“Que importam os anos? O que importa mesmo é comprovar que afinal de contas a melhor idade da vida é estar vivo”. Quino
Maya Santana, 50emais nos diz… Ando refletindo muito sobre a maturidade, esta que é a última fase da existência. Sempre fui contra a expressão “melhor idade”. Na verdade, achava ridículo chamar esta etapa da vida de a melhor de todas. Mas o que tenho descoberto aos 66 anos é que em vários aspectos ela é realmente melhor. Por exemplo, nunca me senti tão livre. Nunca a opinião alheia sobre mim foi tão desimportante como agora. Nesta altura, praticamente só faço o que quero. E ficar sozinha comigo mesma nunca foi tão bom.
Melhor idade? Não, não é. Também não é a pior, embora nesta faixa etária as doenças comecem a aparecer, a decadência física seja inevitável e, o pior, as perdas se sucedam. Mas, como diz a atriz Meryl Streep, temos que “abraçar” o nosso envelhecimento. Achei interessante este artigo de Viviane Bevilacqua, da revista Donna, no qual ela faz duas listas sobre o que ganhou e o que perdeu com a chegada da idade. Os ganhos na lista dela foram maiores. Leia:
Juventude é tudo, dizem os comerciais de televisão, que insistem na ideia de que só é feliz quem consegue prolongar eternamente o corpo, o rosto e os desejos que tinha aos 20 anos de idade. Pois eu discordo veementemente. Acredito que a maturidade tenha muitas vantagens. Perde-se em beleza e viço, mas se ganha em sapiência e paz interior. Eu prefiro a segunda opção. O que mais se ganha ou se perde com o passar dos anos? Para “colocar na balança” escrevi a minha listinha. Faça a sua também.
O que se ganha com a maturidade:
– Ficar em casa nas noites de sábado deixa de ser um sofrimento. Ver um filme no DVD ou ler um livro passa a ser um bom programa.
– Não sofremos mais porque não temos uma roupa nova para cada festa. Pelo contrário, passamos a entender que menos é mais.
– Paramos de nos preocupar com o que nossos namorados estão fazendo quando não estão conosco. Passamos a acreditar que as pessoas só ficam juntas se quiserem. Caso contrário, vai cada um para o seu lado.
– Entendemos que tudo passa, e que o sofrimento e a angústia fazem parte da vida de todos, assim como os momentos felizes, e que precisamos encará-los com serenidade.
– Os sonhos de consumo são outros. No meu caso, viagens, viagens, viagens… Bens materiais não são mais a meta. Muito melhor acumular experiências.
– Aprendemos que ninguém precisa ter uma turma grande para ser feliz. Bastam poucos e bons amigos.
– Aceitamos que quilos a mais não são o fim do mundo. Um bom prato de massa, um chocolate meio amargo ou uma taça de espumante confortam a alma.
– Adquirimos sabedoria para entender qual a hora de falar e a hora de ficar quieto. Saber ouvir e saber calar passam a ser grandes qualidades.
– Temos paciência para esperar que as coisas aconteçam.
– Paramos de planejar a longo prazo para viver o hoje, porque nos damos conta da finitude da vida.
– Valorizamos mais a companhia da família, até porque sabemos que ninguém é eterno.
Merryl Streep, 68: “Tenho que agradecer sempre por estar viva. Tenho amigos demais que estão doentes ou morreram, e eu estou aqui. Não posso me queixar”.
O que se perde com a maturidade:
– A beleza e o viço próprios da juventude.
– A saúde quase sempre perfeita.
– A coragem para arriscar-se em aventuras.
– Os sonhos, que são muitos e loucos.
– A esperança de mudar o mundo. Isso é o que mais me dói. Acreditava que minha geração mudaria isso que está aí – fome, guerras, revoluções, corrupções, descaso, abandono, terror. Mas só vejo piorar com o passar do tempo.
Aprendemos que ninguém precisa ter uma turma grande para ser feliz. Bastam poucos e bons amigos.
Exatamente! Com a maturidade entendemos a diferença entre VERDADEIRA AMIZADE e POPULARIDADE. Muitos dizem querer ter um milhão de amigos, mas o que querem mesmo é ser o centro das atenções. Quando a maturidade chegou pra mim, cansei de manter laços de amizades que eram insustentáveis( só eram mantidos se eu corresse atrás) e passei a investir pesado em que de fato queria ter algo comigo.
Adorei a reflexão que vc propôs nesse post.
Beijos!
http://vivendolaforanoseua.blogspot.com/
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Na maturidade aprendemos exatamente isso Gisley, ficarmos de bem conosco e com quem nos aprecia. Bons papos, boas risadas e muita sinceridade é tudo que precisamos. Obrigada pela visita, abraços
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Que delícia de reportagem 😀 muito bom MESMO envelhecer e como foi lido, a sabedoria, paciência e principalmente a LIBERDADE foram pontos que me tocaram nesta melhor fase da vida, e melhor SIM ! Adorei. Longevidade para todos 🙏🏻😀.
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