ENTRE A INFÂNCIA E A VELHICE HÁ UM INSTANTE CHAMADO VIDA…

Entre a infância e a velhice há um instante chamado vida…

Muitas vezes nos esquecemos de viver o presente, deixando passar grande parte da vida.

Quando menos esperar, os momentos podem desaparecer, aquela presença importante pode não fazer mais parte da sua rotina, e o sentimento de desperdiçar o tempo passa a ser constante.

No frenesi dos hábitos de vida atuais, muitas são as pessoas que acabam se perdendo em seus instantes, invertendo valores. Com o mundo cada vez mais conectado, a sensação de urgência foi modificada completamente, fazendo com que passemos grande parte dos nossos dias na frente de pequenas e luminosas telas.

Enquanto rolamos o feed de notícias, passamos a remoer o passado e imaginar o futuro – não que isso não sejam comportamentos normais e aceitáveis, mas fazemos com tanta frequência que acabamos esquecendo de viver o presente. Deixamos minutos ou até mesmo horas preciosas do nosso dia simplesmente se esvaírem pelos nossos dedos, perdendo o efêmero sopro de vida que temos.

Quando somos crianças, sabemos exatamente como aproveitar o momento, e por mais que sonhos e a imaginação façam parte da realidade, sempre são dosadas em quantidades aceitáveis. Quando nos tornamos jovens, ao invés de apreciarmos uma das melhores e mais vigorosas fases das nossas vidas, acabamos presos em uma espécie de “limbo temporal”, em que passamos boa parte do tempo refletindo sobre o que poderíamos ter feito de diferente no passado e conjecturando o momento futuro.

Nunca podemos nos esquecer que são os instantes que fazem com que nossas vidas sejam verdadeiramente especiais, a troca de olhares e de experiências com os outros. O prazer de evoluir como ser humano, de conhecer novos lugares, de descobrir hobbies, de aprender novos idiomas, de crescer profissionalmente. Nada disso se faz preso no passado ou no futuro.

Ainda que nossas lembranças e nossos planejamentos sejam de suma importância, não é neles que devemos passar boa parte do nosso dia. A memória é importante para que realmente aprendamos com nossos erros; assim como a prospecção nos garante certo tipo de controle de nossas vidas. Mas nem um e nem outro podem ser modificados no presente momento.

O que mais vale é ter sabedoria o suficiente para amadurecer e planejar, ao mesmo tempo em que momentos verdadeiros são usufruídos com as pessoas que amamos. Porque é justamente essa passagem pela vida que torna cada pequena fração de segundos tão especial, e não o constante planejamento ou o constante arrependimento.

Se as coisas não saíram como queria, aprenda a se perdoar, porque o perdão não é algo que devemos dar apenas aos outros, mas também a nós mesmos. Aprenda a valorizar sua história, suas marcas de expressão, suas cicatrizes e suas rugas, cada pequena inscrição em seu corpo é um sinal da passagem do tempo e do acúmulo de sabedoria.

Seja bondoso com tudo aquilo que você se tornou, ainda que esteja distante do que tenha sonhado, porque esse corpo e essa existência são únicos. Não importa qual seja sua idade ou sua condição, cerque-se de pessoas e coisas que façam com que se sinta bem, porque a vida é curta demais para perdermos tempo tentando agradar quem mal conhecemos.

Suas origens e raízes precisam ser reconhecidas, valorizadas e enaltecidas, porque foram elas – em grande parte – que te transformaram no que é hoje. A genética é importante, assim como a presença dos nossos familiares, que estão sempre dispostos a nos ajudar em nossos processos de evolução pessoal. As pessoas valem mais que as coisas, e nunca podemos nos esquecer disso.

Pode ser que esses pensamentos só comecem a surgir em sua trajetória quando adquirir certo tipo de maturidade, ou essa busca pessoal pela completa evolução acabe provocando reflexões desse âmbito. Mas isso nunca deve ser visto como um problema, porque somos incomparáveis, somos únicos e cada um vai passar pela vida da forma e no tempo próprios.

Aprenda a viver seus dias de maneira regrada, em equilíbrio. Por mais que alguns excessos sejam necessários para o crescimento pessoal, é a busca pelo centro que nos faz melhores e mais capazes. A beleza da vida está em apreciar seus pequenos detalhes, ao lado de pessoas que nos querem bem, e que têm apreço pela natureza e pelos outros. Agradeça sua existência e não deixe o presente para depois.

Fonte: https://osegredo.com.br/entre-a-infancia-e-a-velhice-ha-um-instante-chamado-vida/

MEMÓRIAS…

“De vez em quando a vida preciso ser vista de ângulos diferente”.

Eu vou indo… eu vou evoluindo!

Sobre estar em movimento, me reinventando, vivendo essa metamorfose ambulante que é a vida.

Existem momentos únicos que duram segundos, mas deixam lembranças para a vida toda. São únicos e inesquecíveis.

No final tudo vira história. Então ria de si mesmo, eternize os sorrisos na sua memória.

MEMÓRIA X RECORDAÇÕES – AS ARMAS DA JUVENTUDE e DA VELHICE.

Recordar-se não é o mesmo que lembrar-se; não são de maneira nenhuma idênticos. A gente pode muito bem lembrar-se de um evento, rememorá-lo com todos os pormenores, sem por isso dele ter a recordação. A memória não é mais do que uma condição transitória da recordação: ela permite ao vivido que se apresente para consagrar a recordação. Esta distinção torna-se manifesta ao exame das diversas idades da vida. O velho perde a memória, que geralmente é de todas as faculdades a primeira a desaparecer. No entanto, o velho tem algo de poeta; a imaginação popular vê no velho um profeta, animado pelo espírito divino. Mas a recordação é a sua melhor força, a consolação que os sustenta, porque lhe dá a visão distante, a visão de poeta. Ao invés, o moço possui a memória em alto grau, usa dela com facilidade, mas falta-lhe o mínimo dom de se recordar. Em vez de dizer: «aprendido na mocidade, conservado na velhice», poderíamos propor: «memória na mocidade, recordação na velhice». Os óculos dos velhos são graduados para ver ao perto; mas o moço que tem de usar óculos, usa-os para ver ao longe; porque lhe falta o poder da recordação, que tem por efeito afastar, distanciar.

A feliz recordação do velho é, como a feliz facilidade do moço, um gracioso dom da natureza, da natureza que protege com seus cuidados maternais as duas idades da vida que mais precisam de socorro, se bem que, em certo sentido, sejam também as mais favorecidas. Mas é por isso também que a recordação, tal como a memória, muitas vezes não passa de portadora dos dados mais acidentais.

Apesar de se distinguirem por grande diferença, a recordação e a memória são por vezes tomadas uma pela outra. A recordação é efectivamente idealidade, mas como tal, implica uma responsabilidade muito maior do que a memória, que é indiferente ao ideal.

A recordação tem por fim evitar as soluções de continuidade na vida humana e dar ao homem a certeza de que a sua passagem pela terra efectua uno tenore, num só traço, num soporo, e pode exprimir-se na unidade. Assim se liberta ela da necessidade em que a língua se encontra de repassar incessantemente pelas mesmas tagarelices, para reproduzir aquelas de que a vida se encontra repleta. A condição da imortalidade do homem é que a vida dele decorra uno tenore.

Soren Kierkegaard (in “O Banquete”, Dinamarca

5/ Mai/ 1813 – 11/ Nov/ 1855 –

Filósofo/Teólogo)

AVÓS E NETOS…❤️ HISTÓRIAS!

  1. A avó se maquiava no banheiro, sob o olhar atento do pequeno neto, como sempre fazia. Depois de aplicar o batom e se preparar para sair, o garotinho disse: “Mas vovó, você esqueceu de dar um beijo de despedida no guardanapo!”
    Certamente a vovó nunca pintará a boca novamente sem dar ‘o beijo de despedida’ para o guardanapo.
  2. Meu neto me ligou outro dia para me desejar um feliz aniversário. Ele me perguntou quantos anos eu tinha e eu lhe disse que tinha 64 anos. Meu neto ficou pensativo por um tempo e depois me perguntou: você começou do 1?
  3. Depois de colocar os netos na cama, uma avó vestiu sua velha camisola e chinelos e se preparou para lavar o cabelo. Na medida em que ela ouviu a farra que os meninos faziam, sua paciência se esgotou. Ela enrolou uma toalha na cabeça, entrou como um furacão no quarto e colocou as crianças de volta na cama com uma bronca. Assim que saiu da sala, ela ouviu o menor de todos dizer com uma voz trêmula: Quem era aquela?
  4. Uma avó contou à neta como era sua infância: “Andamos de skate com uma prancha pequena e também tivemos um balanço feito de pneu pendurado em uma árvore em frente à casa. Andávamos em um burro e pegávamos mangas nas arvores. A garota ficou sem palavras me ouvindo. Finalmente ela disse: “Eu deveria ter te conhecido muito antes”.
  5. O neto de uma amiga me visitou um dia e de repente ele disse: — Vovó, você sabe como você e Deus se parecem? E eu, perguntei a ele: — Não, por quê?” E ele me soltou: — Ambos são velhos”.
  6. Uma garotinha estava ocupada digitando no computador do vovô e disse que estava escrevendo uma história. “O que é isso?”, Perguntou o velho. — Não sei, respondeu ela, não sei ler”.
  7. Eu não sabia se meu neto já havia aprendido a reconhecer cores, então decidi dar uma olhada. Então eu estava apontando as coisas e perguntando a ela as cores de objetos. Então, depois de um tempo, sempre respondendo corretamente ele foi até a porta, e me disse: “Vovó, acho que você pode reconhecer essas cores por si mesmo”.
  8. Quando meu neto me perguntou quantos anos eu tinha, brincando, lhe disse que não tinha muita certeza. Ele me aconselhou : — Olhe para a etiqueta da sua blusa, na minha diz 4 a 6 anos.
  9. Eles perguntaram a um garoto de 6 anos onde sua avó morava e ele respondeu: — Ah, ela mora no aeroporto, porque quando queremos vê-la, vamos procurá-la lá. Então, depois que ela nos visita, nós a levamos de volta ao aeroporto.
  10. Meu avô é o mais inteligente de todos! Ele me ensina muitas coisas boas, mas não o vejo com frequência suficiente para me tornar tão inteligente quanto ele. Histórias de AVÓS para AVÓS🤩

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HISTÓRIA DO AVENTAL DA VOVÓ!

Tenho poucas lembranças dos meus avós. Mas deixaram certamente muita ternura nos seus abraços. Quero ser lembrada assim… cheio de afetos e boas histórias😍


Lembras-te do avental da tua avó?
O primeiro propósito do avental da avó era proteger as roupas abaixo.
Mas, além disso:
Servia de luva para retirar a frigideira ardente do forno;
Era maravilhoso para secar as lágrimas das crianças e, em certas ocasiões, para limpar as carinhas sujas;
Do “galinheiro”, o avental servia para transportar os ovos e, por vezes, os pintos!;
Quando os visitantes chegavam, o avental servia para proteger as crianças tímidas;
Quando estava frio, a avó enrolava os braços.
Este bom velho avental fazia de fole, agitado por cima do fogo a lenha;
Era “ele” que transportava as batatas e a madeira seca na cozinha;
Da “horta”, ele servia de cesta para muitos produtos hortícolas depois que as ervilhas tinham sido recolhidas era a vez das couves;
No final da temporada, era utilizado para colher as maçãs caídas da árvore;
Quando os visitantes chegavam de forma repentina, era surpreendente ver a rapidez com que este velho avental podia dar para baixo o pó;
Na hora de servir as refeições a vovó ia na escada a agitar seu avental
E os homens nos campos sabiam instantaneamente que tinham de ir à mesa;
A avó também o usava para pousar o bolo de maçã acabado de sair do forno no parapeito para esfriar;
Nos nossos dias, não se usa mais o avental.
Vai demorar uns anos até que alguma invenção ou objeto possa substituir este bom e antigo avental. Minha amiga Ione Marinho escreveu está crônica.


Pensei: Doces lembranças das nossas avós, que com sua doçura e afeto nos fizeram enxergar o quão grande eram o seu amor… e como era imenso a sua capacidade de acolher tudo que precisasse de sua ajuda e de seu abraço💓. Saudades de um tempo que passou e mudou tanto… é onde somos nós agora os avós, Já não temos mais este avental… temos outras coisas.

Nestes tempos modernos mudamos muito, fomos acompanhando as modernidades… que foram muitas e gigantescas. Avançamos rápido! Ousamos em nossas novas experiências e com curiosidade desafiamos o tempo e o espaço… Fomos mexendo e aprendemos rápido a usar tudo que surgiu… também começamos a usar mais a internet e as novas tecnologias com certa facilidade… onde já nem sabemos mais como viver sem elas. Muitas coisas aprendemos rápido, perdemos o medo e passaram a fazer parte do nosso cotidiano. Por sorte somos persistentes! E com tudo isto e muitas outras coisas novas que vieram neste período de pandemia, nós inovamos, avançamos a estamos construindo uma nova geração de velhos. Somos muito diferentes dos velhos que conhecemos durante a vida: nossos avós, pais e familiares. Temos muito em comum ainda com os sentimentos dos avós, isto sempre existiu… aquele mesmo olhar amoroso e afetuoso para com toda a família… Nosso olhar de acolhimento são tão grandes como o delas e nossos braços tão ternos quanto… acabaram sendo maiores, ultrapassando oceanos e fronteiras, em tempo real. Mas, crescemos… avançamos e do avental vieram uma infinidade de coisas novas e atraentes: à tecnologias, a internet e o celular estas nos fizeram entrar de cabeça no mundo virtual. Daquela telinha fazemos tudo juntos e misturados .

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AVÓS… ANJOS EM FORMA DE GENTE!

Avós parecem que já nascem avós. Estava olhando para a minha vó ontem à tarde e comecei a imaginar como ela era na minha idade. Quais eram os papos com as amigas, como foi o primeiro beijo, as festas, os sonhos. Mas fiquei na minha, não perguntei. Prefiro crer que ela já nasceu avó. Acredito que esse lance de ser avó(ô) seja vocação, sei lá. Só sei que eu tive sorte. Fui paparicada a vida inteira pelos meus. Ao lado da minha casa, lá no interior da Bahia, tinha uma padaria. Imagina só, sonho de toda criança. Todas as minhas moedinhas eram convertidas em “Big Big”, que na época custava 5 centavos. “Vovoinho, me dá uma ‘niquinha’?”. E sem pensar, ele colocava a mão no bolso e retirava algumas moedas.

Todo dia era assim. Sem reclamar, sem fazer cara feia, atendia todos os meus pedidos. “Minha vó, que vontade de comer tal coisa”. E lá ia ela buscar, preparar, mandava pegar em marte se preciso fosse. Mas o meu pedido era atendido. Até hoje é assim. Nunca gostei da minha cama, cama boa mesmo era a dos meus avós.

Dormia lá todas as noites, o lugar mais seguro do mundo. E mosquito nenhum se atrevia chegar perto, ela passava a noite espantando-os do meu ouvido. Às vezes eu ainda nem tinha pegado no sono e via que ela acordava para ver se eu estava embrulhada direito.

O meu avô já virou estrela. Vez em sempre a saudade bate e eu rezo para que a gente se reencontre um dia. A minha avó, graças a Deus, continua ao meu lado. E apesar dos meus 20 e tantos anos, ainda me liga, todos os dias, para saber se eu já comi. Se eu pudesse inventar uma lei universal, não tenho dúvidas que seria essa: avós devem viver para sempre!

É uma piada sem graça essa história que eles podem nos deixar a qualquer momento, logo eles que fizeram todas as nossas vontades, logo eles que fizeram os nossos pratos prediletos, os lanches mais gostosos, o denguinho que ninguém sabe fazer igual. A casa dos nossos avós tem perfume, tem aconchego, tem cheiro de café no fim da tarde. O abraço deles é diferente, tem afeto, tem proteção, tem gostinho de quero mais. São anjos que Deus coloca disfarçados de gente para cuidar da gente. Como somos sortudos! Os netos crescem, criam asas, voam pelo mundo e eles continuam sempre ali.

O tempo às vezes não colabora e eles vão ficando cada dia mais frágeis, o som do chinelo cada dia mais arrastado no corredor, os reflexos não são os mesmos, mas a disposição para nos agradar permanece. Como nos despedir de seres tão especiais? Como dizer adeus? Como não desejar um último abraço, um último bate-papo no fim da tarde?

É triste, dói, o nó na garganta é inevitável. Mas têm coisas que estão além do nosso entendimento. E quando eles viram estrelas, é chegado o momento de agradecer pela sorte de ter convivido com eles e rezar para que estejam num lugar iluminado e cheio de conforto. No final das contas, fica uma saudade boa. Esta bela declaração de amor pelos avós, que eu amei… foi escrita no portal da avosidade, por Ingrid Bárbara.

Fonte: https://avosidade.com.br/anjos-em-forma-de-gente/

AVÓS DE HOJE EM DIA…

Sempre me senti uma vovó diferente… Uma avó com corpo e alma de criança… sim ela nunca deixou de existir dentro de mim… vira e mexe ela desperta e sai pra fora. Não acho isso nada ruim, muito pelo contrário me sinto mais próxima dos meus netos que vivem em outro tempo. A vida muda e eu mudo junto… ficamos mais modernas e antenadas… e vamos construindo nossas histórias de vida juntos. Quero deixar muita coisa boa pro meu legado. Eu adoro estar perto dos meus netinhos sempre. Todos (3) moram fora do Brasil. Morrooooo de saudades 👀 do meu 🇬🇧 João Pedro, 🇺🇸 do Noah e 🇫🇷 da Eva 😍. Virtualmente ou presencialmente estou sempre presente em suas vidas, acompanhando seu desenvolvimento… graciosidades… e suas descobertas do mundo. Sempre que podem eles vem pra cá 🇧🇷na casa dos vovós ou eu viajo ✈️ pra lá e passamos então muito tempo juntos… grudados mesmo, eu diria rsrsrs. Construímos muitas histórias sensacionais e nos divertimos muito juntos. São tempos preciosos na nossa vida. Quero que sintam e saibam que os amo ❤️❤️❤️ muito e que os nossos momentos únicos sejam marcados pelo com afetos e ternuras; risadas e brincadeiras; castelos de areia e algodão doce; princesas, príncipes e lobo mau; histórias, danças e muita músicas, ou seja pintando e bordando muitoooo. Avós modernas são assim não param de inventar e aprontar. Na verdade são outros tempos agora… somos avósuma nova vovó velha!

“Quer dizer que o lobo mau conseguiu engolir nossa vovozinha? As que usavam touquinha e tinham voz rouca foram papadas, sim, meus pêsames. Mas olhe agora, o que vemos? Avós de jeans, dirigindo jipes, cabelo pintado, óculos escuros. Avós que trabalham, que viajam, que dão festas, que namoram. Avós que fazem lipo, aeróbica, jogam paddle (…) Será que elas sabem pregar um botão? Não custa tentar, mas se a empreitada der errado, não complique. Ela terá o maior prazer em levar a netinha para comprar uma roupa nova no shopping. E o almoço de domingo? Também mudou. As avós de hoje não andam dispostas a engordar nem um grama com macarronadas familiares e muito menos a quebrar suas garras vermelhas lavando panelas. Que tal um buffet frio, muita água mineral e salada de frutas?
Netos e netas, não sintam-se desamparados. As avós de hoje são muito mais participantes. Podem não lembrar direito das histórias de Gulliver, Pele de Asno ou Gato de Botas, mas têm histórias pessoais tão encantadoras quanto. São mais divertidas e menos preconceituosas. Têm mais saúde e disposição para enfrentar parques, teatrinhos, zoológicos. E o fato de buscarem a eterna juventude não lhes tirou um pingo do afeto que sentem pela terceira geração. Ao contrário: nunca vi tantas avós apaixonadas por seus netos. É um amor enorme, desinteressado, sem o ônus do compromisso, só do prazer.


(…) Se por um lado estamos perdendo a imagem romântica da avó que cozinha, faz tricô e tem roseiras no quintal, por outro estamos ganhando uma avó bonitona, que tem o maior orgulho ao falar de nós para as amigas e que sempre estará disposta a nos dar um colo. Muito colo! Desde que esteja com uma roupa de microfibra, bem entendido.
O amor, que é o que interessa, não mudou. Mas mudaram as avós (…) que falam gíria, bebem cerveja e estão sempre prontas para uma novidade; são avós tanto quanto as nossas saudosas velhinhas de casaquinho nos ombros. Passarão, como toda mulher, pela menopausa, pela osteosporose e por outros distúrbios da idade, mas, certamente, não aceitarão o papel de uma avó caseira, bordadeira e sem outra ambição que não seja cuidar dos netos. Inovaram… ousaram… mudaram… super criativas e amorosas.

Sempre se disse que a avó era uma “segunda mãe”, pois ela nunca esteve tão parecida com a primeira”.
Esta crônica que eu adoro de Martha Medeiros, nunca enxergou e colocou tão bem como somos agora, bem isto é muito mais 👀. Sou sim uma Vovó muito coruja! Agora nos tempos modernos sinto que fomos mudando… nos reconstruindo e deu nisso. Uma nova vovó velha, se é que me entendem 😉. Quero desejar a todos os avós que me acompanham e os que ainda virão… um Feliz Dia das Vovós cheio de afetos, amor e muitaaaa felicidade. Curtam muito este seu dia, “virtualmente” ou “presencialmente” como puderem😷💻📱☎️🏡✈️🎼🎬🍭🍿🌈💐🙅🏻‍♀️… sei que devido a pandemia 🦠 este dia será diferente para todos nós… mas com criatividade podemos transformar💞💓 este dia em algo muito especial e marcante ❤️ ❤️ ❤️.

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POSSO DORMIR NA CASA DA VÓ ?

Mãe, posso dormir na casa da vó e do vô, hoje?
Escutei dentro do ônibus hoje de manhã. Quando consegui me virar para ver a criança que me fez voltar ao passado apenas com uma frase, ela já não estava mais ao alcance dos meus olhos. Viajei longe. Doces lembranças…
Quando foi que o tempo passou e nos fez adultos cheio de prioridades chatas? Tanta coisa mudou.
Lutamos todos os dias por alguma coisa que não sabemos se é o que realmente queremos, quando na verdade… casa de vó e vô é o que todo mundo precisaria pra ser feliz. Simples assim!!!

Casa de vó e vô é onde os ponteiros do relógio tiram férias junto com a gente e passam os minutos sem pressa de chegada.
Casa de vó e vô é onde uma simples macarronada e um pão caseiro ganham sabores diferentes, deliciosos.
Casa de vó e vô é onde uma inocente tarde pode durar uma eternidade de brincadeiras e fantasias.
Casa de vó e vô é onde os armários escondem roupas antigas e ferramentas misteriosas.
Casa de vó e vô é onde as caixas fechadas se tornam baús de tesouros secretos, prontos para serem desvendados.
Casa de vó e vô é onde os brinquedos raramente surgem prontos, são todos inventados na hora. Um melhor quero outro.
Casa de vó e vô tudo é misteriosamente possível de acontecer. Mágico. Sem preocupações. Só diversão.
Casa de vó e vô é onde a gente encontra os restos da infância dos nossos pais e o início de nossas vidas.
Casa de vó e vô, só mesmo lá dentro, no endereço do nosso afeto mais profundo, onde tudo é permitido.

Minha casa hoje é casa de vó e vô, onde tudo isso acontece… ou quase tudo de maneiras diferentes. Somos vovó e vovô bem coruja, eu diria. (Como moram longe onde estou, vira um pouco casa de vó). Na casa deles, onde moram (em outro País), faço acontecer todos esses momentos mágicos com perfeita maestria, as ideias simplesmente brotam… cozinhamos, rimos e brincamos o tempo inteiro. Momentos únicos, vividos com intensidade, amor e muita doçura… assim como algodão-doce e pipoca. Tudo fica mais colorido… Onde estamos juntos vira um pouco casa de vó. Sonhamos e voamos longe nos castelos de areia. Aqui ou ali… Construímos nossas histórias!!!

Esse luxo de visitar meus avós, muitos não podem mais ter – infelizmente – (assim como eu) será onde viverão então as doces e eternas lembranças… nossas lembranças, apenas as mais bonitas recordações.
Mesmo assim se eu pudesse fazer um pedido agora, qualquer pedido, de todos os pedidos do mundo eu iria pedir a mesma coisa.
Posso dormir na casa da vó e do vô hoje?

Torço para que meus netos cresçam com muitas lembranças tanto aqui da minha casa… a casa de vó… como da casa deles, onde tento marcar momentos que possam trazer muitas lembranças afetivas com a minha cara… cara de vó! Nossas memórias.

Gostou? Um ótimo dia para todos nós!

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INSTANTES…

“Memórias merecem destaque. As lembranças desobedecem, entre a vontade de serem nada e o gosto de me roubarem o presente”. Mia Couto

Sabe aquele lugar especial no mundo capaz de nos desligar da mente e reviver as melhores lembranças da infância? Pois é aqui! O Agora!!!

Instantes é o que temos. As vezes nem percebemos… Mas temos também o que fazemos com ele. Aí sim… Eternizamos. Construindo lembranças e guardando na memória. Damos cor, brilho e vida. E vamos colorindo com as cores que escolhemos.

Nossa alma carregam nossos instantes, nossas vivências e nossas memórias. É pra lá que voltamos pra sentir nossa história. Memórias… elas resgatam instantes e nos faz sentir o sabor daquela emoção novamente, quantas vezes quisermos. Eu sempre transito entre o presente e o passado. Gosto de relembrar, Reviver! Quais memórias você tem carregado com vocês?