ETERNO!

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“Eterno, é tudo aquilo que dura uma fração de segundo, mas com tamanha intensidade que se petrifica, e nenhuma força jamais o resgata!”

Carlos Drummond Andrade nos descreve tão bem o que é eterno. .. fácil falar… mas difícil segui-las, né? Confira.

Fácil é ditar regras.
Difícil é segui-las. Ter a noção exata de nossas próprias vidas ao invés de ter a noção da vida dos outros.

Fácil é perguntar o que se deseja saber.
Difícil é estar preparado para escutar esta resposta. Ou querer entender a resposta.

Fácil é dar um beijo.
Difícil é entregar a alma sinceramente, por inteiro.

Fácil é sair com várias pessoas ao longo da vida.
Difícil é entender que pouquíssimas delas vão te aceitar como você é e te fazer feliz por inteiro.

Fácil é ocupar um lugar na agenda telefônica.
Difícil é ocupar o coração de alguém. Saber que se é realmente amado.

Fácil é sonhar todas as noites.
Difícil é lutar por um sonho.

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Fácil é ver o que queremos enxergar.
Difícil é saber que nos iludimos com o que achávamos ter visto. Admitir que nos deixamos levar, mais uma vez, isso é difícil.

Fácil é dizer “oi” ou “como vai?”.
Difícil é dizer “adeus”, principalmente quando somos culpados pela partida de alguém de nossas vidas.

Fácil é abraçar, apertar as mãos, beijar de olhos fechados.
Difícil é sentir a energia que é transmitida. Aquela que toma conta do corpo como uma corrente elétrica quando tocamos a pessoa certa.

Fácil é julgar pessoas que estão sendo expostas pelas circunstâncias.
Difícil é encontrar e refletir sobre os seus erros, ou tentar fazer diferente algo que fez muito errado.

Fácil é ser colega, fazer companhia a alguém. Dizer o que se deseja ouvir.
Difícil é ser amigo para todas as horas e dizer sempre a verdade quando preciso e com confiança no que diz.

Fácil é analisar a situação alheia e poder aconselhar sobre esta situação.
Difícil é vivenciar esta situação e saber o que fazer, ou ter coragem para fazer.

Fácil é demonstrar raiva e impaciência quando algo o deixa irritado.
Difícil é expressar o seu amor a alguém que realmente te conhece, te respeita e te entende. E é assim que perdemos pessoas especiais.

Fácil é querer ser amado.
Difícil é amar completamente só. Amar de verdade, sem ter medo de viver, sem ter medo do depois. Amar é se entregar e aprender a dar valor a quem te ama.

Falar é completamente fácil, quando se tem palavras em mente que expressem sua opinião.
Difícil é expressar por gestos e atitudes o que realmente queremos dizer, o quanto queremos dizer, antes que a pessoa se vá.

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PONTO G – SAIBA ONDE ELE FICA E COMO ESTIMULÁ-LO.

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“Amor é prosa, sexo é poesia”. Arnaldo Jabor

Hoje é Dia dos Namorados, nada melhor do que tirar algumas dúvidas comuns… bom para todos nós, né? Gostei muito do que Bianca F. Herbe (Fisioterapeuta Pélvica e Sexóloga) nos explica sobre o Ponto G.

Afinal??? Existe ou não o existe o Ponto G da mulher? Onde está localizado? E se existe, como estimula-la? Acredito que este post vai ajudar muito principalmente as mulheres… Interessante, vale a pena ler o que ela diz:

Anatomicamente, ou seja, como um órgão, o Ponto G não existe. Não é um órgão, que está lá esperando para ser estimulado. Não é como um dedo, uma mão, uma orelha, ou um nariz. Nenhum estudo no mundo conseguiu encontrar o Ponto G na mulher sem ela estar previamente excitada.  O Ponto G fica oculto e só aparece após a mulher receber estímulos no corpo inteiro e estar previamente excitada.

Isto quer dizer que quando a mulher recebe estímulos no seu corpo, e identifica estes estímulos como agradáveis, o seu organismo começa a mudar e alterações no seu corpo podem ser notadas. Pois é…

O que isto significa? Que o ponto G aparece quando a mulher fica excitada e pode ser encontrado?

Confie em mim, ela diz… toda mulher possui o ponto G. Ele está lá, só que as vezes são difíceis de perceber! Algumas mulheres têm grandes pontos G que estão bem perto da abertura vaginal e outras têm o seu ponto G um pouco mais escondido. A falta de nos tocarmos e de conhecimento do nosso próprio corpo… frutos da nossa geração reprimida e dos preconceitos nele envolvidos… levam muitas mulheres a não se descobrirem sexualmente. Nunca é tarde para isso, acreditem…

Ao longo destes anos já encontrei várias mulheres que estão convencidas de que simplesmente não possuem o seu ponto do prazer. Mas eu garanto, ele está lá. Grande, suculento e difícil de perder, uma vez que você saiba o que está procurando. Tenha certeza de que você pode tentar encontra-lo… Muitas mulheres da terceira idade por tabus e ou preconceitos, sequer conhecem seu corpo, seus desejos e sensações… esta descoberta começa por ela mesma. Sim a maioria das mulheres da minha geração, teve a sexualidade reprimida durante toda a vida… até que por curiosidade ou de mudanças em seu pensamento começam a mudar isso. E estão mudando. Quem se conhece desfruta de uma vida sexual plena.

Pesquisando encontrei muitas coisas interessante (conheça as dicas de Cátia Damasceno, especialista em sexualidade feminina, uroginecologia e idealizadora do Programa Mulheres Bem Resolvidas) que você precisa saber:

1 – Como encontrar o ponto G.

A melhor maneira de encontrar seu ponto G é através do toque, da excitação, e saber o que sentir. A melhor maneira de localizá-lo é quando a mulher está excitada. Porque há um tecido erétil no ponto e é mais visível e mais fácil de achar quando ele está excitado e cheio.

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O homem pode realmente ver o ponto G quando a mulher empurra para fora, porque está muito perto da abertura vaginal. Ele verá um montículo emergir do topo da abertura vaginal. Se seu ponto G for mais profundo, ele pode não ser capaz de vê-lo, mas cerca de 70% das mulheres têm seus pontos bem próximos da entrada vaginal e, portanto, podem ser empurrados para fora e tornar ele visível.

2 – O ponto G é o coração da vagina.

Essa vai para os homens: Prepare-se para a possibilidade de uma resposta emocional dela quando você começa a estimular o ponto G dela. Esse é um lugar que mantém grande emoção. Como o ponto G é rodeado por músculos e embalado com terminações nervosas, pode ser um vórtice de emoções profundas.

Se ela sentir uma onda de energia emocional quando você está estimulando o seu ponto ou durante um orgasmo, incentive ela a não segurar, reprimir ou se fechar por causa do medo. Essas emoções precisam surgir e serem externadas. Diga que você está dando a missão para ela se expressar plenamente.

Permita que ela sinta o que tiver que sentir e simplesmente esteja presente e aproveite com ela. Você nem precisa falar muito.

3 – Diferentes maneiras de estimular o ponto G.

Algumas advertências ao revelar estas informações é que você deve encontrar o que funciona de forma exclusiva para cada mulher que você esteja se relacionando. Quando se trata do ponto G, conhecer todas as suas partes mais sensíveis são fundamentais.

Existem muitas maneiras diferentes de estimular o ponto G. Aqui estão algumas delas:

  • Manualmente com seus dedos lentamente;
  • Brinquedos sexuais são ótimos para autoconhecimento;
  • Dildos, existem grande variedades;
  • Anéis no pênis do homem, entre outros.

Toda mulher terá suas preferências. É seu trabalho criar um refúgio onde ela se sentirá confortável explorando com você o que ela mais gosta. Vá lentamente e crie uma parceria para o prazer onde você pode encontrar técnicas excitantes que lhe permitem liberar seus belos sentimentos. Experimente!

4 – Como melhorar o sexo em geral?

Na maioria das vezes, as mulheres não estão recebendo o que querem na cama com seu parceiro porque simplesmente não se dão permissão para se expressar e outras, simplesmente, não sabem como. A linguagem da vagina pode ser complicada, mas é provável que se o seu parceiro não seja um leitor mental ou não tenha uma bola de cristal, ele pode não conseguir se comunicar sozinho com ela.

A linguagem sexual da mulher pode ser exigente, particular, temperamental, tímida ou espontânea. Por isso, para melhorar o sexo em geral o casal precisa se comunicar, perguntando repetidamente o que o outro precisa, isso abrirá os caminhos para seu prazer e você vai se sincronizar com suas necessidades muito mais prontamente e com facilidade. Isso não tem que ser adivinhação.

Leia também: https://oterceiroato.com/2018/01/24/9-artificios-que-tornam-o-sexo-possivel-e-mais-gostoso-na-3a-idade/

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5 – Como aumentar a excitação.

Conheça o Orgasm Turbo Pack é a melhor combinação no mercado para aumentar o desejo sexual feminino (vai trazer uma grande melhora na sua performance sexual). Ele combina o que há de melhor no Virectil Turbo Mulher com o Orgasm Gel. Juntos vão promover o aumento na libido, orgasmos mais intensos e satisfatórios. Esse efeito é visto claramente em poucos minutos, pois ele tem ação rápido.

O Virectil Turbo Mulher é um afrodisíaco extremamente potente e eficaz, sendo 100% natural. Ele tem sido um sucesso entre as mulheres de vários lugares do mundo. Esse suplemento tem ação rápida, permitindo que o desejo sexual feminino aumente rapidamente. Virectil Turbo Mulher também melhora o humor e a vontade de fazer sexo. Além de aumentar o fluxo do sangue na região genital, pois isso faz com que a sensibilidade do clitóris aumente.

Feliz Dia dos Namorados para todos vocês.

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Fonte: Bianca F. Herbe – Fisioterapeuta Pélvica e Sexóloga e  Marlon Mattedi – Psicólogo Terapeuta Sexual e Especialista em Sexualidade Humana

COMO LIDAR COM A DOR NA RELAÇÃO SEXUAL, DEPOIS DA MENOPAUSA.

“Todos os seres humanos ocultam a verdade nos assuntos sexuais”. Sigmund Freud

O Dia dos namorados está chegando é bom saber que… A sexualidade é um dos aspectos mais importantes da vida, enquanto vida tivermos – essa é uma grande verdade!!

Porém, no envelhecimento, homens e mulheres precisam encarar as transformações físicas e emocionais que podem afetar a vida sexual, a afetividade e autoestima. É preciso adaptar-se à essa nova fase de vida, reinventando-se continuamente. Para tudo tem alguma solução!

 

Para a mulher, a redução do hormônio feminino (estrogênio) na menopausa pode provocar disfunções sexuais como redução da lubrificação vaginal (vagina seca), diminuição do desejo sexual (libido)), dor ou ardor na relação sexual (dispareunia), e contração involuntária da vagina (vaginismo).

Mas o que é dispareunia?

A dispareunia – dor, ardor ou desconforto na penetração durante a relação sexual é considerada primária quando acontece desde a primeiro ato sexual, persistindo durante a vida. É considerada secundária quando aparece anos depois de relações sexuais satisfatórias e sem dor.

São várias as causas do desconforto tais como: inflamações ginecológicas, infecção urinária, lesões de pele ao redor da vulva, mioma uterino e outros. A dor também pode ocorrer em função de questões emocionais como tristeza, depressão, ansiedade, estresse.

Depois da menopausa com o ressecamento da vagina pela carência do hormônio feminino aumentam os casos de dispareunia. 

E o vaginismo?

O vaginismo é a contração involuntária dos músculos da vagina, dificultando a penetração e causando dor na relação sexual.  Também é considerado primário quando acontece desde a primeira relação sexual e secundário quando ocorre depois de anos de relações satisfatórias.

Importante saber que o vaginismo pode ocorrer em função da dispareunia. A mulher passa a contrair os músculos da vagina com medo da dor da penetração.

É frustrante para a mulher não ter uma relação sexual com o mesmo prazer de antes, mas muitas (especialmente as que tiveram uma educação mais repressora) preferem calar-se, suportar a dor durante a penetração porque consideram que isso faz parte da sua vida conjugal. Conformam-se com a condição e não expõe seus problemas nem para o parceiro de longa data.

Mas como lidar com a dispareunia e o vaginismo?

O tratamento vai depender das causas da dor e desconforto na relação sexual, mas se for secura vaginal provocada pela carência do estrógeno há muitas possibilidades de cuidados, vamos falar sobre algumas delas?

 

Converse com o parceiro sexual

Muitas mulheres tem dificuldade em expor a condição para o parceiro sexual, o que leva a sentimentos de frustração, raiva, culpa e distanciamento. É importante que o homem compreenda junto com a mulher que a dor e a contração vaginal é uma condição real que precisa ser avaliada e tratada com seriedade. A mulher não está criando caso!!

Precisamos superar a dificuldade e propor o diálogo, acreditando que o sexo é natural e que podemos viver boas experiências depois da menopausa.

Capriche nas preliminares

As rapidinhas do passado quando o corpo feminino respondia mais rapidamente ao apelo sexual podem ser substituídas pela caprichadinhas que podem ser muito prazerosas. Você tem mais tempo? Filhos crescidos? Capriche nas preliminares. Namore bastante, faça pausas no namoro. Para que a pressa? As preliminares aumentam o tempo de prazer e podem ser agradáveis para homens e mulheres.

O carinho e o toque antes da penetração ajuda (e muito) na excitação e na lubrificação vagina na mulher em menopausa.

Use Gel lubrificante Íntimo.

Existem no mercado várias marcas de gel lubrificantes à base de água que devem ser colocados minutos antes da penetração sexual e que substituem de uma forma bem satisfatória a lubrificação natural. Converse com o parceiro sobre isso, inclua-o na colocação. Lembre: o gel pode fazer parte do jogo sexual.

Experimente, oriente suas amigas a fazê-lo também!! Há muitas mulheres que desconhecem isso.

Invista na sua Autoestima

Há vários fatores fisiológicos e culturais que nos desafiam e contribuem para a baixa autoestima no envelhecimento: rugas, cabelos brancos, pele seca, diminuição da lubrificação vaginal…

Mas esse é um bom momento para vivermos. Podemos usar o aprendizado da maturidade e olhar para nós mesmos com um olhar mais amoroso e compreensivo, investindo no respeito próprio e no autoconhecimento e autoestima.

Faça exercícios que fortaleçam o Músculo do Assoalho Pélvico 

Recentemente publicamos no blog infor Já ouviu falar em exercícios de Kegel? Veja https://www.google.com.br/amp/s/pt.m.wikihow.com/Fazer-Exerc%C3%ADcios-Kegel%3famp=1… Eles fortalecem o músculo do Assoalho Pélvico, prevenindo incontinência urinária e fecalflacidez pós parto e outros problemas do assoalho pélvico como “bexiga caída”, por exemplo. Podem ajudar também a melhorar o prazer sexual e a possibilidade de atingir o orgasmo. 

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Procure ajuda médica 

É muito importante conversar com seu médico sobre o assunto, que vai investigar e propor um tratamento de acordo com a origem da dor e desconforto.

Para algumas mulheres o médico poderá indicar a reposição hormonal e uso de pomadas ginecológicas hormonais (que ajudam muito). As consultas com o médico para tratar de assuntos da mulher, devem ser no mínimo anuais.

Se necessário busque ajuda psicológica

É importante sair da suposta zona de conforto de não tocar no assunto e não encarar a realidade. As chances de termos uma vida sexual prazerosa depois da menopausa são grandes quando existe a vontade de encarar o problema e buscar as possibilidades de tratamento e mudanças. Se necessário procure ajuda psicológica.

Preocupe-se mais com a falta de cuidado do que com as possibilidades de desenvolvimento dessa área tão importante para o ser humano.

Lembrando que o desenvolvimento da sexualidade é individual e cada pessoa tem sua forma de vivê-la, não podíamos deixar de falar das mulheres que fazem sexo com mulheres. O corpo feminino exige cuidados e atenção iguais e as mudanças da menopausa também. 

Todas as informações aqui são válidas para toda a forma de prática sexual com penetração, incluindo instrumentos ou brinquedos sexuais, ok? Conversar com seu médico de confiança e ler sobre o assunto pode ajudar muito.

Gostaram?

Leia também: https://oterceiroato.com/2018/01/31/sexo-depois-dos-50-anos-problemas-que-eles-e-elas-enfrentam/

https://oterceiroato.com/2018/01/24/9-artificios-que-tornam-o-sexo-possivel-e-mais-gostoso-na-3a-idade/

https://oterceiroato.com/2018/03/21/sexualidade-depois-dos-60-anos/

Matéria de Mª Aparecida Costa, do Blog Viver depois dos 50.

AIDS… VEM AUMENTANDO O NÚMERO DE CASOS EM MULHERES COM MAIS DE 50 ANOS NO BRASIL.

Sexo-terceira-idade“Precisamos discutir que as mulheres de 50 anos (e mais) estão ocupando mais espaços, estão empoderadas. Mas, paradoxalmente, elas não têm comando sobre a sua vida sexual. Além disso, precisamos discutir as vulnerabilidades acrescidas de alguns grupos, como o das mulheres negras pobres.” Georgiana Braga-Orillard

Sim elas conhecem varias formas de evitar a contaminação da doença, mas ainda assim há muita resistência em relação aos métodos da camisinha masculina e a feminina… Esta geração sempre usaram a pílula anticoncepcional e bastou.  A falta de proteção não aumenta apenas os riscos de se contrair o HIV, mas das doenças sexualmente transmissíveis, como a sífilis também… Precisamos mudar urgente esta situação. Leiam o que este artigo fala sobre “um estudo do aumento do número de casos de AIDS nesta faixa etária nas mulheres”, muito interessante.Collage of an elderly couple sharing good moments together on aNão têm a cultura de usar a camisinha! Sem o risco de engravidarem, muitas optam hoje ainda por não usar preservativo durante a relação sexual e acabam infectadas por HIV. Ou acabam cedendo aos parceiros por acreditar que estão menos expostas ao risco simplesmente porque reduziram sua atividade sexual. Engano!

Entre 2004 e 2013, três grupos etários de mulheres registraram aumento de detecção de Aids no Brasil: adolescentes, de 15 a 19 anos, com crescimento de 10,5%; mulheres de 55 a 59 anos, com 24,8%; e, acima de 60 anos, a maior taxa no período, de 40,4%. Nas demais faixas etárias, houve queda ou estabilidade. Os números são oficiais e constam do Boletim Epidemiológico HIV-Aids, de 2014.

Só em 2014, foram 13,7 detectadas com Aids para cada 100 mil mulheres. Entre as de 50 a 54 anos, o número foi bem maior: de 20,4. Entre as que têm de 55 a 59 anos, ficou em 18,1, também acima da média nacional. Apenas entre as que têm 60 anos ou mais, a taxa foi menor, de 6,7 por 100 mil. Absurdo que poderia ser evitado.

Dra. Valéria Gomes do Hospital do Fundão: “Raramente tínhamos pacientes com HIV/Aids nessa faixa de idade. Mas, de dez anos para cá, esse quadro mudou. / Fotos: Ana Lúcia Araújo

“A geração com mais de 50 anos não tem o hábito de usar o preservativo. Elas viveram uma fase em que a pílula anticoncepcional era largamente usada e, por isso, acreditavam já ter proteção suficiente para evitar a gravidez. Não tinham preocupação com as doenças sexualmente transmissíveis nem da AIDS. Além disso, são de um tempo em que não havia educação sexual nas escolas”, afirma Valéria Ribeiro Gomes, médica infectologista do Hospital Universitário Clementino Fraga Filho (da UFRJ, na Ilha do Fundão) e professora de infectologia do Hospital Universitário Pedro Ernesto, da Uerj.

“Às vezes, as pessoas pensam que, por serem mais velhas, têm menos chance de se infectar. Precisamos insistir que HIV/Aids não tem cara. É preciso se “prevenir”, resume Luiz Fernando Cabral Passoni, médico do Serviço de Doenças Infecto-Parasitárias (DIP) do Hospital Federal dos Servidores do Estado (HFSE) e do Instituto Estadual de Infectologia São Sebastião.

“A sexualidade das mulheres mais velhas ainda é tabu e, por isso, elas têm vergonha de negociar o uso do preservativo com seus parceiros. Elas precisam ter instrumentos e incentivo para cuidar melhor da sua sexualidade”, afirma Georgiana Braga-Orillard, diretora do Programa Conjunto das Nações Unidas sobre HIV/Aids (Unaids) Brasil. Ela destaca ainda que tem havido aumento do número de testagens no país, o que, indiretamente, também produz um número maior de diagnósticos. Veja aqui a lista de Centros de Testagem Anônima no Rio.

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“Existe uma falsa ideia de que se a pessoa é mais velha ela tem menos risco  e está mais protegida”, diz a diretora da Unaids, lembrando que o Brasil, nos últimos anos, tem investido mais em acesso a medicamentos e testagens, mas precisa avançar nas políticas de prevenção. Georgiana Braga-Orillard, Unaids.

“As políticas não são voltadas para esse público e hoje sabemos que a mulher de 50 tem uma vida sexual ativa. Há um número maior de mulheres de mais idade em novas relações, como por exemplo as divorciadas, e, por isso, é preciso negociar o uso do preservativo”, afirma Georgiana Braga-Orillard.

É necessário mudarmos esta realidade urgente. O que você acha disso?

Se você quiser saber mais veja: http://mulheres50mais.com.br/aids-cresce-entre-mulheres-acima-de-50/

DESCOMPASSO NO DESEJO SEXUAL DE HOMENS E MULHERES ACIMA DE 50 ANOS…

“ Me descubro um pouco mais a cada dia, minhas ânsias e desejos… isso é fundamental para dizer quem eu sou, porque às vezes eu mesma me surpreendo”…

A medida que vamos nos tornando mais maduros e envelhecendo muita coisa muda em nosso corpo. O importante é buscarmos informações e tratamentos adequados à medida que os probleminhas vão surgindo… tentando minimizar ou solucionar. A medicina está muito avançada hoje em dia e sempre temos opções para a maioria dos casos. Uma conversa sincera e aberta com seu medico de confianças podem ajudar muito. Leia o que o Dr. Márcio de Sá nos diz:

É muito frequente haver um descompasso no desejo sexual entre mulheres e homens nos casais com mais de cinquenta anos. “Acredito que um dialogo honesto pode trazer de volta a responsabilidade sexual de ambos e melhorar muito este descompasso”.

A Pós-menopausa, ou Climatério, é o período que se segue à menopausa, ou última menstruação.

A andropausa , ou climatério masculino, que também existe – e sobre o qual eu tratarei num próximo artigo – é a disfunção, a mudança hormonal, que ocorre nos homens um pouco mais tardiamente, por volta dos cinquenta anos.

Esse descompasso no desejo sexual tem como razão, na grande maioria dos casos, as mudanças psíquicas que ocorrem nas mulheres durante o climatério.Velhos-sexoAs mudanças hormonais do climatério masculino causam, diferentemente, transtornos sexuais de outra ordem, relacionados aos problemas de ereção peniana. Estes problemas são capazes de refletir, também, às vezes muito negativamente, no desejo sexual masculino.

O que acontece, então, no viver e na prática quotidiana da vida sexual de um casal de mais de 50 anos é, principalmente, um descompasso de libido feminino-masculina.

As mulheres, em sua grande maioria, perdem ou vivenciam uma importante diminuição do desejo e do interesse sexual, enquanto para a grande maioria dos homens, o mais importante problema é a Disfunção Erétil (o distúrbio de ereção peniana).

As mulheres podem se tratar com a reposição hormonal, para a grande maioria das quais os resultados são excelentes (não se deve esquecer, entretanto, dos potencialmente graves e frequentes efeitos colaterais, tromboembolismo, sobretudo).

Os homens podem se tratar com os medicamentos – o Viagra é um deles – que melhoram muito a disfunção erétil (mas que apresentam também efeitos colaterais e contra-indicações absolutas: os que sofrem de problemas cardíacos, por exemplo).

Maria José N., de 57 anos, teve sua última menstruação aos 53 anos. Desde então, progressivamente e de maneira cada vez mais intensa, a sua libido foi diminuindo, diminuindo, até que o seu desejo sexual extinguiu-se por completo.

A constatação deste fato a deprimiu. Ao mesmo tempo, surgiram, para a sua total infelicidade e crescente desespero, a gama completa dos sintomas da disfunção hormonal da pós-menopausa: nervosismo intenso, uma crescente irritabilidade com todos e com tudo, os terríveis e abruptos calorões e a secura vaginal.

Em completo desespero, ela procurou o seu ginecologista, que explicou-lhe longamente toda a sua problemática e propôs-lhe a reposição hormonal. Ela aceitou e, ao cabo de dois meses após o início do tratamento, para seu grande alívio, Maria José voltou a ser a pessoa que tinha sido quando ainda menstruava.velhos-nudismo[1]Tudo o que a atormentava desapareceu e as recusas às investidas sexuais do seu marido – às quais, até então, ela penava para aceitar-, tornaram-se de novo um prazer.

Sete meses depois, entretanto, muito assustada com um grave acidente de Tromboembolismo Pulmonar ocorrido com sua amiga Clara M., de 62 anos, que fazia reposição hormonal há cerca de um ano e meio, ela procurou novamente o seu ginecologista.

Em comum acordo, foi decidida a interrupção do tratamento com os hormônios sintéticos e o uso unicamente de um creme vaginal à base de hormônios, que normalmente não são absorvidos pelo organismo, mas que tratam de maneira muito eficiente a secura vaginal. Este tratamento está sendo um sucesso para Maria José.

Até a última vez em que a vi em consulta domiciliar, motivada por um resfriado muito forte, ela estava bem, com a libido e tudo o mais em forma.

Francisco T. é um homem de 56 anos, divorciado, grande sedutor e considerado um “boa pinta”, muito feliz até 8 meses atrás com a sua ativa vida sexual com a namorada de 39 anos. Nesta época, ele começou a apresentar problemas, que me descreveu como uma “falha mecânica…” , que o deprimiram.

Ao final da nossa consulta domiciliar, na qual ele me fez umas 15 variadas perguntas sobre a disfunção erétil, as suas causas, o seu tratamento, o seu prognóstico etc., acordamos, ele e eu, sobre o uso, sempre pontual, como deve ser, da Sidelnafila (nome do princípio ativo do Viagra), que ele começou a usar naquela mesma noite.

Em nosso contato telefônico, uma semana após a consulta, ele estava de novo com a auto-estima nos píncaros e retomara a sua vida, alegremente, de grande namorador!Sexo-terceira-idadeEnfim, os descompassos do desejo sexual feminino-masculino têm causas e formas de tratamento diferentes. Estas causas devem ser individualmente estudadas, para que os tratamentos correspondentes possam ser moldados de acordo com cada mulher e cada homem.

*Márcio de Sá é médico clínico formado pela UFMG, especialista em Medicina Preventiva, Mestre em Saúde Pública pela Université Paris VI, e trabalhou durante 11 anos no Hospital Pitié-Salpêtrière, em Paris. (Rio de Janeiro).

SEXUALIDADE DEPOIS DOS 60 ANOS.

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“Tento resolver todos os dias a minha sexualidade”. Padre Fábio de Melo.                                            Muito interessante este Post onde Dr. Drauzio Varella entrevista a médica psiquiatra Dra Carmita Abdo sobre a sexualidade depois dos 60 anos publicado no Blog Segredos de casais. Vale a pena conferir! Acredito que conhecimento pode ajudar muitas pessoas…

SEXO DEPOIS DOS 50 ANOS: PROBLEMAS QUE ELES E ELAS ENFRENTAM…

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“No homem, o desejo gera o amor. Na mulher, o amor gera o desejo.” Jonathan Swift

Sexo na “melhor idade” é um assunto de grande interesse, não é? Assunto cheio de tabus e preconceitos, mas que atualmente tem mudado muito. Afinal somos da geração Baby Boom (da Explosão de Bebês) e a Geração X (ou “baby bust“) lembra? Revolucionários? Acompanhamos de perto muitas mudanças culturais e sociais das décadas de 60 e 70. Mais do que uma explosão demográfica (Baby Boom), essas foram as gerações (e X) de grandes transformações culturais e sociais . Mudanças transformadoras eu diria, para um novo mundo que viria á frente. Dessas gerações surgiram os ideais de liberdade, o feminismo e os movimentos civis a favor dos negros e homossexuais. Gosto muito do que Maya Santana (do 50e mais) comenta sobre o sexo na terceira idade. Leiam.
Sexo depois dos 50 anos é um assunto cada dia mais atual, já que a população está envelhecendo rapidamente. E, a partir dessa idade, é natural que comecem aparecer os problemas: para as mulheres, um dos principais é a perda da libido e o consequente desinteresse por sexo; para eles, a questão mais aguda é a qualidade da ereção, que começa a declinar a partir dos 45 anos.

Que tal ler aqui trechos da entrevista de Mariza Tavares, de O Globo, com Carmita Abdo, uma das maiores autoridades do Brasil em questões sexuais, autora de oito livros, Doutora e livre-docente pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo, fundou e coordena o Programa de Estudos em Sexualidade (ProSex) do Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas da USP.

PERDA DA LIBIDO:
“A menopausa exerce um impacto muito grande sobre a mulher. Não fomos feitas para viver sem hormônios. Na ausência do estrógeno, a lubrificação da vagina fica prejudicada e a mulher pode, consequentemente, sentir dor na relação sexual. Há outros prejuízos: para os ossos, os músculos, a cognição. A reposição hormonal é medida de saúde precedida de orientação médica, mas não pode ser descartada. Também é preciso estar atenta à depressão, que aumenta sua incidência depois da menopausa. Neste caso, a mulher não se interessa por sexo, como também não quer se cuidar e se isola. Na verdade, é uma falta de interesse geral pela vida! No consultório, é frequente atender pacientes que não querem tomar antidepressivos, alegando que o remédio vai interferir negativamente na libido. Isso realmente pode acontecer, mas apenas durante o tratamento, enquanto que, se a depressão não for tratada, a falta de desejo sexual será mantida como consequência da depressão.”

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Depois dos 50, o maior problema para ela é a perda da libido; para ele, falhas na ereção.

POR QUE A MULHER PARECE SE INTERESSAR MENOS POR SEXO:
“A maioria das mulheres se empenha mais durante a sedução, no desafio da conquista. Algumas ficam, então, satisfeitas e abrem mão do prazer do ato sexual. Talvez por dificuldades pessoais, talvez devido a parceiros apressados ou inábeis. Ou até por desconhecimento delas, ou seja, porque não sabem como fazer o próprio corpo reagir ou não conseguem relaxar. Na atualidade, vivemos relações-relâmpago, com ainda menos chance de a mulher ter seu corpo pronto para a penetração, pois as preliminares nem sempre são suficientes ou satisfatórias. O sexo contextualiza a sociedade contemporânea, onde tudo acontece de forma rápida e descompromissada. Por outro lado, os homens adorariam ser informados sobre o que agrada às mulheres na cama. É o que ouço deles o tempo todo. No entanto, ainda parece estranho ou desconfortável para as mulheres falarem sobre o seu prazer sexual ou guiarem seus parceiros para o que dá prazer a elas. Algumas se referem a ser constrangedor falar, porque pode parecer que o parceiro não é eficiente e não ‘se garante’, a menos que seja conduzido. Puro machismo feminino. Ela prefere realizar um ato sem qualquer ganho pessoal, a correr o risco de ele se sentir pouco habilidoso. Vale a pena falar e dar a ele a oportunidade de fazer melhor.”

NOS HOMENS, PROBLEMAS DE EREÇÃO:
“Apesar do tamanho do pênis ser um grande fantasma na vida sexual dos homens, a qualidade da ereção (a qual começa a entrar em declínio a partir dos 45 anos) é ainda maior. Os medicamentos que promovem a ereção são eficazes, mas se o homem viveu boa parte de sua vida com o problema, certamente complicou o quadro com o prejuízo de sua autoestima. Nesse caso, a eficácia da medicação poderá estar comprometida e ele necessitará também de uma terapia sexual. O medicamento age na fase de excitação, o que significa que o desejo deve estar preservado para o efeito ocorrer. De modo geral, os homens não fazem prevenção e encaram o agendamento de uma consulta médica como sinal de fragilidade. No entanto, as doenças, quando prevenidas, ajudam a preservar a ereção na idade avançada. Se, por exemplo, todos os homens fizessem exame da próstata a partir dos 40 anos, teríamos uma diminuição drástica dos índices de câncer avançado e de cirurgias radicais, uma das causas de perda da ereção.”

Fonte:http://www.50emais.com.br/44968-2/

 

 

9 ARTIFÍCIOS QUE TORNAM O SEXO POSSÍVEL E MAIS GOSTOSO NA 3ª IDADE…

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“Amor é prosa, sexo é poesia.” Arnaldo Jabor

Volta e meia eu falo aqui da importância… e do quão saudável é a atividade sexual na terceira idade. E como estamos vivendo mais, as pessoas estão se relacionando sexualmente até mais velhas e buscando os melhores caminhos. Para estas pessoas, estou postando este artigo de Heloísa Noronha, do Uol, com dicas para tornar tudo mais fácil e mais relaxado, quando se pensa no encontro entre duas pessoas mais velhas na cama. São bem pertinentes. Leiam:

Embora seja cercado de mitos e preconceitos, o sexo na terceira idade é possível, sim! E mais: pode trazer vários benefícios à saúde dos envolvidos, como maior resistência ao estresse e à dor, estímulos circulatórios e ainda manter a autoestima em alta. Na maioria das vezes envolve mudança e limitações, mas nem por isso deixa de ser prazeroso. Para aproveitar a experiência ao máximo, veja alguma táticas sugeridas por especialistas no assunto:

Aceitação das limitações
Não se trata apenas de disposição e vigor físico. Por mais que as pessoas tenham desenvolvido hábitos saudáveis ao longo da vida, o envelhecimento provoca mudanças no organismo que impedem praticar os mesmos malabarismos e ter o mesmo fôlego da juventude. Alguns medicamentos, inclusive, acabam afetando a ereção, a lubrificação feminina e a libido. Com os cuidados adequados, porém, nenhum idoso é privado de ter uma vida sexual prazerosa – e aqui cabe lembrar que sexo não é só penetração e orgasmo, certo?

Nada de comparações com o passado
Livrar-se da pressão de ter a mesma performance da juventude pode ser libertador, porque trata-se de uma competição inútil e injusta. Há uma queda hormonal natural para homens e mulheres, o que influencia também no desempenho. É preciso aceitar e se adaptar à sua condição atual, inclusive no que diz respeito à imagem corporal, que pode e deve ser positiva. O que importa é que a transa seja gostosa e dentro dos limites de cada pessoa.

Preliminares mais longas
Elas são necessárias porque o homem leva mais tempo para atingir uma ereção satisfatória, assim como a mulher precisa estar bem excitada para obter um grau de lubrificação adequado para a penetração, o que influencia também no desempenho. Lubrificantes são bem vindo aqui… É preciso aceitar e se adaptar à sua condição atual, inclusive no que diz respeito à imagem corporal, que pode e deve ser positiva. O que importa é que a transa seja gostosa e dentro dos limites de cada pessoa.

Proteção, sempre 
Estudos recentes apontam que a incidência de DSTs (doenças sexualmente transmissíveis) como Aids, clamídia, gonorreia e sífilis vem aumentando nos últimos anos, principalmente em pessoas acima dos 50 anos de idade. Preservativos, nunca é demais destacar, não servem apenas para evitar uma gravidez indesejada. Embora muitos homens idosos não tenham sido acostumados a adotar a camisinha nas relações, é importante avaliar a importância e a necessidade de inserir esse hábito no cotidiano.

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A magia de ir construindo uma intimidade.

Lubrificação com Recursos

Para as mulheres, as alterações hormonais tornam a mucosa vaginal mais delicada e menos resistente, além de haver diminuição na lubrificação natural. Isso significa que o atrito provocado pela penetração causa incômodo, dor e até até ferimentos. Como nem sempre esse quadro é tratado, muitas idosas acabam abandonando a prática sexual por desconforto, o que é encarado pelos parceiros como desinteresse. Uma conversa franca com o médico pode levar a soluções  que tornam a transa mais agradável: reposição hormonal, uso de lubrificante em gel e até mesmo a aplicação intravaginal de hormônios podem combater a secura da região. É bom, ainda, checar se a queda dos níveis de estrogênio não vêm causando infecções urinárias, cujos sintomas nem sempre são percebidos.

Optar por uma posição confortável

É preciso encarar o sexo como uma atividade física e, portanto, o limite de cada um deve ser respeitado. Problemas ortopédicos podem limitar algumas posições, mas, via de regra, a tradição do “papai e mamãe” costuma ser a preferida nessa faixa etária pelo conforto e segurança que proporciona.

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Conversar

Em se tratando de pares juntos há muito tempo, um dos principais entraves relacionados à sexualidade é o receio de experimentar coisas novas e a resistência em abandonar velhos hábitos. Já casais recentes de idosos têm o desafio de construir a intimidade, mas fatores como crenças religiosas, pensamentos conservadores ou costumes obtidos em relacionamentos anteriores podem dificultar o processo. A saída, em ambos os casos, é conversar abertamente sobre o assunto. Nunca é tarde para abrir a mente, adotar novos costumes, aprender e, principalmente, usufruir as delícias do sexo.

Tentar outra vez

Entender o porquê de não ter dado certo e também o benefício para a saúde da relação sexual podem ser os maiores estímulos a novas tentativas.

O orgasmo muda

Como em qualquer idade, o orgasmo é fruto de um relacionamento prazeroso e, provavelmente, excitante. Nessa faixa etária é comum o homem ou a mulher demorarem mais para atingir o orgasmo e, no caso masculino, ele pode ocorrer sem ejaculação. Os benefícios são mais psicológicos do que físicos, o que em hipótese alguma significa que gozar na terceira idade vai ser ruim.

FONTES: Alex Meller, urologista da Unifesp (Universidade Federal de São Paulo); Cristina Carneiro,  ginecologista e obstetra de São Paulo (SP); Marcelo Levites, coordenador do Centro de Longevidade do Hospital 9 de Julho, em São Paulo (SP); Marilene Kehdi, psicóloga especializada em geriatria e gerontologia, de São Paulo (SP) e Paulo Camiz, docente da FMUSP (Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo) e geriatra do Hospital Israelita Albert Einstein e do Hospital Sírio Libanês, ambos em São Paulo (SP)… – Clique aqui  .

O FRACASSO DO ADDYI, O “VIAGRA FEMININO”, E A MANIPULAÇÕA DO FEMINISMO.

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“Prolongar a juventude é desejo de todos, desfrutar de uma velhice sadia é sabedoria de poucos”.     Autor desconhecido 

Atualizando (27/02/2018) sobre o ADDYI, tido como o Viagra feminino… entre o que ele promete e o que acontece na realidade, é bom saber. Ana Helena Rodrigues, com Marcos Coronato,  jornalistas da Revista Época (07/03/2016) diz que: Uma empresa farmacêutica americana usou a causa da igualdade de gênero pra vender remédio. Um novo estudo mostra que a pílula rosa tem efeito ainda mais duvidoso do que se pensava.

É possível despertar o desejo feminino com uma pílula? Homens e mulheres ansiosos por essa solução fácil torceram para ela ser verdadeira. Não é. A pílula rosa, Addyi , não tem se mostrado capaz de repetir com as mulheres a revolução que seu “gêmeo” azul, o Viagra, causou na vida sexual dos homens.

Um estudo publicado na segunda-feira (29/2/2016) pelo Jornal da Associação Médica Americana atesta que o “Viagra” feminino tem um efeito muito  baixo em mulheres com ausência de desejo sexual. O medicamento foi aprovado pela FDA, agência americana que regula medicamentos, em agosto de 2015.

No mercado, constatou-se que, entre as usuárias do medicamento, houve um aumento de somente 0,5 relação sexual satisfatória por mês (ou seja, uma relação satisfatória adicional a cada dois meses). O valor é ainda mais baixo que o considerado para aprovação do medicamento, já bem modesto, que atestava 0,8 relação satisfatória mensal a mais em relação ao placebo (ou seja, uma relação satisfatória adicional a cada 38 dias).

O caminho traçado desde 2013, quando o medicamento foi submetido para aprovação pela terceira vez, até o ano passado, quando ele foi aprovado, teve menos ciência do que devia e muito mais política do que seria aceitável. A Sprout criou e financiou a campanha “Even the score” (em português, “Empate o jogo”), dirigida às mulheres. A companhia se aproveitou de um momento de intensa militância por direitos iguais e afirmou que as duas reprovações anteriores ao medicamento resultavam de discriminação contra as mulheres.

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Addyi, medicamento à base de flibanserina. Ele foi aprovado com o objetivo de despertar o desejo feminino

Embora o Addyi tenha sido aclamado como o “Viagra” feminino, o mecanismo de ação dos dois medicamentos difere muito. Enquanto o Viagra (surgiu em 1998) é indicado para disfunção erétil, agindo diretamente na circulação e no órgão sexual masculino, o Addyi (surgiu 17 anos depois) age no sistema nervoso da mulher. Em tese, ele deveria desmontar, ao menos em parte, os complexos mecanismos da inibição sexual feminina, geralmente relacionados a repressão sexual, insegurança com o próprio corpo e falta de intimidade com o parceiro.

Desenvolvido inicialmente pela farmacêutica Boehringer Ingelheim como um medicamento antidepressivo, a flibanserina – substância ativa do Addyi — causou como efeito inesperado o aumento da libido em mulheres durante os testes clínicos.

A conclusão foi que os benefícios incertos não se sobrepunham aos perigos. Foi reprovado pela FDA e vendido à Sprout Pharmaceuticals, que submeteu o produto à avaliação da agência novamente em 2013, quando recebeu a segunda reprovação — e decidiu, a partir daí fazer lobby de outra forma, manipulando a questão de gênero. Infelizmente, deu certo.

Quando surgiu

Em 2009, quando surgiu este medicamento (aguardado com ansiedade nos EUA) não provou causar mais benefícios do que riscos em testes específicos para tratar a falta de desejo sexual. Era o primeiro remédio do mercado para aumentar a libido das mulheres que acabava de ser aprovado pela Food and Drug Administration (FDA), a Anvisa americana. A indicação é para mulheres com transtorno de desejo sexual hipoativo e promete aumentar prazer sexual das mulheres. Deve chegar em breve ao Brasil.

Leah Millheiser, da Universidade de Stanford fala que “A aprovação desse medicamento abre a porta para o desenvolvimento de outros produtos, para outras opções de tratamento. Isso abre a discussão entre a mulher e o clínico sobre o desejo sexual dela e dá um sinal às farmacêuticas de que elas devem continuar desenvolvendo mais drogas como essa no futuro”.

Ainda desconhecido

Há divergências sobre as razões da perda ou diminuição da libido – Desejo Sexual Hipoativo – nas mulheres na pré-menopausa. Muitos sexólogos acreditam que oscilações no desejo sexual são normais, principalmente entre mulheres a partir da meia idade. Já outros especialistas defendem que a falta de desejo é um distúrbio que resulta do desequilíbrio de algumas substâncias químicas do cérebro e que, assim, pode ser tratado com medicamentos específicos.

A Sidelnafila, princípio ativo do Viagra, atua aumentando e estimulando a circulação sanguínea no pênis, proporcionando uma ereção suficiente e que se mantém necessária a uma relação sexual plena. Ele deve ser tomado cerca de uma hora antes do início de uma relação sexual. A Disfunção Erétil é um problema mecânico peniano, razão do uso pontual do medicamento.

Quanto à Flibanserin, princípio ativo não-hormonal do Addyi (nome comercial do medicamento o chamado “Viagra feminino”), promete atuar nos neurotransmissores (serotonina) do cérebro para tratar a perda do interesse sexual, mas o mecanismo pelo qual melhora o desejo sexual feminino não é atualmente conhecido.

Efeitos colaterais

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Como todo e qualquer medicamento, o Addyi apresenta efeitos colaterais. Os principais são hipotensão (baixa da pressão arterial) e síncope (desmaios), cuja gravidade pode ser muito aumentada pelo uso de álcool. Assim, por causa dessa potencialmente séria interação com álcool, o uso de Addyi é contra- indicado com a ingestão de álcool. O seu uso é também contra- indicado para as mulheres que usam anticoncepcionais. .

Sabe-se hoje que além do baixo efeito, o Addyi, causou de 2 a 4 vezes mais efeitos adversos como tontura sonolência, náusea e cansaço quando comparado com placebo. A tendência a causar efeitos adversos foi considerada pela FDA na aprovação, que incluiu um box preto – o tipo mais sério de alerta de segurança – na bula do medicamento alertando para os perigos do produto. Entre eles o mais importante é a interação com álcool e drogas comuns que pode causar queda brusca na pressão arterial e síncope. Durante os testes clínicos, pacientes ficaram inconscientes, e precisaram de atendimento de emergência. Apresentação obrigatória de uma receita médica para compra do medicamento. Consulte seu medico sobre os prós e contra

O fracasso do Addyi é também comercial. De acordo com o jornal americano The New York Times, o medicamento tem tido entre 240 e 290 prescrições por semana.

Fonte: https://epoca.globo.com/vida/noticia/2016/03/o-fracasso-do-addyi-o-viagra-feminino-e-manipulacao-do-feminismo.html

*Márcio de Sá é médico clínico formado pela UFMG, especialista em Medicina Preventiva.