conformar e se curar. Como se batesse palma e dissesse – a dor se foi.
  • Não acelerar pela melhora. Esse é um aspecto importante. Permita que o outro viva seu momento.
  • Coisas do tipo: você deveria mudar de casa devem ser evitadas. Evite sugerir o que você acha que ela deva fazer.
  • Não a repreenda por seu sofrimento. Não julgue.

 

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Como agir quando alguém próximo está morrendo:

Tente compreender o que a pessoa gostaria naquele momento. Se ela quer que você repita para que continue lutando, faça-o. Mas evite dizer isso quando sentir que a pessoa quer apenas sua companhia. Seja sua companhia.

Você não precisa dizer tudo. O objetivo é devolver o controle para essa pessoa e estar disposta a ficar do lado dela no momento que pode ser um período aterrorizante em sua vida.

Pergunte-se: O que você gostaria de fazer nesse momento?

Precisamos simplesmente ter a fortaleza e humildade de acompanhar alguém em sua dor na forma que for melhor para ela.
Lembre-se que você também vai passar por luto e que as pessoas próximas a você também vão passar por isso.

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“A morte é a única certeza que temos. É condição natural de estar vivo. Precisamos aprender uma forma mais realista de lidar com tudo isso”. Eclesiastes

1.       Envie-lhes presentes para que eles saibam que você está pensando sobre eles.

2.       Mantenha contato com seus amigos próximos e membros da família para ver como eles estão fazendo.

3.       Falar sobre a perda abertamente com eles.

4.       Não fale em clichês.

5.       Incentive os amigos mútuos que estão mais perto por ajudar.

6.       Diga-lhes que você os ama – muito

Este filme me remete a este momento. Assistam:

Extraído do Canal FitrihadiTV, todos os direitos reservas a FitrihadiTV, Video: Changing Batteries – The Saddest Story 3D Animation

Fonte: Dicas extraídas do vídeo: HELPING A FRIEND THROUGH GRIEF (https://www.youtube.com/watch?v=lGbI7zn2UV0 ) / Foto de Capa:  zviko – Pixabay

http://viverdepoisdos50.com/2018/03/como-ajudar-um-amigo-em-luto/

NINGUÉM QUER MORRER… XÔ FEBRE AMARELA!

“O primeiro dos bens, depois da saúde, é a paz interior”. François Lá Rochefoucauld

Se for pra escolher ninguém quer morrer. Isso é fato! Com a situação em São Paulo se agravando dia a dia e com o número de mortes de infectados pela febre amarela só aumentando… todos estão querendo se proteger. E a vacinação é nossa única proteção mais segura contra esta doença que pode ser mortal. Mesmo com as autoridades orientando que não precisamos correr pros postos (como se o povo confiasse nesta informação) vejo que quase ninguém ouve… pelo tamanho das filas que crescem todos os dias em todas as regiões o povo só está querendo proteção. Entendo que o descaso das políticas públicas com a população, onde deveriam ter começado uma campanha de vacinação contra a febre amarela pra toda a população desde o início de 2017… muito antes de chegar como está hoje… (só agravou tudo) com certeza não estaríamos nesta situação agora. Preocupa muito que as vacinas estão acabando antes do final do dia em muitos lugares. São enviadas diariamente doses grandes aos postos de saúde, mas não são suficientes pelo que percebo. Ninguém da fila tem garantia de que será vacinado, isso causa stress e alarde maior ao povo. Hoje vemos com tristeza o desespero de muitos da população pra serem vacinadas (só querem se proteger e não querem correr risco desnecessário). As filas são cada vez maiores e com o tempo longo de espera, onde tem gente que chega a dormir na fila muitas vezes… o nervoso se sobressai e muitos estão agredindo aos funcionários e as próprias pessoas da fila… surge um desespero total. Tem ocorrido até invasões aos postos. Além disso estas pessoas também estão se expondo ao contato com o mosquito. Os postos estão se organizando e trabalhando muito, numa ação conjunta e se esforçando para atender o máximo de pessoas possíveis. Mas necessita ainda de informações melhores, mais precisas e confiáveis pra quem esta na fila, isto com certeza aliviaria este stress. A proteção policial está acontecendo e “todos” têm que ter muita habilidade e paciência pra lidar com esta questão. Pois ninguém quer morrer. A campanha com doses fracionadas começam a ser distribuídas e aplicadas a partir de 24/1 em São Paulo. Terá validade de 8 anos conforme informações da imprensa. Enquanto isso estaremos nesta agonia.

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Este vídeo não existe
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Eu fiquei nesta quarta feira (17/1) na UBS Jardim Edith por 6 horas (cheguei 6:30 sai as 12:30h) pra tomar a vacina, isto porque eu tinha prioridade e estava com meu cartão do SUS. O atendimento depois de recebida a senha dos prioritários foi rápido e eficiente. Percebi que tinha muita gente trabalhando no posto e ajudando a organizar tudo lá dentro. O jeito é ter muita paciência mesmo. Quem não tinha prioridade ia levar mais 3 horas depois disso pra receber a senha e pra ser vacinado. Ainda tenho o sonho e a esperança de que um dia a Saúde e Educação sejam prioridade no Brasil. E você já tomou a vacina?

COMO VIAJAR COM BEBÊ NO AVIÃO? (Internacional/ Londres).

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“Os melhores momentos da vida não são aqueles em que você respira fundo… e sim aqueles que tiram o fôlego.” Anjos da Vida.

Já tinha contato aqui que meu filho mudou-se com a sua família para Londres. Ele foi na frente (em 19/maio) para iniciar seu novo trabalho e alugar um apartamento para levar sua família… nós fomos logo em seguida com tudo organizado por lá (em 14/junho).

Foi um grande desafio que enfrentei (amos)… viajar de avião para Londres com minha nora e meu neto, um bebê de apenas 7 meses de idade. Confesso que esta nova experiência me (nos) deixou um pouco ansiosa a princípio… onde as informações da internet foram fundamentais para o sucesso da viagem (meu otimismo tambésm rsrssr).

Viajar de avião com bebês pequenos é uma dificuldade para muitos pais. Além de precisar ter mais atenção na hora da compra da passagem e de alguns detalhes no embarque, é importante também saber o que fazer durante o voo, quando os bebês costumam ficar inquietas.  O Post ficou um pouco longo, mas consegui abordar todos os itens do antes: durante e depois da viagem… Paciência!

Hoje quero dar dicas sobre “como viajar com bebê num voo internacional”, no caso Londres. O que fizemos e o que recomendo.

PRIMEIRO MOMENTO: A COMPRA DA PASSAGEM – RESERVAR O BERÇO.   

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  1. A primeira coisa a fazer é: comprar a passagem aérea com antecedência, reservando um bom assento (sugiro pegar corredor) um vôo noturno. Informe também que vai com um bebê e quantos meses ele tem.

Nossa experiência: Escolhemos a Cia aérea TAM/LATAM, com voo direto. Partindo de São Paulo/Guarulhos (GRU) ás 23:55hs e chegando em Londres – Heathrow (LHR) ás 15:15hs, com duração de 11:20.hs. No caso compramos pela internet.

  1. Em seguida ligue no Call Center e faça uma pré reserva de “berço para bebê”, informando: altura (até 71cms) e peso (até 10kg). Trata-se de um berço que se encaixa na frente á primeira fileira (não se esqueçam de pedi-lo!) e ele tem cinto, caso o bebê se mexa. Fará uma diferença enorme na viagem o berço. A propósito, o berço é uma espécie de 1a classe para os bebês: o bebê fica bem acomodado nele… é bem prático para aliviar um pouco o colo, deixando-nos livres daquele pesinho extra no colo.

Nossa experiência: Nosso bebê conseguiu dormir bem quase toda a viagem. Nós ficamos sempre alerta… mas pudemos descansar melhor durante a viagem.

  1. Adocumentação (original)  para viagem varia de acordo com o destino (consulte antes). Em viagens internacionais, com foi o nosso caso (Londres) era  preciso ter apenas um passaporte válido (pelo menos com 6 meses validade) . O passaporte do bebê tem validade de apenas de 1 ano. Apresentem-se juntos (PF) pai e mãe para fazer o passaporte do bebê e fazendo a opção para viajar com ambos ou apenas um dos dois.  Caso a viagem aconteça sem a presença do pai, a mãe precisará apresentar o passaporte do bebê com esta autorização descrita nele. Este era o nosso caso. Dependendo do país, também pode ser necessário o visto e a carteira de vacinação sempre na mão (consulte com antecedência) . Não era o nosso caso.
  1. É bom ir ao Pediatra antes e verificar se esta tudo ok com o bebê e receber algumas orientações do médico.  Leve uma farmacinha na viagem.

São detalhes burocráticos, mas que podem impedir a viagem, melhor ver com bastante antecedência.

SEGUNDO MOMENTO: A VIAGEM: CHECK IN E EMBARCANDO.

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  1. Nossa experiência: Lembrem-se de que estamos com bebê, por isso, chegamos bem antes do horário de embarque, precisamente 5hs antes. Pois geralmente o check in do voo abre com 6 horas antes.
  2. Com o berço reservado não fizemos check in online. Tem que ser feito somente no aeroporto bem antes do momento do embarque. Cheguem com “bastante” antecedência. Detalhe: as primeiras fileiras (mais espaçosas) onde fica o berço só são desbloqueadas neste momento, no aeroporto. A maioria das aeronaves oferecem apenas 1 berço por voo (disponível somente em voos internacionais)… este era o nosso caso…

Nossa experiência: Quem fizer o check-in “primeiro no aeroporto” garante o seu berço reservado, pagando neste hora a taxa do berço (nós pagamos US$150). Ficamos na primeira fila (bem mais espaçosa e confortável). Quem consegue o berço (portátil) têm direito aos assentos na primeira fileira mais práticos na hora de entrar e sair do avião. Além da mãe, o bebê… também tivemos direito á um acompanhante (no caso eu).

Dica de Assento: Com bebês que não conseguem mais usar o berço, tentem ficar em uma fileira de 4 cadeiras (se tiverem sorte, pode ser que consigam pegar duas cadeiras para deitarem completamente a criança – verifiquem que os braços das cadeiras levantam. Corredor são melhores para se movimentarem com ele. O importante é evitar ficar na poltrona do meio, enclausurada e impossibilitada de fazer movimentos.

  1. Apresente seus documentos (passaportes) dos passageiros. Faça o check in.
  2. Despache as malas. Cada adulto tem direito á despachar 2 malas de 32 Kg (para Europa/TAM) e levar 1 de mão na cabine. O bebê tem direito de despachar apenas uma mala de 23 Kg, embora seja ele quem mais vai requerer volume rsrsr.
  3. Informe aqui que vai querer que o seu carrinho do bebê fique junto com você até o momento do embarque. Este será entregue e devolvido na porta do avião, assim que (des) embarcar.

Nossa experiência: Assim aconteceu conosco e foi muito prático e maravilhoso. Melhor pedir para que seja devolvido na saída do avião, nunca se sabe a extensão do aeroporto no qual vamos aterrissar (mas mesmo pedindo, algumas vezes, em voos internacionais, soubemos que eles saem junto com as malas).

  1. Vocês também têm prioridade (atendimento preferencial) na fila na hora do embarque (pelo menos no Brasil!).

TERCEIRO MOMENTO:  O VOO –  A VIAGEM – ALIMENTAÇÃO E A DISTRAÇÃO.

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  1. Pouco antes de embarcar, troque a fraldado bebe e se estiver em um horário razoável, já dê a comidinha/ leite do bebê.
  2. Nos voos internacionais, quando fizerem a reserva, lembrem-se de avisar a companhia aérea que irão embarcar com bebê ou criança (no momento da compra da passagem aerea), no nosso caso foi essencial reservar/ conseguir o berço.
  3. Quando o voo é noturno, os bebês demoram um pouco para “desligarem”, ficam excitadas com o todo, viagem, avião, etc… a própria agitação e ansiedade nossa, rsrsr. Mas uma vez as luzes apagadas, em geral, elas dormem… Digo bem: “em geral”, mas se for o caso do seu bebê ficar chorando (após verificação da fome, fralda, frio e coisas habituais)… não há muito o que fazer, tente relaxar… é chato para você e para os outros, e principalmente com certeza para a criança, mas quem nunca pegou um avião com uma criança chorando?! Acontece nas melhores famílias…! E sempre o noturno ainda é uma melhor opção do que voo comprido e diurno, porque o tempo demora mais a passar e elas ficam ligadas o voo inteiro!

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  1. DE MÃO DO BEBÊ EM VOOS LONGOS: Se o voo for de dia e relativamente curto, há que se ter bastante coisas em mãos para distraí-los e vai da preferência de cada bebê com seus brinquedos prediletos, mas tem que ser bem práticos. Leve os brinquedinhos preferidos do bebê (mordedores, bichinhos macios, brinquedinhos com diferentes texturas e cores… dê prefira aos sem sons).
  2. Caso seja necessário trocar seu bebê, existem trocadores no banheiro: ele é abaixado por cima do vaso sanitário… é bem apertado, mas atende bem! Na “mala do bebê” tenha muitas coisas para suas trocas: fraldas, toalhas higiênicas, pomadas contra assaduras, 2/3 roupas confortáveis, chupetas extras….
  3. E lembrem-se de levar um casaquinho e/ou manta, pois muitas vezes o ar condicionado do avião é gelado.
  4. Levem também alimentos do bebê em uma bolsa térmica pequena : mamadeira (leve a fórmula de leite do bebê em uns potinhos com compartimento pra dosagem certa e pelo menos para 2 mamadeiras com água na quantidade exata), papinhas (salgada ou doce as das Nestlé ajudam bastante aqui), danoninhos (colherzinhas, babador)… Enfim algo para o bebê se alimentar.
  5. De resto, relaxem, lembrem-se que os bebês sentem a ansiedade dos pais! E elas podem surpreender: no final, a viagem ainda pode ser tranquila, e de qualquer forma, os pimpolhos ficam sempre muito contentes em pegar o avião! O primeiro a gente nunca esquece! Tirem fotos e registrem o momento! Nós nos esquecemos rsrsrs.

Nossa experiência: No nosso caso o voo atrasou 1:30’hs em terra o que irritou um pouco o bebê depois de um certo tempo… tentamos distraí-lo cantando no colo da mamãe e da vovó… mas assim que levantamos voo (com o bebê no colo) o berço foi finalmente instalado. Ele mamou tudo e dormiu no colo da mãe como um anjo… colocamos então no berço portátil com o cinto. Uma maravilha para ele e para nós rsrsr. Dormiu quase toda a viagem. Acordou quase em Londres já.

Acordado (perto de Londres) trocamos e preparamos a mamadeira (tem água quente na cabine)… mamou tudo e ainda comeu uma banana amassada que era do nosso café da manhã. Brincou com seus mordedores, ouviu músicas e curioso como é observou todos os barulhos ao seu redor.

QUARTO MOMENTO: DICAS: DECOLANDO E ATERRISSANDO.

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Durante a decolagem e aterrizagem, dê a chupeta ou mamadeira ao filhote. O movimento de sucção minimiza os efeitos da pressão no ouvido.

DETALHE: Pressão e dor de ouvido: no momento da decolagem e aterrizagem, não esqueçam de fazer os bebês deglutirem, tomando mamadeira, água, chupando chupeta, dando o peito… qualquer coisa que as ajudem a desentupir os ouvidos, já que não sabem fazer isso sozinhas. O processo de sucção evita que os ouvidos doam por conta da pressurização do ar. Pressurização essa que na grande maioria das vezes é a grande culpada pelo choro dos bebês nos aviões.

Nossa experiência: No nosso caso não precisamos fazer nada, foi tudo tranquilo com o bebê.

infra-estrutura para se viajar com bebês é enorme, principalmente se eles forem menores que 12 meses. Por isso toda atenção e cuidado são necessárias no: antes, durante e depois da viagem isso  fará toda a diferença!

ALGUNS LEMBRETES:

  • Bebês de 1 a 4 meses dormem a maior parte do tempo no voo. Bebês de 5 a 7 meses um pouco menos. De 8 a 10 querem mais se divertir, inclusive, ficar “falando” enquanto os outros passageiros dormem! Bebês de 11 e 12 meses, querem desbravar o avião e engatinham por todo o corredor. Calma!
  • Se seu filho já bebe água,ofereça durante o voo uma quantidade maior que o habitual. Nas alturas, o  organismo requer mais líquido do que de costume.
  • Ah, não tem problemas levar comida de bebê caseira em voos internacionais, é aceito pela segurança do aeroporto
  • Veja se as vacinas dele estão em dia e fique atento as vacinas exigidas/ recomendadas no destino dependendo do destino.
  • Algumas companhias aéreas oferecem carrinho de bebês. O ideal é fazer a reserva antecipadamente para que um funcionário da cia fique no finger (na saída do avião) esperando o passageiro para entregar o carrinho. Isso é ótimo!!
  • Você pode também considerar levar o bebê no canguru, que deixa suas mãos livres para puxar as malas.
  • Caso esteja viajando sozinha com o bebê, você pode pedir auxílio da companhia para retirar a bagagem da esteira. A propósito, no ato do check in, você solicita que suas bagagens sejam identificadas como prioritárias e assim você não deverá ficar muito tempo aguardando a bagagem chegar. Assim é a teoria e nas melhores companhias, funciona também na prática.
  • Para que a viagem fique mais confortável, você pode utilizar algum acessório de viagem para bebês, que facilita a vida de quem está voando
  • Em relação aos preços de passagem de avião para criança, os valores são diferentes. : para bebês de até 2 anos, a tarifa é em geral 10% do valor do adulto + as taxas de embarque (mas não ocupam um assento). Para crianças de 2 a 12 anos, paga-se 75% da tarifa do adulto + taxas de embarque… e já devem ter seu lugar garantido no avião (ver: desconto definido por cada companhia, que pode chegar a 50%).
  • Se estiver com cerca de 10 meses ou mais a dica é levar o travesseiro de amamentação. Pode não parecer muito prático, mas ajuda muito, pois o bebê acaba dormindo em algum momento e com ele fica bem mais confortável a acomodação na poltrona do avião;

Espero que este post ajude bastante vocês quando viajarem com bebê em avião. Bom, depois do primeiro voo, você percebe que não é tão ruim como você imaginava. Vai logo se programar para a próxima viagem! Já estamos pensando nisso…

Sugiro assistir este vídeo: (www.macetesdemae.com)

http://www.ebc.com.br/infantil/para-pais/2016/01/dica-de-mae-o-que-voce-precisa-saber-para-viajar-de-aviao-com-bebe-e

TÃO IMPORTANTE QUANTO SEGUIR EM FRENTE, É SABER DEIXAR PRA TRÁS.

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 “Não somos responsáveis apenas pelo que fazemos, mas também pelo que deixamos de fazer”. Moliére.

Falar sobre seguir em frente, lembra-nos de deixar o passado no seu devido lugar. Encerrar ciclos e abrir novos caminhos… aprendemos melhor com o tempo ou tentamos… Em “A Soma de Todos os Afetos” de Fabíola Simões descreve bem esta passagem. Leiam.

Tenho um tio muito querido que é um nostálgico compulsivo. Adora tomar seu vinho ao som de Nat King Cole, Billie Holiday e Frank Sinatra, enquanto nos remete aos idos de nossa infância e à lembrança de um tempo bom. Estar ao seu lado é uma festa saudosa, que invariavelmente traz de volta um pouquinho do que éramos e de como nos sentíamos juntos.

Porém, outro dia, conversando com uma amiga, falávamos sobre a necessidade de seguir em frente. E sobre o quanto isso implica deixar certas coisas, lugares, pessoas e momentos para trás.

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Porque não basta abrir as portas para o novo tempo. É preciso fechar algumas janelas também. E talvez fechar algumas janelas seja a parte mais difícil de seguir em frente…

Como deixar partir fragmentos do que fomos ao trancarmos nossas janelas?

Talvez a resposta esteja na vivência do luto. É preciso respeitar a dor do fim de um tempo, mesmo que novas portas (muito melhores) estejam se abrindo à nossa frente.

É preciso deixar partir a infância dos filhos, o fim de um relacionamento que parecia perfeito, as amizades que não tinham vínculos muito sólidos, as palavras de amor que não vingaram, a própria juventude, o corpo perfeito, o tempo bom de faculdade, a saúde de nossos pais.

Diante da finitude, temos que aprender a seguir em frente sem olhar pra trás com saudosismo ou sofrimento.

É preciso coragem para queimar cartas antigas que perderam espaço em nossa memória afetiva, deixar abrigos conhecidos onde não nos refugiamos mais, dar chances às novas possibilidades de felicidade.

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Nem tudo resiste ao tempo. Agarrar-se ao que não existe mais não permite que novas chances se revelem… que novos caminhos sejam abertos…

O ouvido se habituará a novos sons se a gente deixar que ele escute novas canções. Assim também aprenderemos a aceitar o novo tempo se facilitarmos o começo de novas possibilidades e entendermos que não há mais o que se esperar daquilo que já passou.

Não há o que se esperar do passado. Ele aconteceu, foi bom, ficou vivo dentro da gente, nos fez feliz… mas passou. Guarde-os no seu devido lugar.

Que permaneçam as boas lembranças, não o desejo de perpetuar vapores de um tempo que não floresceu.

Que os álbuns de fotografia em sépia sirvam para nos lembrar dos sorrisos e sonhos que tínhamos, mas não substituam a alegria de nos relacionarmos com quem está ao nosso lado aqui e agora.

É preciso aprender a partir. A abandonar nossos lugares no mundo e de dentro das pessoas.

Descobrir que, tão importante quanto seguir em frente, é saber deixar pra trás.

Vivendo um luto de cada vez, aprendendo a desistir um tanto do que éramos para abrir espaço para quem nos tornamos; acreditando que uma vida abriga inúmeras fases, e para vivê-las com sabedoria é preciso resgatar o novo e abandonar o velho; sendo tolerante com alegrias novas que querem chegar, e permitindo que nos mostrem o que podem fazer por nós.

Nem sempre é fácil reconhecer que um tempo chegou ao fim. Insistimos em reviver antigos papéis, trazer à tona emoções que se esgotaram, resgatar pessoas que já partiram há muito tempo de nós.

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Cada um encerra seus ciclos de forma diferente, e é preciso respeitar o tempo de cada um. Mas tudo passa! O tempo é a melhor opção.

O presente te escolheu. Tenha a sabedoria de escolhê-lo também…
Fonte: http://www.asomadetodosafetos.com/2016/06/tao-importante-quanto-seguir-em-frente-e-saber-deixar-pra-tras.html#ixzz4BpiSSopZ

QUANDO OS FILHOS VOAM… POR RUBEM ALVES.

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“… Amar é ter um pássaro pousado no dedo! Quem tem um pássaro pousado no dedo sabe que, a qualquer momento, ele pode voar…” Rubem Alves.

Encontrar a sabedoria do amor que nos ensina a deixar voar e não a engaiolar… é uma benção! Pra variar este texto vivo e cheio de afeto de Rubem Alves me surpreende! Dia a dia, com dor e amor, alegria e nostalgia, eu tenho aprendido sobre as asas e raízes que se revelam nos relacionamentos entre pais e filhos.

Estou sim aprendendo e muito especialmente na maturidade a “transformar nascer, crescer e morrer num processo menos monótono e sem sobressaltos”… amando e dando asas aos filhos… Cada vez eles vão mais longe e ficam por mais tempo… nós vamos acompanhando ás vezes de perto, outras de longe … Nos encontrando e nos espelhando em seus sonhos e vitórias… melhor assim, né. Leia:

BIA SO

Sei que é inevitável e bom que os filhos deixem de ser crianças e abandonem a proteção do ninho. Eu mesmo sempre os empurrei para fora. Sei que é inevitável que eles voem em todas as direções como andorinhas adoidadas.

Sei que é inevitável que eles construam seus próprios ninhos e eu fique como o ninho abandonado no alto da palmeira…

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Mas, o que eu queria, mesmo, era poder fazê-los de novo dormir no meu colo…

Existem muitos jeitos de voar. Até mesmo o vôo dos filhos ocorre por etapas: O desmame, os primeiros passos, o primeiro dia na escola, a primeira dormida fora de casa, a primeira viagem…

Desde o nascimento de nossos filhos temos a oportunidade de aprender sobre esse estranho movimento de ir e vir, segurar e soltar, acolher e libertar. Nem sempre percebemos que esses momentos tão singelos são pequenos ensinamentos sobre o exercício da liberdade.

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Mas chega um momento em que a realidade bate à porta e escancara novas verdades difíceis de encarar. É o grito da independência, a força da vida em movimento, o poder do tempo que tudo transforma.

É quando nos damos conta de que nossos filhos cresceram e apesar de insistirmos em ocupar o lugar de destaque, eles sentem urgência de conquistar o mundo longe de nós.

É chegado então o tempo de recolher nossas asas. Aprender a abraçar à distância, comemorar vitórias das quais não participamos diretamente, apoiar decisões que caminham para longe. Isso é amor.

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Muitas vezes, confundimos amor com dependência. Sentimos erroneamente que se nossos filhos voarem livres não nos amarão mais. Criamos situações desnecessárias para mostrar o quanto somos imprescindíveis. Fazemos questão de apontar alguma situação que demande um conselho ou uma orientação nossa, porque no fundo o que precisamos é sentir que ainda somos amados.

Muitas vezes confundimos amor com segurança. Por excesso de zelo ou proteção cortamos as asas de nossos filhos. Impedimos que eles busquem respostas próprias e vivam seus sonhos em vez dos nossos. Temos tanta certeza de que sabemos mais do que eles, que o porto seguro vira uma âncora que os impede de navegar nas ondas de seu próprio destino.

Muitas vezes confundimos amor com apego. Ansiamos por congelar o tempo que tudo transforma. Ficamos grudados no medo de perder, evitando assim o fluxo natural da vida. Respiramos menos, pois não cabem em nosso corpo os ventos da mudança.

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Aprendo que o amor nada tem a ver com apego, segurança ou dependência, embora tantas vezes eu me confunda. Não adianta querer que seja diferente: o amor é alado.

Aprendo que a vida é feita de constantes mortes cotidianas, lambuzadas de sabor doce e amargo. Cada fim venta um começo. Cada ponto final abre espaço para uma nova frase.

Aprendo que tudo passa menos o movimento. É nele que podemos pousar nosso descanso e nossa fé, porque ele é eterno.

Aprendo que existe uma criança em mim que ao ver meus filhos crescidos, se assustam por não saber o que fazer. Mas é muito melhor ser livre do que imprescindível.

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Aprendo que é preciso ter coragem para voar e deixar voar.

E não há estrada mais bela do que essa.

Fonte: https://osegredo.com.br/2015/12/quando-os-filhos-voam-por-rubem-alves/#.V2WQUmc7msR.facebook

FILMES SENSACIONAIS QUE MOSTRAM O AMOR NA TERCEIRA IDADE – TOP 2.

“A demonstração de amor requer mais do que beijos, sexo e palavras. Sentir-se amado é sentir que as pessoas tem interesse real na sua vida”.  Arnaldo Jabor.

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O amor… Ah, o amor! Cheio de surpresas… Há quem diga que amar alguém é querer envelhecer com essa pessoa! Uma coisa é certa: o amor pode transformar aqueles que o sentem! Mas tantas coisas acontecem…
No cinema, vários filmes têm como pano de fundo esse sentimento, que aflora em qualquer fase da vida, inclusive na maturidade.
Veja esta outra seleção de filmes que nos mostram como é o amor na terceira idade, longe de ser um tabu, revela-se como uma experiência a ser vivida e celebrada… Um brinde ao amor!
A FELICIDADE MORA AO LADO
Na comédia romântica “Um Amor de Vizinha”2014, o corretor de imóveis Oren Little (Michael Douglas) egocêntrico vive tranquilamente quando recebe a visita do filho (com quem ele não fala há anos), um ex-viciado, que vai cumprir uma pena de prisão que pede que ele cuide da sua neta por um tempo… e deixa sua filha pequena, Sarah (Sterling Jerins), com o avô. Sem a menor ideia de como proceder com uma criança que ele mal conhece, ele pede ajuda a sua vizinha para cuidar da menina.
A vizinha Leah (Diane Keaton), uma viúva e cantora de um pequeno restaurante. Mais do que ajudar o corretor a cuidar de Sarah, Leah ensina a Oren que ainda há tempo para amar e buscar a felicidade. Assista ao trailer:

O rabugento Oren tem seu coração amolecido pela adorável vizinha Leah.

UM OSCAR PARA O AMOR!
O filme francês “Amor” (Amour 2012), direção de Michael Haneke, conta a história de Anne (Emmanuelle Riva) e Georges (Jean-Louis Trintignant), casados há bastante tempo e cujas vidas mudam quando Anne é submetida a uma cirurgia no coração malsucedida, que a deixa paralisada de um lado do corpo. O amor do casal é colocado à prova com o problema de Anne, e a realidade de dificuldades e superações adentra o filme com toda força. Amor foi premiado com o Oscar de melhor filme estrangeiro de 2012. Assista ao trailer:

Amor: uma lição de afeto, cumplicidade e companheirismo. Manter-se fiel as suas  escolhas e decisões.

SEGREDOS SEMPRE SÀO DESCOBERTOS

Em 45 anos, 2015 Kate Mercer (Charlotte Rampling) está planejando a festa de comemoração dos 45 anos de casada. Porém, cinco dias antes do evento, o marido recebe uma carta: o corpo de seu primeiro amor foi encontrado congelado no meio dos Alpes Suíços. A estrutura emocional dele é seriamente abalada e Kate já não sabe se vai ter o que comemorar durante a festa.

O diretor Andrew Haigh constrói momentos de grande naturalidade na vida de um casal idoso, incluindo cenas com os amigos, momentos de dança e um ato sexual. Mesmo assim, em ritmo progressivo, o cineasta consegue criar o suspense: o que vai acontecer no dia da cerimônia? Eles vão terminar o casamento? Vai dar tudo certo? Haigh economiza – até demais – na quantidade de conflitos ao longo da história, que é belamente filmada, mas um tanto inerte. Entretanto, é possível acreditar que o cineasta tenha feito essa escolha porque acreditava no potencial de sua conclusão que, de fato, é excepcional. Assista ao trailer:

Um retrato sutil, sofisticado e ao estilo Bergman de uma crise de casamento no final da vida. […] Em muitos níveis, “45 Anos” é um filme atormentado por fantasmas do passado.

A MORTE É UM DIA QUE VALE A PENA VIVER | ANA CLAUDIA QUINTANA ARANTES…

luz

“Eu tive uma namorada que via errado. O que ela
via não era uma garça na beira do rio. O que ela
via era um rio na beira de uma garça. Ela despraticava
as normas. Dizia que seu avesso era mais visível
do que um poste”. Manoel de Barros.

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Sempre falamos em qualidade de vida… mas nunca gostamos de pensar e muito menos falar sobre a “morte”… nossa única certeza na vida. É sobre isso que a Dra. Ana Claúdia Quintana Arantes fala com muita clareza e simplicidade. Há tanta sensibilidade neste vídeo… “Conheça todas as teorias, domine todas as técnicas, mas ao tocar uma alma humana, seja apenas outra alma humana.” Carl Jung.

morte ..

“A doença é uma abstração da realidade. Ela está nos livros, no microscópio, nas definições ou nas publicações. Mas, quando a doença encontra um ser humano, ela produz uma melodia única, que se chama “sofrimento”. As doenças, elas se repetem nas pessoas. Mas o sofrimento, não. O sofrimento é único, cada um tem o seu.[…]. Medicina é simples, gente boa, o difícil é a psicologia . Cada ser humano é único, e vai expressar nesse momento, que tem consciência da sua finitude. Porque todo mundo aqui já sacou que a gente vai morrer. Alguém está chocado em saber disso?[…] Quem for sentar do outro lado tem de entender a importância de que ela não tem tempo para desperdiçar com quem não dá importância para um ser humano até o último minuto em que ele vive. ” Quer saber mais assista este vídeo…

Fonte: https://www.youtube.com/watch?v=ep354ZXKBEs

MEU NETO NASCEU!!! SEJA BEM VINDO JOÃO PEDRO…. FELIZ DEMAIS!!!

IMG_2918         “A aceitação de que não temos diante de nós todo o tempo do mundo cria o desejo de nos concentrarmos no essencial, em busca do máximo de felicidade que pudermos obter no futuro imediato. A inquietude da inexperiência e os desmandos causados por ela dão lugar à busca da serenidade”.    Dráuzio Varella

Um belo dia, sem passarmos pela gestação e pelo parto, completamente livre e, nisto é que está a maravilha… livre de qualquer dor… só alegria… uma linda criancinha aparece na nossa vida… Neste momento tão importante da nossa vida, que estamos chegando a maturidade refletindo sobre tudo na vida e mudando… começamos então agora, outra etapa da nossa vida.

Ele nasceu neste domingo (dia lindo) ás 10:01 horas meu primeiro netinho… Bem vindo meu querido netinho João Pedro! Foi numa cesariana que ele chegou… com 51 cm e 3.855 kilos… forte e muito lindo! Seja bem vindo á nossa família… Você estava sendo muito esperado e desejado! E já é muito amado por todos nós… Muitos de nós assistimos emocionados a sua chegada ,pela janela da maternidade Pro Matre em São Paulo…

IMG_3956 Chegou ao mundo, cheio de saúde. Curioso… querendo conhecer tudo e a todos… Seus olhinhos abertos e atentos á tudo o que acontecia ao seu redor… ouvindo com atenção as vozes… são muitas novidades, minha vovó! Veio muito cabeludinho, com as bochechas rosadas e um charme cativante de quem já sabe muito bem que é muito amado. Dorme agora tranquilamente…

Estou muito emocionada até agora… participei de tudo assistindo pela janela da sala de parto na maternidade… cada momento… É uma emoção única… indescritível! Obrigada meu Deus, por este presente maravilhoso! É uma benção…ser avó, sou muito grata…

 

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Como é maravilhoso ser avóAcreditem, é tão extraordinário quanto ser mãe. As vezes me parece melhor ainda… duplicando o sensação de ser mãe, penso.  

Curiosa à nova experiência de ser avó, percebo que a espiral da vida deu uma volta completa. Um novo ciclo se inicia… a família aumenta e fica mais unida e mais feliz ainda! Gratidão por tido esta benção, neste momento da minha vida em que a maturidade vem chegando de mansinho e venho refletindo muito sobre a minha vida…

É necessário então agora pensar sobre o que é ser avóque avó eu quero ser? Já vou dizendo que estou “babando”… sou uma vovó coruja assumida!!!

Quero deitar e rolar muito com você meu netinho…. dar mil bejinhos… brincar muito…  mas muito mesmo… e contar mil historinhas de livros e da vida… Tenho tanto pra te contar, quero compartilhar tudinho com você… todas elas. Vamos rir e se emocionar muitoooo, tenho certeza! Ainda vamos nos divertir muito, você verá meu netinho querido… e vou logo te avisando que já sou sim uma avó muito feliz e coruja.

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Bem vindo ao mundo meu querido. Vovó te ama muitooooo.